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Resumo Teoria do Delito 2

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Sujeitos do Crime (pessoas envolvidas)
Sujeito ativo – quem realiza o núcleo do tipo penal, tudo aquilo que é descrito na lei como crime.
Todo crime vai envolver:
· Pessoa Física: crime sempre é de pessoa física. Exceção:
· Pessoa Jurídica: art.225,CF, crimes ambientais lei 9605/98.
Sujeito passivo – (nem sempre é a vitima) é o detentor do bem jurídico protegido pelo tipo penal.
· Pessoa Física - Morto (nunca pode ser sujeito passivo, no máximo objeto material)
· Pessoa Jurídica - Estado
· Animais e coisas inanimadas – apenas os donos
· Prejudicados – pessoas que sofrem as consequências extra crimes
 - para cálculo de pena
Objetos de crime:
· Objeto Jurídico: bem jurídico
 - abstrato – que é protegido pelo tipo penal
· Objeto Material:
- concreto - que sofre a ação criminosa no caso concreto. Ex: a carteira furtada é o objeto material.
Conceito de infração penal:
· Conceito Formal : crime é somente aquilo que está previsto em lei. Derivado do principio da legalidade. SEM SUVBJETIVIDADE.
· Conceito Material: para ser crime não basta estar previsto em lei. É preciso demonstrar a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico protegido. NO CASO CONCRETO. Ex: carrinho do zaffari não há lesão ao patrimônio do zaffari, mas no caso do mendigo se roubar o carrinho dele existe uma lesão ao seu bem jurídico pois o carrinho é praticamente a vida dele, a vida dele está no carrinho.
· CONCEITO ANALÍTICO: Teoria tripartida: FATO TIPÍCO + ILÍCITO + CULPA.
Classificação dos crimes:
1. Com relação ao sujeito ativo:
Crime comum: é aquele que pode ser cometido por qualquer pessoa.
 Art. 121. Matar alguém.
Crime próprio: é aquele que o legislado exige uma característica especial do sujeito ativo. A MAIORIA.
 Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. TEM QUE SER FUNCIONÁRIO PÚBLICO. PECULATO.
Crime de mão-própria: é aquele que o legislador exige uma característica especial do sujeito ativo. 
 Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. OUTRA PESSOA QUE NÃO A TESTEMUNHA NÃO PODE TESTEMUNHAR E PRATICAR O VERBO.
ENQUANTO O CRIME PRÓPRIO ADMITE COAUTORIA E PARTICIPAÇÃO DE QUEM NÃO TEM A CARACTERÍSTICA ESPECIAL, O CRIME DE MÃO-PRÓPRIA SOMENTE ADMITE PARTICIPAÇÃO DE QUEM NÃO TEM A CARACTERÍSTICA, NÃO ADMITE COAUTORIA.
Autor: é quem faz o verbo do tipo penal.
Coautor: + de um autor.
Partícipe: é quem contribui de qualquer maneira, mas não faz o verbo.
2. Quanto a forma de ação:
Crime instantâneo: é aquele que uma vez feito o comportamento previsto, ele se encerra.
Art. 121. Matar alguém.
Crime permanente: é aquele que uma vez feito o comportamento previsto em lei ele se inicia e perdura até que algo ou alguém o interrompa.
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate.
Crime habitual: é aquele para se configurar é preciso demonstrar a repetição (reinteração) do comportamento previsto em lei.
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites.
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte.
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime.
Crime unissubjetivo: é aquele que o tipo penal não exige um número mínimo de participação. (se consegue fazer sozinho).
Art. 121. Matar alguém.
Crime plurissubjetivo: é aquele que o tipo penal exige um número mínimo (3 ou +) de participação.
Associação Criminosa: Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes.
Crime de ação única: é aquele que o tipo penal contem apenas 1 verbo (1 forma) de fazer.
Art. 121. Matar alguém.
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
Crime de ação múltipla: é aquele que o tipo penal contém vários verbos, varias formas de fazer (mas não precisa fazer todas p/ ser crime).
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte.
Crime unissubsistente: aqueles que somente podem ser realizados através de um único ato executório.
