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Fisiologia dos Hormônios Tireoideanos Tiroxina (T4) e Tri-iodotironina (T3) Produção transporte ativo de iodeto (I–) para o interior da célula tireoidiana oxidação do I– e ligação a resíduos tirosil da tireoglobulina (mono e di-iodotirosina) acoplamento de duas moléculas de DIT para formar o T4, e MIT + DIT para gerar o T3 proteólise da Tg, com liberação dos hormônios livres na circulação A oxidação do iodo e a reação de acoplamento são catalisadas pela peroxidase tireoidiana (TPO) A tireóide normal produz todo o T4 circulante e cerca de 20% do T3 circulante Regulação dos hormônios TRH TSH T3 e T4 efeito trófico nas células foliculares aumenta a produção da TPO estimula a bomba de iodeto e a liberação Hipotálamo Hipófise anterior Tireóide alto nível faz feedback negativo no TSH Funções Coração Tecido adiposo Cronotrófico Ionotrófico aumenta o nº de receptores beta-adrenérgicos aumento da resposta às catecolaminas circulantes estimula a lipólise Intestino aumento da taxa de absorção de carboidrato e da motilidade intestinal Ossos estímulo dos osteoclastos e promoção do crescimento e desenvolvimento do esqueleto Músculo estímulo do catabolismo proteico Sistema Nervoso Promoção do desenvolvimento normal do encéfalo Nas lipoproteínas Estímulo da formação de receptores de LDL hepáticos Sexual diminuição da libido, amenorreia, polimenorreia DOENÇA DE ADDISON AUTOIMUNE Insuficiência adrenal primária CRH ACTH Glicocorticóides Mineralocorticóides Androgênios Epidemiologia Predomina no sexo feminino habitualmente diagnosticada entre 30 e 50 anos É rara, com prevalência estimada entre 40 e 110 casos por milhão de habitantes Pode ocorrer isoladamente, mas cerca de 50 a 60% dos pacientes têm associados um ou mais distúrbios autoimunes Hipotálamo Hipófise anterior Supra-renal há a redução dos esteroides adrenais, levando à produção subnormal de cortisol, aldosterona e androgênio Fisiopatologia destruição de mais de 90% do tecido da supra-renal há dois tipos: anticorpos anti-córtex da glândula suprarrenal (ACSRs) e anticorpos dirigidos contra a enzima esteróide 21-hidroxilase (citocromo P450c21) Quadro clínico fraqueza, letargia, fatigabilidade fácil, anorexia, náusea, dor articular e dor abdominal hiperpigmentação da pele e das mucosas O comprometimento da gliconeogênese predispõe à hipoglicemia estímulo da melanocortina perda renal de Na+ e retenção de K+, causando hipovolemia e hiperpotassemia Crise Addisoniada perda do apetite, perda de peso e distúrbios GI Febre, fraqueza, apatia e confusão ● A anorexia, a náusea e os vômitos podem levar à depleção de volume e à desidratação ● A dor abdominal pode simular a dor de um processo abdominal agudo irritabilidade, apreensão, incapacidade de concentração e labilidade emocional Diagnóstico Dosagem do cortisol sérico Dosagem do ACTH Pesquisa do anticorpo anti 21-hidroxilase Teste da intolerância à insulina Teste do glucagon Exames de imagem TC e RM para auxiliar no diagnóstico diferencial Tratamento Crise Addisoniana No RX simples de tórax é comum observar microcardia reverter o quadro de hipotensão, distúrbios eletrolíticos e hipoglicemia soro fisiológico + soro glicosado + glicocorticóides Hidrocortisona 12 a 15 mg/mL mimetizar a variação fisiológica diurna das concentrações de cortisol!!! Prednisolona, dexametasona Os pacientes devem ser encorajados a salgar seu alimento e a não limitar a ingestão de sal Síndrome Poliglandular Autoimune Tipo 1 Fludrocortisona, 50 a 300 µg/dla padrão autossômico recessivo e resulta de mutações no gene AIRE caracterizada por infecção fúngica persistente (candidíase mucocutânea crônica), hipoparatireoidismo e insuficiência adrenal O sexo feminino é discretamente mais acometido (0,8 a 2,4:1) mais encontrada em populações