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AO2_ História Contemporânea_ Sec XIX

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18/06/2021 AO2: História Contemporânea: Sec XIX
https://famonline.instructure.com/courses/12589/quizzes/42200 1/23
AO2
Entrega 16 jun em 23:59 Pontos 6 Perguntas 10
Disponível 7 jun em 0:00 - 16 jun em 23:59 10 dias Limite de tempo Nenhum
Instruções
Este teste foi travado 16 jun em 23:59.
Histórico de tentativas
Tentativa Tempo Pontuação
MAIS RECENTE Tentativa 1 19 minutos 4,2 de 6
Pontuação deste teste: 4,2 de 6
Enviado 13 jun em 11:10
Esta tentativa levou 19 minutos.
Importante:
Caso você esteja realizando a atividade através do aplicativo "Canvas Student", é necessário que
você clique em "FAZER O QUESTIONÁRIO", no final da página.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 1
A literatura, a arte e a música foram – e são – formas de refletir e
contestar a respeito das contradições sociais. Desse modo, leia os
textos abaixo:
Texto 1:
“Algumas ruas grandes, todas muito parecidas, e ruas muito
pequenas, ainda mais parecidas, habitadas por pessoas igualmente
parecidas, que chegavam e saíam todas as mesmas horas, fazendo o
mesmo som nas mesmas calçadas, para fazer o mesmo trabalho, e
para quem todos os dias eram iguais à véspera e ao dia seguinte, e
todos os atos eram a imagem do ano anterior e do subsequente. ”
(Fonte: DICKENS apud WILLIAMS, Raymond. O campo e a cidade na história e na
literatura. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 260)
https://famonline.instructure.com/courses/12589/quizzes/42200/history?version=1
18/06/2021 AO2: História Contemporânea: Sec XIX
https://famonline.instructure.com/courses/12589/quizzes/42200 2/23
Texto 2:
“Esse antigo subúrbio, populoso como um formigueiro, laborioso,
corajoso e bravo como um enxame de abelhas, estremecia com a
espera e o desejo de uma comoção. Tudo ali se agitava, sem que por
isso o trabalho fosse interrompido. Nada poderia dar uma ideia dessa
viva e sombria fisionomia. Nesse bairro, há misérias pungentes
escondidas sob os tetos de mansardas; mas ali também há
inteligências ardentes e raras. É especialmente em função da
indigência e da inteligência que é perigoso quando dois extremos se
toquem”.
(Fonte: HUGO, Victor. Os miseráveis. São Paulo: Martin Claret, 2014, p. 894) 
Considerando as reflexões apresentadas, assinale a opção correta.
 
Trata-se do processo de colonização da América. Os dois excertos
narram a construção das novas cidades, agora nos territórios de além-
mar, que eram consideradas bastante desorganizadas e poluídas.
Tanto ricos quanto pobres viviam em condições similares.
 
Os excertos referem-se ao processo de êxodo das cidades em direção
ao campo experimentados pelos trabalhadores fabris no século XIX.
Uma vez que as cidades contavam com mão-de-obra excedente para
trabalhar nos setores industriais, esses operários foram forçados a
buscar oportunidades no campo.
 
Os excertos acima tratam da formação da classe operária e ao
processo de urbanização das cidades. Os dois excertos demonstram,
por um lado, a efervescência das cidades com o aumento do
contingente populacional, ao mesmo tempo em que esse processo se
fazia às custas do empobrecimento e miséria dos mais pobres.
Correto!Correto!
18/06/2021 AO2: História Contemporânea: Sec XIX
https://famonline.instructure.com/courses/12589/quizzes/42200 3/23
A alternativa está correta, pois tanto o excerto de Dickens quanto
o excerto de Hugo tratam de dois processos que se desenvolvem
ao longo do século XIX: o processo de urbanização das cidades e
a formação das classes trabalhadoras. O crescimento das
cidades acontece de modo rápido e desenfreado, sem que
houvesse planejamento habitacional e sanitário adequado. Neste
sentido, o espaço urbano – captado por estes excertos literários –
podia ser caracterizado pela desordem e pela quantidade
significativa de habitantes, o antigo subúrbio, agora, laborioso
formigueiro. Em relação direta ao processo de urbanização, está
a conformação das classes operárias urbanas que são forçadas a
viverem em condições precárias. Assim, observamos como
Dickens e Hugo construíram representações literárias a respeito
desses processos, indicando ao leitor as contradições e
ambiguidades neles presentes. 
 
Os excertos tratam da formação da classe operária e ao processo de
urbanização das cidades. Os dois excertos demonstram como o
processo de êxodo rural que foi responsável por aumentar o
contingente populacional das cidades foi feito de modo organizado, de
forma a garantir moradias dignas para a grande parte da população.
 
