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Prévia do material em texto

Nome: Shirlei Barros da Silva 
Matrícula: 201801015007 
 
 
 
Av2 – Prática Simulada Cível I 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE 
DIREITO DA __ VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 
DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP. 
 
 
 
 
 
Processo: XXXX 
 
 
FÁBIO DE TAL, brasileiro, casado, militar, inscrito no CPF nº. 
XXXXXX e RG nº XXXXXX residente a Rua X, N.º XX, Bloco X, 
Edifício XXXXX, Bairro XXXX, Rio de Janeiro/RJ, endereço 
eletrônico XXXX, 
CLARISSE DE TAL, brasileira, casada, dentista (desempregada), 
inscrita no CPF nº. XXXXXX e RG n° XXXXX residente a Rua X, 
N.º XX, Bloco X, Edifício XXXXX, Bairro XXXX, Rio de 
Janeiro/RJ, endereço eletrônico XXXX, por intermédio de sua 
procuradora que esta subscreve, vem, respeitosamente, a presença 
de Vossa Excelência, apresentar a presente: 
 
 CONTESTAÇÃO, em face da Ação de Cobrança 
movida por PORTO SEGUROS, nos moldes que serão expostos a 
seguir. 
 
SÍNTESE DO OCORRIDO 
 
Aduz a promovente que no dia XX de fevereiro de 2017, foi firmado 
Contrato de Seguro Locatício com período de 30 (trinta) meses, 
cuja vigência inicial se deu em XX.02.2017 e se daria no prazo final 
em XX.08.2020. 
O objeto da locação foi o apartamento situado na Rua X, n.º X, 
Bloco X, Apto X, Edifício X no Bairro X, Rio de Janeiro, RJ tendo 
como proprietária do imóvel a Sra. Carolina Ferreira e segurada do 
seguro fiança. 
Sustenta a promovente de forma extremamente genérica que a 
promovida devolveu o referido imóvel deixando pendências de 3 
(três) meses de aluguel em atraso e junto com essa dívida 
acompanha ainda acréscimos de pintura interna, multa contratual, 
despesas com condomínio, sendo, portanto, supostamente 
devedora da importância de R$30.ooo,oo (trinta mil reais). 
Eis a breve síntese do essencial. 
Ao contrário do que tenta fazer crer a promovente, o verdadeiro 
desencadear dos fatos é completamente diverso da situação por ela 
apresentada. 
Isso porque, conforme já amplamente debatido da Audiência de 
Conciliação, os promovidos acionaram o seguro, tendo em vista que 
um dos seguradores ficou desempregado, já que tinha cobertura na 
apólice do aluguel, como a rescisão contratual, por exemplo, os 
promovidos desocuparam o imóvel em perfeitas condições antes de 
findar o prazo do contrato de 30 (trinta) meses a ponto de que não 
ficassem inadimplentes em relação a atrasos de pagamento de 
alugueres já que o seguro ofertado pela promovente garantia a 
rescisão do contrato de aluguel em caso de sinistro, por exemplo, 
que foi o desemprego da CLARISSE DE TAL após a sua licença 
maternidade. 
A situação de fato do imóvel é a seguinte: Os promovidos fizeram a 
entrega do imóvel com todos os reparos indispensáveis e a perfeita 
devolução, conforme mostra as provas anexadas à presente peça 
defensiva. 
De mais a mais, o valor cobrado pela promovente é revestido de 
valores excessivos e desproporcionais, conquanto indevidos e 
inexistente. Isso porque, conforme o demonstrativo de débitos 
apresentado pela promovente na audiência de conciliação, foram 
apresentadas despesas que sequer existem! 
Os promovidos refutam os valores cobrados a título de IPTU, eis 
que devidamente pagos durante o período da locação, conforme 
comprovantes em anexo. 
 
