Buscar

Grupoterapias estudo dirigido

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Grupoterapias, David Zimerman
1- Qual é a concepção de grupo do autor?
O ser humano é gregário, e ele só existe ou subsiste, em função de seus inter-relacionamentos grupais. Desde seu nascimento, ele participa de diferentes grupos, numa constante dialética entre a busca de sua identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal. Todo o indivíduo passa a maior parte do tempo de sua vida convivendo e interagindo com distintos grupos. Todo indivíduo é um grupo.
Assim como o mundo interior e o exterior são a continuidade um do outro, da mesma forma o individual e o social não existem separadamente, pelo contrário, eles se interpenetram, complementam e se confundem entre si.
Um conjunto de pessoas constitui um grupo, um conjunto de grupos e sua relação com subgrupos, se constitui uma comunidade e um conjunto interativo das comunidades, configura uma sociedade,
As relações grupais possuem o material explícito (grupo de trabalho) e o conteúdo não explícito (inconsciente, fantasias, identificações, medos, ansiedades, processo de resistência).
De acordo com Kurt Lewin, grupos são o material básico da psicologia social.
Dentro de nós, habita o grupo.
Aprendemos com as nossas primeiras relações parentais a como nos relacionar, criamos modelos de relacionamentos.
2- O que determina a diferença entre distintos tipos de grupos?
Um grupo se constitui como uma nova entidade, com leis, mecanismos próprios e específicos, objetivo próprio, enquadramento específico e uma cultura específica. (não é o somatório das partes). O que determina as diferenças entre os distintos grupos é o objetivo e os fins para os quais foram criados e compostos e a diversidade da cultura.
Existem grupos de todos os tipos e uma primeira subdivisão que se faz necessária é a que diferencie os grandes grupos (macropsicologia), pequenos grupos (micropsicologia) e agrupamento, conjunto de pessoas que convive, partilhando de um mesmo espaço e que compartilham o mesmo interesse. Para um grupamento se tornar um grupo implica na transformação de interesses comuns para interesses em comuns. (vínculo emocional)
3- O autor elenca uma série de condições básicas para os grupos. Quais são elas?
a- Um grupo se constitui como uma entidade nova e singular (não é um mero somatório das partes), sem excluir que cada um de seus membros continue sendo um indivíduo com 
identidade própria e sujeito às mesmas vivências psicológicas que caracterizam todo e qualquer vínculo terapêutico. Todo grupo se comporta como se fosse uma individualidade.
A essência dos fenômenos grupais, a interdependência entre seus membros, é a mesma em qualquer tipo de grupo. Todo grupo está sujeito às mesmas vivências psicológicas porque formamos vínculos com as pessoas.
b- Reunião em torno de uma tarefa e de um objetivo em comum.
c- O tamanho do grupo não pode colocar em risco a comunicação entre os integrantes. Há interação efetiva entre seus membros.
d-Há um enquadramento (setting) e o cumprimento de combinações (tempo, espaço, regras) que delimitam e normatizam a atividade.
e- Unidade que se manifesta como uma totalidade.Ex: quebra-cabeça
f- Campo dinâmico em que gravitam fantasias, ansiedades, identificações, papéis.
g-É inerente à conceituação de grupo a existência entre seus membros de uma interação afetiva, de natureza múltipla e variada.
h- Em todo grupo tem 2 forças contraditórias: coesão( sentimento de pertinência/vestir a camisa) e desintegração.Dentro do grupo, há forças de coesão e de dissolução. Se dentro do grupo a força de coesão for forte, o grupo será unido, forte, fechado, identificação entre seus integrantes, maior possibilidade de continuar existindo. Se, num determinado momento, as forças de dissolução forem maiores, o grupo pode acabar.
i- O campo grupal se processa entre dois planos:intencionalidade consciente (Bion; grupo de trabalho cujos indivíduos integrantes estão voltados para o êxito da tarefa e interferência de fatores inconscientes ( regidos por desejos reprimidos, ansiedades e defesas.
j- Fenômenos de resistência e contra-resistência, de processos identificatórios que se manifestam no campo grupal.
k- Fenômeno da Ressonância a mensagem de cada indivíduo vai ressoando no inconsciente dos outros e produzindo aportes de associações e manifestações.
l- Fazer distinção entre emergência de fenômenos grupais ( que acontecem em qualquer grupo independente da finalidade) e um processo grupal terapêutico ( enquadre necessário para grupos terapêuticos)
m- Um grupo de finalidade operativa ou terapêutica necessita de uma coordenação.
