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Medicação intracanal

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Taliane Aranha 
 
 
1 
MEDICAÇÃO INTRACANAL 
Etapa do tratamento endodôntico que objetiva por meio de medicamentos e 
substancias dar melhores condições ao canal radicular para se realizar obturação, 
favorecendo assim, uma maior chance de sucesso 
Excelentes técnicas de preparo e modelagem ajudam na sanificação do sistema de 
canais radiculares, mas isso NÃO é solução! 
• Porque o paciente me procurou? DIAGNÓSTICO: 
Polpa sã 
Pulpite reversível 
Pulpite irreversível 
Necrose pulpar 
Abscessos dentoalveolares 
Granuloma apical 
Pericementite 
Reabsorções radiculares 
 
• Medicação ideal: ação a distância, radiopacidade adequada, permanência no 
conduto, custo viável, facilidade de trabalho 
 
• Fatores a se considerar: 
Condição pulpar (biopulpectomia ou necropulpectomia) 
Momento do tratamento (em que etapa da instrumentação eu parei) 
Tempo (quanto tempo a medicação vai ficar no paciente até a próxima 
consulta?) 
 
• Objetivos da medicação: 
a- Eliminar microrganismos que sobreviveram ao processo químico-mecânico 
b- Atuar como barreira físico-química contra a infecção ou reinfecção por 
microrganismos da saliva 
c- Reduzir a inflamação perirradicular e consequente sintomatologia 
d- Controlar a exsudação persistente 
e- Inativar produtos microbianos 
f- Controlar a reabsorção dentária inflamatória externa 
g- Estimular a reparação por tecido mineralizado 
 
• Tipos de medicação intracanal: 
1- FORMOCRESÓIS (formocresol (90% de formalina) e tricresol formalina 
(90% de formalina)): associação de formalina + cresol. Potente antisséptico, 
menos tóxico que o formaldeído. Neutraliza o conteúdo séptico e produtos 
oriundos de necrose pulpar, inativando-os. Age tanto por contato como a 
distância, por meio de vapores. Promove fixação tecidual (se o dente está 
vivo e joga ele mata a polpa viva) 
Muito utilizado devido ao “SILENCIO CLINICO” que proporciona (paciente 
chega com dor e ele vai na riz do problema e resolve matando as bactérias) 
Ação alquilante sobre proteínas e ácidos nucleicos dos microrganismos 
7 dias no interior do canal (porem o certo é usar o menor tempo possível, ¾ 
dias) 
Canais necrosados que não foram instrumentados ou foram parcialmente 
Taliane Aranha 
 
 
2 
 MODO DE USO: umedecer uma bolinha de algodão com o 
formocresol, aí expreme para remover o excesso, fica bem pouco umedecida 
e coloca na câmara pulpar, sela o dente e o paciente volta dali ¾ dias 
 
2- PARAMONOCLOROFENÓIS: antisséptico de ação moderada de efeito por 
contato. Age baseado em sua função fenólica e pela presença do íon cloro 
que é liberado lentamente. Pode ser associado à canfora PMCC (além de 
servir como veículo, ajuda a diminuir a ação irritante e aumenta seu poder 
bactericida) e ao furacin PMCF 
Canais necrosados e alguns casos de biopulpectomia que não deu tempo de 
instrumentar 
MODO DE USO: molha um cone de papel e coloca no canal 
radicular ou por meio da bolinha de algodão na câmara pulpar 
 
3- ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS/ CORTICOSTERÓIDES: (otosporin ou 
maxitrol) preserva a integridade do coto periodontal e tecidos periapicais. 
Permite a neoformação do coto periodontal. Grande poder de penetração. 
Compsto por hidrocortisona e sulfato de polomixina e neomixina. Fácil 
aplicação e remoção do interior do canal 
Atenua a intensidade da reação inflamatória provocada pelo ato cirúrgico, 
favorecendo a eliminação da dor pós-operatória e o mecanismo reparador 
Usado apenas em biopulpectomia instrumentada parcialmente 
72 horas de liberação 
Caso esteja em uma bio e não conseguiu terminar a instrumentação e 
também não tem esse medicamento? Coloca PMCC 
 MODO DE USO: gotejar dentro do canal radicular, tentar 
preencher e cobrir com bolinha de algodão para evitar que saia pra fora e 
poder selar o dente 
 