Os excertos referem-se ao processo de reformas habitacionais
acontecidas em Paris e Londres durante a primeira metade do século
XX. Tais reformas aconteceram no sentido de reorganizar as cidades
para garantir aos trabalhadores recém-chegados do campo condições
dignas de mordia.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 2
Leia os textos abaixo:
Texto 1:
“A causa de segurança de nosso país não está completa. Mas, esta
noite, mais uma vez, lembramos que os Estados Unidos podem fazer
tudo aquilo a que se determinar a fazer. Essa é a história da nossa
história, seja a busca da prosperidade para nosso povo ou a luta pela
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igualdade de todos os nossos cidadãos: nosso compromisso é lutar
por nossos valores no exterior e nosso sacrifício é fazer do mundo um
lugar mais seguro.”
(Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO, Discurso de Obama sobre a morte de Bin Laden,
São Paulo, 02 de Maio de 2011)
Texto 2:
Ele [Deus] nos fez os mestres organizadores do mundo para
estabelecer um sistema onde reina o caos. (...) Ele nos fez adeptos do
bom governo para que possamos administrá-los aos povos selvagens
e senis (...) ele marcou o povo americano como Sua nação escolhida
para finalmente liderar no trabalho de regeneração do mundo. Essa é
a missão divina da América (...) nós somos os depositários do
progresso mundial, os guardiões da paz virtuosa.
(Fonte: BEVERIDGE, Albert apud FERES JÚNIOR, João. Spanish America como o
Outro da América, Revista Lua Nova, n.62, São Paulo, CEDEC, 2004, p. 69-89)
A doutrina do “Destino Manifesto”, a qual se faz presente, direta ou
indiretamente nos dois excertos acima, foi mobilizada ao longo do
século XIX para justificar a ação dos Estados Unidos em países
estrangeiros. A ideia de Destino Manifesto é referenciada até os dias
de hoje, a respeito desta ideia, avalie as asserções abaixo e as
relações proposta entre elas:
I. A principal característica da atuação dos Estados Unidos em
países estrangeiros configura-se no auxílio prestado às
populações mais vulneráveis do globo, a partir do investimento
em saúde, educação e saneamento básico. Esse processo
aconteceu sem que houvesse intervenção, direta ou indireta, no
contexto político dessas nações, por parte dos Estados Unidos.
Neste sentido, o auxílio oferecido pelos estadunidenses tem
caráter fundamentalmente humanitário.
 PORQUE
II. A teoria do Direito Manifesto defendia que os estadunidenses
eram excepcionais graças às instituições democráticas, pelo alto
grau de desenvolvimento civilizatório. E, portanto, seria sua
missão e dever levar essas instituições para países considerados
menos civilizados.
A respeito das asserções, é correto afirmar que: 
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 As asserções I e II são proposições falsas. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I.
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
Correto!Correto!
A alternativa está correta, pois a asserção I é uma proposição
falsa, e a II é uma proposição verdadeira. A teoria do Direito
Manifesto baseava-se no entendimento de que os colonos
descendentes das treze colônias de povoamento, as quais viriam
a dar origem aos Estados Unidos, dispunham de qualidades
excepcionas. Sobretudo, no que diz respeitoa defesa da
liberdade e da democracia. Por esse motivo, estariam incumbidos
de auxiliar povos “menos civilizados” em seu caminho para o
progresso. Essa “missão civilizatória” estadunidense foi realizada
não apenas por caminhos diplomáticos e pacíficos, como viria
sugerir a afirmativa I, que é falsa. Ao contrário: a Marcha para
Oeste – o processo de expansão territorial dos Estados Unidos ao
longo do século XIX -, ainda que embasado ideologicamente na
teoria de predestinação e excepcionalidade estadunidense foi
responsável por dizimar populações nativas, além de escravizar
trabalhadores de origem africana. No que diz respeito a política
externa do país em relação à América Latina, observou-se o
intervencionismo direto na política, inclusive, no que diz respeito a
participação em Golpes de Estado contra governos
democraticamente eleitos na região. Neste sentido, pode-se
afirmar que as justificativas ideológicas que defendem a ideia de
predestinação e excepcionalidade dos Estados Unidos foram
mobilizadas no sentido de dar respaldo à exploração e violência
contra outros povos, e não diz respeito ao investimento em saúde
e educação nessas regiões sem interesses políticos.
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
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0 / 0,6 ptsPergunta 3
Leia o texto abaixo:
Até as vésperas da era colonial moderna era comum encontrar as
imagens positivas sobre a África. Árabes e europeus descreveram as
formas políticas africanas altamente elaboradas e socialmente
aperfeiçoadas, entre as quais se alternavam reinos, impérios, cidades-
estados, entre outras. Após a conferência de Berlim (1885), que definiu
a partilha colonial da África, essas imagens “simpáticas” começaram a
sombrear. Reinos e Impérios foram substituídos pelas tribos primitivas
em estado de guerra permanente, umas contra outras, para justificar e
legitimar a Missão Civilizadora, que até hoje alimenta o imaginário da
África no Brasil.
(Fonte: VIEIRA, F. S. S. Do eurocentrismo ao afropessimismo: reflexão sobre a
construção do imaginário “África” no Brasil. Em Debate. PUC-Rio, n. 03, 2006
(QUESTÃO ADAPTADA, Enade 2018 – Prova Design)
Refletindo a respeito das temáticas trazidas por Vieira e daquilo que se
sabe a respeito do neocolonialismo, analise as asserções abaixo e a
relação proposta entre elas:
I. Na segunda metade do século XIX, a partilha da África foi
inspirada pelo ímpeto expansionista das grandes potências
europeias em busca de matérias primas. Essas iniciativas,
defendidas por Estadistas e industriais, estiveram
ideologicamente amparadas em teorias como o racismo científico
e o darwinismo social, que defendiam a inferioridade civilizatória
das populações africanas.
PORQUE
II. Para além de sua faceta econômica, o imperialismo,
caracteriza-se, também, enquanto um sistema de dominação
cultural e simbólica. A exploração do continente africano foi
estabelecida, também, no âmbito das imagens e das
representações. Longe de serem imparciais, essas narrativas
