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Resumo 2 desenvolvimento humano

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DA GRAVIDEZ AO FINAL DA INFÂNCIA
Introdução
Você já parou para pensar como a gestação é um fenômeno complexo para a mulher? Já
pensou na quantidade de alterações físicas, emocionais e sociais que ela vive ao ter um
filho? E quanto à criança, você faz ideia da intensidade e velocidade na qual as mudanças
estruturais e cognitivas acontecem na infância?
A Teoria Sociocultural, assim como todas as outras teorias que embasam o
desenvolvimento humano, também busca entendê-lo, porém pela ótica da influência da
sociedade e das relações interpessoais e da cultura na qual as pessoas estão inseridas. Já
as teorias humanistas, que também buscam entender o desenvolvimento dos indivíduos e
os respectivos fatores influenciadores, tomam como base o fato de que todo ser humano
deve se transformar na melhor pessoa que deseja se tornar, aliando-se a ferramentas e
instrumentos que possam colaborar com isso.
Teoria Sociocultural
A Teoria Sociocultural surgiu com o objetivo de entender o ser humano desde sua
concepção até a morte. No entanto, Lev Semyonovich Vygotsky, ao criar essa teoria, teve
como base a influência da sociedade sobre o desenvolvimento humano individual e enfatiza
a interação e o relacionamento entre as pessoas e a cultura na qual estão inseridas.
Teoria de Lev Semyonovich Vygotsky
Lev Semyonovich Vygotsky foi um psicólogo russo e um grande pensador da sua área e da
época em que viveu, sendo ainda muito lembrado e estudado atualmente.
Vygotsky acreditava que o desenvolvimento da criança acontecia de forma contínua por
meio da aquisição de controle sobre algumas funções físicas e cognitivas que antes eram
tidas como passivas. Segundo o teórico, a capacidade de transformar estruturas complexas
em algo que pode ser visto de forma mais simples é um grande instrumento da inteligência
humana e faz com que, por meio de contatos com novos conceitos, a criança possa
resgatar essa simplicidade e não necessitar de uma reestruturação mental completa para
poder incorporá-los.
Esse importante estudioso foi o primeiro a associar aspectos da psicologia cognitiva com
conhecimentos da neurologia e da fisiologia humana, afirmando que atividades cerebrais
produzem as funções psicológicas do ser humano. Nesse sentido, ele acreditava em dois
conceitos: 1) materialismo dialético: simultaneidade entre corpo e alma, de maneira que um
fenômeno possui uma história que se modifica e explica mudanças nos processos
psicológicos; 2) materialismo histórico: mudanças na sociedade produzem mudanças no ser
humano, afetando diretamente a evolução dos seus processos psicológicos.
Segundo Vygotsky, o pensamento não é formado com autonomia e independência, mas sob
condições determinadas, e é influenciado pela cultura que se apresenta ao redor do ser
humano em desenvolvimento.
Outro ponto muito marcante da Teoria Sociocultural é a afirmação do papel fundamental de
atividades infantis na evolução da criança, pois, segundo Vygotsky, essa evolução é
desencadeada pelas ações que a criança faz e pela interação com objetos que modelam o
pensamento. Dessa forma, a interação social e o convívio com determinadas formas de agir
vão fazendo com que a criança construa seus signos e símbolos, como por exemplo a
linguagem.
Nesse sentido, Vygotsky desenvolveu o que ele chamou de Zona de Desenvolvimento
Proximal (ZDP), que ele afirmou ter criado a partir de suas pesquisas pessoais. A ZDP é a
distância existente entre o nível de desenvolvimento real (onde existem soluções
independentes) e o nível de desenvolvimento potencial (solução de problemas sob a
orientação de um adulto ou em colaboração com outras pessoas mais capazes). Vygotsky
afirma, com essa teoria, que determinadas atividades podem ser realizadas sem ajuda de
outras pessoas, pelo fato de que já foram internalizadas pelo aprendiz.
