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AVA 2 ESTUDOS SEMÂNTICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
AVA2 DA DISCIPLINA ESTUDOS SEMÂNTICOS DA LÍNGUA 
PORTUGUESA 
 
 
 
 
Joyce Conceição da Silva Mattos 
20211301554 
Letras – Português Literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2021
 
 
1 
INTRODUÇÃO 
 
O equilíbrio entre as variações da língua, as mudanças ocorridas, a 
heterogeneidade e a normatividade, nos possibilitará admitir uma norma ampla, 
constituída não só pelas formas linguísticas, como também pelos valores 
socioculturais, assim como propõe Faraco (2002, p.39). 
 Em função disso, considera-se de extrema relevância ao trabalho docente 
que se busque o contato e o trabalho direto com textos produzidos por indígenas, 
para interagir com sua forma de compreender o mundo, incentivando a diversidade 
em sala de aula. 
 Infelizmente, nos dias de hoje, ainda é habitual ao trabalhar com a temática 
do índio, os professores utilizarem materiais que falam sobre essa cultura, mas não 
sejam originários dela. A forma como a Literatura Brasileira é estudada nas escolas, 
por exemplo, costuma excluir a Literatura Indígena, atendo-se a textos sobre índios 
escritos por não índios. Um exemplo clássico disso é a obra literária de José de 
Alencar “Iracema”. 
 O conceito de imprecisão semântica pode ser relativo, quando nos dispomos 
a analisar a forma contextual como determinadas palavras/ expressões são 
empregadas. Assim sendo, o termo “a gente” pode ser considerado preciso em 
textualidades de origem indígena, pois é utilizado dentro de uma lógica estrutural, 
que se relaciona ao sentido de pertencimento identitário, preservando o lugar de fala 
do índio, no decorrer da sua narrativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
DESENVOLVIMENTO 
 Partindo dessa necessidade de explorar um pouco mais a cultura indígena, 
cujo objetivo é afastar-se dessa visão ocidentalizada a respeito dessa cultura, que 
se pensou no plano de aula a seguir. 
Título: O conceito de autodeterminação de acordo com a perspectiva indígena 
Objetivos Pré-leitura Leitura Pós-leitura 
1- Aproximar o 
aluno das 
textualidades 
indígenas, 
conduzindo-os a 
comparação entre 
as características 
do português 
brasileiro e as 
características 
das línguas 
originárias. 
 
2- Reforçar 
aspectos básicos 
de construção dos 
significados em 
línguas diferentes. 
Solicitar aos alunos 
que discutam sobre 
quem (ou o quê) 
determina sua 
identidade (ou suas 
vidas, destinos). 
Em seguida, 
apresentar o 
conceito de 
autodeterminação 
e pedir que 
indiquem 
exemplos, desse 
tipo de 
posicionamento 
nas narrativas do 
livro A “fala dos 
Fulni-ô”. 
 
Analisar, 
coletivamente, a 
metáfora conceitual 
do texto indígena, a 
respeito da palavra 
“autodeterminação” 
(Como é diferente do 
conceito 
apresentado pela 
professora?). 
Ampliar o conteúdo, 
estimulando a 
percepção do 
impacto de outras 
metáforas 
constantes nas 
narrativas dos Fulni-
Ô (Como o 
vocabulário é 
diferente? Como a 
estrutura das frases 
é diferente? Como 
funciona o 
acarretamento? 
Como os enunciados 
ganham força? O 
que é 
desempenhado a 
partir do texto?) 
 
Produzir uma 
breve história em 
quadrinhos, 
sistematizando a 
troca de 
conhecimentos 
proporcionada 
nesta aula, 
evidenciando as 
metáforas 
cognitivas 
observadas a 
partir da leitura 
dessa narrativa 
indígena. 
 
 
3 
 
CONCLUSÃO 
A expectativa com a realização dessa aula é demonstrar de forma clara e 
objetiva que dentro do nosso próprio território há diversas formas de se expressar, 
de acordo com o contexto. Acredita-se que, quando damos o pontapé inicial de uma 
maneira inclusiva, na qual os alunos tenham voz, singularizando, de maneira 
democrática, o sentido de autodeterminação, essa seja uma estratégia para motivá-
los a participarem ativamente da aula, construindo coletivamente o aprendizado. 
 O ser humano é capaz de interagir e intervir não só sobre o meio onde vive, 
como também sobre a sua própria língua. Dessas interações e intervenções também 
se originam as variações linguísticas, que agrupam as variantes da língua inventada 
pelo homem e são reelaboradas dia após dia. Essas reelaborações da língua 
contemplam questões de cunho histórico, social, cultural, geográfico, dentre outros. 
 Por conta da influência hegemônica presente no território brasileiro, pode-se 
encontrar certa resistência por parte de alguns alunos, para o desenvolvimento 
dessa proposta de aula. Contudo, tornar mais próximo o desconhecido, por meio de 
um trabalho vagaroso, porém constante, pode ser o início necessário para essa 
abordagem. 
REFERÊNCIAS 
 
FARACO, C. A. Linguística histórica: uma introdução ao estudo da história das 
línguas. São Paulo: Parábola Editorial, 2002. 
 
SÁ, E. F.; COSTA, J. F.; FULNI-Ô, F.; JÚNIOR, M. O. Fulni-ô Sato Saathatise/ A 
fala dos Fulni-ô/ Fulni-ô’s Speech. São Paulo: Blucher, 2018.

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