configuram-se enquanto relações de poder e se manifestam
como formas de dominação estabelecidas no nível simbólico.
A respeito das asserções, é correto afirmar que: 
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A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
ocê respondeuocê respondeu
A alternativa está incorreta, pois as asserções I e II são
proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
De acordo com teóricos alinhados com perspectivas pós-
coloniais e decoloniais, o neocolonialismo pôde ser caracterizado
enquanto um sistema econômico, mas, também, enquanto um
sistema de dominação em nível intelectual e cultural. Isso refere-
se à constituição de certo imaginário e de representações a
respeito do continente africano, caracterizado, também, pelo
processo sistemático de apagamento da pluralidade cultural,
linguística e social do continente foram perpetuadas durante
séculos, nublando as possibilidades de compreender e valorizar
as características de um continente inteiro. Até os dias de hoje,
perpetuam-se imagens do continente africano como um bloco
“monolítico”, sem considerar as pluralidades regionais, que se
manifestam nos costumes, na literatura, nas artes e na
arquitetura. Ao contrário, são perpetuadas representações de
miséria e pobreza e que, embora devam ser veementemente
combatidas, devem ser contextualizadas e situadas, não se
tornando, assim, a única imagem que se conhece a respeito de
um continente inteiro. Os estudos denominados “pós-coloniais” e
“decoloniais” buscam desvendar como o domínio imperial se faz,
também, no âmbito cultural. Neste sentido, a construção de
imagens e representações a respeito da África enquanto espaço
desprovido de cultura e riqueza esteve alinhada ao processo de
apagamento simbólico das particularidades africanas e das
populações nativas, e que estiveram à serviço de ações
neocolonialistas e imperialistas. Isto é, a medida em que se
constroem e se difundem imagens de pobreza – material e
cultural – do continente africano, elaboram-se, em paralelo,
justificativas de caráter ideológico para ações intervencionistas,
guiadas por interesses econômicos e exploratórios. Por isso, faz-
se necessário combater o imaginário construído a respeito do
continente africano em que se fazem presentes exclusivamente
imagens negativas, desconsiderando a riqueza e a pluralidade
cultural, religiosa e artística do continente. Por este motivo, as
duas afirmativas estão corretas e a II é uma justificativa da I.
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As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I
esposta corretaesposta correta
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 As asserções I e II são proposições falsas. 
0 / 0,6 ptsPergunta 4
Leia os textos abaixo:
Texto 1:
A ciência de Karl Marx tem por fim demonstrar rigorosamente essas
proposições: o caráter antagônico da sociedade capitalista, a
autodestruição inevitável dessa sociedade contraditória, a explosão
revolucionária que porá fim ao caráter antagônico da sociedade atual.
Portanto, o centro do pensamento de Marx é a interpretação do regime
capitalista enquanto contraditório, isto é, dominado pela luta de
classes”
(ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2001).
Texto 2:
Essa constatação expressa uma máxima do pensamento de Marx: a
transformação histórica da sociedade capitalista como resultado das
contradições e antagonismos presentes em uma sociedade de
classes.
(Fonte: Concurso IFES Professor do Magistério do Ensino Básico, Técnico e
Tecnológico, 06/2010.)(adaptado)
Levando em consideração os textos apresentados acima, e aquilo que
se sabe a respeito das teorias de Karl Marx:
I. Na perspectiva de Karl Marx, a condição econômica tem papel
secundário na ocorrência de processos revolucionários. Para o
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autor, é, sobretudo, a falta de representatividade política que
impulsiona movimentos contestatórios.
II. O desenvolvimento do sistema capitalista, na perspectiva de Karl
Marx, é caracterizado pela contradição entre as forças produtivas e
as relações sociais de produção.
III. Na concepção do materialismo histórico clássico, defendida por
Karl Marx, uma classe é caracterizada, fundamentalmente, pelo
papel que ocupa no processo produtivo.
É correto o que afirma em:
 I, apenas. 
 II e III, apenas. esposta corretaesposta correta
 II, apenas. 
 I e III, apenas. 
 I e II, apenas. ocê respondeuocê respondeu
A alternativa está incorreta, pois apenas as afirmaçõesII e III são
verdadeiras.
A afirmação II é verdadeira, pois em “O Capital”, Karl Marx
analisou as diferentes formas pelas quais as transformações
sociais ocorrem na era pré-capitalista. No entendimento de Marx,
os conflitos sociais que se desenvolveram nos diferentes
contextos sócio-históricos estavam relacionados às formas
produtivas estabelecidas por essas sociedades e as relações
sociais delas derivadas. As classes, na perspectiva do socialismo
científico, são caracterizadas fundamentalmente pelo seu papel
no processo produtivo – e na economia de um modo geral. Assim
sendo, Marx conclui que as grandes transformações sociais –
fossem graduais, ou revolucionárias – foram inspiradas pela
condição material dos indivíduos que as mobilizaram. Por isso,
para o materialismo histórico, as condições materiais –
econômicas – tem importância fundamental. São a partir delas
que se estabelecem relações sociais e técnicas de produção,
caracterizadas pela forma pela qual os homens, na condição de
agentes da produção, organizam-se socialmente a partir do papel
desenvolvido no processo produtivo. Assim, a afirmativa III é
verdadeira.
A afirmação III é verdadeira, pois ao longo do tempo, as relações
de produção – que são, ao mesmo tempo, de caráter social e
técnico e as forças produtivas isto é o modo de produção
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técnico – e as forças produtivas – isto é, o modo de produção –
estão em constante processo de transformação. Em certo ponto,
as forças produtivas entram em contradição com as relações
sociais existentes. Configura-se, então, uma contradição entre as
forças produtivas e as relações sociais dela derivadas. Isto é, das
relações sociais estabelecidas entre as classes a partir do papel
por elas ocupado no processo produtivo. Por exemplo: com o
