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Anamnese e Exame Físico do Paciente Cardiopata

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CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
Dor torácica 
 
_________________________Anamnese e Exame Físico do Paciente Cardiopata__________________________ 
 
• Pilares da avaliação clínica: Anamnese + Exame Físico + Exames Complementares 
 
 
 
 
 
• Anamnese em cardiologia Principais sintomas que devem ser avaliados: Dor torácica (mais comum) 
 Dispneia 
 Palpitações 
 Síncopes 
 Outros 
 
• Etiologia da dor torácica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Angina Pectoris: 
o Dor torácica cardiovascular causada por isquemia miocárdica 
o Epidemiologicamente é a mais comum e com mais risco de mortalidade 
 
 
• Características da dor torácica O que o médico precisa realmente definir durante a anamnese: 
1. Qualidade (tipo de dor) 
2. Localização 
3. Irradiação 
4. Sintomas associados 
5. Duração 
6. Fatores desencadeantes 
7. Fatores de alívio 
 
Cardiovascular 
 
Estudos já vem demonstrando que diagnósticos cardiológicos finais em 80%dos casos podem ser dados obtidos através de uma 
BOA anamnese e exame físico. Logo, em apenas 20% dos casos os exames complementares auxiliarão fornecendo diagnóstico 
diferentes do que havia sido sugerido somente com as etapas inicias. Por exemplo, o eletrocardiograma auxilia na diferenciação 
das formas clínicas de síndromes coronarianas, mas o diagnóstico de síndrome coronariana é dado com exame clínico 
Importante que o clínico geral saiba fazer diagnósticos diferenciais, para quando necessário encaminhar o paciente ao especialista. 
Por exemplo, em paciente com queixa de dor torácica, é importante que o médico clínico saiba especificar se essa é de etiologia 
cardiovascular, para então encaminhar ao cardiologista. 
c 
Não cardiovascular 
 
Visceral 
 
Outras 
 
Isquêmica (mais comum) 
Não isquêmica 
 
 Pulmão (derrame pleural, embolia pulmonar, pneumonia) 
 Esôfago (DRGE, esofagite) 
c Pulmão (derrame pleural, embolia 
pulmonar, pneumonia) 
Esôfago (DRGE, esofagite) 
 
Osteomuscular (esforço físico, trauma) 
 
Aguda 
 
Crônica 
 
Pericárdica (Pericardite) 
 
Aórtica (Dissecção aórtica) 
 
Respondendo as 7 características da dor torácica, o médico conseguirá determinar se é uma dor típica ou atípica de isquemia miocárdica. 
 
 
CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
Comum na insuficiência cardíaca, pelo aumento do retorno venoso, sobrecarregando o coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Dispneia: 
o Sensação consciente e desagradável do ato de respirar. 
o Pode ser: Subjetiva (paciente relata o sintoma, mas não é perceptível ao examinador) 
Objetiva (examinador percebe o sintoma presente) 
 
o Causas: Cardíacas: Insuficiência cardíaca 
 Pulmonares: Enfisema pulmonar, embolia pulmonar, pneumonia 
 Sistêmicas: Anemia, cirrose hepática 
 
o Tipos: Dispneia aos esforços 
 Ortopneia 
 Dispneia paroxística noturna 
 Dispneia de Cheyne-Stokes – Períodos de taquipneia, seguido de apneia. Percebidos na insuficiência cardíaca avançada. 
Dor típica de Angina Pectoris 
1. Qualidades: Aperto, peso, compressão 
2. Localização: Retroesternal ou precordial 
3. Irradiação: Geralmente para membro superior esquerdo. Podendo também ser para o dorso, 
 membro superior direito, região epigástrica, cervical ou mandíbula. 
4. Sintomas associados: Dispneia, náusea, vômito, síncope, sudorese 
5. Duração: Cerca de 1 a 5 minutos 
6. Fatores desencadeantes: Esforços/estresse físicos ou emocional. 
7. Fatores de alívio: Repouso (10 a 15 min) 
 
 
CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
Fundamental análise do Ictus cordis: Localização (5˚ EIC E na LHC – varia com biotipo) 
 Extensão (2 polpas digitais) 
 Intensidade (impulsivo ou pouco impulsivo) 
 Mobilidade (2 a 3 cm) 
 
