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ANGINA ESTáVEL OBJETIVOS: - Saber QC (características da dor e sinais de instabilidade) - TESTES NÃO INVASIVOS (quando pedir, achados de alto risco) - TTO (medicações sintomáticas e que melhoram prognostico) ANGINA ESTÁVEL = Doença isquêmica estável do coração = Sd coronariana crônica É o desbalanço entre oferta e demanda de O2, nutriente e sangue para nutrir o mm. Aumento da demanda: taquicardia, HAS, Hipertrofia muscular esquerda Redução da oferta: obstrução do vaso e anemia ATEROSCLEROSE: acomete aa. coronárias, aa. cerebrais, aa. renais, aa. dos MMII *PLACA ESTÁVEL: Capa fibrótica espessa, pool lipídico pequeno *PLACA INSTAVEL: Capa fibrótica fina, pool lipídico grande, células inflamatórias CARACTERÍSTICAS CLÁSSICAS DA DOR: -Dor retroesternal, precordial. -Em aperto, peso, queimação -Irradiação para MSE, MSD, mandíbula -Dura de 5 a 20min (> 20 min pensar em Sd. Coronariana aguda) -Acompanha Sudorese, palidez -Associada a estresse, esforço físico -Melhora ao repouso e ao uso de nitrato QUADRO ATIPICO: -Paciente diabético com dor epigástrica pós prandial -Mulher -Idoso -Pós transplante cardíaco -Demência CLASSIFICAÇAO DA DOR (Nenhum ou 3 fatores) + Dor retroesternal + Desencadeada por esforço ou estresse + Melhora com repouso ou nitrato 3 FATORES = ANGINA TÍPICA 2 FATORES = ANGINA ATÍPICA 1 ou NENHUM FATOR = DOR NÃO ANGINOSA CLASSIFICAÇÃO CANADENSE CLASSE I : Angina aparece aos esforços intensos e prolongados CLASSE II : Angina ao caminhar ou subir escadas rapidamente. Angina ao frio, vento, estresse emocional. Aparece após caminhar 2 quarteirões planos ou subir mais de 1 lance de escada. CLASSE III : Angina ao caminhar 1 quarteirão ou subir 1 lance de escada CLASSE IV : Sintomas podem aparecer em repouso (ANGINA INSTÁVEL) Angina estável = sintomas crônicos Angina instável = sintomas agudos ANGINA INSTÁVEL 1-Angina em repouso: duração > 20 min, há cerca de 1 semana 2-Angina de aparecimento pelo menos classificação III e recente com início há 2 meses 3-Angina em crescendo: angina previa, que aparece com mais frequência, episódios de maior duração e menor limiar. Nesses casos estratificação CATE EXAME FISICO: Normal na maioria dos casos Pode haver B3 (disfunção sistólica), B4 (disfunção diastólica), estertores pulmonares Xantonas Pulsos dos MMII diminuídos (devido a aterosclerose) QUAL EXAME PEDIR ? ? COMO INTERPRETAR PROBABILIDADE PRÉ TESTE ? < 10% - BAIXA PROBABILIDADE Pesquisar outras causa de dor torácica não cardíacas Pode Solicitar Testes não invasivos (TNI) – ergométrico, cintilografia, angiotomografia > 90% - ALTA PROBABILIDADE Estratificação de risco – CATE TNI podem ser solicitados 10 – 90% - INTERMEDIÁRIA PROBABILIDADE Solicitar testes não invasivos !!! EXAMES BÁSICOS: Protocolo de dor torácica – SCA -HMG -Cr -Perfil lipídico -Rastreio para DM -Perfil tireoidiano ( se houver suspeita ) -*ECG – PEDIR SEMPRE* Na DAC crônica tem utilidade limitada ( porque o eletro em repouso não mostra alterações ) Eletro normal não exclui DAC -RX DE TORAX Bom para diagnostico diferencial e mostra área cardíaca -ECOCARDIOGRAMA TRANSTORÁCICO Avaliação inicial da função sistólica (FE) e função diastólica Identificação de alterações de contratilidade de paredes sugestivas de DAC TESTES NÃO INVASIVOS -TESTE ERGOMéTRICO Acessível e barato Bem indicado no risco intermediário Avalia capacidade funcional, comportamento da PA, cronotropismo (FC) Se (-), não exclui DAC Se (+), não confirma com certeza BRE – Infra em algumas derivações no eletro em repouso Marco passo – Complexo QRS esquisito, espicula, infra SVE – padrão strain Digitálicos – pá de pedreiro Infra de ST < 1 mm em repouso #IMPORTANTE ********************************** Nesses casos recomenda-se CATE !!! ANGIOTOMOGRAFIA DE CORONÁRIAS Avalia anatomia Recomendados para sintomáticos de risco intermediários (10-90%), SCA de baixo risco, exames duvidosos. Ótimo valor preditivo negativo Poderoso para excluir DAC quando teste ergométrico duvidoso NÂO PEDIR AngioTomo para Sintomáticos de alto risco (CATE) ESCORE DE CALCIO Não necessita de contraste Tipo de tomografia pedido somente para assintomáticos Ótimo para estratificar risco CV : > 400 (risco aumenta 7x) Placa aterosclerótica recente, ainda não deu tempo