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Antropologia Forense (2)

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Antropologia Forense
Oque é?
É a área científica que estuda as ossadas. Resulta da aplicação de conhecimentos de Antropologia ás questões de direito no que diz respeito a identificação de restos cadavéricos. Através dos ossos, podemos obter dados sobre o sexo, idade, estatura do falecido e pormenores da vida que a pessoa teve (hábitos alimentares, algumas doenças, lesões, etc.). Os achados em escavações podem ter diversas origens: cadáveres abandonados numa fase avançada de decomposição, corpos desfigurados resultados de mutilações, ou cadáveres que possam corresponder a indivíduos vítimas de desastres em massa (acidentes de aviação, naufrágios, catástrofes naturais, etc.).
Técnicas: O trabalho de um antropólogo começa no local do crime e estende-se até ao laboratório. Dividindo-se parcialmente em três etapas:
1º etapa - Arqueologia forense. É feita uma escavação minuciosa do local onde se encontra o corpo.
2º etapa - Antropologia social. Consiste na recolha de informações em redor da área do crime (entrevistas ás pessoas da região, consulta em arquivos municipais, eclesiásticos e militares, etc.).
3º etapa - Investigação laboratorial. Há uma aplicação de técnicas como a osteologia humana (área que se debruça sobre o estudo dos ossos que compõe o esqueleto), paleopatologia (ramo da ciência que se dedica ao estudo das doenças do passado) e tafonomia (estudo sistemático da evolução de fósseis). Pode ainda ser feita uma reconstrução facial do cadáver e superposição fotográfica.
Objetivos da antropologia Forense:
Determinação da identidade do indivíduo:
· Origem dos restos. A determinação da espécie do cadáver constitui um passo fundamental. É o primeiro passo que um deve tomar quando se confronta com qualquer material que se assemelhe a tecido ósseo.
· Características gerais de identificação.
· A determinação do sexo baseia-se no estudo comparativo encontradas com dados de tabelas sobre a morfologia dos ossos. As características morfológicas de certos ossos diferem consoante o do sexo. Os ossos que melhor permitem identificar se a ossada é feminina ou masculina são: o crânio, a pelve e o tórax.
· Para se poder obter a idade da ossada, há um conjunto de regras que variam consoante se trata de um feto, de uma criança ou de um adulto. A partir da informação acerca da classe etária que a pessoa pertence, podemos saber a sua idade. As análises feitas são: ao comprimento dos ossos longos e a ossificação de alguns ossos (como as suturas cranianas).
A altura é calculada através da medição do esqueleto (método anatómico), por fórmulas matemáticas ou pelo estudo dos ossos longos.
· A determinação da raça é um processo muito complicado e pouco fiável.
Porém pode ser caracterizada através do ângulo facial, forma do crânio, Índices cefálicos e índices rádio-umerais. A partir desta análise podemos determinar se o indivíduo é do tipo racial caucásico, mongólico, negróide, indiano, australóide.
· Características individualizantes. São os aspectos específicos que podem caracterizar o indivíduo com base em elementos fornecidos por pessoas conhecidas da vítima. Esta comparação pode ser feita com base em estudos radiográficos, comparação fotográfica (sobreposição de imagem em computador, pesquisando-se a existência de concordância entre as linhas e curvas da face com pontos do esqueleto) ou reconstrução da face (modelagem das partes moles sobre o crânio, ou através de desenhos).
Antropologia Geral:
De modo geral “antropologia” designa o conjunto, das ciências humanas, procurando abranger o fenômeno humano o mais globalmente possível, no conjunto das manifestações. Toda ciência é de certo modo antropologia.
Antropologia Biológica: Antropologia biológica (também chamada de antropologia física) é o estudo da biologia humana dentro da evolução, com ênfase na interação entre a biologia e a cultura.
Antropologia Cultural: É a disciplina que se propõe a estudar as interferências, trocas e interações humanas dentro de ambientes que se interligam, sem esquecer-se do processo de formação e as resultantes desses elementos.