Teorias humanistas
As teorias humanistas, também conhecidas como humanismo, tomam por base as
particularidades de cada ser humano, suas complexidades e singularidades. Por isso o
processo de aprendizagem que considera as teorias humanistas tem uma perspectiva de
desenvolvimento da pessoa. Essas teorias surgiram na década de 1950 e ganharam um
grande desenvolvimento nas décadas de 1960 e 1970, tendo contribuído para humanizar os
atendimentos psíquicos (LIMA, 2018).
Essas teorias criticam fortemente o behaviorismo, pelo fato de que o humanismo não aceita
a ideia de o ser humano ser considerado uma máquina ou um animal, e em alguns pontos
convergem com o construtivismo, uma vez que se acredita que a aprendizagem é um
processo individual tanto na representação quanto na reestruturação cognitiva.
Carl Rogers e Abraham Maslow
O grande nome fortemente influenciador das teorias humanistas foi Carl Ransom Rogers,
muito conhecido como um influente teórico dessas teorias e do estudo da personalidade,
que também ficou conhecida como terceira forma da psicologia. À medida que ele
observava os comportamentos de seus pacientes na atuação como terapeuta e psicólogo
clínico, ele levou as teorias humanistas a uma evolução, fazendo com que estas
contribuíssem com a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) e com outras áreas, como
educação e ciências sociais. Segundo Rogers, pessoas psicologicamente saudáveis
possuem um autoconceito verdadeiro e pessoas psicologicamente não saudáveis
apresentam uma desarmonia entre o autoconceito real e o autoconceito ideal de si.
Outro grande nome da psicologia humanista é Abraham Maslow, que também tem origem
estadunidense e acreditava na capacidade de uma pessoa se tornar auto realizadora e
chegar ao nível mais alto de sua existência. Seguindo esse raciocínio, Maslow criou uma
escala de necessidades que devem ser atendidas, e, quando isso acontece, surgem outras
necessidades, fazendo com que o indivíduo caminhe em busca da autorrealização.
A escala de necessidades de Maslow é composta por cinco categorias das necessidades
humanas, sendo elas: necessidades fisiológicas, de segurança, de afeto, de estimas e de
autorrealização. Essa escala tem uma estrutura de pirâmide, na qual a base representa as
necessidades básicas de sobrevivência do ser humano.
Aspectos fisiológicos, psicossociais e afetivos de
gravidez, parto e puerpério
Quanto à gravidez, também chamada de gestação, não podemos esquecer dois momentos
posteriores, que também são muito importantes para uma mulher que tem um ou mais
filhos. Estamos falando do parto e do pós-parto, também chamado de puerpério.
Aspectos fisiológicos da gravidez, do parto e do puerpério
Ao passar por esse momento, a mulher enfrenta diversos acontecimentos e muitas
mudanças em seu corpo, suas emoções, seus pensamentos, sua rotina e sua vida de forma
geral. Porém, todas as pessoas que estão em torno da mãe também passam por alguma
modificação e sofrem influência da gestação. Entre essas pessoas estão a própria criança
que está sendo gerada, o pai dela e todos os outros membros da família que acompanham
essa jornada.
Todo esse processo é fisiológico e se inicia, de fato, como o termo sinaliza, com a
fecundação do óvulo pelo espermatozóide, e os primeiros sinais da gestação que surgem
são: inibição do ciclo menstrual, enjôos e vômitos, seguidos de aumento dos seios, da fome,
do sono, da frequência urinária e da sensação de cansaço. Já nas primeiras semanas da
gestação a mulher começa a sentir esses sintomas, e alguns permanecem por toda a
gestação.
A gravidez leva a alterações em todo o corpo da mãe, provocando modificações em quase
todos os sistemas, essas alterações no corpo da mãe vão acontecendo ao longo das fases
do desenvolvimento gestacional.
O decurso da gestação se dá em torno de 42 semanas, que são estruturadas em três fases,
denominadas de trimestres.