Art. 147 “Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave”.
Crime plurissubsistente: é aquele que pode ser realizado através de vários atos executórios.
Art. 121. Matar alguém. PODE-SE FAZER DE VÁRIAS MANEIRAS.
Crime simples: é aquele que o legislador descreveu a forma + básica de realizar o comportamento. Art.121. Matar alguém.
Crime qualificado: é aquele que o legislador agrega circunstâncias ao tipo penal simples e com isso, aumento o mínimo e o máximo da pena. SOMENTE FRAÇÃO MAJORANTE (tudo que mexe no mínimo e no máximo).
Art. 121. Matar alguém. HOMÍCIDIO QUALIFICADO.
Crime privilegiado: é aquele que o legislador agrega circunstâncias ao tipo penal simples e, com isso, traz qualquer benefÍcio.
Art. 121. Matar alguem: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Caso de diminuição de pena: § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
3. Quanto ao resultado:
Resultado naturalisco: é a modificação no mundo exterior derivada da conduta do agente. Lesão ao bem jurídico protegida físico, fisiológico ou psíquico.
Crime material: é aquele que somente se consuma com a produção do resultado naturalístico.
Art. 121. Matar alguém. LESÃO A VIDA. Menos uma pessoa no mundo.
Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. TIRAR UM BEM.
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. DIGNIDADE, ETC.
Crime formal: é aquele que, APESAR DE TER 1 RESULTADO NATURALISTICO PREVISTO (passível) não precisa que ele aconteça para que o crime se consume.
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate. BEM JURÍDICO: PATRIMÔNIO (ainda que não o consiga)
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. SÓ SOLICITAR, MESMO QUE NÃO CONSIGA.
Crime de mera conduta: é aquele que se consuma com a realização do comportamento previsto em lei. E não tem a menor possibilidade de 1 resultado naturalista acontecer. (se acontecer 1 resultado naturalístico de 1 crime de mera conduta, deveria de ser este crime e passa a ser outro). CRIMINALIZAR PREVIAMENTE.
Crime principal: é aquele que não depende da prática de um crime anterior.
Art. 121. Matar alguém.
Crime acessório: é aquele que somente se configura com a realização de um crime anterior.
Receptação - Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte.
4. Quanto ao bem jurídico tutelado:
Crime simples: é aquele que protege apenas 1 bem jurídico.
Art. 121. Matar alguém. VIDA
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. COISA MÓVEL
Crime completo:é aquele que protege 1 bem jurídico principal, mas subdiariamente protege outros bens jurídicos.
Art.157- roubo “3º - Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 15 (quinze) anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da multa.” (crime contra o patrimônio, usando de violência ou grave ameaça. Bem  patrimônio MAS PROTEGE TAMBÉM A VIDA.
 5. Quanto ao meio de execução:
Crime de ação livre: é aquele que o legislador não descreve como deve ser realizado o verbo do tipo penal. REGRA GERAL.
Art. 121. Matar alguém.
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem. NÃO DIZ COMO FAZER.
Crime de ação vinculada: é aquele que o legislador descreve a forma que deve ser realizada o verbo do tipo penal. 3 MANEIRAS NO EXEMPLO:
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina.
 
 6. Quanto à consumação:
Iter criminis: fases do crime. (todo crime terá todas)
Cogitação: é quando o sujeito ativo pensa na prática do tipo penal. (não pode ser punido).
Atos preparatórios: é quando o sujeito ativo inicia a preparação para a realização do tipo penal. Prepara os instrumentos para a pratica do crime; - os atos preparatórios não são puníveis, exceto quando o ato preparatório já for crime. EX: MATAR C/ ARMA DE FOGO = CRIME DE PORTE DE ARMA.
Atos executórios: é quando o sujeito ativo inicia a realização do verbo do tipo penal. A partir do direcionamento, inicia-se o crime. Ex: cafezinho envenenado. PODE PUNIR.
Consumação: é quando você faz o comportamento previsto na lei.
Art. 14. - Diz-se o crime: Crime consumado I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Ex: sequestro, a partir do momento que pegou a pessoa para levar pro cativeiro.