advento da Revolução Industrial, as relações econômicas
passam a ser pautadas pela lógica da produção e acumulação,
da circulação de mercadorias e do desenvolvimento industrial.
Entretanto, a classe dominante era, ainda, a aristocracia, cujo
poder político e econômico estava assentado na sociedade
feudal. Neste sentido, há uma contradição, entre as relações de
produção e as relações sociais. Neste sentido, é luta de classes
que engendra as transformações de caráter político e social,
justamente, por conta das contradições entre as relações de
produção e as forças produtivas. Assim, a sociedade capitalista é
fundamentalmente caracterizada por contradições e
antagonismos, pois, ao mesmo tempo em que é capaz de
produzir riquezas, o faz às custas da exploração da classe
trabalhadora; e, além disso, há uma pequena parcela da
população que dispõe dos meios de produção dessas riquezas,
enquanto a grande maioria é forçada a vender sua força de
trabalho para garantir sua subsistência. Por conta disso, Marx
não acredita na possibilidade de que haja uma sociedade
capitalista sem que haja contradições, pois, essas ambiguidades
são inerentes a constituição deste sistema econômico.
A afirmação I é falsa, pois no entendimento de Marx, as
condições materiais são o principal motor de transformações
políticas ao longo da história.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 5
Leia o texto abaixo:
“Em visada panorâmica, o que ressalta quanto ao século XIX no
Ocidente é a abolição do tráfico africano de escravos e da própria
instituição da escravidão. Ao final do Oitocentos, ufanismos
nacionalistas, ilusões cientificistas e disposição autoconfiante para o
imperialismo predador, por parte de vários países europeus,
assentavam-se, em retrospectiva, nas representações sobre o avanço
da liberdade e da civilização epitomadas na superação do escravismo
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e de outras formas de organização social baseadas no trabalho
compulsório. Ao fim da escravidão associavam-se imagens de
progresso industrial e tecnológico, aperfeiçoamento de instituições
financeiras, expansão de mercados, mobilidade voluntária de
trabalhadores, aquisição de direitos civis e políticos, urbanização”
(CHALHOUB, S. A força da escravidão. São Paulo: Companhia das
Letras, 2012, p. 35).
Considerando o excerto de Chalhoub, analise as afirmações abaixo:
I. O desenvolvimento tecnológico e científico era uma garantia de
que a igualdade entre os povos ao redor do globo deveria ser
conquistada.
II. O fim da escravidão não significou o término das formas de
exploração do continente africano pela Europa e Estados Unidos.
Em fins do século XIX e XX, foram criadas formas de domínio e
exploração do continente.
III. Com o fim da escravidão, havia uma percepção de que todos os
povos eram iguais e não haveria distinção entre sua origem, credo
e cor.
IV. Havia uma contradição neste processo, pois, ao mesmo tempo em
que o avanço tecnológico e científico estaria relacionado à
liberdade e garantia de direitos civis, tais conquistas não eram
desfrutadas pelos povos sob domínio imperialista.
É correto o que se afirma apenas em: 
 I e IV. 
 III. 
 IV. 
 II e III. 
 II e IV. Correto!Correto!
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A alternativa está correta, pois apenas as afirmações II e IV são
verdadeiras.
O fim da escravidão africana não significou que o continente
Africano deixaria de ser explorado pela Europa e pelos Estados
Unidos. Embora o tráfico tenha cessado ao longo do século XIX,
desenvolvem-se outras formas de perpetuar domínio imperialista
nesta região, forjando novas formas de trabalho compulsório. Ou,
ainda, que as populações escravizadas no continente americano,
por exemplo, teriam a garantia de direitos civis desfrutados pelas
populações brancas. Neste sentido, havia uma contradição: ao
mesmo tempo em que o avanço tecnológico e científico estaria
relacionado à liberdade e garantia de direitos civis, tais conquistas
não eram desfrutadas pelos povos sob domínio imperialista, ou
pelos trabalhadores africanos escravizados que haviam
conquistado sua liberdade. Assim sendo, observamos as
contradições e limites da ideologia liberal, pois, ao mesmo tempo
em que defendia a igualdade e liberdade a todos os indivíduos,
associada a possibilidade de desenvolvimento científico e
tecnológico, criavam-se formas de dominação e exploração
imperialista, coloniais e racistas.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 6
Leia o texto abaixo:
“A unificação das atividades administrativas, sob o grande Consulado,
solucionando na prática querelas entre a colaboração e a separação
dos poderes de Estado, propiciou a estabilidade política interna na
França e, pela primeira vez, em dez anos, a paz externa. As reformas
foram tangidas por inúmeras leis e decretos que ordenaram a ação
governamental, a organização e a hierarquia administrativa, judiciária,
das finanças e da educação. A anistia política e obras para a
restauração da atividade econômica reforçariam o poder político
pessoal de Napoleão. Em 1804, sem hesitar, foi proclamado Imperador
dos franceses. A paz, a ordem e a retomada dos negócios foram
fontes de acumulação e de legitimação do poder por Bonaparte. Neste
esforço, Napoleão buscou fundir a soberania monárquica e a
soberania nacional na figura de Carlos Magno, evocando sua
lembrança como unificador do antigo império romano e fundador do
novo império franco. Apresentando-se como sucessor daquele,
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https://famonline.instructure.com/courses/12589/quizzes/42200 13/23
apegou-se aos símbolos políticos do Antigo Regime, como o cetro, a
coroa e a espada."
(Fonte: MARTINEZ, Paulo Henrique. Napoleão. Varia hist. [online]. 2010, vol.26,
n.43, pp.315-318. Disponível em:
 https://www.scielo.br/j/vh/a/SWqMFbhGHZ43hPr4vc8JNdw/?
format=pdf&lang=pt. (https://www.scielo.br/j/vh/a/SWqMFbhGHZ43hPr4vc8JNdw/?
format=pdf&lang=pt.) Acesso em: 26 mai. 2021.)
Batalha de Waterloo. William Sadler, 1815. Fonte: Disponívelem:
https://en.wikipedia.org/wiki/File:Battle_of_Waterloo_1815.PNG
(https://en.wikipedia.org/wiki/File:Battle_of_Waterloo_1815.PNG) . Acesso em: 20 out.
2020). 
Considerando o excerto e a pintura de William Sadler, assinale a
opção correta.
 