O período denominado como primeiro trimestre da gestação é o momento da sua
descoberta. Nesse período podem surgir enjoos e náuseas, que são muito comuns, e
aparecem o inchaço das mamas, a sensação de sonolência, e em muitos casos o desejo ou
a repulsa por alguns alimentos e/ou aromas.
O segundo trimestre é caracterizado como o período de lua de mel da gestante,pois nessa
etapa os enjoos e as náuseas muitas vezes diminuem ou acabam, e a barriga ainda não
está tão grande a ponto de causar desconfortos e inchaços nos membros inferiores. Então,
normalmente é uma fase de mais tranquilidade e prazer para a mãe aproveitar o
desenvolvimento do bebê que está por vir.
O terceiro e último trimestre é o mais próximo do momento do nascimento e também o de
maior crescimento da barriga da mãe, o que causa muitas dores na coluna. Além disso,
pode haver bastante desconforto no quadril, pois o corpo da gestante está se preparando
para o parto.
Alterações nos sistemas orgânicos do corpo da gestante
A gestação produz alterações em todos os sistemas corporais da mulher que está gerando
uma criança, e essas mudanças acontecem de forma progressiva, de acordo com a
formação e o crescimento do feto.
Sistema cardiovascular: Alterações de forma crescente: aumento de volemia e débito
cardíaco, diminuição de resistência vascular periférica e reatividade muscular.
Sistema endócrino: Modificações nos comportamentos da maioria das glândulas
endócrinas do corpo da mãe.
Sistema respiratório: Dilatação dos capilares da árvore respiratória; deslocamento do
diafragma (lateral e para cima); diminuição do tônus muscular do abdome; aumento de
volume de ar e da capacidade respiratória.
Sistema urinário: Aumento do volume vascular total, do fluxo plasmático renal e do volume
intersticial levam a alterações estruturais e anatômicas.
Sistema gastrointestinal: Lentidão do esvaziamento gástrico e do trânsito intestinal
(náuseas, vômitos e constipação), refluxo.
Sistema hepatobiliar: Fluxo de sangue hepático constante; ação da vesícula biliar reduzida
(predisposição ao acúmulo da lama biliar e cálculos biliares); queda da albumina sérica
(anemia).
Sistema hematológico: Crescimento do volume sanguíneo total; aumento do volume
plasmático; redução das células vermelhas, dos níveis de hemoglobina e dos hematócritos
(2º trimestre); diminuição da quantidade de plaquetas; aumento das necessidades de ferro.
Sistema tegumentar: Pele: alteração fisiológica não patológica; dermatose afetada pela
gravidez, preexistente; ou dermatose específica da gravidez, que aparece durante a
gravidez e está associada a ela; alterações na cor da pele.
Alterações fetais durante o período gestacional
O corpo da mulher que está passando pelo processo da gestação, de fato, apresenta
muitas alterações. Porém, o grande acontecimento da gestação é o surgimento de um novo
ser humano, por consequência de diversos acontecimentos celulares que lhe dão origem.
Essa fase pré-natal pode ser dividida, de forma geral, em três momentos: período do óvulo,
período do embrião e período do feto.
Formação das seguintes partes do corpo: sistema nervoso central, 2º-9º; olhos, 4º -9º;
coração, 3º-8º; membros superiores e inferiores, 4º-8º; dentes, 6º-9º; genitália externa,
7º-9º; palato, 6º-9º; e audição, 4º-9º.
Aspectos psicossociais e afetivos da gravidez, do parto e do puerpério
As experiências vivenciadas por uma mulher que se torna uma gestante – ou seja, um
corpo que gera, cria e desenvolve outro ser, e tem este para, a partir de então, cuidar,
alimentar, acalentar, cuidar de suas necessidades mais básicas e primitivas, dependendo
física, mental e emocionalmente dela por muitos anos – são transformações que vão muito
além da condição fisiológica.
Pensando um pouco antes, no parto, trata-se de um momento mágico, de uma elevação
espiritual tamanha, em que uma pessoa, uma simples mortal, é capaz de dar a vida a outra.