- Deve ser avaliado na inspeção e palpação, visto que pode se apresentar como 
 visível ou invisível, além de ser palpável ou impalpável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Exame Físico Geral: 
o Estado geral 
o Padrão respiratório 
o Palidez cutânea-mucosa 
o Estado nutricional (Obesidade, caquexia) 
 
• Exame físico cardiovascular: 
1. Pressão arterial 
2. Pulso arterial (avaliar durante a inspeção e palpação) 
3. Turgência jugular e pulso venoso (avaliar durante a inspeção e palpação) 
4. Exame do coração 
 
 
• Exame coração: Inspeção 
 Palpação 
 Ausculta 
 
 
 
 
 
• Ausculta cardíaca – Focos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Foco aórtico acessório: Localiza-se no 3º espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno. 
Principal foco de ausculta na insuficiência aórtica 
 
• Bulhas cardíacas: 
o B1: Corresponde ao fechamento das valvas mitral e tricúspide, coincide com ictus cordis e pulso carotídeo. 
 Possui timbre mais grave e tempo de duração um pouco maior que B2. 
 Não é possível reconhecer B1 pela onda do pulso radial. 
 Comumente apresenta maior intensidade no foco mitral 
Classificação da New York Heart Association (NYHA) 
Classe I Sem limitações para as atividades cotidianas (ausência de sintomas – dispneia) 
Classe II Discreta limitação para as atividades habituais (sintomas leves) 
Classe III Significativa limitação para as atividades habituais 
Classe IV Incapaz de qualquer atividade sem desconforto. Dispneia em repouso 
Pulso em martelo d’água: 
- Também conhecido como Pulso de Corrigan 
- Pulso anormal associado à insuficiência aórtica (na ausculta 
 provavelmente será perceptível um sopro de IA). 
- Caracteriza-se por uma ascensão rápida da onda de percussão 
 sistólica, seguida de um colapso súbito. 
TUM-TÁ 
 
 
CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
o B2: Corresponde ao fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Possui timbre mais agudo, soando de maneira 
 mais seca que B1. Torna-se mais intensa nos focos da base (aórtico e pulmonar). 
Normalmente o fechamento da valva aórtica precede levemente o fechamento da valva pulmonar, mas 
durante a expiração, ambas se fecham sincronicamente, originando um único ruído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
o B3: Bulha acessória, que ocorre durante o enchimento ventricular rápido (protodiastólica - início da diástole 
em corações que apresentam uma baixa complacência, ou seja, quando o sangue estiver entrando no 
ventrículo, como esse apresenta uma maior rigidez do que o normal, originando vibrações e assim 
reverberando ruídos do sangue batendo na parede da câmara. No entanto, trata-se de um som de baixa 
frequência, que é mais audível no foco mitral, com o paciente em decúbito lateral esquerdo. 
Habitualmente é observada em crianças e adolescentes, mas raramente em adultos. 
Comum na insuficiência cardíaca (dilatação ventricular). 
 
 
 
 
 
o B4: Bulha acessória que pode ocorrer pela brusca desaceleração do fluxo sanguíneo na contração atrial em 
encontro do sangue no interior do ventrículo, também devido baixa complacência. Assim o ruído é 
percebido no fim da diástole ou pré-sístole. Em crianças e adolescentes condiz em condições de 
normalidade. Relacionado com a hipertrofia cardíaca. 
 
 
 
o Desdobramentos de B1: Gera um ruído quando o fechamento da tricúspide não coincide com o da mitral. 
Perceptível principalmente na ausculta localizada no foco tricúspide (borda esternal 
inferior esquerda). Pode ser um achado fisiológico, mas pode ocorrer em condições 
patológicas, como Bloqueio de ramo direito (BRD) e extrassístoles ventriculares. 
 