É possível constatar que a ascensão de Napoleão ao poder foi
caracterizada pela restituição integral da sociedade pré-revolucionária.
Não havia distinção entre os poderes executivo, judiciário e legislativo,
pois todas estas atividades concentravam-se em sua figura, cuja
legitimidade era assegurada por sua postura personalista.
 
É possível constatar que a ascensão de Napoleão foi caracterizada por
quase duas décadas ininterruptas de estabilidade, com exceção de
uma breve disputa com a Inglaterra, impulsionada pela imposição de
um Bloqueio Continental por parte dos britânicos e que resultou na
Batalha de Waterloo, representada por Sadler.
https://www.scielo.br/j/vh/a/SWqMFbhGHZ43hPr4vc8JNdw/?format=pdf&lang=pt.
https://en.wikipedia.org/wiki/File:Battle_of_Waterloo_1815.PNG
18/06/2021 AO2: História Contemporânea: Sec XIX
https://famonline.instructure.com/courses/12589/quizzes/42200 14/23
 
É possível constatar que o período governado por Napoleão foi
caracterizado por uma série de instabilidades, tanto no que se refere ao
âmbito interno, como a administração pública, quanto no que se refere
ao âmbito externo, pela presença de inúmeras disputas dentro e fora
da França.
 
É possível constatar que uma das medidas de Napoleão enquanto
Imperador foi cada país europeu deveria voltar a ser governado pela
dinastia que ocupava o trono antes de 1789 e restituir as monarquias
absolutistas em toda a Europa.
 
