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CUIDADOS PALIATIVOS: Conceitos e História Conceito 1990: Os CP são cuidados ativos e totais de pacientes com doença progressiva, muito avançada e expectativa de vida limitada, cuja doença não responde ao tratamento curativo. Conceito OMS, 2002: Cuidado paliativo é a abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento. Requer identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. Considera a morte como um processo normal, sem pretensão de adiá-la ou adiantá-la. Necessita-se de equipe multiprofissional. É aplicável no início do curso da doença, em conjunto com outras terapias destinadas a prolongar a vida e inclui as investigações necessárias para entender e gerenciar melhor as complicações clínicas e angustiantes. Oferece um sistema de apoio para ajudar os pacientes. Em 2017, a Comissão Lancet para Acesso Global a CP e Alívio da Dor recomendou que a última definição da OMS fosse revisada. Assim, tem-se um conceito mais novo: os CP são cuidados holísticos a pessoas de todas as idades que encontram-se em intenso sofrimento relacionado à sua saúde, proveniente de doença grave, especialmente aquelas que estão no final da vida. Doença grave: condição ou doença aguda ou crônica que pode levar à deficiência ou debilidade por um longo período. A ideia de cuidados holísticos leva alusão à integralidade. Cuidados ativos remetendo a busca ativa e vigilância. Assistência voltada a todo ciclo da vida, independentemente da idade. O foco sempre é na pessoa e no seu sofrimento, não em um diagnóstico específico. Cuidado sistêmico incluindo, além do usuário e da família, o cuidador. Em 2018, apega-se a uma visão voltada aos problemas sociais, com autonomia do paciente e da família, com respeito aos valores e às crenças culturais do paciente e da família. Aplicar os conceitos a vários locais de cuidados, da APS aos níveis mais especializados. Requerem especialistas em cuidados paliativos, associado à equipe multiprofissional. HISTÓRIA E HOSPICES 1950/1960 Dame Cicely Saunders, assistente social, enfermeira e médica, no Reino Unido, fundou o St. Christopher’s Hospice. Na década de 70, seu encontro com Elisabeth Klüber-Ross, psiquiatra suíça radicada nos EUA e pioneira em estudos sobre a morte, o morrer e a tanatologia, fez com que o movimento Hospice também decrescesse na América do Norte. Em 1988, é fundada a Associação Europeia para Cuidados Paliativos e em 2009 foi formalmente constituída a Aliança. Em 2005, a Associação Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) foi fundada e hoje é a principal entidade no ramo. No Brasil, os serviços em CP ainda são poucos, com diferenças regionais no eixo norte-sul. CP e POLÍTICA PÚBLICA Resolução n° 41 da Comissão Intergestora Tripartite de 31 de outubro de 2018 que dispõe sobre CP em qualquer nível de atenção. PRINCÍPIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS Promover alívio da dor e outros sintomas estressantes Reafirmar a vida e encarar a morte como um processo natural Não pretender antecipar ou adiar a morte Integrar aspectos psicossociais e espirituais ao cuidado Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível, até o momento da sua morte Oferecer um sistema de suporte que auxilie a família e entorno afetivo e sentirem-se amparados durante o processo da doença Abordagem multiprofissional para focar nas necessidades dos pacientes e familiares, incluindo acompanhamento no luto Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença Ser iniciado o mais precocemente possível, junto com outras medidas de prolongamento da vida (como quimioterapia e radioterapia) e incluir todas as investigações necessárias para melhor compreensão e manejo dos sintomas. ONDE ESTÃO OS PACIENTES Ambulatórios Enfermarias Assistência Domiciliar UTI RELAÇÃO COM OS DIFERENTES PROFISSIONAIS E PROFISSÕES Assistente social Farmacêutico Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional Enfermeiro Psicólogo Nutricionista Odontólogo, fonoaudiólogo, capelão. SINTOMAS MAIS PREVALENTES DOR Fadiga, emagrecimento Dispnéia, tosse Náuseas, vômitos, disfagia, constipação, diarréia, anorexia Confusão mental, depressão, ansiedade Agitação, insônia, tristeza Sofrimento existencial Desamparo espiritual CONCEITOS E DEFINIÇÕES Doença terminal: julgamento subjetivo; expectativa de vida de 6 meses ou menos; doença fatal irreversível.
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