Exaurimento: é o resultado naturalístico nos crimes formais.  serve para calculo de pena.
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate. QUANDO CONSEGUIR O RESGATE.
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. FERIR A ORDEM PÚBLICA.
 6.1. Crime consumado: Fazer o que está na lei.
Art. 14. - Diz-se o crime: Crime consumado I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
 6.2.Crime tentado: Quando iniciada a execução, mas não consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Art.14 §2, CP – “Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente”.
Teoria objetiva temperada:
1. Intenção do agente
1. A possibilidade no caso concreto do crime acontecer
Crime impossível: Art. 17. - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Critério para aplicação de pena:
Art.14. Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Você responde pela pena do crime consumado c/ redução de 1 a 2/3 da pena.
Tentativa perfeita: é aquela quando o sujeito ativo esgota todos os atos executórios e ainda assim não se consuma. Ex: 20 facadas, realizou tudo que dava para realizar e o sujeito não morreu.
Tentativa imperfeita: é aquela quando o sujeito mal inicia os atos executórios e não consuma o crime.
Fato típico:
1. Elementos: conduta, resultado, nexo de causalidade e tipicidade.
1.1. Conduta penal: Intenção (necessita de todas as características)
Livre e voluntária: coação física exclui conduta; (mexeu com o próprio corpo quis fazer o comportamento)
Consciente: estados de inconsciência exclui conduta; Ex: sonambulismo, apagão do cérebro 
Dirigida a uma finalidade: Teoria finalista da ação: Que ao analisar a conduta já deve ser analisado o porquê dessa conduta. Se não houver dolo ou ao menos culpa, não há conduta penalmente relevante.
Formas de conduta penal:
a) Crime comissivo: são aquelas que você comete através de um (1) ação (agir);
b) Crime omissivo: é aquele que você comete atravez de uma omissão (deixar de agir).
Subdivide-se em:
b1) crime omissivo próprio: é aqueles onde a omissão (deixar de fazer) faz parte do tipo penal;
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória.
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
b2) crime omissivo impróprio:
Art. 13 § 2°- A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: NÃO PODE EXIGIR SACRIFÍCIO.
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado;
Tipos de conduta penal:
1° Crimes dolosos: o agente quer o resultado criminoso ou aceita a sua produção.
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Elementos do dolo: é a intenção
a) consciência típica: é demonstrar que o sujeito ativo sabe que o comportamento está previsto em lei como crime. Desconhecimento da lei é inaceitável. EX: professor pede para aluno buscar/levar uma caixinha, este aluno no meio do caminho é parado por um oficial e dentro da caixinha se tem drogas; NO momento não se sabia, que afinal estava carregando uma ilegalidade.
b) consciência de nexo casual: é demonstrar que o sujeito ativo sabe que é a sua conduta que vai levar ao resultado.
c) vontade: tem que querer o resultado.
Tipos de Dolo:
a) Dolo direto, simples ou puro:
Teoria da vontade: o sujéito inicia a ação/omissão querendo fazer o comportamento previsto em lei como crime. JÁ COMEÇA QUERENDO O RESULTADO.
b) Dolo eventual:
Teoria do assentimento: O suj. Ativo inicia a ação/omissão sem querer fazer o resultado crime. Durante a A/O a possibilidade do resultado acontecer e ele ACEITA, TOLERA, CONSENTE a produção do resultado. Ex: ciclistas na redenção.
2° Crimes culposos: Sem querer o resultado do crime.
Art. 18 II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Elementos da culpa: cumulativos
a) Conduta: ação/omissão. NÃO QUER O RESULTADO OU ACREDITA QUE NÃO VAI ACONTECER.
b) Resultado lesivo não desejado: não quer o resultado ou acredita que ele não vai acontecer. Os crimes culposos não admitem tentativa.
c) Inocência do dever de cuidado: é preciso demonstrar qual regra de conveniência foi descumprida pelo sujeito ativo.
d) Previsibilidade: a culpa é a imprevisão do previsível. Na culpa o sujeito ativo não percebeu aquilo que, “o homem médio no lugar dele teria percebido” . (não tem como imaginar o acontecimento, não é previsível).
e) Tipicidade: Somente responde pelo crime se houver a previsão expressa da modalidade culpa. (o que é culposo no código).