É possível constatar que a ascensão de Napoleão garantiu um breve
período de paz após anos de turbulência na França pós-Revolução
Francesa. Isso se deve às inúmeras reformas conduzidas pelo então
Imperador. Embora tenha havido um breve período de paz externa,
contudo, o governo de Napoleão foi marcado uma série de guerras,
conhecidas como Guerras Napoleônicas, e trouxeram inúmeras
consequências para a Europa e paras as Américas. A Batalha de
Waterloo, representada por Sadler, marca o início da decadência do
Império de Napoleão.
Correto!Correto!
A alternativa está correta. Através da promulgação do Código
Civil Napoleônico de 1804, Bonaparte garantiu a igualdade dos
cidadãos perante a lei, assegurou a separação entre o Estado e a
Igreja e ratificou a reforma agrária ocorrida durante o período
revolucionário. Além disso, realizou obras de infraestrutura no
país, ao lado de reformas na educação - do ensino básico ao
superior. No âmbito econômico, havia criado o Banco da França,
instituição controlada pelo Estado que permitiu a unificação da
moeda, facilitando os financiamentos à indústria e à agricultura,
além do controle inflacionário. Através destas medidas, o
Imperador consolidava o apoio de classes sociais distintas ao seu
governo: da burguesia, dos camponeses e dos militares. Após
sua ascensão, Napoleão levou adiante um processo de expansão
da França, na condição de Imperador do País, o que gerou uma
série de conflitos armados com os países europeus, como a
Inglaterra, Portugal e Espanha. 
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0,6 / 0,6 ptsPergunta 7
Leia o texto abaixo:
“Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos,
se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e
a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que
abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de
qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no
estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito
incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque,
sendo todos senhores tanto quanto ele, todo o homem igual a ele e, na
maior parte, pouco observadores da equidade e da justiça, o proveito
da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito
arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição
que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é
sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com
outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se para a mútua
conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de
propriedade."
(LOCKE, John. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991.)
Considerando o excerto mencionado acima e aquilo que se sabe a
respeito do liberalismo, analise as afirmações abaixo:
I. O liberalismo foi uma corrente ideológica que defendia direitos
universais a todos os cidadãos, como o direito à vida, à
propriedade e a reprodução.
II. O Estado deve estar à serviço da proteção à vida, dos direitos e
propriedades individuais.
III. A faceta econômica do liberalismo defendia a intervenção do
Estado no mercado, uma vez que este não poderia se organizar de
forma independente.
IV. O liberalismo foi a corrente ideológica utilizada para garantir a
manutenção das monarquias absolutistas no poder.
É correto o que se afirma apenas em:
 I e IV. 
 II e III. 
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 I e II. Correto!Correto!
A alternativa está correta, pois apenas as afirmações I e II são
verdadeiras. A corrente ideológica conhecida como “liberalismo”,
cujos principais teóricos foram Adam Smith e John Locke,
baseava-se no entendimento de que haveria direitos naturais,
concedidos a todos os cidadãos, independentemente de sua
origem de nascimento. Este ideal sustentava-se no pressuposto
de que todos os homens deveriam ter acesso a direitos
universais, como a liberdade, a propriedade e o direito de ir e vir. 
Como observamos no excerto de John Locke, a existência de um
Estado estaria à serviço, justamente, da garantia de que esses
direitos fossem respeitados. O homem, em seu estado de
natureza, embora desfrutasse de liberdade irrestrita, também era
obrigado a enfrentar os perigos e temores ocasionados pela falta
de proteção. Por este motivo, organiza-se em sociedade, com o
intuito de preservar a sua vida e a de outros homens. 
As afirmações III e IV são falsas, pois o liberalismo em sua faceta
econômica defendia que o Estado não deveria intervir no
funcionamento da economia e do mercado. Assim sendo, as
decisões referentes ao funcionamento econômico devem ser
tomadas por indivíduos e empresas, e não por intervenção do
Estado. No entendimento de tais filósofos, o intervencionismo
seria uma forma de ferir os direitos individuais. Por conta de tais
pressupostos de igualdade, o liberalismo foi utilizado para criticar
a monarquia absolutista e os privilégios da aristocracia.
 II e IV. 
 III. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 8
Leia o texto abaixo: 
“A tese do branqueamento baseava-se na presunção da superioridade
branca, às vezes pelo uso dos eufemismos raças “mais adiantadas” e
pelo fato de ficar em aberto a questão de ser a inferioridade inata. À
suposição, juntavam-se mais duas: Primeiro – a população negra
diminuiria 
progressivamente em relação à branca. Segundo – a miscigenação
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produzia “naturalmente” uma população mais clara, em parte porque o
gene branco era mais forte e em parte porque as pessoas
procurassem parceiros mais claros [...].”
(Fonte: SKIDMORE, T. Preto no branco: raça e nacionalidade no
pensamento brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2012).
O excerto de Thomas Skidmore aborda uma construção ideológica que
se constituiu nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras do
século XX. Portanto, pode-se afirmar que se refere a:
 
Refere-se aos movimentos contestatórios empreendidos pelas classes
operárias que rejeitavam a ideia de que haveria diferenças biológicas
entre os povos ao redor do globo. Por conta disso, defendiam
enfaticamente a necessidade de miscigenação entre os povos como
forma de resistirao domínio das classes burguesas.
 
Ao esforço da ciência que se estabeleceu em fins do século XIX e que
teve por objetivo implantar, na sociedade, as teorias sociais e da
emancipação humana. Baseado no entendimento de que, embora os
povos ao redor do globo conservassem especificidades entre si, eram,
em sua natureza, iguais.
 