PRELIMINARES 
Da Inexistência ou Nulidade da Citação 
Nos termos do art. 238 do CPC, a Citação é o ato pelo qual são 
convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a 
relação processual, indispensável para a validade do processo, 
conforme leciona a doutrina: 
"A citação é indispensável para a validade do 
processo e representa uma condição para concessão da 
tutela jurisdicional, ressalvadas as hipóteses em que o 
processo é extinto sem afetação negativa da esfera jurídica do 
demandado (indeferimento da petição inicial e improcedência 
liminar). Não se trata de requisito de existência do processo. 
O processo existe sem a citação: apenas não é válido, acaso 
desenvolva-se em prejuízo do réu sem a sua 
participação." (MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, 
Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo 
Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. 
ebook. Art. 239) 
Trata-se, portanto, de matéria de ordem pública que 
pode ser alegada em qualquer fase de jurisdição, não 
ficando ocorrendo a preclusão, conforme leciona Arruda 
Alvim ao disciplinar sobre a matéria: 
"o processo sem citação (ou com citação nula 
somada à revelia) é juridicamente inexistente em 
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-238
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-239
relação ao réu, enquanto situação jurídica apta a produzir 
ou gerar sentença de mérito (salvo os casos de improcedência 
liminar do pedido - art. 332 do CPC/2015). Antes a 
essencialidade da citação para o desenvolvimento do 
processo, não há preclusão para a arguição da sua 
falta ou de sua nulidade, desde que o processo tenha 
corrido à revelia. Pode tal vício ser alegado inclusive em 
impugnação ao cumprimento da sentença proferida no 
processo viciado, ou até mesmo por simples petição, ou, se 
houver interesse jurídico, em ação própria (ação declaratória 
de inexistência)" (Novo contencioso Cível no CPC/2015. São 
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, n.3.1.3, p. 204.) 
Ocorre que no presente caso, os contestantes tiveram conhecimento 
da presente ação apenas quando foram comunicados através de 
terceiros em seu antigo endereço em São Paulo, sendo que, 
atualmente são residentes e domiciliados no Rio de Janeiro. Ou seja, 
não foram regularmente citados nos termos da lei, não podendo 
ser aplicado os efeitos da REVELIA. 
 Citação Inexistente 
No presente caso, a citação não foi recebida diretamente pelos Réus, 
correndo indevidamente o processo à revelia, evidenciando a 
nulidade da citação, conforme precedentes sobre o tema: 
AÇÃO MONITÓRIA. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO 
DE COBRANÇA. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. NULIDADE DA 
CITAÇÃO. VIOLAÇÃO MANIFESTA DA NORMA JURÍDICA. ART. 
966, V, DO CPC. Ação rescisória proposta com base no inciso V, 
do art. 966, do CPC. Caso em que a firma individual, que se confunde 
com a sua titular, foi citada por carta AR, na ação de cobrança movida 
pelo Banco, recebida por terceira pessoa, prosseguindo o 
feito à revelia, culminando com a sentença de procedência. 
Citação irregular em afronta manifesta à norma jurídica, cabendo a 
rescisão da sentença de mérito e a nulidade de todos os atos a partir 
da citação, inclusive, sendo o caso de julgar procedente a ação 
monitória. Determinação de retorno dos autos à origem para a 
renovação do ato citatório e o regular processamento do feito a partir 
deste. AÇÃO RESCISÓRIA JULGADA PROCEDENTE. UNÂNIME. 
(TJ; Ação Rescisória, Nº 70079916235, Décima Segunda Câmara 
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-332
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-966
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-966
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-966,inc-V
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-966,inc-V
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-966
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Luiz Pozza, Julgado 
em: 28-03-2019) 
DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
Conforme leciona Canotilho, a competência reflete a distribuição 
constitucional de poderes, relativos ao desempenho de sua jurisdição: 
"A competência envolve, por conseguinte, a atribuição de 
determinadas tarefas bem como os meios de ação (poderes) 
necessários para a sua prossecução. Além disso, a competência 
delimita oquadro jurídico de actuação de uma unidade 
organizatória relativamente a outra." (CANOTILHO, José Joaqui 
Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 6ª ed. Lisboa: 
Almedina, 2002, p. 539) 
Portanto, os limites de competência legalmente estabelecidos buscam 
conferir ao processo a intenção legal da efetividade jurisdicional. 
No presente caso, a competência territorial, apesar de relativa, deve 
ser observada de forma a garantir o princípio do contraditório, uma 
vez que inviabiliza a ampla defesa do contestante. 
Domicílio do Réu 
Nos termos do Art. 46 do CPC/15: "A ação fundada em direito pessoal 
ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no 
foro de domicílio do réu." 
Portanto, considerando que o domicílio dos Réus é no Rio de Janeiro, 
conforme provas que junta em anexo, necessária a remessa do 
processo ao domicílio competente, conforme precedentes sobre o 
tema: 
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. SENTENÇA DE 
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. 
INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL RECONHECIDA DE OFÍCIO. 
NATUREZA DA AÇÃO QUE FAZ INCIDIR A REGRA DO ART 4º, 
INCISO I DA LEI 9.099/95. LOCAL DA SATISFAÇÃO DA 
OBRIGAÇÃO NÃO DEFINIDO. COMPETÊNCIA FIXADA PELO 
DOMICÍLIO DA RÉ. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS 
PRÓPRIOS FUNDAMENTOS (ART 46 LJE). RECURSO 
CONHECIDO E DESPROVIDO. Precedentes: RECURSO 
INOMINADO. TRANSPORTE TERRESTRE DE CARGAS. 
ALEGAÇÃO DE INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. SENTENÇA 
/lei/CF/constituicao-federal
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-46
/lei/CPC/codigo-processo-civil
DE PROCEDÊNCIA. PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA 
RELATIVA EM SEDE RECURSAL. ADMISSIBILIDADE. 
ARGUIÇÃO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA . RECURSO 
PROVIDO PARA EXTINÇÃO DO FEITO SEMACOLHIDA 
RESOLUÇÃO DO MÉRITO. 1. "A incompetência territorial pode ser 
reconhecida de ofício no sistema de juizados especiais cíveis" 
(Enunciado nº. 89 do FONAJE), de modo que se admite sua 
arguição a qualquer tempo. 2. Em se tratando de contrato de 
prestação de serviços de transporte de carga entre pessoas 
jurídicas, não há relação de consumo, pois ausentes as figuras do 
fornecedor e do consumidor (destinatário final), conforme arts. 2º 
e 3º do CDC, razão pela qual não se aplica o art. 101, I, do mesmo 
diploma legal. 3. O domicílio do réu ou o local onde ele (réu) exerce 
suas atividades é o foro competente para as causas previstas na Lei 
nº. 9.099/1995, como dispõem o art. 4º, I, da aludida . O art. 46, § 
4º, do CPC, por sua vez, estabelecelei e o art. 46, caput, do CPC que 
"havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão 
demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor". Daí por 
que caberia ao autor, ora recorrido, ajuizar a demanda em 
Diamantino-MT (domicílio do primeiro réu) ou Caarapó-MS 
(domicílio do segundo réu, ora recorrente) e não em seu domicílio 
(Mameleiro-PR), como ocorreu. 4. Recurso provido para 
reconhecer a incompetência relativa arguida e, consequentemente, 
decretar a extinção do feito sem resolução do mérito. 5. Diante do 
êxito recursal, deixo de condenar a parte recorrente ao pagamento 
de honorários de sucumbência (art. 55, caput da Lei nº 9.099/95). 
Custas devidas (Lei Estadual 18.413/14, arts. 2º, inc. II e 4º, e 
Instrução Normativa- CSJEs, art. 18) Ante o exposto, esta 2ª Turma 
Recursal dos Juizados Especiais resolve, por unanimidade dos 
votos, em relação ao recurso de CENTRO OESTE TRANSPORTES 
E GRÃOS LTDA, julgar pelo (a) Com Resolução do Mérito - 
Provimento nos exatos termos do voto.O julgamento foi presidido 
pelo (a) Juiz (a) Alvaro Rodrigues Junior (relator), com voto, e dele 
participaram os Juízes Marcel Luis Hoffmann e Juiz Subst. 2ºgrau 
Helder Luis Henrique Taguchi. 08 de Fevereiro de 2018 Alvaro 
Rodrigues Junior Juiz (a) relator (a) (TJPR - 2ª Turma Recursal - 
0002323-40.2016.8.16.0181 - Marmeleiro - Rel.: Alvaro Rodrigues 
Junior - J. 08.02.2018) (grifei) RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE 
COBRANÇA. LOCAL DA SATISFAÇÃO DA OBRIGAÇÃO NÃO 
DEFINIDO. COMPETÊNCIA FIXADA PELO LOCAL DO 
DOMICÍLIO DO RÉU. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 4º, I E 
PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI 9.099/95. INCOMPETÊNCIA 
TERRITORIAL RECONHECIDA. SENTENÇA MANTIDA POR 
SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E 
NÃO PROVIDO. 1. RELATÓRIO Trata-se de ação de cobrança 
proposta por J T A COMÉRCIO DE ROUPAS LTDA – ME em face 
de VALDOMIRO MIGUEL GOMES DOS SANTOS. Sustentou a 
parte autora que manteve relação mercantil com o réu, o qual 
adquiriu mercadorias no montante atualizado de R$2.574,55 (dois 
mil quinhentos e setenta e quatro reais e cinquenta e cinco 
centavos). Assim, requereu o pagamento do referido débito. 
Sobreveio a sentença julgando extinto o processo, sem resolução de 
mérito, diante da incompetência territorial. Inconformada com a r. 
sentença, a autora interpôs o recurso inominado alegando que a 
comarca de Colombo é competente, local onde ocorreu o negócio 
(compra e venda). Requereu a declaração da nulidade da sentença, 
reconhecendo a competência daquele Juízo para processar e julgar 
a ação. Em síntese, é o relatório. 2. FUNDAMENTAÇÃO Satisfeitos 
os requisitos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade, razão 
pela qual deve ser ele conhecido. Sucintamente, a recorrente alegou 
que propôs a ação perante o Juizado Especial de Colombo, na 
Comarca onde a obrigação deveria ser satisfeita, pugnando pelo 