com alto grau de consanguinidade, principalmente na população finlandesa e na iraniana manifesta-se na infância (90% com idade média de 7,4 anos) A CMC geralmente é a manifestação inicial Etiopatogenia o gene AIRE tem a função de estimular a expressão dos antígenos periféricos no timo A síntese dessas proteínas "periférica" pelas células epiteliais do timo pode ser importante para a ablação normal dos linfócitos reativos a essas "auto"proteínas As células T específicas para esses antígenos periféricos escapam da destruição que ocorreria no timo, amadurecem e entram na circulação, atacando órgãos-alvo Quadro clínico sintomas relacionados às doenças envolvidas Diagnóstico Tratamento O tratamento de escolha da hipocalcemia é a administração de calcitriol juntamente com cálcio (1 a 2 g/d) O tratamento da candidíase mucocutânea deve ser feito com antifúngicos orais, como fluconazol Tipo 2 coexistência de insuficiência adrenal primária auto-imune (doença de Addison) com doença auto-imune da tireóide (DAIT) e/ou diabetes mellitus tipo 1A (DM1A) Acomete mais frequentemente o sexo feminino tem início na vida adulta, entre 30 e 40 anos insuficiência adrenal associada à DAIT é chamada de síndrome de Schmidt insuficiência adrenal associada a DAIT e DM1A constitui a síndrome de Carpenter Etiopatogenia Tipo 3 associação da DAIT a uma ou mais doenças autoimunes, excluindo-se a DA e o hipoparatireoidismo não foi encontrado um único gene responsável pela doença Fatores ambientais, como infecções (CMV), medicações, alimentos e estresse, podem atuar como cofatores órgãos derivados da mesma linhagem celular expressam antígenos embrionários específicos, e esses servem como alvo para as respostas auto-imunes Pode ser incompleta e potencial incompleta e subclínica Quadro clínico A doença de Addison está, por definição, em 100% dos casos A associação mais frequente é insuficiência adrenal e DAIT Outras manifestações autoimunes associadas vitiligo alopecia anemia perniciosa colite ulcerativa etc Tipo 4 combinação de doenças autoimunes que não se encaixam nos outros tipos Mecanismo de Ação dos fármacos Levotiroxina Atua da mesma forma que a tiroxina endógena que é convertida no fígado e nos rins em T3, seu metabólito ativo Usada no tratamento do hipotireoidismo e para a supressão do TSH Efeitos adversos palpitação, taquicardia, arritmias, hipertensão, dor no peito, agitação, ansiedade, dor de cabeça, insônia, tremores, irritabilidade, suores, calor excessivo, perda de peso, alterações menstruais, diarreia, vômitos, aumento do apetite, cólicas abdominais e queda de cabelo Fludrocortisona Liga-se ao receptor mineralocorticoide (receptor de aldosterona), aumentando o transporte de água e íons, além de aumentar o volume do fluido extracelular, a pressão arterial e os níveis de potássio Efeitos adversos Retenção de sódio e água, com edema, hipertensão e aumento da excreção de potássio com possibilidade de alcalose hipocalêmica Pode induzir à falência cardíaca Seu uso prolongado pode causar aumento na pressão intraocular e redução da função visual Hidrocortisona a inibição da enzima fosfolipase A2, impedindo a formação de ácido aracdônico e, consequentemente, das prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos Efeitos adversos Retenção de sódio, fluidos, baixa de potássio, hipertensão, diminuição da massa muscular osteoporose, úlcera péptica com provável perfuração e hemorragia, distensão abdominal, pancreatite, esofagite ulcerativa, enxaqueca, eritema facial, irregularidades menstruais, glaucoma Prednisolona Mecanismo de ação semelhante ao da hidrocortisona Efeitos adversosfragilidade da epiderme, ganho de peso, maior risco de infecções e lesões, hipertensão, hiperglicemia e dislipidemia https://coggle.it/
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