Art.18 Parágrafo único- Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Formas de inobservância do dever de cuidado:
a) Imprudência: é ir além das regras, age em excesso;
b) Negligência: age a menos, aquém das regras; EX: regras de convivência. Fazer revisão do carro. E ocorre de não conseguir frear a tempo, pois as pastilhas estão gastas e acaba por atropelar alguém. deveria ter feito o que não fez. 
c) Imperícia: erra em arte, técnica, profissãoou ofício.
Tipos de culpa:
a) Culpa Inconsciente: o sujeito ativo não quer o resultado previsto em lei como crime e sequer imaginou que ele poderia acontecer.
b) Culpa Consciente: o sujeito ativo inicia a A/O sem querer fazer o resultado previsto em lei como crime. Durante a A/O ele percebe a possibilidade do resultado acontecer mas acredita realmente, que ele não irá acontecer.
3° Crime Preterdoloso: É aquele que tem dolo no precedente e culpa no consequente.
Interesse jurídico protegido.
Art. 129 §3ª - Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Elementos do Preterdolo:
a) Fato típico doloso: tem que querer fazer 1 crime doloso e acaba com 1 resultado culposo como crime culposo como crime. (dava pra imaginar que ia acontecer).
b) Resultado não desejado, porém previsível e acaba com o resultado culposo.
c) Nexo causal: tem que demonstrar que foi o fato típico doloso que levou ao resultado culposo.
2. Resultado: jurídico
É realizar o comportamento previsto em lei como crime.
3. Nexo de Causalidade: Ligado ao resultado.
Art. 13 O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Teoria “conditio sine qua non”: é preciso demonstrar qual ação ou omissão é que levou ao resultado.
Processo hipotético de eliminação: elencar todos os fatores/comportamentos que contribuíram para o resultado e se perguntar sem qual deles, o resultado não ocorreria. EX: - Carol no telefone, Dudu conversando, Gabriel dormindo (NENHUM É A CAUSA), Mari mari revolts deu os tiros e matou susu e jessica. Se mari mari revolts não tivesse dado os tiros o resultado morte teria ocorrido? NÃO.
3.1. Superveniência Causal:
Concausas: é tudo aquilo que interfere no nexo de causalidade e acaba levando ao resultado.
a) Concausa preexistente: é tudo aquilo que ocorre antes da A/O do sujeito ativo principal e que leva ao resultado previsto em lei como crime; INGERIU VENENO ANTES – aparece no laudo
b) Concausa concomitante: é tudo aquilo que ocorre simultaneamente a A/O do sujeito ativo principal e que leva o resultado; SACA A ARMA, A PESSOA CORRE E É ATROPELADA
c) Concausa superveniente: é tudo aquilo que ocorre depois da A/O do sujeito ativo principal, mas antes do resultado previsto, e que leva ao resultado; ATIRA, SOCORRE E A AMBULÂNCIA CAPOTA.
1° Concausas Absolutamente Independentes: São totalmente desligados da conduta do sujeito ativo principal, aquelas que por si só, levam ao resultado.
→ Rompem o nexo causal
→ Responde pelos atos até então praticados.
EXEMPLO DO VENENO: RESPONDE PELO HOMÍCIDIO TENTADO.
2° Concausas Relativamente Independentes: são desdobramentos da A/O do sujeito ativo principal. Ela só ocorre por causa do A/O do sujeito ativo principal.
EXEMPLO DO ATROPELAMENTO: CORREU POR CAUSA DOS TIROS
FACADA NÃO LETAL EM HEMÓFILICO C/ INTENÇÃO DE LESÃO: RESPONDE POR PRETERDOLO. LESÃO SEGUIDA DE MORTE.
CONCAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES PREEXISTENTES:
→ Não rompe o nexo causal
→ Responde pelo resultado
CONCAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES CONCOMITANTES:
→ Não rompe o nexo causal
→ Responde pelo resultado
CONCAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES SUPERVENIENTES: depende
→ “it quod piende accidt”: tudo aquilo que poderia acontecer
→ Art. 13 § 1º- A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
→ Risco normal
CASO DA AMBULÂNCIA
SOPA ENVENENADA, DESABA O TETO: morreria de qualquer jeito
Se aquilo que acontecer após a A/O do suj. Ativo for algo normal, esperado, um desdobramento lógico desta conduta, não rompe o nexo casual e responde pelo resultado. TENTA MATAR, VAI PRO HOSPITAL E PEGA INFECÇÃO E MORRE DISSO. RESPONDE
Se aquilo que acontecer após a A/O do suj. Ativo por algo anormal, que por si só levou ao resultado, rompe o nexo causal e responde somente pelos atos até então praticados.
TIROS, HOSPITAL E ELE PEGA FOGO. NÃO RESPONDE
SE ROMPE O NEXO, NÃO LIGA O RESULTADO → RESPONDE SÓ PELOS ATOS
4. Tipicidade: É demonstrar que o comportamento feito na vida real enquadra-se exatamente igual àquilo que está previsto na lei.
→ Adequação típica
Elementos do tipo penal: São as palavras que compõem o tipo penal.
a) elementos descritivos ou objetivos: são as palavras que não precisam de interpretação. Lendo a gente sabe o que significa.
b) elementos normativos: são as palavras que é preciso buscar o seu significado em algum ramo de conhecimento.
c) elementos subjetivos: aqueles que estão ligados aos motivos pelo qual o sujeito ativo fez o comportamento.
Ex: art.133 abandono de incapaz; art.153 Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único. Somente se procede mediante representação.
4.1. Excludentes de tipicidade 
Mesmo enquanto no que está previsto em lei não terá tipicidade
4.1.1 Excludentes supra legais 
Estão na Cf!
1ª) Principio da insignificância 
- julgador 
- não lesiona o bem jurídico protegido, não há crime.
· Regras: cumulativas (se não tiver todas é conduta típica) 
a)Analise do bem jurídico no caso concreto 
a lesão ou perigo de lesão ao obejeto material. 
Ex: Lei 8137/90 = até R$ 20 000 não é crime/ art.334 Contrabando ou descaminho Art. 334. - Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.
b)Analise do bem jurídico em visão global 
se o sujeito ativo for reincidente não tem direito ao principio da insignificância 
c) Consideração especial pelos bens jurídicos transindividuais 
a sociedade não é possível saber se houve lesão, logo não se aplica a insignificância 
2ª) Principio da adequação social 
Quando um comportamento for aceito socialmente, mesmo que previsto em lei, deve ir considerado atípico. 
Ex: único crime que se aplica ao #P.A.S Casa de prostituição Art. 229. - Manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente/ Tia Carmem - Rufianismo Art. 230. - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça.
4.1.2 Excludentes legais
No cp 
- Art. 15.cp. Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15. - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
1ª) Desistência voluntaria
Inicia os AE’s e, antes de consumar, desiste de prosseguir com o crime. (inicia e desiste) 
Ex: cara queria estuprar colega do trabalho e soca ela antes, por nojo do sangue desiste e a leva para a enfermaria.
2ª) Arrependimento eficaz 
- eficácia: evitar o resultado 
o sujeito ativo faz os AE’s mas antes de consumar, desfaz o que foi feito e com isso evita a consumação. 
Ex: serve cafezinho envenenado e depois da antídoto, somente responde pelo atos praticados/ da tiro em pessoa se arrepende, chora e leva pro hospital hahahahahha
· o sujeito ativo inicia os atos executórios mas antes de consumar ele muda de ideia e, com isso, evita a consumação
Arrependimento posterior 
- NÃO EXCLUI TIPICIDADE 
- crime está consumado 
-minorante 
· atenção 
· art.16 cp Arrependimento posterior Art. 16. - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
· Requisitos: 
a)Crimes dolosos sem violência ou grave ameaça à pessoa.
