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Trabalho Etica e Moral

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UNISEPE - UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA.
Faculdades Integradas do Vale do Ribeira – FVR 
 Rua Oscar Yoshiaki Magário, nº 185 - Jardim das Palmeiras - Registro/SP - (13) 3828-2840. 
www.scelisul.com.br
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA.
ÉTICA E LEGISLAÇÃO NO ESPORTE
REGISTRO
2018
ÉTICA E LEGISLAÇÃO NO ESPORTE
“Lei 9.615, de 24 de março de 1998”
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA.
ÉTICA E LEGISLAÇÃO NO ESPORTE
“Lei 9.615, de 24 de março de 1998”
Educação Física – Bacharel, 7º Semestre.
Professora: Danilo Sakuma  
REGISTRO
2018
ÉTICA E LEGISLAÇÃO NO ESPORTE
“Lei 9.615, de 24 de março de 1998”
Daiane Cristina Maciel R.A: 0369894
Daniele da Costa Pereira R.A: 0367394
Diogo Pereira da Silva R.A: 0360843
Emanoel Barbosa de Jesus Pinto R.A: 0365046
Evelyn Ribeiro dos Santos Silva R.A: 0367741
Gabriel Amonik do Rosário R.A: 0369865
Marcel Rodrigues Moreira R.A: 0369892
Pedro Miguel Cypriano R.A: 0369926
Stéfany Silva Cavalcante dos Santos RA: 0369927
REGISTRO
2018
Sumario
1.	INTRODUÇÃO	6
2.	Analise crítica	6
3.	Pontos Positivos	7
4.	Pontos Negativos	8
5.	O Fato – Caso Gustavo Scarpa do Fluminense	8
6.	Conclusão	11
7.	Bibliografia	12

1. INTRODUÇÃO
A Lei 9.615/98, batizada de Lei Pelé, que entrou em vigor no dia 24 de março de 1998, substituía e tentava aperfeiçoar a Lei Zico. A legislação institui normas gerais sobre o desporto brasileiro, abrangendo práticas formais e não formais inspiradas na Constituição. Como ponto principal, a Lei determinou o fim da lei do passe (“acabando a escravidão”, na visão dos atletas profissionais). Em dois anos, os jogadores deixam de ser propriedade dos clubes. A lei também estimula a transformação dos clubes em empresas, incentiva a criação de associações para árbitros e determina que os tribunais de justiça esportiva tenham representantes indicados pela sociedade civil. A lei determina ainda a fiscalização das atividades de clubes e federações pelo Ministério Público. 
2. Analise crítica
Trazendo diversas previsões importantes para o avanço do direito desportivo e sua consolidação jurídica mais robusta, a Lei Pelé buscou mudar certas situações já paradigmáticas que eram extremamente danosas aos desportos. Neste artigo, mencionaremos o impacto que a lei vem tendo desde sua promulgação, analisando os diversos aspectos do direito desportivo relevantes à questão. Veremos, ainda, as diversas opiniões de doutrinadores acerca das alterações que a Lei Pelé trouxe, pincelando o que a lei trabalhou em cima da Lei Zico (sua antecessora), o que alterou (para melhor ou pior) e o que manteve.
Vemos que as críticas à Lei não vêm apenas da doutrina jurídica, mas tem respaldo também na opinião de figuras do futebol brasileiro, como Eurico Miranda, que afirmou “vou morrer dizendo que a Lei Pelé é a grande responsável pelo problema que o futebol brasileiro está atravessando. Se não for tomada uma providência séria, ele vai explodir. [...] Se clube não conseguir formar atleta na sua divisão de base, não vai conseguir sustentar um time de jeito nenhum. O momento do futebol é muito difícil e a origem está aí”, na CPI do Futebol, dia 14 de outubro de 2015. Ainda na mesma CPI se pronunciou também Roberto de Andrade, seguindo a mesma direção de Eurico Miranda: “A Lei Pelé se preocupou com a defesa do atleta, só que o clube foi completamente esquecido. Os clubes investem em escola, médico e dentista mas, na hora de assinar o contrato, pode aparecer outro clube oferecendo mais dinheiro e levar [o atleta]. 
3. Pontos Positivos
O que faz a lei é estabelecer que o desporto de rendimento pudesse ser organizado e praticado de modo profissional, assim considerado quando houver o pagamento de remuneração pactuada em contrato formal de trabalho celebrado entre o atleta e a entidade de prática desportiva (clube). Os atletas e as entidades de prática desportiva atletas e as entidades de prática desportiva são livres para organizar a atividade Profissional, qualquer que seja sua modalidade.
Essa lei a punição para quem desrespeitava as normas e regras de tal competição era seguida na linha com punição, principalmente intolerância á dopagem de atletas e descumprimento das regras estabelecidas. Como ponto principal, a Lei determinou o fim da lei do passe (“acabando a escravidão”, na visão dos atletas profissionais). Em dois anos, os jogadores deixam de ser propriedade dos clubes. A lei também estimula a transformação dos clubes em empresas, incentiva a criação de associações para árbitros e determina que os tribunais de justiça esportiva tenham representantes indicados pela sociedade civil, liberdade e poder de escolha além transparência nos valores negociados, deixar de ser escravo de clube e ter decisões de futuro como qualquer outro trabalhador, desde que o empresário também seja ético.