Mas você já imaginou quanto a mulher se doa nesse processo? Ela doa sua vida, seu
corpo, sua rotina, suas prioridades, seus padrões físicos e sua atenção. E o mais comum
dos comportamentos é que, quando a criança nasce, as pessoas ao redor voltem sua
atenção toda para a criança, e a mãe deixa de ser “importante”. Pois, afinal de contas, a
criança nasceu e o nascimento é uma dádiva, mas a mãe está cansada, frágil, desgastada
física e emocionalmente e ainda precisa lidar com uma avalanche de hormônios agindo em
seu corpo, deixando-lhe mais confusa e cansada do que já está.
O fato é que não é incomum que mulheres desenvolvam baixa autoestima ou até depressão
pós-parto, e é preciso deixar claro que isso não significa não querer ser mãe, ou não amar
seus filhos. Essas consequências têm a ver com a falta de sensibilidade em relação à
condição psicológica e afetiva de uma mulher que se doou tanto e agora precisa de amparo.
Um ponto importante a ser ressaltado é que o período gravídico-puerperal é o período de
maior incidência de transtornos psíquicos na vida da mulher, sendo necessária uma atenção
especial e direcionada para sua saúde mental, a fim de preservar seu bem-estar e sua
relação com o bebê.
Os ciclos da infância e seus processos biológicos,
cognitivos, afetivos e sociais
A infância se inicia no momento do nascimento, em que a criança começa a viver o período
pós-natal, e finaliza na transição para a fase da adolescência. Durante todo esse período, a
criança que se desenvolve está passando por alterações no crescimento somático, no
crescimento físico e na composição do seu corpo.
Crescimento e maturação durante a infância
Ao falarmos em crescimento, existem parâmetros que nos servem para que possamos
observar esse processo acontecendo. No entanto, como muitos autores afirmam, é difícil
avaliar o crescimento de forma exata, uma vez que só conseguimos avaliar o crescimento
de forma indireta, por medidas somáticas, a partir da utilização de medidas antropométricas,
como alturas corporais, diâmetros corporais, circunferências dos membros do corpo e
dobras cutâneas.
Outro termo, bastante utilizado nesse contexto do processo de desenvolvimento humano e
muitas vezes confundido com crescimento, é a maturação. A maturação acontece ao longo
do processo de desenvolvimento, em boa parte de sua duração, de maneira paralela ao
crescimento do indivíduo. Porém, a maturação é um processo bem mais complexo e está
ligado ao desenvolvimento das funções dos sistemas corporais. Então, à medida que a
criança cresce, suas funções corporais também vão se desenvolvendo, de maneira que o
seu processo maturacional está em evolução.
Os ciclos da infância
Uma forma de dividir a infância é separá-la em ciclos. O primeiro ciclo de vida acontece até
o final do primeiro ano de vida, sem a inclusão do primeiro aniversário. Essa é uma
definição aceita em todo o mundo. Nesse ciclo, acontece um crescimento intenso da
maioria dos sistemas corporais e do sistema neuromuscular.
Outra forma de dividir a infância em ciclos é a divisão em primeira infância, que vai do
nascimento até os 4,9 anos, e a segunda infância, que vai dos 5 anos até o início da
adolescência.
Alguns autores ainda dividem em primeira, segunda e terceira infância. Sendo assim, a
primeira infância abrangeria o período do nascimento até os 2 anos; a segunda infância,
dos 3 aos 5 anos, também conhecida como idade pré-escolar; e a terceira infância, dos 6
aos 12 anos, quando se inicia a pré-adolescência.
Processos biológicos e cognitivos da infância
Ao longo da infância, a criança passa por diversas alterações que acontecem de forma
intensa, fazendo com que ocorram muitas mudanças em sua aparência, nas formas de
comunicar-se, nos comportamentos e nas habilidades.
Durante esse período da vida em que acontece o crescimento, a criança passa por
evoluções a nível biológico e cognitivo que a levam à evolução do processo de
desenvolvimento humano. Durante tal processo, a cognição evolui quando acontecem os
processamentos de informações, ou seja, receber, integrar, compreender e responder
adequadamente aos estímulos recebidos.