Antropologia Social: A Antropologia Social tem como embasamento o estudo das relações e dos sistemas sociais que são próprios das diversas sociedades humanas. Esta classe de investigação se ocupa de comparar sistemas sociais no tempo e no espaço com a finalidade de verificar sua estrutura e os caracteres que distinguem cada forma de comportamento.
· Utilizada em situações onde existem danos consideráveis induzidos ao cadáver, como decomposição, amputação, queimaduras ou qualquer outro elemento que cause deformação no corpo, tornando-o irreconhecível.
· A principal preocupação de um antropólogo forense, ao confrotar-se com um corpo, vestígios esqueléticos ou outro qualquer material que se assemelhe a tecido ósseo, é classifica-los como humanos, animais ou matéria imorgânica.
· Após revelado o interesse legal e forense no material descoberto, este é direcionado para um processo de indentificação de determinados caracteres de relevância para a investigação e reconstituição do indivíduo ante mortem.
· Os fatores que serão analisados são: idade, sexo, estatura, peso, filiação racial, patologias e historia médica do indivíduo.
Idade
· A idade tem relevância para a apuração não só da identidade, mas também com a questão da capacidade de direitos e deveres. Em matéria penal, por exemplo, a idade tem relevância para averiguação da imputabilidade.
· O método mais seguro para averiguar a idade é a radiografia dos ossos, uma vez que identifica com grau de aproximação significativo. Existem tabelas que indicam a idade aproximada pela morfologia e densidade dos ossos. A radiografia da mão e pulso é indicada para verificar idades próximas dos 18 anos e a partir do 25 a do crânio, devido a fusão dos ossos.
· Os dentes são bons indicativos para idades até 18 anos , mas a sua precisão é menor que a da radiografia.
· Idade: A melhor forma de determinar a idade do indivíduo é a análise dos seus dentes e mandíbula. Quando estes elementos não são encontrados, são utilizadas técnicas comparativas entre as suturas do crânio e a fusão das epífises.
· Inicialmente procede-se á análise das suturas endocranianas uma vez que são menos expostas a fatores ambientais.
Sexo
· Normalmente não há dificuldades do sexo do humano em estudo, mesmo nos casos apontados como ‘’genitália dúbia’’. Além da constatação do sexo gonodol ( o masculino sendo portador de testículos e o feminino sendo portador de ovários), alguns exames em corpos em avançado estado de decomposição podem utilizar: a capacidade craniana como critério (1.400 cm ou mais para os homens e 1.3000 cm para as mulheres; o ângulo dos arcos superciliares (salientes para os homens e suaves para as mulheres); ângulo subpubiano (em formato de ‘’V’’ para os homens e em formato de ‘’u’’ para as mulheres); corpo do púbis (triangular para os homens e quadrangular para as mulheres) entre outros.
	Estatura e Peso	
· Outra característica importante a determinar é a altura do indivíduo em vida, que é dada por uma fórmula que considera a dimensão de três ossos pares (tanto o direito como o esquerdo): úmero, rádio e uína.
· Estatura = 3.26 x ( úmero) + 62.10 (erro = +/ - 4.43 cm) Estatura = 3.42 x ( rádio) + 81.56 (erro = + / - 4.30) Estatura = 3.26 x ( ulna ) + 78.29 ( erro = + / - 4 .42 ) Nesta fórmula aplica-se a média das medidas de ambos os ossos do lado esquerdo e direito. De seguida calcula-se a média das alturas obtidas e dos erros referidos. Por fim, achamos a margem de erro da idade que consiste em somar e subtrair ao valor final da altura.