Com a criação da lei, outros esportes começaram a ser reconhecidos no Brasil assim criando Federações e Associações para tais modalidades que até então não tinham tanto reconhecimento no nosso país, com isso mesmo sendo mínima podemos ver o incentivo da prática dessas modalidades no país. Outro ponto é que a lei criou verbas para atletas olímpicos e paraolímpicos como por exemplo a verba liquida disponibilizada pelo governo para o comitê olímpico cobrir os gastos dos atletas na competições como Olimpíadas, Paraolimpíadas e Pan-americano.
4. Pontos Negativos
A Lei Pelé acabou tirando do clube de futebol todas as decisões sobre a carreira do futebolista e, indiretamente, a transferiu para o empresário privado.Para os mais críticos, os atletas ficaram livres do domínio dos clubes, mas acabaram transformados em mercadorias nas mãos dos empresários. Até mesmo Pelé criticou em 2014 essa situação: "Antes, o jogador ficava cinco, dez anos jogando no mesmo clube. Hoje não é mais assim. Muito empresário leva o jogador para a Ásia, Rússia e esquece ele lá, faz o que quiser. Então tem essa parte ruim, que o clube não é mais dono do jogador, o empresário é que manda." Na época da sua criação a lei tinha muitas falhas, ainda tem mais uma falha que me chamou a atenção foi de que os atletas não tinham seguro de vida nem insalubridade como varias outras coisas isso entrou em vigor na lei só em 2015, dizendo que os clubes de qualquer modalidade que seja tem que ter a obrigação de disponibilizar o seguro de vida, caso violada o atleta poderá entrar na justiça tendo como indenização 12 vezes o salário que ele recebe mais os valores de patrocínio que o clube fechou com o atleta.
A lei se aplica de forma contundente no futebol onde muitos clubes decretaram falência, por motivo de não haver a equidade entre clube e jogadores. Por motivo de a lei favorecer os empresários onde tem total poder sobre o atleta e até mesmo o clube. Onde eles os empresários tem o poder de colocar um jogador no clube pelo motivo da situação financeira ruim que os apresenta. Desde que a lei entrou em vigor muitos clubes faliram, pôs suas promessas (atletas) passaram a ser agenciados por empresários. Quando visamos transparência e profissionalismo e vemos que foi tirado dos clubes e todas as decisões sobre as carreiras dos jogadores que era indiretamente e transfere-se para empresários privados, notamos que muitos também não agem de forma correta e ética, dentre tantos, tem os oportunistas que na verdade só visam o lucro a todo custo e que fazem vendas absurdas para clubes de fora no qual a algum tempo o jogador passa a ficar esquecido
5. O Fato – Caso Gustavo Scarpa do Fluminense
Yerry Mina, Alejandro Guerra e Miguel Borja no Palmeiras. Christian Cueva no São Paulo. Zeca no Santos. Anderson Martins e Nenê no Vasco. Gustavo Scarpa no Fluminense. Por motivos diferentes, a pré-temporada de 2018 começou cheia de desfalques ao redor dos clubes no Brasil. Por que um jogador de futebol consegue adiar seu retorno enquanto um trabalhador comum tem de voltardo recesso na data imposta pelo patrão? A resposta pode estar na ausência de penas previstas no texto da Lei Pelé. De acordo com o Ministro Guilherme Caputo Bastos, juiz do Tribunal Superior do Trabalho ouvido pelo UOL Esporte, a CLT tem leis que explicam o que é uma falta grave do empregador e do empregado e quais as penas cabíveis para cada caso, enquanto o texto da Lei Pelé, que rege a relação entre clubes e atletas, deixa possíveis punições a cargo dos clubes."O jogador não se reapresentou. É uma falta que o trabalhador comete contra seu empregador, como se tratássemos de um trabalhador comum. 
O jogador tem que se reapresentar porque são as regras do clube. Justifica que o clube tome suas providências, mas a lei não diz quais. É uma das coisas que a Lei Pelé carece. Um trabalhador comum pode ser demitido, mas o clube não pode se desfazer de um atleta de alto gabarito. É um patrimônio", comparou a autoridade. "Os artigos 481 e 482 da CLT preveem faltas graves do empregador e do empregado, como por exemplo concorrência desleal e indisciplina. Poucas delas serviriam para os atletas. Por isso que acho que a Lei Pelé reclama regras próprias para o desporto", explicou. Na opinião de João Chiminazzo, advogado especialista em direito esportivo, atrasos salariais são a principal causa de faltas em reapresentações a clubes. São os casos de Zeca, Anderson e Nenê neste ano, por exemplo. "Difícil apontar um motivo no geral, mas me parece que talvez alguns atletas já tenham ingressado na justiça para pedir rescisão. Já têm a intenção de deixar o clube ou entendem que o contrato não é mais válido", disse, ao UOL Esporte, explicando que é preciso três meses de atraso salarial para que o contrato com um clube possa ser rescindido.