Exceção: se o crimefor culposo 
b) Reparação do dano ou restituição da coisa 
c) Prazo: recebimento da denuncia ou queixa
3ª) Crime impossível 
É aquele que nunca, jamais poderia se consumar sofrer esta conduta. 
- art. 17 cp - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
- possibilidades Não se pune tentativa!
a)Meio absolutamente ineficaz: a maneira pela qual foi executada a conduta nunca levaria a consumação. 
Ex: vigilância constante crime impossível/ envenenar a Ana com açúcar/ arma desmuniciada.
OU 
b) objeto absolutamente impróprio: quando o objeto material nunca conseguiria sofreu a ação criminosa. 
Ex: deu os tiros em uma pessoa já morta – crime impossível
- flagrante provocado ou preparado: súmula 145 STF (nasce do crime impossível e é crime impossível)
Art.302 cpp garantir indícios de autoria e materialidade. É aquele que é provocado pela policia (policia cria a situação para tentar um flagrante ) 
Art. 301.  Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
 Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:
        I - está cometendo a infração penal;
        II - acaba de cometê-la;
        III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
        IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
Erro de tipo 
Erro de tipo : 
-essencial : invencível e vencível 
- acidental: sobre o objeto sobre a pessoa na execução resultado diverso do pretendido. 
- erro sobre as elementares e circunstancias do fato que o tipo penal descreve.
1) Erro de tipo essencial (ou erro de tipo): 
- art 20 cp - Erro sobre elementos do tipo Art. 20. - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
- falsa percepção dos elementos do crime 
- não cumprem de o caráter ilícito da sua conduta 
Sujeito ativo conhece as leis, mas ele acredita que, o que está fazendo, não é a mesma coisa que está previsto em lei como crime. 
Ex: Homem caçando da tiros em matagal pensando ser um urso mas é o outro amigo. Ele tem a ciência de que matar é crime MAS acreditava q não estava acontecendo. 
a)Erro de tipo essencial invencível (escusável):
- qualquer pessoa também erraria 
- exclui dolo e culpa 
O sujeito ativo errou e “homem médio”, no lugar dele também erraria.
Exclui dolo e culpa, não responde por nada. Critério de diferenciação é o homem médio. 
b) Erro de tipo essencial vencível (inescusável): 
- poderia ter sido evitado pelo agente 
- responde pela modalidade culposa, se houver
O sujeito ativo errou MAS o “ homem médio”, no lugar dele, não erraria.
Exclui dolo, matem elementos da culpa se houver.
2) Erro de tipo acidental 
-NÃO EXCLUI TIPICIDADE 
-Responde pelo crime 
-Acidente na execução 
O sujeito ativo quer fazer o crime só que ele se atrapalha na hora de executar.
· Compreende o caráter ilícito da sua conduta:
a) Erro sobre o objeto: 
- Conduta recai sobre coisa diversa 
- Irrelevante RESPONDE PELO CRIME
Quer fazer o crime contra a coisa “x” e acaba fazendo contra coisa “y”. Ex: quer roubar uma saca de arroz e rouba uma saca de soja – continua sendo furto 
b) Erro sobre a pessoa (in persona):
- Erro na representação : na ideia de quem é quem 
-Art. 20 §3ª cp: Erro sobre a pessoa - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
Quer fazer o crime contra pessoa “x” e comete contra pessoa “y”.
Ex: filho chega em casa bêbado e pai acha que é um assaltante da tiros. Tem dolo na ação pois queria matar a pessoa que estava forçando a porta MAS pensava que era um assaltante e não o próprio filho Crime doloso 
· Vítima virtual: o sujeito ativo responde não contra quem ele fez e sim contra quem ele queria ter feito 
c) Erro na execução (aberratio ictus): erra na maneira de fazer 
Quer fazer o crime contra a pessoa “x”mas comete contra pessoa “y”.