de apresentar calcificação e o escore de cálcio vem negativo. Escore de cálcio negativo não exclui DAC. CINTILOGRAFIA MIOCARDICA Importante indicação quando dor + risco intermediário + ECG não interpretável (BRE, HVE, SVE) Avaliação funcional Pode ser feito sob estresse físico (esteira) ou farmacológico (dipiridamol) + radio fármaco ACHADOS DE ALTO RISCO: Carca isquêmica >= 10% ECO ESTRESSE Feito com dobutamina em paciente que não consegue se exercitar. Normal ao repouso. E hipocinesia ou acinesia ao estresse ACHADOS DE ALTO RISCO: FE < 35% RESSONANCIA CARDIACA Avalia anatomia, função do VE e perfusão Estresse farmacológico (dipiradamol ou dobuta) QUANDO INDICAR CATE ? **** Estratificação invasiva Indicado em CLASSE III (dor ao andar 1 quarteirão ou subir 1 lance de escada) ou IV (dor ao repouso )apesar de medicação Indicado em angina com sintomas de IC Risco alto >90% Achados de alto risco em testes não invasivos Angina e sobreviventes de PCR LESOES IMPORTANTES PARA PEDIR CATE TCE > 50% Demais coronarianas >70% QUAL A VIA? Depende da experiência do centro e do caso Centros geralmente preferem via radial Caso: paciente que usam as mãos para trabalha, preferencia via femoral Via radial: vantagem – deambulação precoce Via femoral: maior risco de sangramento e complicação No IAM com supra a VIA RADIAL É MELHOR STENT FARMACOLOGICO É A PREFERENCIA FERRAMENTAS INTERESSANTES FFR (Reserva de fluxo fracionada) Mede pressão antes e depois da placa Indicado em lesões intermediarias com obstrução 50 – 70% FFR <= 80 = INTERVENÇAO IVUS USG intracoronário Útil em lesões intermediarias ambíguas Guiar implante de stent Avaliar mecanismo de trombose ou reestenose OCT TC de coerência ótico Indicado lesões intermediastinais Guiar stent metálico TRATAMENTO Sintomático + prevenção TTO GERAL: -MVE -Controle de fatores agravantes e/precipitantes -Controle da PA, Colesterol, DM -Parar de fumar -Atividade física TRATAMENTO MEDICAMENTOSO SINTOMÁTICO BETABLOQUEADOR 1ª escolha no tratamento de angina estável ***** Aumentar a dose até melhoras sintomas e FC ficar entre 50-60bpm NÃO UTILIZAR BB NA ANGINA VASOESPÁSTICA! BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CALCIO 2º escolha no tratamento da angina estável Diidropiridínicos (anlodipinos) – pode associar com BB Não-diidropiridinicos (verapamil e diltiazem) – NÃO associar com BB ( risco de bradicardia, IC) Utilizado quando contraindicação de BB Não usar nifedipina de ação rápida ( abaixo mt a pressão rápido e causa taquicardia reflexa) UTILIZAR NA ANGINA VASOESPÁSTICA NITRATO DE AÇAO RAPIDA Alivia sintomas de crises agudas Uso profilático em estresse emocional e relação sexual (Não associar ao Sildenafila –inibidor da fosfodiesterase; risco de hipotensão importante) 3ª linha no tratamento da angina estável Causa venodilatacao e vasodilatação coronariana Piora função endotelial Não utilizar de rotina PODE UTILIZAR NA ANGINA VASOESPÁSTICA OUTRAS MEDICAOES TRIMETAZIDINA (2ª linha) Preserva ATP, da mais energia Não mexe na PA e FC Utilizado em sintomáticos apesar do uso de BB isolado ou associado a anlodipinos IVABRADINA Inibe corrente If Reduz FC Indicado em sintomáticos em uso de BB isolado ou associado c FC > 60bpm, ou intolerantes a BB TRATAMENTO MEDICAMENTOSO PREVEVINDO EVENTOS CARDIOVASCULARES IECA Indicado em disfunção ventricular, IC, DM Se houver contraindicação de IECA ou tosse, substituir por BRA ESTATINA Medicação de escolha pra reduzir LDL Meta LDL < 50mg/dL BB Indicado em DAC crônica + IC com FE reduzida, ou pós IAM * Em pacientes com FE normal e sem história de IAM não foi comprovado reduzir eventos AAS Controverso na profilaxia primaria de eventos cardiovasculares (Indicação IIb – fraca ) Indicado na prevenção secundaria (Indicação absolutaem IAM prévio) 1 artéria acometida angioplastia 3 artérias acometidas + FEr / DA proximal >50% Cirurgia de revascularização ESTUDO ISCHEMIA Avaliou milhares de pacientes com DAC estável e TNI com achados moderados a graves que foram submetidos a CATE + revascularização em comparação ao grupo submetido ao TTO clínico otimizado e observou-se que não há diferencias significativos nos desfechos primários (morte, IAM, internação) Então o TTO clinico otimizado pode ser usado
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