· Exemplo:
· Úmero – direito (33,3) e direito ( 33,4) -> média (33,35) + 62,1 = 170,82
· Rádio – direito e esquerdo (25,9) -> 3,42 x 25,9 + 81,56 = 170,14
· Ulna – direito (28,5) e esquerdo (28,4) – média (28,45) -> 3,26 x 28,45 + 78,29 = 171,04
· Média de Alturas – 170,67
· Médias de Erros – 4,38
· Altura final - entre 166,29 (170,67 – 4,38) e 175,05 (170,67 + 4,38)
· Por outro lado após calcular a altura prevista do indivíduo,podemos alcançar o peso do mesmo pela aplicação direita da seguinte fórmula:
· P (libras) = 4,4 x altura ( em polegadas ) – 143
Raça
· No Brasil a identificação da raça do examinado constitui um problema, visto que os brasileiros não se constituem de uma linhagem hemogênea.
· A mestiçagem é vista mesmo nos ‘’caucasianos’’ que vieram de Portugal, pois se deu em território português quando da invasão dos ‘’mouros’’.
· Darcy Ribeiro diria que a força do povo brasileiro está justamente na mescla de raças, o que em termos biológicos tem respaldo na diversidade que aumenta significativamente as chances de preservação da prole.
· Mas a questão da identificação da raça do examinado não serve para discriminá-lo, e sim para diferenciá-lo, individuá-lo, dos outros. Os grupos étnicos brasileiros fundamentais são: Caucasianos:
Pele branca ou trigueira; cabelos lisos ou ondulados, loiros, castanhos ou pretos; íris azul, verde, castanha; nariz alongado e narinas delgadas.
Orientações para o Exame Antropológico Forense
Deve-se fotografar e examinar o material do jeito que foi enviado. Depois, são examinadas as vestes, com fotografias das mesmas. Em seguida os ossos deverão ser limpos, as vestes lavadas, reexaminadas, novamente fotografadas e posteriormente acondicionadas em sacos plásticos hermeticamente fechados.
Para a limpeza dos ossos:
· Colocação em recipiente plástico com solução de hipoclorito de sódio na proporção de 1:10l de água por 24 horas.
· Retirada do material, lavagem e escovação para retirada de eventuais aderências de tecidos moles.
· Colocação em recipiente plástico com solução de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 120 volumes na proporção de 500 ml: 10l de água por 24h.
· Retirada do material e secagem no sol, ou em estufa de 60º C.
· Depois de secos os ossos devem ser montados em uma mesa antropológica, com o desenho de um esqueleto de 1,70m de altura. Isso ajuda na verificação de ossos ausentes e facilita o manuseio. Ossos fraturados podem ser colados com cola e pistola elétrica ou com cera sete, preenchendo os espaços vazios, oque permite a sua reconstituição. Procede-se ao estudo para investigação diagnóstica dos dados biotipológicos através das metodologias morfológicas ou qualitativas e métricas ou quantitativas.
· O protocolo padrão deve ser montado pela equipe de antropologia do IML, adaptando-o as suas condições técnicas, disponibilidade de equipamentos e metodologias.
· Os dados devem ser explicativos, fundamentos, mostrando as coincidências e discordâncias encotradas, e esclarecedores quanto ao índice de acerto das metodologias utilizadas.
· Quando houver coincidência dos dados biotipológicos e havendo um suspeito desaparecido, pode-se realizar a prososcopia, ou superposição de imagens. Essa metodologia, isoladamente, não identifica o sujeito.
· Deve-se, quando se dispuser de radiografia dos seios da face (quando em vida), proceder ao exame comparativo com a radiografia do crânio em estudo. Os seios frontais obedecem ao critério de unicidade.
· Raios-x de ossos longos, fornecidos pela familia, também se prestam para a identificação pela comparação morfológica e de proporcionalidades, outro dado importante é a identificação através de próteses ósseas metálicas.
· A solicitação do prontuário odontológico é um procedimento obrigatório.
· Pode-se coletar um segmento de osso que se faça DNA nos casos de haver um suspeito de desaparecido para comparálo com um parente próximo.
· Outro critério é a análise do sangue. A mais simples consiste na procura dos cristais de Teichmann. Colocando o sangue sobre a lâmina com solução de ácido acético glacial, e expondo-o ao calor de evaporação lenta formam-se cristais em forma de charuto na cor marrom, perceptível ao microscópio.