4- HIDRÓXIDO DE CÁLCIO + ASSOCIAÇÕES: base forte (ph 12,5). 
Apresenta-se na forma de pó (nós usamos liquido quando é associado a um 
veículo). Dissocia-se em íons cálcio e hidroxila que são responsáveis pela 
elevação do ph do meio. Ph é o principal responsável pelo efeito 
antimicrobiano, rompe a parede celular deles. Biocompativel. Ação anti-
inflamatória. Anti-hemorrágica. Promove condições para formação de tecido 
mineralizado 
 Ação por contato (precisa preencher todo o canal radicular) 
 Quando for possível esse é o medicamento de escolha, tenta pegar o maior 
espectro de microrganismos 
 Só usa quando canal está instrumentado e limpo (tanto bio como necro) 
 VEICULOS: não devem interferir no ph, permite associação iônica 
do Ca(OH)2 que pode ocorrer de diferentes formas, grau e intensidade, 
dependendo das substancias que entram na composição da pasta. 
1- Hidrossolúveis: (soro fisiológico, agua 
destilada, anestésico) rápida dissociação, 
diluição + rápida. Pode ficar até 7 dias no dente, 
ele age muito rápido então pode ser no dia 
seguinte já, liberação rapida 
2- Viscosos: (glicerina, polietilenoglicol, 
propilenoglicol 400) forma uma pasta viscosa 
que pode ficar de 15 a 60 dias agindo no dente, 
Taliane Aranha 
 
 
3 
porque a liberação é lenta (principal veiculo 
utilizado) 
3- Oleosos: (óleo injetável, silicone, canfora), mais 
de 60 dias para a dissociação no canal radicular 
OBS: propilenoCa(OH)2 + propilenoglicol 400 + 1 gota de PMCC – (melhor ação sobre 
enterococcus faecalis, 15 a 60 dias de atuação no canal) 
OBS: propilenoCa(OH)2 + propilenoglicol 400 + 1 gota PMCC + iodofórmio – (pó de cor 
amarelo, libera iodo nascente, muito radiopaco, bem tolerado pelos tecidos periapicais, 
reabsorvido se extravasado) 
 METODOS DE INSERÇÃO: pode ser com ultrassom, com a easy 
clean, com a seringa direta do ultracal, espiral de letuno (lima mole), ou lima de memória. 
E espalha a pasta dentro do canal radicular 
 
5- CLOREXIDINA: gel 2%, age por contato, canal tem que estar todo 
instrumentado e seco 
RESUMÃO: 
Polpa sã: preferência por tratamento em sessão única (polpa que não tem 
contaminação) 
 Dente instrumentado: CaOH + veiculo (aquoso ou viscoso) 
 Otosporin ou maxitrol (tempo curto) – 
antibiótico/corticosteroide 
 Não/parcialmente instrumentado: otosporin ou maxitrol (72hs) 
 Bolinha de PMCC (necessidade de mais 
tempo) 
Pulpite irreversível: preferência por tratamento em sessão única 
 Dente instrumentado: CaOH + veiculo (aquoso ou viscoso) 
 Otosporin ou maxitrol (tempo curto) 
 Não/parcialmente instrumentado: otosporin ou maxitrol (72hs) 
 Bolinha de PMCC (bem seca) 7 dias 
Necrose pulpar: preferência por tratamento em 2-3 sessões 
 Dente instrumentado: CaOH + PMCC + veiculo (15 dias) 
 CHX 2% (24-48h) 
 Não/parcialmente instrumentado: bolinha de algodão formocresol (bem seca – 7 
dias) 
Abscesso dento-alveolar: preferência por tratamento em 3 sessões 
 Dente instrumentado: bolinha de formocresol – fase aguda 
 CaOH +PMCC +veiculo (aquoso ou viscoso) 
Taliane Aranha 
 
 
4 
 Não/parcialmente instrumentado: bolinha de formocresol (bem seco) 
Granuloma/cisto apical: preferência por tratamento acompanhando evolução do caso 
 Dente instrumentado: CaOH +PMCC + veiculo (viscoso ou oleoso) 
 Não/parcialmente instrumentado: bolinha de formocresol (bem seco) 
Reabsorções: diferenciar interna de externa 
 Dente instrumentado: CaOH + veiculo (aquoso) 7dias 
 CaOH + veiculo (viscoso ou oleoso) controle 
 Não/parcialmente instrumentado: otosporin ou maxitrol (tempo curto)

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