Ex: Quer matar susu mas a maneira de executar ruim acaba acertando Irma – responde por homicídio doloso da susu
- erro do meio empregado : na forma de fazer o crime o número de resultados ;
-unidade simples: apenas 1 resultado responde aos moldes do art. 20 §3ª;
-unidade complexa: mais de 1 resultado, aplica-se a pena do crime mais grave, com 1 causa de aumento de pena pelo mais leve. Ex: mata susu e acaba matando Irma também 
Ex: se susu sobrevive e Irma morre, responde por lesão corporal dolosa e homicídio 
- Art. 73 cp: Erro na execução Art. 73. - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no 3. do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
 
Acidental 
d) Resultado diverso do pretendido (aberratio delicti/ criminis)
O sujeito ativo quer cometer crime contra uma pessoa mas comete crime contra uma coisa ou vice-versa.
Ex: quer quebrar a janela da ritter e acerta sem intenção na cabeça da coleguinha Rússia(líder), responde por lesão corporal culposa. 
- resultado não esperado 
- art. 74 cp: Resultado diverso do pretendido - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
- se houver um resultado: responde por este na modalidade culposa, se houver. (não tem mais dolo)
- se houve dois resultados: responde pelo crime mais grave com 1 majorante pelo crime mais leve. (responde pela lesão corporal culposa e majorante pelo dano)
Antijuricidade/ ilicitude (todo fato ilícito é típico se faltar algum elemento já exclui ilicitude) 
É dizer que o fato típico é contrário ao ordenamento jurídico. Fato típico é proibido pelo ordenamento jurídico. 
- segundo elemento do conceito de crime
- falta de autorização para a prática de uma conduta típica 
1)Excludentes de ilicitude 
São as situações onde o sujeito ativo está autorizado a fazer fato típico pelo código penal. 
- art. 23 CP: Exclusão de ilicitude - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito; consentimento do ofendido.
-Exeto: §único CP Excesso punível Parágrafo único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
1.1)Estado de necessidade : o sujeito ativo sacrifica um bem jurídico que não tem nada a haver para proteger outro bem jurídico 
- Art. 24 cp: Estado de necessidade - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
· Requisitos: 
a)Situação de perigo ou necessidade 
- atual: tem que estar acontecendo. Não existe EM futuro 
-ameaça a direito próprio ou alheio: bem jurídico próprio ou de terceiro 
-situação de perigo não causada voluntariamente: se você criou a situação de perigo dolosamente não pode alegar EN
-inexistência do dever legal de enfrentar o perigo : art. 24 §1ª - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal deenfrentar o perigo.
b) Conduta lesiva: aquilo que o sujeito ativo faz para proteger o bem jurídico 
- inevitabilidade do comportamento lesivo: aquilo que é preciso demonstrar que a única maneira de proteger o bem jurídico era fazendo o que foi feito 
- inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado 
 - proporcionalidade 
 - estado de necessidade justificante (teoria unitária)
O bem jurídico protegido tem que valer a mesma coisa ou + que o bem jurídico sacrificado. O EN exculpante é inexigibilidade de conduta diversa 
- elemento subjetivo: o sujeito ativo deve saber que atua em EN. 
1.1)Excesso : o sujeito ativo faz mais que o necessário para se proteger do bem jurídico 
- vai alem dos limites da proteção razoável 
Se consciente DOLO, inconsciente CULPA 
1.2)Legitima defesa 
(qualquer meio moderado e necessário para interromper a agressão é valido, basta demonstrar que era a única forma de parar com a agressão)
- art.25 CP: Legítima defesa Art. 25. - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
- requisitos:
a) Agressão : comportamento humano 
- Injusto: se a agressão for justa não cabe a L.D
- Atual ou iminente: estar acontecendo ou prestes a acontecer. Não existe L.D passada e L.D futura
- Direito do agredido ou de terceiro: atacado ou ameaçado pelo dano ou agressão: legitima defesa própria ou iminente 
b) Repulsa: tem que demonstra que aquela era a única forma de interromper a agressão
- conduta necessária
Ex: caso da velinha de 80 anos que deu tiro certeiro em bandido (velinha TOPE)/ uma determinada briga onde no desespero de interromper a agressão homem atira
- moderação na repulsa necessária : o suficiente para interromper a agressão. Ex: caso da velinha TOPEZERA, ela comete o excesso no momento em que descarrega a arma, devia ter parado no 1ª tiro.