Ao movimento social popular que se estabeleceu em fins do século XIX
e que teve por objetivo implantar na sociedade as teorias
evolucionistas e da seleção natural ao aprimoramento biológico da
espécie humana. Os movimentos operários tiveram papel fundamental
neste sentido, pois se inspiraram nas ideias defendidas por Charles
Darwin para defender.
 
Refere-se ao racismo científico. Este não teve impacto nas políticas
imperialistas e esteve restrito a alguns grupos de acadêmicos. Essas
teorias não se prolongaram e brevemente foram suprimidas dos
debates científicos por conta de seu caráter discriminatório.
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As teorias do Darwinismo Social e do racismo científico. Em fins do
século XIX, estabelece-se uma corrente científica que se baseia em
teorias evolucionistas e da seleção natural das espécies para defender
o aprimoramento biológico da espécie humana. Essas teorias eram
racistas e discriminatórias, pois defendiam a superioridade “racial” dos
brancos em comparação a outros povos, e buscavam justificativas
“científicas” para fazer essas afirmações.
Correto!Correto!
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A alternativa está correta. O excerto de Thomas Skidmore refere-
se ao desenvolvimento de teorias do “darwinismo social”.
Amparados nas teorias de Charles Darwin a respeito da seleção
natural, cientistas e acadêmicos desenvolveram a perspectiva de
que assim como as espécies de animais, os seres humanos
seriam divididos entre mais e menos evoluídos. Isto é, que os
diferentes povos estariam em escalas diferentes do processo
evolutivo. Essa ideologia foi denominada de darwinismo social e
se fundamentada em ideais eugenistas e racistas. Defendia-se o
entendimento de que as sociedades se dividiam entre três etapas
de evolução: a primeira, as sociedades barbas; a segunda,
primitivas, e a terceira, civilizadas. Os bárbaros seriam aqueles
cujo contato com a civilização era ínfimo. Os primitivos seriam as
sociedades com algum grau de complexidade, como Estados
organizados e instituições administrativas, como alguns povos
asiáticos. A civilização, entretanto, seria característica das
sociedades europeias. É importante frisar que as teorias do
darwinismo social foram fundamentais para justificar e legitimar o
domínio imperialista e colonial. Estadistas e acadêmicos,
amparados em teorias eugenistas, defendiam abertamente a
inferioridade racial de povos negros e asiáticos em relação aos
brancos, e afirmavam que seu domínio sobre estes povos era
justificado por uma missão civilizatória, pelo desejo de auxiliá-los
em seu progresso e desenvolvimento enquanto sociedade. As
teorias do darwinismo social estão relacionadas com o racismo
científico. Os teóricos e cientistas que defendiam essa
perspectiva buscavam em traços biológicos justificativas para o
comportamento entendido enquanto “bárbaro” de determinados
povos. Ainda, acreditavam ser possível explicar o comportamento
de indivíduos, considerados “desviantes” através de traços
biológicos, como o tamanho do crânio, a distância entre os olhos,
etc. Hoje, sabidamente desacreditadas, as teorias do racismo
científico foram responsáveis por embasar uma série de medidas
de extrema violência, material e simbólica, contra povos não-
brancos ao redor do globo. É possível refletir, neste sentido, como
a ideia de “seleção natural”, aplicada ao contexto social, seria
uma forma de justificar as desigualdades e opressões, pois, tais
discrepâncias poderiam ser explicadas por características
inerentes aos seres humanos em sua composição biológica, e
não como consequência de um sistema econômico e político que
se perpetua através da dominação de uns pelos outros. 
0 / 0,6 ptsPergunta 9
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Leia o texto abaixo:
“a dependência material que infantilizava a mulher burguesa e de
classe média e limitava seu campo de ação e circulação; as
vicissitudes da maternidade e os discursos morais (particularmente
contra a atividade sexual não procriativa) que as acompanhavam; a
falta de condições de cidadania que apartava as mulheres da esfera
pública e as condenava a um isolamento no espaço doméstico onde a
fantasia era a forma privilegiada de realização de desejos e o devaneio
nem sempre encontrava seus limites, esbarrando nas duras arestas
das regras que pautavam a vida social."
(KEHL, Maria Rita. Deslocamentos do feminino: a mulher freudiana na passagem
para a modernidade. São Paulo: Boitempo, 2016. p. 119).
A qual processo sócio-histórico Maria Rita Kehl se refere?
 
 
Refere-se ao processo de construção de papeis de gênero mais
delimitados, especialmente, no que se refere ao estabelecimento de
condutas sociais e morais direcionadas às mulheres e que estão
relacionados à conformação de certa sociabilidade burguesa.
esposta corretaesposta correta
 
Trata-se do processo de transformação das condutas sociais
estabelecidas para homens e mulheres. Se, na sociedade aristocrática,
as mulheres das camadas abastadas deveriam ocupar espaços da
política e das artes, com o advento das revoluções burguesas, esses
espaços passaram a ser restringidos a elas.
 
