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Nome: Shirlei Barros da Silva Matrícula: 201801015007 Av2 – Prática Simulada Cível I EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP. Processo: XXXX FÁBIO DE TAL, brasileiro, casado, militar, inscrito no CPF nº. XXXXXX e RG nº XXXXXX residente a Rua X, N.º XX, Bloco X, Edifício XXXXX, Bairro XXXX, Rio de Janeiro/RJ, endereço eletrônico XXXX, CLARISSE DE TAL, brasileira, casada, dentista (desempregada), inscrita no CPF nº. XXXXXX e RG n° XXXXX residente a Rua X, N.º XX, Bloco X, Edifício XXXXX, Bairro XXXX, Rio de Janeiro/RJ, endereço eletrônico XXXX, por intermédio de sua procuradora que esta subscreve, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, apresentar a presente: CONTESTAÇÃO, em face da Ação de Cobrança movida por PORTO SEGUROS, nos moldes que serão expostos a seguir. SÍNTESE DO OCORRIDO Aduz a promovente que no dia XX de fevereiro de 2017, foi firmado Contrato de Seguro Locatício com período de 30 (trinta) meses, cuja vigência inicial se deu em XX.02.2017 e se daria no prazo final em XX.08.2020. O objeto da locação foi o apartamento situado na Rua X, n.º X, Bloco X, Apto X, Edifício X no Bairro X, Rio de Janeiro, RJ tendo como proprietária do imóvel a Sra. Carolina Ferreira e segurada do seguro fiança. Sustenta a promovente de forma extremamente genérica que a promovida devolveu o referido imóvel deixando pendências de 3 (três) meses de aluguel em atraso e junto com essa dívida acompanha ainda acréscimos de pintura interna, multa contratual, despesas com condomínio, sendo, portanto, supostamente devedora da importância de R$30.ooo,oo (trinta mil reais). Eis a breve síntese do essencial. Ao contrário do que tenta fazer crer a promovente, o verdadeiro desencadear dos fatos é completamente diverso da situação por ela apresentada. Isso porque, conforme já amplamente debatido da Audiência de Conciliação, os promovidos acionaram o seguro, tendo em vista que um dos seguradores ficou desempregado, já que tinha cobertura na apólice do aluguel, como a rescisão contratual, por exemplo, os promovidos desocuparam o imóvel em perfeitas condições antes de findar o prazo do contrato de 30 (trinta) meses a ponto de que não ficassem inadimplentes em relação a atrasos de pagamento de alugueres já que o seguro ofertado pela promovente garantia a rescisão do contrato de aluguel em caso de sinistro, por exemplo, que foi o desemprego da CLARISSE DE TAL após a sua licença maternidade. A situação de fato do imóvel é a seguinte: Os promovidos fizeram a entrega do imóvel com todos os reparos indispensáveis e a perfeita devolução, conforme mostra as provas anexadas à presente peça defensiva. De mais a mais, o valor cobrado pela promovente é revestido de valores excessivos e desproporcionais, conquanto indevidos e inexistente. Isso porque, conforme o demonstrativo de débitos apresentado pela promovente na audiência de conciliação, foram apresentadas despesas que sequer existem! Os promovidos refutam os valores cobrados a título de IPTU, eis que devidamente pagos durante o período da locação, conforme comprovantes em anexo. PRELIMINARES Da Inexistência ou Nulidade da Citação Nos termos do art. 238 do CPC, a Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual, indispensável para a validade do processo, conforme leciona a doutrina: "A citação é indispensável para a validade do processo e representa uma condição para concessão da tutela jurisdicional, ressalvadas as hipóteses em que o processo é extinto sem afetação negativa da esfera jurídica do demandado (indeferimento da petição inicial e improcedência liminar). Não se trata de requisito de existência do processo. O processo existe sem a citação: apenas não é válido, acaso desenvolva-se em prejuízo do réu sem a sua participação." (MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 239) Trata-se, portanto, de matéria de ordem pública que pode ser alegada em qualquer fase de jurisdição, não ficando ocorrendo a preclusão, conforme leciona Arruda Alvim ao disciplinar sobre a matéria: "o processo sem citação (ou com citação nula somada à revelia) é juridicamente inexistente em