O grupo funciona como uma individualidade que limita e separa dos outros.
É uma entidade viva.
4- Especificamente as grupoterapias, Zimerman as divide em dois grandes ramos: operativos e terapêuticos. Quais as diferenças básicas entre um e outro?
A diferença entre eles decorre de seus objetivos e fins. No grupo terapêutico, possui diversas linhas teóricas, o objetivo é a terapia para mudança das ações disfuncionais. Já no grupo de trabalho, o enfoque é outro, não faz análise, tem como fim a realização de uma tarefa, operar é criar condições para que os integrantes promovam uma modificação criativa e uma adaptação ativa à realidade, o que significa compreender o grupo como instrumento a serviço da aprendizagem.
5- Por que afirmamos que essa delimitação, no entanto, não é estanque?
Na década de 90, Zimerman dividiu os grupos operativos (de trabalho) em: ensino-aprendizagem, comunitários e institucionais. E os terapêuticos em: psicoterápicos e de auto-ajuda. 
Naquela época, fazia mais sentido essa divisão, pois as políticas públicas eram mais tímidas. Porém, hoje, sabe-se que há interconexões, complementações. Os grupos operativos nos dias de hoje, buscam produzir o processo de ensino-aprendizagem, colocando o sujeito no centro do processo de aprendizagem e muitos grupos operativos são desenvolvidos em comunidades ( saúde, na assistência social, no terceiro setor e em organizações da sociedade civil). Logo esta subdivisão não faz mais sentido, como fazia há 30 anos atrás. Muitas instituições estão em comunidades. Existe a divisão mas não são estanques. Há interconexões e complementação entre os grupos, eles se atravessam, por exemplo, um grupo busca produzir ensino aprendizagem e é comunitário e se desenvolve em uma instituição.
 Os terapêuticos também não são estanques, pois não há como controlar os benefícios terapêuticos. Os operativos não têm como objetivo fazer terapia, no entanto, possuem ganhos terapêuticos.
Os grupos operativos visam “operar” em uma determinada tarefa, sem que haja uma precípua finalidade psicoterápica; Os grupos operativos em serviços de saúde podem ter uma série de benefícios terapêuticos para os seus membros, embora essa seja a sua finalidade. Não há uma divisão estanque entre as modalidades dentro do mesmo tipo de grupo, nem entre os grupos operativos e terapêuticos. Importante saber que os grupos operativos não tem como objetivo fazer uma terapia, pois não visam os ganhos terapêuticos.
6- O que são grupos operativos? Como você os caracterizaria? Quais seus pressupostos?
O grupo operativo é um conjunto de pessoas ligadas entre si por constantes de tempo e espaço e articuladas por sua mútua representação interna, propondo explícita e implicitamente uma tarefa que constitui sua finalidade.
Os grupos operativos visam operar em uma determinada tarefa, sem ter como fim a psicoterapia. A técnica de intervenção é colocar o sujeito no centro do processo de aprendizagem de forma ativa e como protagonista na produção de seu bem estar, na construção do conhecimento e nos sentidos que dão significado à sua experiência humana.
Os grupos operativos pressupõem um movimento de desestruturação, estruturação e reestruturação. Os integrantes precisam se apropriar do grupo, transformá-lo, reestruturando de forma que faça sentido para eles.
Os grupos operativos objetivam uma leitura crítica da realidade e possibilitam a seus membros meios para que entendam como se relacionam com os outros.
 7- O autor divideos grupos operativos em três subgrupos. Quais são eles?
Ensino aprendizagem (o essencial é aprender a aprender), Institucionais (a atividade é muito utilizada em instituições) e Comunitários (ex: campo da saúde mental, utilização de cuidados preventivos, de tratamento e de reabiltação).
8- O que é ECRO? Como é formado? 
