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Cederj_Cantagalo_AD1_MundoHelenistico

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
Licenciatura em História - EAD 
UNIRIO/CEDERJ 
 
PRIMEIRA AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA (AD 1) 2021.1 
DISCIPLINA: Mundo Helenístico 
 
Nome: Franck Ouverney Braga 
Matrícula: 18116090041 
Polo: Cantagalo 
 
Diante desses temas discutidos por Vlassopoulos e Meneses, redija um texto procurando 
responder as duas questões abaixo: 
1) Como você explicaria essa crítica necessária à documentação antiga, principalmente 
no que diz respeito a história do período helenístico? 
2) Você acha que esse viés crítico se restringe a historiografia do mundo antigo ou deveria 
ser uma problemática constante no trabalho do historiador? Procure justificar. 
Observações: Os dois textos exigidos para leitura se encontram na seção "Exercícios e 
Complementos", abaixo do Quadro de Avisos, no lado esquerdo da página da nossa 
disciplina. As duas questões podem ser respondidas juntas, num único texto, ou separadas 
(conforme o aluno preferir). A exigência é de no mínimo duas laudas de texto escrito. Se 
organizem para não deixar pra última hora e evitar problemas no envio da tarefa. 
 
 
 Percorrer sobre o terreno diversos das bibliografias, das biografias, faz fontes em 
um contexto geral, explorar as mais diversas opiniões comparando os mais variados 
pontos de vista, são alguns dos exercícios que um historiador necessita fazer, é preciso 
levar a criticidade, mergulhar nas questões historiográficas com afinco pois assim como 
destaca Ulpiano Meneses “o rumo básico da leitura histórica é iluminar a sociedade” o 
historiador precisa estar atento a identificar as ideologias, as mais diversas narrativas e a 
forma como o historiador contemporâneo tratam a história. Sabendo de toda essa 
complexidade de informações que o historiador precisa ter, destaca-se nesse caso em 
especial, a forma como o eurocentrismo, o ocidentalismo proporcionou há escrita da 
história sob forte influência do mundo helênico. 
 A crítica à documentação do período helenístico é necessária, por inúmeros 
motivos dentre algumas se destaca o fato de que ao se deparar com a complexidade de se 
levantar fontes para respaldar o material de estudo do historiador, pois não se encontra 
arquivos, não havia entidades preocupadas em preservar a história. Os materiais que mais 
se enquadram no quesito da veracidade dos fatos ocorridos levantados pela historiografia 
são encontrados na literatura e na epigrafia, entretanto não projetam uma confiabilidade 
almejada pela historiografia, uma outra fonte que detém um caráter conhecido como “usos 
e costumes” que são o resultado final da pesquisa arqueológica que promove uma aliança 
entre os artefatos levantados e o cotidiano do indivíduo daquela época. 
 Uma análise repleta de informação motivada pela idealização de responder aos 
apelos da historiografia é levantada por Kostas Vlassopoulos, trata-se da questão do 
ocidentalismo o autor identifica que “existe um padrão na história humana que leva à 
evolução do Ocidente moderno, que é o caminho natural da história, enquanto a história 
do Resto do mundo é um conto de aberrações que precisam ser explicadas” 
(Vlassopoulos,2007). Ao confrontar o pensamento de Vlassopoulos com os apontamentos 
feitos por Ulpiano Menezes chega-se à conclusão de como explicar a crítica necessária a 
documentação antiga pois como afirma Ulpiano “o texto, para o historiador, não é um 
repositório de informações pré-constituídas más a leitura histórica como proposições de 
questões deve procurar constituir em última instancia a informação” 
 Todo esse embate historiográfico não deve se limitar apenas ao mundo antigo, más 
sim, precisa alcançar todos os períodos, ao observar os textos observar-se que os autores 
engendram um debate enriquecedor, apontando que é necessário produzir uma leitura 
histórica, obedecendo os critérios da historiografia, é necessário esse embate para que se 
produza critérios contemporâneos. 
 Fazendo uma aliança entre esses critérios com as diretrizes da historiografia, é 
preciso mergulhar nessa questão levantada por Vlassopoulos quando ele menciona que o 
“silencio” no momento em que se confecciona os fatos implica uma certa divergência e 
desigual na produção das fontes interessante destacar que muitas vezes o historiador na 
hora de desempenhar seu oficio, sua pesquisa se detém a fontes que de certa forma 
corrobora com seu ponto de vista, com sua pesquisa, não há critérios que quantificam ou 
qualificam as pesquisas, mantendo-as em um campo de visão bem estreito, não se 
inclinando a buscar fontes que caminham na contramão de sua tese , é importante frisar 
que cabe ao historiador ministrar suas escolhas, suas pesquisas alicerçadas na construção 
imparcial do conhecimento histórico. 
 
BIBLIOGRAFIA 
MENESES, Ulpiano Toledo de. As marcas da leitura Histórica. Disponível em: 
file:///C:/Users/Frank/Downloads/MENESES,%20Ulpiano%20B.%20de%20-
%20Marcas%20da%20Leitura%20Hist%C3%B3rica.pdf. Acesso em 28/03/2021. 
 
Trechos de Vlassopoulos, K. Introduction. Unthinking Greek Polis. Ancient Greek 
History Beyond Eurocentrism. Cambridge: CUP, 2007, p. 1-10. Disponível em: 
file:///C:/Users/Frank/Downloads/Vlassopoulos%20Intro.pdf. Acesso em 28/03/2021 
 
 
file:///C:/Users/Frank/Downloads/MENESES,%20Ulpiano%20B.%20de%20-%20Marcas%20da%20Leitura%20Histórica.pdf
file:///C:/Users/Frank/Downloads/MENESES,%20Ulpiano%20B.%20de%20-%20Marcas%20da%20Leitura%20Histórica.pdf
file:///C:/Users/Frank/Downloads/Vlassopoulos%20Intro.pdf

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