Trata-se das radicais mudanças experimentadas por mulheres de
diversas classes sociais com o advento da modernidade. Graças às
revoluções burguesas, agora as mulheres podiam votar e participar
igualmente dessas atividades.
ocê respondeuocê respondeu
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A alternativa está incorreta, pois mesmo com o advento das
Revoluções Burguesas, as mulheres ainda estavam apartadas
dos espaços de decisão política e não tinham acesso ao voto. 
É correto afirmar que foi durante a ascensão da burguesia
enquanto classe dominante que passam a ser definidos papéis
de gênero mais delimitados. Ou seja, é quando se consolidam
condutas morais, direcionadas, sobretudo, às mulheres,
especificando qual era seu papel na estrutura social. Se, por um
lado, estava disponível aos homens a atuação profissional e a
atuação na política, era ocupação central das mulheres,
sobretudo as da classe média e alta urbana, o papel de “donas
do lar”. Apartadas dos espaços de decisão política e econômica,
a instrução das mulheres era fundamentalmente justificada para
que se tornassem boas esposas e mães dedicadas, capaz de
educar seus filhos de acordo com os valores republicados. Por
este motivo isso, esperava-se delas o conhecimento sobre as
artes e a literatura, além do domínio sobre um ou mais
instrumentos musicais. Como afirma Anne Martin-Fugier, em “Os
ritos da vida privada burguesa” os eventos da “boa sociedade”,
característicos da sociabilidade burguesa, eram pontos de
encontro e oportunidades para que os homens travassem
acordos comerciais e políticos. Nessas situações, o papel das
mulheres era o de gerenciamento dos jantares: a lista, o lugar, os
talheres, a decoração e o cardápio. O convívio social com
membros da mesma classe e o compartilhamento de hábitos
pôde ser observado também em eventos de música e teatro, que
deixam de acontecer no espaço fechado das cortes e passam a
ocupar a paisagem das grandes cidades. É a respeito deste
processo a que Maria Rita Kehl se refere no excerto acima. 
 
Trata-se da conquista de direitos reprodutivos pelas mulheres do
século XIX. Com as Revoluções Burguesas, além do direito ao voto e a
possibilidade de inserção na esfera pública, as mulheres também
puderam fazer uso de métodoscontraceptivos.
 
Trata-se do processo de inserção na esfera do trabalho conquistado
pelas mulheres das camadas populares no século XIX. Anteriormente,
as mulheres não poderiam trabalhar fora de seus lares.
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0,6 / 0,6 ptsPergunta 10
A respeito da produção historiográfica elaborada sobre a Revolução
Francesa de 1789, o historiador François Furet afirmou:
“seu desenvolvimento é comparável ao desenvolvimento da própria
Revolução: atravessada de contradições e de batalhas espetaculares,
como se o caráter teatral do evento tivesse sido legado a seus
historiadores, única parte não dividida de uma herança conflituosa”. 
FURET, François La gauche et la révolution au milieu du XIX siècle. Edgar Quinet et
la question du Jacobinisme 1865-1870. Editora Hachette, Paris, 1986. Fonte:
https://www.cafehistoria.com.br/historiografia-da-revolucao-francesa/
(https://www.cafehistoria.com.br/historiografia-da-revolucao-francesa/) 
 
A respeito da produção historiográfica sobre determinado evento,
avalie as asserções abaixo e relação entre elas:
I. A Revolução Francesa de 1789 foi um evento caracterizado por
suas ambiguidades e contradições, justificadas, em grande parte,
pela atuação de sujeitos históricos, cujos interesses e objetivos
diferenciavam-se entre si. Essa complexidade se reproduz na
produção historiográfica. Ou seja, as mesmas contradições e
batalhas que caracterizaram a Revolução de 1789, também se
fazem presente nas correntes historiográficas que se dedicaram
a interpretá-la.
PORQUE
II. Embora o método historiográfico seja caracterizado pela
objetividade, rigor e método científico, o historiador é um sujeito
de seu próprio tempo, e observa o passado a partir de questões
postuladas pelo presente em que vive.
Em relação às asserções, é correto afirmar que:
 As asserções I e II são proposições falsas. 
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
https://www.cafehistoria.com.br/historiografia-da-revolucao-francesa/
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As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I.
Correto!Correto!
A alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições
verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Na perspectiva de François Furet e considerando as temáticas a
respeito das interpretações historiográficas produzidas a respeito
das causas e consequências da Revolução Francesa, é possível
aferir que a historiografia do tema é tão complexa e plural quanto
o próprio evento. Isso se deve, na perspectiva de Furet, ao fato de
que os historiadores empenhados em compreender este evento,
são orientados por questões formuladas no presente histórico em
que vivem; são inspirados, ainda, por orientações políticas
variadas e por formações intelectuais igualmente diferentes. Tais
fatores são responsáveis por gerar interpretações distintas para
um mesmo evento, pois privilegiam aspectos de observação
diferentes: tanto pelas fontes e materiais de análise, quanto por
métodos e conceitos mobilizados e, principalmente, por quais
questões são elaboradas para concretizar essas interpretações.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
Pontuação do teste: 4,2 de 6

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