reconhecimento desta Comarca como competente. Entendo, 
todavia, que não assiste razão a recorrente. Inclusive a 
incompetência territorial também poderá ser reconhecida de ofício 
pelo magistrado, nos termos do enunciado de nº. 89 do FONAJE, 
como no presente caso. Como a transação que deu origem a 
presente demanda (mov. 1.3) não definiu o lugar onde a obrigação 
deveria ser satisfeita, é flagrante que o autor optou por utilizar o 
seu domicilio como foro para o ajuizamento da presente demanda. 
Entretanto, a sua escolha é equivocada, eis que para a definição de 
competência deve ser considerado o endereço da parte adversa, 
aliado à natureza da demanda, que neste caso concreto é de 
cobrança, o que faz atrair assim a competência para o Juizado 
Especial da Comarca de São José dos Pinhais, nos exatos termos do 
artigo 4º, inciso I e parágrafo único, da Lei nº. 9.099/95, in verbis: 
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado 
do foro: I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde 
aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha 
estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório; II - do lugar 
onde a obrigação deva ser satisfeita; III - do domicílio do autor ou 
do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de 
qualquer natureza. Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá 
a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo. 
(destaquei) Nesse sentido é o entendimento desta Turma Recursal: 
CÍVEL. RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. 
COMPETÊNCIA FIXADA PELO LOCAL DO DOMICÍLIO DO RÉU. 
ARTIGO 4º, INCISO I DA LEI 9099/95. SENTENÇA 
REFORMADA. 1. Conforme estabelece o artigo 4º, inciso I da Lei 
9099/95, “é competente, para as causas previstas nesta Lei, o 
Juizado do foro do domicílio do réu”. Note-se que, no caso dos 
autos, não se trata de ação de reparação de danos, mas ação de 
cobrança. 2. Neste sentido: ENTRE AS PARTES. COMPETÊNCIA 
TERRITORIAL. FORO DA SEDE DA EMPRESA DEVEDORA. 
REGRA PREVISTA NO ART. 4º, I, DA LEI Nº 9.099/95. 
SENTENÇA QUE EXTINGUIU O FEITO CORRETA. 
PRECEDENTE DESTA TURMA RECURSAL. Em se tratando de 
ação de cobrança oriunda de relação comercial, é competente o foro 
da sede da empresa ré, nos termos do art. 4º, inciso I, da Lei nº 
9.099/95. [...] (TJPR - 1ª Turma Recursal - DM92 - 0044352-
24.2016.8.16.0014 - Londrina - Rel.: GIANI MARIA MORESCHI - 
J. 07.07.2017) (grifei). CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA 
ENTRE JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO. AÇÃO DE 
COBRANÇA. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CHEQUE. 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL. JUÍZO COMPETENTE. 
DOMICILIO DO RÉU. COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITANTE. 
CONFLITO IMPROCEDENTE. (TJPR - 1ª TurmaRecursal - DM92 
- 0000725-22.2016.8.16.0029 - Colombo - Rel.: Daniel Tempski 
Ferreira da Costa - J. 24.08.2017) (grifei). Desta forma, , 
mantendo-se a sentença em todos osnego provimento do recurso 
apresentado seus termos. Não logrando êxito, a parte recorrente 
deve arcar com as despesas do processo, com fulcro no artigo 55 da 
Lei 9099/95. 3. DISPOSITIVO Ante o exposto, esta 1ª Turma 
Recursal - DM92 resolve, por unanimidade dos votos, em relação 
ao recurso de J T A - COMERCIO DE ROUPAS LTDA - ME, julgar 
pelo (a) Com Resolução do Mérito - Não-Provimento nos exatos 
termos do voto. O julgamento foi presidido pelo (a) Juiz (a) 
Fernanda Bernert Michelin (relator), com voto, e dele participaram 
os Juízes Vivian Cristiane Eisenberg De Almeida Sobreiro e Daniel 
Tempski Ferreira Da Costa. Curitiba, 05 de Outubro de 2017 Ante o 
exposto, esta 1ª Turma Recursal - DM92 resolve, por unanimidade 
dos votos, em relação ao recurso de J T A - COMERCIO DE 
ROUPAS LTDA - ME, julgar pelo (a) Com Resolução do Mérito - 
Não-Provimento nos exatos termos do vot (TJPR - 0001951-
62.2016.8.16.0029 - Colombo - Rel.: Fernanda Bernert Michelin - 
J. 09.10.2017) CÍVEL. RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE 
COBRANÇA. COMPETÊNCIA FIXADA PELO LOCAL DO 
DOMICÍLIO DO RÉU. ARTIGO 4º, INCISO I DA LEI 9099/95. 
SENTENÇA REFORMADA. 1. Conforme estabelece o artigo 4º, 
inciso I da Lei 9099/95, é competente, para as causas previstas 
nesta Lei, o Juizado do foro do domicílio do réu. Note-se que, no 
caso dos autos, não se trata de ação de reparação de danos, mas 
ação de cobrança. Por unanimidade de votos, CONHECER E DAR 
PROVIMENTO ao recurso Interposto, nos exatos termos deste voto 
(TJPR – 1ª Turma Recursal - DM92 - 0044352-24.2016.8.16.0014 - 
Londrina - Rel.: GIANI MARIA MORESCHI - J. 07.07.2017) (grifei) 
(TJPR - 1ª Turma Recursal - 0003766-45.2017.8.16.0131 - Pato 
Branco - Rel.: Juíza Maria Fernanda Scheidemantel Nogara 
Ferreira da Costa - J. 22.05.2018) 
(TJ-PR - RI: 00037664520178160131 PR 0003766-
45.2017.8.16.0131 (Acórdão), Relator: Juíza Maria Fernanda 
Scheidemantel Nogara Ferreira da Costa, Data de Julgamento: 
22/05/2018, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 23/05/2018) 
 