https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-238 https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-239 relação ao réu, enquanto situação jurídica apta a produzir ou gerar sentença de mérito (salvo os casos de improcedência liminar do pedido - art. 332 do CPC/2015). Antes a essencialidade da citação para o desenvolvimento do processo, não há preclusão para a arguição da sua falta ou de sua nulidade, desde que o processo tenha corrido à revelia. Pode tal vício ser alegado inclusive em impugnação ao cumprimento da sentença proferida no processo viciado, ou até mesmo por simples petição, ou, se houver interesse jurídico, em ação própria (ação declaratória de inexistência)" (Novo contencioso Cível no CPC/2015. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, n.3.1.3, p. 204.) Ocorre que no presente caso, os contestantes tiveram conhecimento da presente ação apenas quando foram comunicados através de terceiros em seu antigo endereço em São Paulo, sendo que, atualmente são residentes e domiciliados no Rio de Janeiro. Ou seja, não foram regularmente citados nos termos da lei, não podendo ser aplicado os efeitos da REVELIA. Citação Inexistente No presente caso, a citação não foi recebida diretamente pelos Réus, correndo indevidamente o processo à revelia, evidenciando a nulidade da citação, conforme precedentes sobre o tema: AÇÃO MONITÓRIA. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO DE COBRANÇA. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. NULIDADE DA CITAÇÃO. VIOLAÇÃO MANIFESTA DA NORMA JURÍDICA. ART. 966, V, DO CPC. Ação rescisória proposta com base no inciso V, do art. 966, do CPC. Caso em que a firma individual, que se confunde com a sua titular, foi citada por carta AR, na ação de cobrança movida pelo Banco, recebida por terceira pessoa, prosseguindo o feito à revelia, culminando com a sentença de procedência. Citação irregular em afronta manifesta à norma jurídica, cabendo a rescisão da sentença de mérito e a nulidade de todos os atos a partir da citação, inclusive, sendo o caso de julgar procedente a ação monitória. Determinação de retorno dos autos à origem para a renovação do ato citatório e o regular processamento do feito a partir deste. AÇÃO RESCISÓRIA JULGADA PROCEDENTE. UNÂNIME. (TJ; Ação Rescisória, Nº 70079916235, Décima Segunda Câmara https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-332 https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-966 https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-966 https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-966,inc-V https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-966,inc-V https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-966 https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Luiz Pozza, Julgado em: 28-03-2019) DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL Conforme leciona Canotilho, a competência reflete a distribuição constitucional de poderes, relativos ao desempenho de sua jurisdição: "A competência envolve, por conseguinte, a atribuição de determinadas tarefas bem como os meios de ação (poderes) necessários para a sua prossecução. Além disso, a competência delimita oquadro jurídico de actuação de uma unidade organizatória relativamente a outra." (CANOTILHO, José Joaqui Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 6ª ed. Lisboa: Almedina, 2002, p. 539) Portanto, os limites de competência legalmente estabelecidos buscam conferir ao processo a intenção legal da efetividade jurisdicional. No presente caso, a competência territorial, apesar de relativa, deve ser observada de forma a garantir o princípio do contraditório, uma vez que inviabiliza a ampla defesa do contestante. Domicílio do Réu Nos termos do Art. 46 do CPC/15: "A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu." Portanto, considerando que o domicílio dos Réus é no Rio de Janeiro, conforme provas que junta em anexo, necessária a remessa do processo ao domicílio competente, conforme precedentes sobre o tema: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL RECONHECIDA DE OFÍCIO. NATUREZA DA AÇÃO QUE FAZ INCIDIR A REGRA DO ART 4º, INCISO I DA LEI 9.099/95. LOCAL DA SATISFAÇÃO DA OBRIGAÇÃO NÃO DEFINIDO. COMPETÊNCIA FIXADA PELO DOMICÍLIO DA RÉ. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS (ART 46 LJE). RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Precedentes: RECURSO INOMINADO. TRANSPORTE TERRESTRE DE CARGAS. ALEGAÇÃO DE INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. SENTENÇA /lei/CF/constituicao-federal /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-46 /lei/CPC/codigo-processo-civil DE PROCEDÊNCIA. PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA EM SEDE RECURSAL. ADMISSIBILIDADE. ARGUIÇÃO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA . RECURSO PROVIDO PARA EXTINÇÃO DO FEITO SEMACOLHIDA RESOLUÇÃO DO MÉRITO. 1. "A incompetência territorial pode ser reconhecida de ofício no sistema de juizados especiais cíveis" (Enunciado nº. 89 do FONAJE), de modo que se admite sua arguição a qualquer tempo. 2. Em se tratando de contrato de prestação de serviços de transporte de carga entre pessoas jurídicas, não há relação de consumo, pois ausentes as figuras do fornecedor e do consumidor (destinatário final), conforme arts. 2º e 3º do CDC, razão pela qual não se aplica o art. 101, I, do mesmo diploma legal. 3. O domicílio do réu ou o local onde ele (réu) exerce suas atividades é o foro competente para as causas previstas na Lei nº. 9.099/1995, como dispõem o art. 4º, I, da aludida . O art. 46, § 4º, do CPC, por sua vez, estabelecelei e o art. 46, caput, do CPC que "havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor". Daí por que caberia ao autor, ora recorrido, ajuizar a demanda em Diamantino-MT (domicílio do primeiro réu) ou Caarapó-MS (domicílio do segundo réu, ora recorrente) e não em seu domicílio (Mameleiro-PR), como ocorreu. 4. Recurso provido para reconhecer a incompetência relativa arguida e, consequentemente, decretar a extinção do feito sem resolução do mérito. 5. Diante do êxito recursal, deixo de condenar a parte recorrente ao pagamento de honorários de sucumbência (art. 55, caput da Lei nº 9.099/95). Custas devidas (Lei Estadual 18.413/14, arts. 2º, inc. II e 4º, e Instrução Normativa- CSJEs, art. 18) Ante o exposto, esta 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais resolve, por unanimidade dos votos, em relação ao recurso de CENTRO OESTE TRANSPORTES E GRÃOS LTDA, julgar pelo (a) Com Resolução do Mérito - Provimento nos exatos termos do voto.O julgamento foi presidido pelo (a) Juiz (a) Alvaro Rodrigues Junior (relator), com voto, e dele participaram os Juízes Marcel Luis Hoffmann e Juiz Subst. 2ºgrau Helder Luis Henrique Taguchi. 08 de Fevereiro de 2018 Alvaro Rodrigues Junior Juiz (a) relator (a) (TJPR - 2ª Turma Recursal - 0002323-40.2016.8.16.0181 - Marmeleiro - Rel.: Alvaro Rodrigues Junior - J. 08.02.2018) (grifei) RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. LOCAL DA SATISFAÇÃO DA OBRIGAÇÃO NÃO DEFINIDO. COMPETÊNCIA FIXADA PELO LOCAL DO DOMICÍLIO DO RÉU. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 4º, I E PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI 9.099/95. INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL RECONHECIDA. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. RELATÓRIO Trata-se de ação de cobrança proposta por J T A COMÉRCIO DE ROUPAS LTDA – ME em face de VALDOMIRO MIGUEL GOMES DOS SANTOS. Sustentou a parte autora que manteve relação mercantil com o réu, o qual adquiriu mercadorias no montante atualizado de R$2.574,55 (dois mil quinhentos e setenta e quatro reais e cinquenta e cinco centavos). Assim, requereu o pagamento do referido débito. Sobreveio a sentença julgando extinto o processo, sem resolução de mérito, diante da incompetência territorial. Inconformada com a r. sentença, a autora interpôs o recurso inominado alegando que a comarca de Colombo é competente, local onde ocorreu o negócio (compra e venda). Requereu a declaração da nulidade da sentença, reconhecendo a competência daquele Juízo para processar e julgar a ação. Em síntese, é o relatório. 