· Alguns critérios podem ser usados como a verificação como a morfologia dos ossos ou da avaliação dos Canais de Havers. Ao olhar do microscópio, podemos constatar que os ossos humanos têm forma elíptica ou circular, diâmetro superior a 3um e densidade de 8 a 10 por mm². Os ossos animais têm forma circular, diâmetro inferior a 25um e densidade superior a mencionada.
· A antropologia forense visa a indetificação do indivíduo e para isso depende de várias outras ciêcias para a definição correta. Essa ciência permite ao profissional distinguir vários caracteres somáticos, classificando-os.
· Antropólogos forense, atuam também em na escavação arqueológica, exames de cabelos, pegadas, insetos e material vegetal, reconstrução facial, sobreposição fotográfica, identificação de variações anatômicas e análise de históricos médicos, análise de cena do crime, manejo de provas, fotografia, toxologia ou balística e armamento.
Check-list em Antropologia Forense Prática
· Examinar e fotografar os ossos e vestes do jeito que foram encaminhados, e ter fotos do local de encontro do cadáver.
· Reexaminar e fotografar, com calma, após a lavagem das vestes e limpezas dos ossos.
· Colar e reconstituir ossos fraturados de interesse na perícia.
· Usar metodologias morfológicas ou qualitativas e métricas ou quantitativas no diagnóstico dos dados biotipológicos.
· Havendo suspeito desaparecido, obter da família dados de interesse para a perícia: prontuário odontológico, fotos, número do manequim (vestes e calçado), radiografias, endereço e telefone de parente próximo.
· Buscar dados, lesões ósseas ou sinais que ajudem a estabelecer a casa da morte, quando possível.
· Buscar auxílio em universidades ou empresas de tecnologia de ponta, quando necessário.
· Guardar material para exame de DNA.
· Montar laudo com linguagem clara, explicativo, ilustrativo (fotografias, croquis, gráficos), com esclarecimento sobre as metodologias empregadas, apontando coincidências e discordâncias, com conclusão justificada e consistente.
Tempo de Morte
· Os ossos não se decompõem tão facilmente como os outros tecidos, numa primeira fase de decomposição a pele e os tecidos moles são putrificados. Quando um corpo se encontra parcialmente decomposto, significa que ainda apresenta articulações e cartilagens.
· A decomposição de um corpo depende de vários fatores, tais como: a temperatura do solo e a sua acidez. Quando um corpo é deixado á superfície a atividade dos insetos vai ocorrer imediatamente e, em duas semanas, o corpo estará parcialmente decomposto e, ao fim de oito meses, estará decomposto na sua totalidade.
· Se um corpo for queimado leva entre um a dois anos até ficar totalmente decomposto, por outro lado, um corpo deixado em solos arenosos pode mumificar ficando então conservado.
· O número e o tipo de ossos disponíveis na cena do crime podem ajudar a determinar há quanto tempo se deu a morte do indivíduo, por exemplo: ossos pequenos dispersam-se mais facilmente.
· Quanto mais tempo sucede desde a morte, mais difícil se torna de determinar o momento da morte
Traumas e Marcas
· Identificam-se particularidades do indivíduo que permitam a sua identificação, como fraturas, vestígios de cirurgias, marcas de agressões passadas ou mesmo envolvidas na causa da morte, deformações ósseas causadas por doenças ou outro fator, entre muitas outras pequenas malformações ou alterações que são únicas de cada ser. Este análise extensiva em conjunto com um histórico médico do cadáver permitem identificar em muitas situações cadáveres que seriam classificados como desconhecidos de outro modo.
· Existem malformações que identificam o sujeito. Podemos apontar a polidactilia, o lábio leporino, as cicatrizes, as tatuagens.