Como forma de viabilizar esses processos de interpretação de informações, também estão
acontecendo alterações biológicas que levam ao amadurecimento das funções cerebrais.
Nesse sentido, o desenvolvimento biológico e cognitivo ocorre de forma conjunta, para que
as fases da infância transcorram de forma saudável.
Jean Piaget estudou o processo de evolução biológica e cognitivana infância e acreditava
que o desenvolvimento da inteligência é consequência de uma adaptação ao ambiente.
Nesse sentido, Piaget dividiu o processo de desenvolvimento cognitivo da infância em
quatro estágios (motor, pré-operatório, de operações concretas e operatório formal).
O estágio motor, que vai de 0 a 24 meses, envolve o aumento na complexidade sensorial
e motora, e as primeiras adaptações se dão no âmbito reflexivo. Gradualmente, a criança
vai adquirindo controle consciente e intencional de suas ações motoras, sendo nessa fase o
foco no que a criança pode perceber por seus sentidos. Além disso, ele acreditava que
existe um padrão de capacidade progressiva para formar representações mentais ao longo
da vida.
O estágio pré-operatório, vai de 1 ano até 6 ou 7 anos. Nesse período, surgem o
pensamento representativo e a comunicação verbal. Esta, ainda simplória e muitas vezes
sem contexto, dá à criança a capacidade de manipular conceitos, ainda que limitada. Esse
período é muito rico em experimentação com a linguagem e com objetos, o que leva a uma
evolução gigantesca.
O estágio de operações concretas, que vai dos 7 aos 11 anos, a criança torna-se capaz
de manipular mentalmente representações internas, ou seja, possui memórias.
O estágio operatório formal, já está ligado ao fim da infância e início da adolescência, e
vai dos 11 anos em diante. Nesse período, o indivíduo consegue formular operações
mentais abstratas e simbólicas, assim como melhores noções de tempo e espaço.
Processos afetivos e sociais da infância
É impossível falar de desenvolvimento humano sem mencionar aspectos afetivos e sociais
como influenciadores desse processo, principalmente porque a infância é o período da vida
de maior retenção de informações vistas pelo ser humano e aprendidas e repetidas
posteriormente. Sendo assim, quando a criança está inserida em um ambiente com afeto e
estímulos positivos para o seu desenvolvimento, suas ações serão de replicar esse cenário.
Por outro lado, quando a criança está inserida em um ambiente sem estímulos positivos e
sem afeto, ela também irá replicá-lo em suas ações, dando origem a um processo de
desenvolvimento humano indesejado por muitos.
Imagine duas crianças de mesma idade, que viveram um processo gestacional próximo ao
esperado, sem grandes intercorrências. No entanto, uma das crianças vive em um ambiente
familiar harmonioso, mora em uma casa segura e limpa, estuda em uma escola de boa
qualidade, tem uma boa alimentação e uma boa relação com seus pais. Estes a estimulam
a experimentar coisas novas, conhecer seu corpo, tentar novos movimentos, aprender
novas habilidades físicas e cognitivas. A outra criança, contrariamente, vive em um
ambiente familiar de violência, gritos e ignorância, tem uma moradia precária, estuda em
uma escola de má qualidade, onde tem que conviver com o consumo de drogas e gravidez
precoce, sua família é pobre e, por isso, não tem uma alimentação adequada para suas
necessidades energéticas. Os pais dessa segunda criança não a estimulam, nem lhe dão
muita atenção, e, sempre que ela vai experimentar algo novo, é incentivada a desistir.
Tendo em vista esses dois contextos muito diferentes, perguntamos: qual dessas crianças
irá apresentar um processo de desenvolvimento de mais qualidade?
Sem dúvida, mesmo que dois indivíduos apresentem condições biológicas e fisiológicas
idênticas ou semelhantes, o ambiente em que eles vivem, a condição social, cultural, afetiva
e emocional pode determinar o fracasso ou sucesso de seu processo de desenvolvimento
humano.

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