- elemento subjetivo: ter ciência de que atua em L.D 
1.2.1)Excesso 
- meio desnecessário: existiam outras maneiras de interromper a agressão
- imoderação da repulsa: vai além do necessário para interromper a agressão 
1.2.2)Ofendículos
- aparato para defender qualquer bem jurídico de ataque ou ameaça 
- excesso 
Ex: Cerca elétrica se passar do limite da voltagem é excesso – pode responder pelo excesso doloso se teve a intenção ou culposo se sabia da voltagem a mais / treinar cachorrinho para matar
1.3)Estrito cumprimento do dever legal: existem pessoas que tem, por lei, a obrigação de fazer fatos típicos. 
- dever: OBRIGAÇÃO que vem da lei
- direito objetivo: lei, portaria, ato administrativo
- excesso: TEM QUE CUMPRIR EXATAMENTE NOS LIMITES do dever legal (cumprir exatamente com o que tem na lei se for uma virgula além comete excesso)
1.4)Exercício regular do direito: 
- faculdade: são direitos que a pessoa pode exercer mesmo que configurem fotos típicos 
- direito subjetivo: previsto não de forma expressa na constituição federal 
- poder de correção: ex: poder de guarda, vigilância de alguém, tutor
- intervenção medica e cirúrgica: estética (cirurgia plástica) não responde por lesão, por exercer profissão 
- violência esportiva: respeitar as regras, cada esporte é regulamentado – direito do desporto 
1.5) Consentimento do ofendido: não está previsto no CP 
O sujeito passivo(n sempre a vitima) aceita a pratica do fato típico 
- requisitos: CUMULATIVOS 
a) Bem juridico disponível
-bem juridico do dano (art 163, CP); domicílio (art.150, CP); direitos autorais (art.184, CP).
b) Capacidade de consentimento 
Capacidade civil 
Culpabilidade NÃO É DOLO E CULPA 
- terceiro elemento do conceito de crime
- teoria limitada: é demonstrar se o fato típico e ilícito é reprovável, ou seja, merece 1 pena.
1)Elementos da culpabilidade 
1.1) Imputabilidade 
- capacidade geral: pessoa esta em pleno gozo de suas faculdades mentais
- no momento da conduta: da ação/ omissão 
- art. 26, 27 e 28 §1ª
1.2)Potencial consciência da ilicitude 
O sujeito ativo tem como saber que faz um crime
Ex: homem que mora em Amsterdã nunca saiu de lá onde a maconha e legalizada, vem para a copa no Brasil e fuma, ou seja, ele sabe que esta fumando maconha MAS nunca imaginou que aqui fosse crime.
- O sujeito ativo, mediante algum esforço de consciência, tem como compreender o caráter ilícito da sua conduta. Art.21,CP: Erro sobre a ilicitude do fato - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
1.3)Exigibilidade de conduta diversa 
- O sujeito ativo pode realizar comportamento diverso de crime – a pessoa tinha uma escolha art. 22, CP: Coação irresistível e obediência hierárquica- Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
2)Das causas de exclusão da culpabilidade
2.1)Inimputabilidade
2.1.1)Inimputabilidade por doença mental ou desenvolvimento mental retardado:
- art. 26, CP: Inimputáveis - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
-sistema biopsicológico: não basta ter a doença é preciso demonstrar que, por causa da doença não compreendeu o que estava fazendo
 
- requisitos: Incidente de insanidade – 149,CPP
Tem que ter os três requisitos para ser inimputável 
a)Requisitos causal: ter a doença
b)Requisito consequencial: demonstrar que, por causa da doença, não compreendida TOTALMENTE o caráter ilícito da ação/omissão 
Consequência penal medida(tratamento ambulatorial) de segurança(internação) art.97 CP
Consequência processual penal absolvição imprópria 
· Semi- inimputabilidade 
- art. 26 §único CP
Doença mental atrapalha parcialmente a compreensão do caráter ilícito da conduta (minorante). NÃO EXCLUI CULPABILIDADE – art. 45 e 46 da lei 11343/06 inimputabilidade semi-inimputabilidade

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