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Lucianne Albuquerque |P3| Laboratoriais Leucemias Conceito: Doença clonal do tecido hematopoiético caracterizada pela proliferação anormal de células progenitoras de linhagem mieloide ou linfoide, ocasionando produção insuficiente de células sanguíneas normais. →Pode-se perceber que a alteração de leucócitos gera um processo neoplásico assim caracterizado como a doença Leucemia. →Essas células progenitoras são células-tronco JOVENS que se manifestam no tecido mieloide ou linfoide. A infiltração da medula é acompanhada de neutropenia, anemia e plaquetopenia. ▲Neutropenia:↓absoluta de neutrófilos, anemia: ↓Hb, plaquetopenia: ↓plaquetas. →Porém somente o hemograma NÃO fecha diagnóstico. Tríade clínica: Anemia, infecções e sangramentos (ocorrem do nada, pode aparecer em forma de hematomas). A causa principal que leva a célula progenitora a perder o controle de proliferação celular ocasionando a expansão do clone leucêmico ainda é incerto, mas a ativação de protooncogenes e mutações que regulam o ciclo celular são as hipóteses mais aceitas. QUANTO A CRONICIDADE AGUDA CRÔNICA Diz respeito à maturação do clone neoplásico O clone neoplásico é capaz de atingir a maturação O clone é um blasto ou (progenitor imaturo ou comprometido) Observa-se graus diferentes de maturação (Céls. ≠) Bloqueio de maturação Curiosamente, as células nem sempre são disfuncionais Células grandes, imaturas monótonas (=), cromatina frouxa. Células menores Afeta Aqui vemos a proliferação de células clones comprometendo a função da medula e chegando à corrente sanguínea. Aguda (esquerda) e crônica (direita). Lucianne Albuquerque |P3| Laboratoriais OBS: mesmo a célula madura que aparece não tem a mesma função que desempenharia normalmente. QUANTO A ORIGEM DO CLONE: MIELÓIDE OU LINFÓIDE Precisamos fazer o diagnóstico diferencial com a reação leucemoide. Nesta, os leucócitos variam de 25 a 50000 e não aprecem blastos (céls jovens), já na leucemia mieloide crônica os leucócitos estão ↑50000 e há destruição de células, atentar para o uso do exame de DLH que mede a destruição celular. Diagnóstico laboratorial Hemograma; Mielograma; Citoquímica; Imunofenotipagem; Biópsia de Medula Óssea; Marcadores de anticorpos. Para caracterizar e diferenciar os tipos celulares nas leucemias agudas utiliza-se um painel mínimo de anticorpos. Por exemplo, a detecção de mieloperoxidase (MPO), associada à CD13/CD33 (mieloide), CD79, CD22 e CD19 (células B), CD3 e CD7 (células T) identificam noventa e oito por cento das leucemias agudas. →MPO é o mais pensado em usar quando se trata de blastos nas alterações mieloides. HEMOGRAMA Sinais de Insuficiência de Medula Óssea: • Anemia • Trombocitopenia • Neutropenia • Leucometria baixa ou normal • Leucocitose – blastos no sangue periférico – 80-90% • Hiperleucocitose (300/400000 leucócitos). →VR leucócitos: 4 a 11000. SINAIS CLÍNICOS LEUCEMIAS AGUDAS: 1- Empalidecimento ou outros sinais de anemia de rápida instalação, sem perda sanguínea que a justifique. 2-Púrpuras recentes: se as equimoses, as petéquias e o sangramento forem súbitos (de uma hora da outra) em pacientes em bom estado. 3- Febre ou outros sinais de infecção com os itens 1 e 2 (Pancitopenia) 4- Dor óssea 5- Linfonodomegalias 6- Esplenomegalia/ Hepatomegalia 7- Dores reumáticas em crianças 8- Gengivite hipertrófica (gengivite + sangramento) – geralmente 1º sintoma. OBS: Na infância, predomina a LLA (85% dos casos; no adulto a LMA (80% dos casos). A LA não tratada causa insuficiência hematopoiética progressiva, rapidamente fatal. URGÊNCIA No caso de suspeita clínica, solicitar o hemograma. A LA é um diagnóstico difícil, de grande responsabilidade e relativa urgência. Tratamentos: quimioterapias ou transplante de medula óssea (+ difícil a ocorrência pois depende de doador compatível). Mielograma e Imunofenotipagem são os mais pedidos. Lucianne Albuquerque |P3| Laboratoriais Leucemia Mieloide Aguda - LMA A leucemia mieloide aguda é caracterizada pela proliferação anormal de células progenitoras da linhagem mieloide. Na infância cerca de 15% a 20% das leucemias agudas são mieloides. Nos adultos, entretanto, essa percentagem sobe para 80%. Leucemia linfoide aguda - LLA A Leucemia Linfoide Aguda tem uma maior incidência em pacientes do sexo masculino de cor branca e na idade de 2 a 5 anos, diminuindo a frequência na adolescência e idade adulta, e novamente crescendo na faixa etária de 60 anos. A Leucemia Linfoide Aguda é classificada pela FAB morfologicamente em 3 categorias, que são: LLA-L1 (+ comum em crianças), LLA-L2 (+ comum em adultos) e LLA-L3. Geralmente Anemia e plaquetopenia Na maioria dos casos há leucocitose. Hiperfosfatemia e hipocalcemia Ácido úrico aumentado DLH (Desidrogenase láctica) aumentada – indicando grande destruição de células. Leucemia Mieloide crônica - LMC A LMC é mais comum em homens na faixa etária de 20 a 50 anos e representa cerca de 20% de todas as leucemias. É uma doença de origem clonal (anômala), com presença do cromossomo Philadelfia em 90% dos casos (cromossomo 22 anormal). 95% dos casos uma acentuada leucocitose, dos quais 75% estão acima de 50.000 leucócitos por mm3, e 45% ultrapassam os 100.000 leucócitos por mm/3. A presença de células mieloides em vários graus de maturação é característico. →Presença de eosinofilia ou basofilia ou ambos. Leucemia linfoide crônica - LLC A LLC é mais comum em homens do que em mulheres e a idade de maior incidência é acima dos 65 anos, é rara antes dos 50 anos de idade. Os linfócitos na LLC invadem órgãos linfoides como o baço e os linfonodos, além de quase todas as partes do corpo como sangue periférico (leucócito=plasmócito), medula óssea, pele e meninge. A doença é geralmente assintomática, mas podem surgir sintomas como cansaço, perda de peso e linfoadenopatia, também são vistas na LLC infecções por bactérias comuns. Com a progressão da doença ocorrem leucocitose e aumento do número de linfócitos, também são comuns anemia e plaquetopenia. A LMA-M3v pode levar a óbito em até 72h. Se aparecer esse bastonete de Auer já encaminhar ao mielograma Lucianne Albuquerque |P3| Laboratoriais OBS: Aleucemia é quando há suspeita por conta dos blastos, mas necessita fazer diagnóstico diferencial. CONCLUSÃO: • O Hemograma é na maioria das vezes o primeiro passo na investigação de inúmeras patologias; • Na maioria das vezes é sugestivo de várias patologias, que se tornam necessário exames complementares para sua conclusão. • Não adianta um hemograma bem executado se o profissional de saúde não souber interpretá-lo.
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