2. FUNDAMENTAÇÃO Satisfeitos os requisitos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade, razão pela qual deve ser ele conhecido. Sucintamente, a recorrente alegou que propôs a ação perante o Juizado Especial de Colombo, na Comarca onde a obrigação deveria ser satisfeita, pugnando pelo reconhecimento desta Comarca como competente. Entendo, todavia, que não assiste razão a recorrente. Inclusive a incompetência territorial também poderá ser reconhecida de ofício pelo magistrado, nos termos do enunciado de nº. 89 do FONAJE, como no presente caso. Como a transação que deu origem a presente demanda (mov. 1.3) não definiu o lugar onde a obrigação deveria ser satisfeita, é flagrante que o autor optou por utilizar o seu domicilio como foro para o ajuizamento da presente demanda. Entretanto, a sua escolha é equivocada, eis que para a definição de competência deve ser considerado o endereço da parte adversa, aliado à natureza da demanda, que neste caso concreto é de cobrança, o que faz atrair assim a competência para o Juizado Especial da Comarca de São José dos Pinhais, nos exatos termos do artigo 4º, inciso I e parágrafo único, da Lei nº. 9.099/95, in verbis: Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório; II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo. (destaquei) Nesse sentido é o entendimento desta Turma Recursal: CÍVEL. RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. COMPETÊNCIA FIXADA PELO LOCAL DO DOMICÍLIO DO RÉU. ARTIGO 4º, INCISO I DA LEI 9099/95. SENTENÇA REFORMADA. 1. Conforme estabelece o artigo 4º, inciso I da Lei 9099/95, “é competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro do domicílio do réu”. Note-se que, no caso dos autos, não se trata de ação de reparação de danos, mas ação de cobrança. 2. Neste sentido: ENTRE AS PARTES. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. FORO DA SEDE DA EMPRESA DEVEDORA. REGRA PREVISTA NO ART. 4º, I, DA LEI Nº 9.099/95. SENTENÇA QUE EXTINGUIU O FEITO CORRETA. PRECEDENTE DESTA TURMA RECURSAL. Em se tratando de ação de cobrança oriunda de relação comercial, é competente o foro da sede da empresa ré, nos termos do art. 4º, inciso I, da Lei nº 9.099/95. [...] (TJPR - 1ª Turma Recursal - DM92 - 0044352- 24.2016.8.16.0014 - Londrina - Rel.: GIANI MARIA MORESCHI - J. 07.07.2017) (grifei). CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA ENTRE JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO. AÇÃO DE COBRANÇA. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CHEQUE. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. JUÍZO COMPETENTE. DOMICILIO DO RÉU. COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITANTE. CONFLITO IMPROCEDENTE. (TJPR - 1ª TurmaRecursal - DM92 - 0000725-22.2016.8.16.0029 - Colombo - Rel.: Daniel Tempski Ferreira da Costa - J. 24.08.2017) (grifei). Desta forma, , mantendo-se a sentença em todos osnego provimento do recurso apresentado seus termos. Não logrando êxito, a parte recorrente deve arcar com as despesas do processo, com fulcro no artigo 55 da Lei 9099/95. 3. DISPOSITIVO Ante o exposto, esta 1ª Turma Recursal - DM92 resolve, por unanimidade dos votos, em relação ao recurso de J T A - COMERCIO DE ROUPAS LTDA - ME, julgar pelo (a) Com Resolução do Mérito - Não-Provimento nos exatos termos do voto. O julgamento foi presidido pelo (a) Juiz (a) Fernanda Bernert Michelin (relator), com voto, e dele participaram os Juízes Vivian Cristiane Eisenberg De Almeida Sobreiro e Daniel Tempski Ferreira Da Costa. Curitiba, 05 de Outubro de 2017 Ante o exposto, esta 1ª Turma Recursal - DM92 resolve, por unanimidade dos votos, em relação ao recurso de J T A - COMERCIO DE ROUPAS LTDA - ME, julgar pelo (a) Com Resolução do Mérito - Não-Provimento nos exatos termos do vot (TJPR - 0001951- 62.2016.8.16.0029 - Colombo - Rel.: Fernanda Bernert Michelin - J. 09.10.2017) CÍVEL. RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. COMPETÊNCIA FIXADA PELO LOCAL DO DOMICÍLIO DO RÉU. ARTIGO 4º, INCISO I DA LEI 9099/95. SENTENÇA REFORMADA. 