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Medicação intracanal

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Odonto engajada 
 
 
Função 
A função da medicação intracanal em endodontia é basicamente 
combater microrganismos que resistiram à sanificação do sistema de 
canais radiculares proporcionada pelo preparo químico-cirúrgico e 
modular a reação inflamatória que ocorre após o preparo do canal 
radicular, ocupando fisicamente o espaço do canal, pois sabemos que o 
conduto vazio funciona como um tubo de ensaio para a recontaminação 
microbiana do mesmo. 
Antigamente a fase de medicação intracanal constituía-se numa espécie 
de rodízio de medicamentos, principalmente derivados fenólicos, 
empregados de forma empírica, sem embasamento científico, baseado 
na experiência adquirida pelo profissional, comprometendo o processo reparacional e, 
consequentemente, o sucesso do tratamento endodôntico. 
 
Nas últimas décadas as associações a base de antiinflamatórios do grupo dos 
corticosteróides e antibióticos ou antimicrobianos são utilizados para o controle da reação 
inflamatória em dentes que sofreram intervenções endodônticas, porém portadores de 
polpa viva, representados pela hidrocortisona - Otosporin® (potência 1); prednisolona - 
Rifocort® (potência 2) e, dexametasona - NDP formula & ação® (potência 10). 
 
 
 
 
 
 
Ação medicamentosa 
A ação dos medicamentos intracanal (MIC) estará condicionada ao veículo utilizado (aquoso, 
viscoso ou oleoso); concentração; tensão superficial no canal radicular e, a duração entre as 
sessões durante a terapia endodôntica. 
Entretanto, as MICs que utilizam veículo aquoso têm ação medicamentosa até 10 dias, o 
viscoso até 30 dias e o oleoso até 60 dias aproximadamente, interferindo diretamente na 
dissociação rápida, lenta e por longo período, dependo da necessidade em particular. 
As medicações intracanais podem também serem disponibilizadas em tubetes ou seringa 
com cânulas estéreis para facilitar o uso. 
 
 
Medicação intracanal 
 
Medicação 
Atualmente a medicação intracanal utilizada para casos envolvendo dentes portadores de 
polpa viva constitui-se na associação de um antiinflamatório do grupo dos corticosteróides 
com um antimicrobiano. O antiinflamatório é o fosfato de dexametasona, pois 
trata-se de corticosteróide potente e seguro do ponto de vista biológico e o 
antimicrobiano, o paramonoclorofenol, associados ao polietilenoglicol 400 
(veículo viscoso) e ao rinossoro.Essa medicação é denominada NDP (FOUSP) e 
encontra-se disponibilizada comercialmente em tubetes, facilitando sua 
aplicação no interior do canal radicular. 
Composição: 
Fosfato de Dexametasona – 0.32g 
Paramonoclorofenol – 2.0 g 
Polietilenoglicol 400 + Rinossoro em partes iguais qsp 100ml 
 
Para casos envolvendo dentes portadores de polpa morta utiliza-se basicamente 
compostos antimicrobianos representados pelo hidróxido de cálcio e pelo 
paramonoclorofenol. Nos casos onde o preparo do canal, por motivos diversos como 
tempo, habilidade do profissional etc, não foi concluído, utiliza-se como medicação 
intracanal, o paramonoclorofenol associado ao polietilenoglicol 400 (veículo 
viscoso) e ao rinossoro, denominada PRP (FOUSP) encontrando-se, também, 
disponibilizada comercialmente em tubetes. 
Composição: 
Paramonoclorofenol – 2.0g 
Polietileniglicol 400 + Rinossoro em partes iguais qsp 100ml 
 
Para os casos de polpa morta onde o preparo do canal radicular (PQC) foi concluído utiliza-
se o hidróxido de cálcio associado a um veículo aquoso (soro fisiológico) como primeira 
opção, proporcionando a liberação rápida de íons cálcio e hidroxila, alcalinizando o meio 
(pH 12,5) e assim, combatendo os microrganismos presentes. Tal medicação também 
encontra-se disponibilizada comercialmente em seringas (UltraCal® - Ultradent) e ou 
tubetes com o nome Calen® (SS White), "puro" com veículo viscoso e com veículo oleoso, 
o paramonoclorofenol (PMCC). É importante salientar que o hidróxido de cálcio possui 
duas atividades principais quando utilizado como medicação intracanal: ação 
antimicrobiana obtida pela elevação do pH (alcalinização) do meio e indução da 
mineralização tecidual através da ativação enzimática, principalmente da fosfatase 
alcalina. 
 
 Entretanto, há algumas indicações para o uso da medicação intracanal a base de Hidróxido de 
Cálcio necessário, tanto para os casos de polpa morta, mas principalmente nos casos de polpa viva, onde o 
tempo de permanência da medicação intracanal é prolongado entre sessões, por motivos diversos, ou casos 
de reabsorções interna, mancha rósea e reabsorções externa do dente, oriundas das alterações 
degenerativas das doenças da polpa. 
 
Técnica de introdução da medicação intracanal 
Secagem do canal: 
OBS:A secagem prévia do canal radicular deve ser feita por meio das cânulas de aspiração 
(grossa, média e fina) e cones da papel estéreis para melhor difusão e aproveitamento da 
medicação intracanal MIC. 
 
I-Iniciar aspiração com cânulas de grosso, médio e fino calibre, respectivamente, 
de cervical à proximidades do comprimento de trabalho (CRT ou CT), 
sem necessidade de calibrar com limitadores os comprimentos das 
cânulas. 
II- Seguir a secagem com cones de papel, temos preferência pelos 
cones de papel absorvente embalados e previamente esterilizados. 
Cone de papel deve ter calibre e comprimento idêntico ao 
instrumento utilizado no preparo apical. 
 
Introdução do MIC 
III-Valendo-se da seringa Carpule e tubetes de NDP ou PRP previamente 
posicionado, calibrar agulha curta pré curvada e stop de silicone à 2mm 
aquém do CRT. Salienta-se, a pré curvatura pode ser conseguida por meio 
por ex.: do intermediário de aspiração ou caneta de alta rotação para 
facilitar a introdução da medicação intracanal no interior do conduto. 
Sempre desprezar a primeira gota de MIC antes da introdução e preencher 
de apical para cervical até as imediações da entrada do canal. 
IV-Valendo-se da seringa ML (SS White) e o tubete de glicerina previamente 
posicionado, calibrar agulha longa pré curvada e o stop de silicone à 2mm aquém do 
CRT, valendo-se do giro à direita do acionador de êmbolo da seringa ML até sair 
uma gota através da extremidade para lubrificação da agulha, substituir o tubete 
de glicerina pelo Hidróxido de Cálcio (Calen®), 
rosquear novamente o suficiente para desprezar a 
primeira gota de Ca(OH)2. Preencher de apical 
para cervical até as imediações da entrada do canal. 
 
 
Referência: 
https://www.endo-e.com/images/MIC/medica_intracanal.htm

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