Nessa conta entra tudo que o vínculo empregatício prevê, como por exemplo o pagamento de fundo de garantia, mas não contratos firmados à parte, como o direito de imagem. Para Chiminazzo, no entanto, faltar à reapresentação tendo menos de três meses de salário para pressionar o clube não é uma estratégia eficiente e pode causar danos para o próprio jogador. "Sou contra. Se o atleta tem lá o atraso salarial que permite que ele rescinda o contrato, então ele busca seus direitos. Agora, se não tem e se utiliza desse mecanismo para pressionar o clube, eu considero um equívoco.
 Nesse caso, o atleta pode ser o maior prejudicado. Pode ser penalizado. “Pode até ser demitido por justa causa”, declarou. E se o trabalhador comum faltar? Não há muitas semelhanças entre imbróglios envolvendo jogadores de futebol com funcionários comuns em relação ao tema. Juiz e professor Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Jorge Luiz Souto Maior explica que dificilmente um trabalhador não justifica suas faltas. "Do ponto de vista legal, o nãocomparecimento implica em possibilidade de desconto de salário de dias não trabalhados, sem que haja uma justificativa de uma falta. Falta sem justificativa está sujeita de desconto de salários dos dias correspondentes. Depois de 30 dias, ela pode ser demitida por justa causa." Cássia Salgado de Lima, advogada especializada em direitos trabalhistas, afirma que apesar de o trabalhador poder entrar com uma ação pedindo uma rescisão indireta (uma espécie de justa causa do empregador) alegando atraso de salário, assédio moral, maus tratos ou outras justificativas, faltar ao trabalho ainda é uma opção passível de riscos. "É preciso entrar com a ação na Justiça e depois dizer que não vai continuar trabalhando. Se não ingressar antes na Justiça, você corre o risco de ser demitido mesmo com a empresa estando inadimplente", explicou ao UOL Esporte. Souto Maior conta que, se vencer a ação de rescisão indireta, o empregador pagará multa referente ao motivo que moveu o processo, além dos direitos trabalhistas normais como verba rescisória, férias e 40% do FGTS. 
Questionado sobre as semelhanças dos regimes e sobre a possibilidade de um trabalhador comum rescindir o contrato de maneira unilateral, o ministro Caputo Bastos afirmou que é difícil estabelecer qualquer paralelo. "Sou muito radical na compreensão de que não podemos comparar o trabalhador comum com o esportista. O trabalhador comum, por exemplo, não tem essa etapa de reapresentação. Tem uma jornada. O jogador não. Também tem a sua jornada, cumpre compromisso, mas é uma jornada diferente, permeada de atividades extra clube, competições, viagens", declarou. “A Lei Pelé é uma lei boa, bem feita, bem pensada, mas ainda é carente de várias atualizações. Tanto que o Ministério do Trabalho pediu para que nós fizéssemos uma minuta de alteração na parte trabalhista da Lei Pelé. Tem vários vácuos", completou o ministro, que também é membro da Academia Nacional de Direito Desportivo.
Na opinião da autoridade, a melhor maneira de esclarecer as lacunas trabalhistas presentes na Lei Pelé seria por meio de uma convenção coletiva entre os clubes e representantes dos jogadores.
6. Conclusão
A "Lei Pelé", como muitas outras leis brasileiras, é fruto mais da demagogia, das relações de animosidade de alguns e da pequena cultura e intelectualidade de seus elaboradores, do que da preocupação em melhor estruturar o desporto brasileiro e dignificar a profissão desportiva. É pois, uma lei sufocada de inconstitucionalidades, ofendendo a gênese da Carta Magna, como o art. 217 e inúmeros incisos do art. 5°, este último elevado a cláusula pétrea. Tem-se, então uma lei que fere profundamente a Lei maior. Quais delas devem prevalecer? A resposta, sem sombra de dúvida, virá por via jurisprudencial com as decisões e arestos da Corte Suprema brasileira, devendo os jurista do país ficarem atentos ao desempenho que a esse respeito terá o Supremo Tribunal Federal, convertido em guardião constitucional.
7. Bibliografia
· MELO, Bruno Herrlein Correia de. MELO, Pedro Herrlein Correia de. A Lei Pelé e o fim do “passe” no desporto brasileiro. 
· http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9615consol.htm 
· referencia : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9615consol.htm Capitulo X Art. 82-A, 82-B
· https://www.cobra.org.br/legislacao/9/lei-9615
· http://www.nominuto.com/mobile/noticias/esporte/vinte-perguntas-lei-pele/16997/ 
· https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2018/01/06/o-que-diferencia-as-faltas-de-um-jogador-com-as-de-um-trabalhador-comum.htm
· https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lei_Pelé

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