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Filosofia Helenistíca (III-IIa.C) · Busca da compreensão das relações entre o homem e a natureza, bem como de ambos com o divino. · Desenvolvimento das ciências particulares em disciplinas independentes · Busca da felicidade interior(não buscavam o saber) · Coincide com o declínio das polis (cidades) · Aparecimento de quatro grandes escolas de pensamento: Epicurismo · Epicuro (341-270 a.C) · Não fundou exatamente uma escola de Filosofia, mas uma comunidade que ele chamou de “O Jardim” · O sentido da vida é o prazer, mas o prazer moderado, a justa medida que se opõe aos excessos. · Buscavam o estado de ataraxia: o equilíbrio da mente, o domínio das emoções e a ausência de perturbação. · Para Epicuro, os deuses não devem ser temidos porque são indiferentes aos seres humanos. E a morte cessaria a consciência. · O destino, ensinava Epicuro, é escrito pelos homens. · Fugir de tudo que traz dor e sofrimento. Estoicismo · Zenão de Citium (334-262 a.C) · Os filósofos estóicos ficaram conhecidos como filósofos do pórtico por se reunirem com os discípulos na stoá (corredor). · Defendiam a noção que toda realidade existente é uma realidade racional . · O homem não pode alterar a ordem universal do mundo, mas por meio da filosofia pode compreendê-la. · Só se atinge a sabedoria quando se vive em harmonia com a natureza e pratica a moral para alcançar a virtude. · Só a virtude conduz à felicidade e ela consiste na apatia (destruição das paixões e libertação de toda perturbação). · Valorizam a ética. · Buscam a retidão e evitam o vício. · O mundo é governado pela providência divina (que organiza o cosmos em função do que é melhor). · Panécio, Possidônio, Sêneca, Marco Aurélio (imperador), Cícero, Cleanto e Crísipo. Ceticismo · Pirro de Élida (séc IV a.C) · Também chamado de Pirronismo · É possível viver sem a verdade e sem os valores, uma vez que todas as coisas são aparências vãs e indiferenciadas. · Tudo é incerto. · Nenhum conhecimento é verdadeiro. · Qualquer argumento pode ser contestado. · As coisas nem são, nem não são. · Não existe uma verdade absoluta. · Prática da afasia: não opinar, suspender os juízos, não afirmar, ser cuidadoso com as palavras. · Assume a forma de probabilidade e é uma atitude própria das épocas de crise. · ( A afasia é a abstenção consciente de qualquer juízo originada pelo reconhecimento de tudo que transcenda as possibilidades cognitivas do homem. )Benefício da dúvida. Cinismo · Anístenes (séc IV a.C- fundador) · Diógenes De Sínope ( 413-323 a.C): maior representante, conhecido como Diógenes, O Cão. · Menosprezo pelas convenções sociais e a desvalorização e desprendimento dos bens materiais. · Impudor deliberado ( andavam nus, mantinham relações sexuais em público...). · Para Diógenes, só o homem que vive de acordo com o seu eu encontra a felicidade e alcança a autarquia (estado de desprendimento total). · Optaram por um modo de vida e não por uma doutrina filosófica. · Diógenes praticava a parrhésia: fala franca, o hábito de dizer sempre a verdade independente de quem fosse o seu interlocutor. · “Estou procurando um homem honesto” – Diógenes falava quando era questionado do porquê andava com uma lanterna acesa em pleno dia.
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