· Podem existir métodos modernos e precisos para a identificação do indivíduo, mas nenhum que seja tão preciso, barato e tão difundido quanto a identificação datiloscópica. Criada por Juan Vucetich em 1891 é o método oficial adotado no Brasil desde 1903. Baseado na imutabilidade do desenho das papilas dérmicas dos dedos, cada impressão revela um desenho único. Segundo os critérios estabelecidos por Vucetich, existem quatro tipos básicos de desenhos: Arco, presilha externa, presilha interna e verticilo.
· De modo a obter esta informação,utilizam-se particularidades, nomeadamente da face, que diferenciam populações com diferentes ascendências raciais. Exemplificando, indivíduos caucasianos apresentam faces mais estreitas, narizes longos e queixos proeminentes. Por outro lado, indivíduos de raça negra destacam-se por possuírem grandes aberturas nasais e cavidades subnasais. Os asiáticos e os índios americanos exibem os ossos das bochechas salientes e características dentárias particulares.
Craniometria
· A mensuração de crânio, embora pertença á antropometria, comouma de suas principais dependências, costuma ser considerada separadamente com o nome consagrado de craniometria.
· A craniometria é geralmente definida como sendo uma técnica, ou sistema convencional, que determina a mediação do crânio de maneira sistematizada universalmente, o que permite a avalição comparativa entre estudos realizados por diferentes pesquisadores.
· Em suma, a craniometria permite o conhecimento das variabilidades morfológicas dos crânios humanos, dentro das exigências naturais á objetividade científica.
Há diversas formas de determinação
· Perfil facial (ângula de Cloquet)
· Forma do palate
· Índices craniométricos
· Cefálico horizontal
· Facial superior
· Sagital
· Transversal
· Nasal
Condições para estudos craniométricos
A-) Triagem das medidas que vão ser tomadas, o que depende dos objetivos de cada pesquisa.
Quando desejamos apenas uma caracterização geral de crânios, poucas mensurações são suficientes para avaliarmos a sua forma. Porém, ao compararmos formas muito próximas, ou para estabelecermos diferenças individuais, deveremos aumentar consideravelmente o número de mensurações. Salientamos, entretanto, que a principal tarefa da craniologia não é a descoberta de variações ou anomalias individuais, e sim, uma sistematização que possibilite a caracterização geral das diversas populações humanas. Isto se consegue, satisfatoriamente, com o auxílio da estatística e dos computadores.
Condições para estudos craniométricos
D-) No crânio as medidas são tomadas em milímetro. Para as órbitas utilizamos o meio milímetro (0,5mm).
Condições para estudos craniométricos
Instrumental específico, sendo obviamente preponderante minuciosa aprendizagem, em laboratório, objetivando a utilização correta do instrumental e da técnica. Os instrumentos usados em craniometria são:
· Compasso de corrediça de 150 mm.
· Compasso de corrediça de 300 mm
· Compasso de espessura ou braços curvos de 300 mm.
· Compasso de coordenadas de 220 mm.
· Compasso de coordenadas de 300 mm, tipo Aichel.
· Goniômetro montado em um compasso de corrediça, tipo Mollison.
· Cranióforo cúbico, cranióforo tubular e cranióforo tipo Mollison.
· Palatômetro, orbitômetro e mandibulômetro.
· Fita métrica metálica.
· Lápis dermográfico vermelho ou preto.
· Calibrador de instrumentos.
Pontos Craniométricos
· A mensuração do crânio requer, inicialmente, o conhecimento de pontos que servem como referências básicas. Esses pontos, chamados Pontos Craniométricos, são precisamente determinados por diferentes autores, sendo localizados em acidentes anatômicos facilmente identificáveis ou em posições geométricas.
· A maioria dos Pontos (craniométricos situa-se no Plano médio sagital (PM) e são ímpares, outros estão em Planos Laterais (PL) e são pares.
· Antes de se iniciar qualquer mensuração, marcam-se, com lápis, esses pontos de referência. No caso de forte obliteração de suturas, um ligeiro umedecimento auxilia o reconhecimento do ponto procurado.

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