DO MÉRITO 
 Os Contestantes impugnam todos os fatos articulados na inicial o 
que se contrapõem com os termos desta contestação, esperando a 
IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes 
motivos. 
Da Litigância de Má-Fé 
Conforme disposição expressa do Código de Processo Civil, em seu 
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato 
incontroverso; 
II - alterar a verdade dos fatos; 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do 
processo; 
VI - provocar incidente manifestamente infundado; 
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. 
/lei/CPC/codigo-processo-civil
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-I
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-II
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-III
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-IV
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-V
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-VI
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-VII
Portanto, considerando a manifesta intencionalidade do autor 
em mover uma ação infundada, fica caracterizado o abuso 
das ferramentas processuais, devendo ser aplicada a multa por 
litigância de má-fé. 
A doutrina ao caracterizar tal ato, esclarece: 
"Conceito de litigante de má-fé. É a parte ou interveniente que, no 
processo, age de forma maldosa, com dolo ou culpa, causando 
dano processual à parte contrária. É o improbus litigator, que se 
utiliza de procedimentos escusos com o objetivo de vencer ou que, 
sabendo ser difícil ou impossível vencer, prolonga deliberadamente 
o andamento do processo procrastinando o feito." (NERY JUNIOR, 
Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Pro9cesso Civil 
Comentado. 17ª ed. Editora RT, 2018. Versão ebook, Art. 80) 
Para tanto, o litigante de má-fé deve ser condenado a pagar multa de 
dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte 
contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários 
advocatícios e com todas as despesas que efetuou. 
Afinal, mover a máquina pública conscientemente da improcedência 
da ação, com o intuito ardil de prejudicar a outra parte configura 
nítida litigância de má-fé. 
 