o Desdobramento de B2: Também denominado desdobramento inspiratório ou fisiológico de B2. 
Normalmente o fechamento da valva aórtica precede levemente o fechamento da 
valva pulmonar, mas durante a expiração, ambas se fecham sincronicamente, 
originando um único ruído. 
Auscultar os ruídos “isolados” pode ser um achado fisiológico, quando se realiza 
inspiração profunda, principalmente com o estetoscópio localizadono foco 
pulmonar. No entanto, em condições que o desdobramento de B2 está se 
apresentando amplo (pulmonar muito depois do aórtico), fixo (ocorre a todo 
momento, não somente na inspiração) e paradoxal (ocorre durante a expiração), 
pode ser indicativo de processos patológicos. 
É observado em praticamente todas as crianças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUM-TA-TÁ Cuidado para não confundir com desdobramento de B2! Bulhas acessórias são melhor 
auscultadas nos focos AV, já desdobramento de B2 é melhor auscultado no foco 
pulmonar com inspiração profunda. 
Cuidado para não confundir com desdobramento de B1! TU-TUM-TÁ 
TUM-TÁ 
TURUM-TÁ 
TUM-TRÁ 
Descrição do ritmo cardíaco: 
1. Ritmo: Rítmicas ou arrítmicas 
2. Tempo: 2 tempos (2T), 3 tempos (3T) e 4 tempos (4T) 
3. Fonética: hipofonéticas, normofonéticas ou hiperfonéticas 
4. Sopro: Com ou sem sopro 
 
Ex: RCRNF, 2T, SS 
 
 
CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
• Sopros cardíacos: 
o São Vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo (turbilhonamento). 
o Avaliar: Localização: Local intensidade máxima, pontos ausculta e áreas externas precórdio (pescoço, linhas axilares). 
 Irradiação: Se há migração para essas áreas externas do precórdio. 
Intensidade 
Situação no ciclo (cronologia) 
 
o Cronologia Sistólico: Ocorre entre B1 e B2 
 Protossitólico, mesossistólico, telessistólico ou pansissistólico 
 
 Diastólico: Ocorre entre B2 e B1 
Protodiastólico, mesodiastólico, telediastólico ou pandiastólico 
 
 Sistodiastólico ou contínuos 
 
o Intensidade (Porto): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Valvopatias: 
 
Quais as possíveis condições para que ocorra 
sopros? Para compreender melhor o que 
está acontecendo durante o ciclo cardíaco, é 
importante ter noção que os sopros ocorrem 
em condições atípicas, logo deve-se concluir 
o que seria o normal dentro de cada período, 
e em seguida raciocinar o que poderia estar 
acontecendo de anormal. Durante a sístole o 
normal é que as valvas AV estejam fechadas, 
para que o sangue não regurgite; e as valvas 
semilunares estejam abertas, para que o fluxo sanguíneo seja distribuído por todos sistemas. Dessa forma, se 
durante a sístole as valvas AV estejam insuficientes (dificuldade no fechamento das valvas) ou as valvas 
semilunares estejam estenosadas (dificuldade de abertura das valvas), isso acarretará na formação de sopros. Já 
durante a diástole, haverá formação de sopro caso por insuficiência das semilunares (aórtica ou pulmonar) ou 
estenose das AV. 
 
Graduação dos sopros (Bates) 
Grau 1 Muito suave, pode não ser auscultado em todas as posições 
Grau 2 Suave, porém auscultado imediatamente após colocação do estetoscópio sobre o tórax 
Grau 3 Moderadamente intenso 
Grau 4 Intenso, com frêmito palpável 
Grau 5 Muito intenso, pode-se auscultar sem que o estetoscópio esteja posição ideal 
Grau 6 Muito intenso, pode-se auscultar com esteto fora do tórax 
Graduação dos sopros (Porto) 
+/4 Sopros débeis, só audíveis quando auscultados com atenção e em ambiente silencioso 
++/4 Sopros de intensidade moderada 
+++/4 Sopros intensos 
++++/4 Sopros muito intensos acompanhados de frêmitos 
TUXXX-TÁ 
TUM-TÁXX 
Como diferenciar sopro sistólico de diastólico? Geralmente o período de sístole (entre B1 e B2) é mais rápido 
que o período da diástole (entre B2 e B1). Também é importante que junto com a ausculta seja feita a aferição 
do pulso periférico, pois esse coincide com o momento de sístole. 
 
 
 Exemplo: Sopro de regurgitação aórtica Sopro diastólico de tom intermediário, ++/6, aspirativo, em 
decrescente, no 4º espaço intercostal esquerdo, com irradiação para o ápice.

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