Indicador que permite avaliar o desenvolvimento do grupo, a dinâmica do campo grupal. ECRO significa Esquema Conceitual Referencial Operativo que reúne uma série de fatores, tanto conscientes como inconsciente
Vínculos-bicorporal (dentro de n/ tripessoal; (todo vínculo bicorporal é sempre tripessoal, tendo em vista os personagens parentais que estão introjetados em cada indivíduo) - os vínculos se dão por fatores de identificação, projetando no outro aquele mundo que o habita, mesmo que inconsciente. A gente carrega o que nos constitui para todas as relações que estabelecemos com os outros. 
formação de papéis: porta-voz; bode expiatório, sabotador e líder - o porta voz é aquele que fala pelo grupo, aquele que está autorizado a emitir mensagem em nome do grupo; bode expiatório é aquele culpado por todos os males que acontece no grupo; sabotador é aquele que sabota o grupo, mesmo que inconscientemente. Esses papéis circulam entre os membros do grupo, não é congelado em determinada pessoa. 
Esquema corporal - comunicação através do corpo e das expressões corporais. 
Conteúdos manifestos (material que aparece “em cima da mesa”) e fantasias latentes (material inconsciente/que não aparece) grupais num movimento em espiral que vai tornar explícito o que é implícito atuando nos medos básicos subjacentes e permitindo enfrentar o temor à mudança - Conforme o grupo vai se desenvolvendo e as pessoas vão estabelecendo trocas e relações, os conteúdos latentes tendem a aparecer, tendem a vir para a superfície. Pichon-Riviere chama de movimento em espiral, que vai tornando explícito aquilo que está implícito. As resistências vão sendo superadas, os medos vão sendo enfrentados, se abrindo às mudanças e transformações.
Verticalidade (história de cada indivíduo) e horizontalidade (o aqui e agora da totalidade grupal) - Verticalidade é aquilo que o sujeito leva para o grupo; horizontalidade é aquilo que é produto/construção do grupo, que é mais do que a verticalidade de cada um.
Pré-tarefa (movimentos grupais que impedem a realização de uma ação de real transformação), tarefa e trabalho - Pré tarefa é o momento inicial da resistência/estranhamento; tarefa é o engajamento no objetivo proposto, é o fazer propriamente dito; trabalho é o produto, aquilo que efetivamente foi feito, que não será igual ao proposto no projeto da tarefa. O final nunca será igual ao inicial, pois vai depender do trabalho grupal. 
noção dos 3 D’s: depositante, depositado e depositário das ansiedades básicas;
modelo do cone invertido (leva em consideração os sete vetores: afiliação, pertencência, pertinência, comunicação, aprendizagem, cooperação e tele- clima emocional do grupo)
A atividade do coordenador dos grupos operativos deve ficar centralizada na tarefa proposta e, somente nos casos em que os fatores ICS venham a ameaçar a integridade ou a evolução exitosa do grupo que cabem eventuais intervenções de ordem interpretativa.
9- O que são grupos terapêuticos? 
Amplo leque de aplicações
Visam, fundamentalmente, melhoria de alguma situação de patologia dos indivíduos, quer seja estritamente no plano da saúde orgânica, como na do psiquismo, e em ambos ao mesmo tempo.
 Promoção da saúde; ações curativas e de reabilitação
Tem a finalidade de fazer terapia, geram benefício psicoterápico.
10- Quais são as duas subdivisões? Por que essa divisão?
De auto-ajuda (os grupos são compostos por pessoas portadoras da mesma categoria de necessidades) 
. Anônimos;
. Suporte para pacientes com doenças crônicas;
. Reabilitação
Psicoterápicos (constituído pelo variado corpo teórico).
Psicanalíticas: muitas correntes teórico-técnica
Corrente psicodramática: a dramatização das relações sociais - Silvia Lane
Teoria sistêmica: terapia de família e com casais
Cognitiva-comportamental: para casos que precisam de mudança de comportamento/ reeducação de crenças
Abordagem múltipla: holística, de combinação
11- Escolha um relato e identifique algumas características deste tipo de intervenção grupal. Que questões chave vocês apontariam na experiência escolhida, em relação à teoria?
O tipo de intervenção grupal usado no caso 5 foi o grupo operativo.

Outros materiais