1. Conforme estabelece o artigo 4º, inciso I da Lei 9099/95, é competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro do domicílio do réu. Note-se que, no caso dos autos, não se trata de ação de reparação de danos, mas ação de cobrança. Por unanimidade de votos, CONHECER E DAR PROVIMENTO ao recurso Interposto, nos exatos termos deste voto (TJPR – 1ª Turma Recursal - DM92 - 0044352-24.2016.8.16.0014 - Londrina - Rel.: GIANI MARIA MORESCHI - J. 07.07.2017) (grifei) (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0003766-45.2017.8.16.0131 - Pato Branco - Rel.: Juíza Maria Fernanda Scheidemantel Nogara Ferreira da Costa - J. 22.05.2018) (TJ-PR - RI: 00037664520178160131 PR 0003766- 45.2017.8.16.0131 (Acórdão), Relator: Juíza Maria Fernanda Scheidemantel Nogara Ferreira da Costa, Data de Julgamento: 22/05/2018, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 23/05/2018) DO MÉRITO Os Contestantes impugnam todos os fatos articulados na inicial o que se contrapõem com os termos desta contestação, esperando a IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes motivos. Da Litigância de Má-Fé Conforme disposição expressa do Código de Processo Civil, em seu Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidente manifestamente infundado; VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. /lei/CPC/codigo-processo-civil /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80 /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-I /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-II /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-III /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-IV /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-V /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-VI /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80,inc-VII Portanto, considerando a manifesta intencionalidade do autor em mover uma ação infundada, fica caracterizado o abuso das ferramentas processuais, devendo ser aplicada a multa por litigância de má-fé. A doutrina ao caracterizar tal ato, esclarece: "Conceito de litigante de má-fé. É a parte ou interveniente que, no processo, age de forma maldosa, com dolo ou culpa, causando dano processual à parte contrária. É o improbus litigator, que se utiliza de procedimentos escusos com o objetivo de vencer ou que, sabendo ser difícil ou impossível vencer, prolonga deliberadamente o andamento do processo procrastinando o feito." (NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Pro9cesso Civil Comentado. 17ª ed. Editora RT, 2018. Versão ebook, Art. 80) Para tanto, o litigante de má-fé deve ser condenado a pagar multa de dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. Afinal, mover a máquina pública conscientemente da improcedência da ação, com o intuito ardil de prejudicar a outra parte configura nítida litigância de má-fé. DA PRODUÇÃO DE PROVAS Caso Vossa Excelência entenda pelo prosseguimento do feito, o Contestante requer, desde já, o poder de instruir a ação com as seguintes provas: 1. Depoimento pessoal de Carolina Ferreira, para esclarecimento dos fatos que concernem a provar de que ela foi a segurada do seguro fiança e que o apartamento foi entregue em perfeitas condições de uso, nos termos do art. 385, do CPC; 2. A análise pericial dos documentos anexados que comprovam que o pagamento do prêmio foi efetuado; 3. A obtenção de documentos, que serão abaixo indicados, que se encontram junto à Carolina Ferreira, com base no art. 396, do CPC; e 4. Todas as provas necessárias e admitidas em direito, de acordo com o andamento do feito. /lei/CPC/codigo-processo-civil /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-80 DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer à Vossa Excelência em sede de Contestação: 1. O acolhimento das preliminares arguidas e a imediata extinção do processo sem a resolução do mérito, com base no art. 354 e no art. 485, ambos do CPC; 2. A improcedência total da presente demanda, reconhecendo-se a ilegalidade na cobrança narrada em sede inicial; 3. A produção de todas as provas admitidas em direito; 4. A condenação do Autor ao pagamento, nos moldes do art. 85, §2º, do CPC, dos honorários advocatícios. Termos que, pede e deferimento. Rio de Janeiro, XX/03/2021. XXXXXXXXXXXXXX (ADVOGADO) OAB: XXXXXX RJ ROL DE TESTEMUNHAS: 1. CAROLINA FERREIRA, CPF nº XXXX, RG nº XXXX, residente e domiciliada à XXXXXX.
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