DA PRODUÇÃO DE PROVAS 
Caso Vossa Excelência entenda pelo prosseguimento do feito, o 
Contestante requer, desde já, o poder de instruir a ação com as 
seguintes provas: 
1. Depoimento pessoal de Carolina Ferreira, para esclarecimento 
dos fatos que concernem a provar de que ela foi a segurada do 
seguro fiança e que o apartamento foi entregue em perfeitas 
condições de uso, nos termos do art. 385, do CPC; 
2. A análise pericial dos documentos anexados que comprovam 
que o pagamento do prêmio foi efetuado; 
3. A obtenção de documentos, que serão abaixo indicados, que se 
encontram junto à Carolina Ferreira, com base no art. 396, do 
CPC; e 
4. Todas as provas necessárias e admitidas em direito, de acordo 
com o andamento do feito. 
/lei/CPC/codigo-processo-civil
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80
 
DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer à Vossa Excelência em sede de Contestação: 
1. O acolhimento das preliminares arguidas e a imediata extinção 
do processo sem a resolução do mérito, com base no art. 354 e 
no art. 485, ambos do CPC; 
2. A improcedência total da presente demanda, reconhecendo-se 
a ilegalidade na cobrança narrada em sede inicial; 
3. A produção de todas as provas admitidas em direito; 
4. A condenação do Autor ao pagamento, nos moldes do art. 85, 
§2º, do CPC, dos honorários advocatícios. 
 
Termos que, pede e deferimento. 
Rio de Janeiro, XX/03/2021. 
 
XXXXXXXXXXXXXX 
 (ADVOGADO) 
OAB: XXXXXX RJ 
 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
 
1. CAROLINA FERREIRA, CPF nº XXXX, RG nº XXXX, 
residente e domiciliada à XXXXXX.

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