Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE CEUMA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENADORIA DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO VINICIUS COSTA LOPES RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ACADEMIA São Luís 2020 BARREIRAS MOTIVACIONAIS NO ÂMBITO DA MUSCULAÇÃO INTRODUÇÃO O tema proposta deu-se a partir da minha experiência de estágio de musculação, que foi desenvolvido no Campus do Ceuma Renascença, na academia Estação Saúde. Quando comecei a aprender mais especificamente sobre a musculação, visto que não havia nenhum tipo de experiência em tal área, senti que uma das minhas maiores dificuldades era a questão de motivar os alunos que no decorrer do estágio eu acompanhei, havia uma barreira ali entre aluno/professor, não estava conseguindo fazer com que meus alunos doassem 100% de sua vontade nas horas de treinar. Antes de enfrentar esse problema, eu tive que antes passar por um processo chamado de oficina de estágio, em que lá consistia em aprender os primeiros passos da musculação. Como citado antes, eu não tinha nenhum tipo de experiência com academia ou musculação, ‘‘minha praia’’ era o futebol, basquetebol, entre outros. Porém minha vontade de aprender coisas novas não era limitada, sempre quis entrar nesse mercado de trabalho, e ali se tornaria um dos meus maiores desafios profissionalmente falando. A Estação Saúde com a ótima estrutura que tem, facilitou também o aprendizado de todos os estagiários, visto que tínhamos os melhores equipamentos e os preceptores nos acompanhando todos os dias, o que exigia uma dedicação enorme. DESENVOLVIMENTO ‘‘Barreiras motivacionais no âmbito da musculação’’, foi exatamente o que estava me tirando o sono, vi que necessitava de uma maior voz de comando enquanto treinava meus alunos, e comecei a perceber que quanto mais eu motivava e interagia com meu aluno (a), mais ele entregaria em forma de suor e dedicação. Motivação, é uma energia que aciona e direciona o comportamento, e nesse caso a energia é a minha voz, e o quanto posso estar disposto a entregar o que o meu aluno deve ouvir para se sair melhor em seu treino. Então decidi me aprofundar mais nesse assunto, tendo como objetivo melhorar nesse aspecto, e comecei a compreender que essa motivação é como se fosse um impulso, para que as pessoas consigam atingir seus objetivos. Se tratando de uma motivação extrínseca, pelo fato de que este impulso enviado é realizado a partir de uma ação externa, eu vi que eu deveria usar as palavras certas com as pessoas certas, sabendo que as pessoas que eu acompanhava são diferentes tanto no aspecto físico como mental. Minha primeira aluna foi a Maria, fiz a avaliação física dela, prescrevi o seu treino, e fui acompanha-la em seu primeiro treinamento. Ela já tinha uma certa vivência na musculação, porém comecei a enxergar o problema motivacional nela, visto que ela não conseguia terminar suas repetições corretamente, e o peso dos exercícios era o mesmo que ela sempre treinou. Vi ali que nós precisaríamos trabalhar nessa dificuldade encontrada. Nos treinamentos seguintes comecei a motivar ela, com palavras e gestos em seu treino, quando ela tentava desistir, eu estava lá para ajudá-la a levar seu peso e focar assim em sempre terminar suas repetições e séries corretamente. Ali ela começou a entender que 1 ou 2 repetições faria muita diferença, tanto no resultado corporal quanto no ensino do treinamento correto. Eu pude perceber que havia uma diferença enorme quando eu estava acompanhando ela, e quanto não estava, ela treinava bem menos em termos de dedicação quando estava só, e aí percebemos a importância do profissional de Educação Física, que não é simplesmente uma pessoa estar ali do lado ensinando os exercícios, se trata de uma confiança mútua entre aluno e professor. Falando um pouco sobre a psicologia em relação a esse tema, quase todo mundo tem o discernimento que a atividade física faz bem para a saúde, vários estudos epidemiológicos têm demonstrado que indivíduos fisicamente ativos vivem mais que indivíduos sedentários e têm menor propensão a desenvolver vários tipos de doenças crônicas, e mesmo com todas essas informações ainda falta ‘‘algo’’. E é aí que a motivação entra, indivíduos sedentários necessitam desse ‘‘algo’’ para mudar seu estilo de vida, e aí que entra os profissionais da saúde. Como citei antes, a motivação externa é de suma importância, porém não funciona se não tiver um querer interno do aluno, e isso engloba várias coisas para poder achar esse querer. O professor é responsável por mostrar ao aluno suas evoluções, e mostrar também que o aluno é capaz de fazer mais. E no meu dia a dia tentei fazer o máximo disso, para o aluno ver que cada dia que passava, não era um dia em vão no seu treinamento. Em uma pesquisa realizada com estudantes universitários americanos por Kilpatrick, Hebert e Bartholomew (2005), esses autores identificaram que os homens apresentaram uma maior motivação acerca do desafio, competição, força, resistência e reconhecimento social, enquanto as mulheres apresentaram maior motivação na variável de controle do peso, e ambos, homens e mulheres, reconheceram a importância da AF para um estado de saúde positivo. Esses mesmos autores também verificaram que existia uma maior motivação entre praticantes de exercício, para aspectos como força, resistência, aparência, controle do estresse e controle do peso, enquanto os praticantes de esporte apresentaram maior motivação para aspectos como afiliação, desafio, competição e reconhecimento social. CONCLUSÃO Conclui-se que a motivação não só no treino, como na vida em si, tem uma parcela enorme de importância em tudo que for ser realizado, essa motivação faz com que você realize tudo com maior vontade e esforço, dando 100% de si em qualquer atividade. Tentei ao máximo abordar o quanto foi necessário eu usar da motivação com meus alunos, para que assim eles produzam mais e obtenham mais resultados, visto que eram realidades e pessoas diferentes. Vale ressaltar também que é importante compreender o que motiva as pessoas a praticar Atividade Física, e que tem sido um dos maiores desafios dos profissionais envolvidos com esta área, tendo em vista que algumas pesquisas indicam que apesar de se conhecerem os diversos benefícios associados à prática regular de atividade física, o número de sedentários ainda é crescente e tem se tornado algo preocupante no que diz respeito à saúde da população brasileira. Para mudar essa realidade, devemos atuar muito mais acerca desses indivíduos que não tem como prioridade a atividade física e o bem estar, pois é considerável o número de comorbidades desencadeadas pela falta de exercício ou atividade física. E para isso, há várias ideias que possam começar a mudar essa situação, começando por uma maior divulgação do governo em relação a prática de exercícios, ou também criando mais lugares que as pessoas possam praticar esses exercícios, como quadras, ou academias ao ar livre, aulas de dança. REFERÊNCIAS Andreotti, M. C. & Okuma, S. S. (2003). Perfil sócio-demográfico e de adesão inicial de idosos ingressantes em um programa de educação física. Revista Paulista de Educação Física, 17(2), 142-53. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pusf/a/79fL8yQPzQg93j6QxsjXWks/?format=pdf&lang=pt Biddle, S. J. H. (1997). Current trends in sport and exercise psychology research. The Psychologist, 10(2), 63-69. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pusf/a/79fL8yQPzQg93j6QxsjXWks/?format=pdf&lang=pt UNIVERSIDADE CEUMA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENADORIADO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA VINICIUS COSTA LOPES RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ACADEMIA São Luís 2020 ‘‘Barreiras motivacionais no âmbito da musculação’’, foi exatamente o que estava me tirando o sono, vi que necessitava de uma maior voz de comando enquanto treinava meus alunos, e comecei a perceber que quanto mais eu motivava e interagia com meu alun...
Compartilhar