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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

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Prévia do material em texto

Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA1 ÍNDICE
COMUNICAÇÃO
ORAL E ESCRITA
GUIA DO ALUNO
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA2 ÍNDICE
FUNDAÇÃO IOCHPE
Presidência
Evelyn Berg Ioschpe
Coordenação do Programa Formare
Beth Callia
Coordenação Pedagógica
José Antonio Küller
Elaboração
Fundação Iochpe / Programa Formare
Alameda Tietê, 618 casa 1
01417-020 – São Paulo/SP
www.formare.org.br
Autoria deste Guia:
José Carlos Antonio
Coordenação Técnica deste Guia:
José Antonio Küller
Revisão
Ana Maria Viegas
Projeto Gráfico e editoração:
Amí Comunicação & Design
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
R61g 
Rodrigo, Natalia
 Guia do aluno: comunicação oral e escrita / Natalia Rodrigo e 
Fátima Alves Rodrigo; coordenação técnica, José Antonio Küller. 
- São Paulo: Fundação Iochpe, 2017.
 153 p. : il.
 
 ISBN 978-85-98169-99-6
 1. Comunicação oral. 2. Comunicação escrita. 3. Linguagem. I. 
Rodrigo, Natalia. II. Título. 
 
 CDD 401.4
 
FICHA TÉCNICA
ÍNDICE CLIQUE NOS ITENS PARA NAVEGAR DIRETAMENTE 
PARA AS PÁGINAS.
 
 
A IDENTIDADE NA
ADOLESCÊNCIA
A BUSCA DA IDENTIDADE ENTRE 
BOMBAS E TIROS DE CANHÕES
FORMAR A PRÓPRIA OPINIÃO
RUPTURAS INEVITÁVEIS 
 
UMA AUTOCRÍTICA ADULTA 
 
O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO 
CRESCER? 
 
“A PRÓPRIA PESSOA FORMA 
SEU CARÁTER”
NASCE O SENTIMENTO 
DE IDENTIDADE
A CONSCIÊNCIA DO DESTINO QUE 
SE APROXIMA
O EQUILÍBRIO EM MEIO AO CAOS
O LEGADO DE ANNE FRANK E AS 
REDES SOCIAIS
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
 
 
 
12.
 
12.
13.
14.
15. 
15.
 
16.
 
17.
 
18.
19.
06.
08.
CAPÍTULO I:11:
 
 
O CORPO FALA
INTRODUÇÃO
PARA COMEÇO DE CONVERSA
JOGANDO E APRENDENDO 
A JOGAR 
 
PONDO OS PINGOS NOS IS 
 
SAIBA MAIS 
 
AGORA É COM VOCÊ 
 
 
SÍMBOLOS GRÁFICOS
INTRODUÇÃO
PARA COMEÇO DE CONVERSA
JOGANDO E APRENDENDO 
A JOGAR 
 
PONDO OS PINGOS NOS IS 
 
SAIBA MAIS 
 
AGORA É COM VOCÊ 
 
 
 
 
32.
33.
35. 
37.
39.
41.
 
 
 
 
22.
23.
25. 
26.
27.
29.
CAPÍTULO III:
CAPÍTULO II:
31:
21:
ÍNDICE CLIQUE NOS ITENS PARA NAVEGAR DIRETAMENTE 
PARA AS PÁGINAS.
 
 
OUVINDO E FALANDO
PARA COMEÇO DE CONVERSA 
JOGANDO E APRENDENDO 
A JOGAR 
 
PONDO OS PINGOS NOS IS
SAIBA MAIS
AGORA É COM VOCÊ
 
 
LENDO, INTERPRETANDO 
E ESCREVENDO TEXTOS 
PROFISSIONAIS
PARA COMEÇO DE CONVERSA
 
 
 
45. 
47. 
51.
55.
61.
 
 
 
63.
 » Ouvir bem para falar bem; 
ouvir para aprender e se desenvolver
 » Como anda sua audição?
 » Sobre o falar 
 » Transcrição de O Último Discurso, 
extraído do filme O Grande Ditador 
– Charlie Chaplin (1940)
CAPÍTULO IV: CAPÍTULO V:44: 62:
 » Ata
 » Atestado
 » Aviso 
 » Bilhete
 » Tutorial
 » Memorando
 » Protocolo
 » Convite
 » Carta profissional
 » E-mail
 » Requerimento
 » Circular
 » Relatório
 » Declaração
 » Ofício
 » Procedimento
 » Textos de divulgação científica
 » Projeto
 » Discurso
 » Apresentação
 » Informativo
 » Entrevista
 » Notícia
 » Reportagem
JOGANDO E APRENDENDO 
A JOGAR
PONDO OS PINGOS NOS IS
SAIBA MAIS
 
AGORA É COM VOCÊ:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
93.
 
96.
 
118. 
124.
 
146.
 » Pontuação
 » Ponto final
 » Ponto de interrogação
 » Ponto de exclamação
 » Vírgula
 » Ponto e vírgula
 » Dois pontos
 » Reticências 
 » Aspas
 » Parênteses
 » Concordância verbal
 » Concordância nominal
 » Regência verbal
 » Regência nominal
 » Links sugeridos
 » Ortografia
 » Trema
 » Acentuação
 » Hífen
 » Por que, por quê ou porquê
 » Palavras homógrafas, homófonas 
e homônimos perfeitos
 » Crase
 » Interpretação de textos
 » Ler e conversar com o texto
 » Produção de textos
 » Preparando a formatura
 » Projeto de formatura
 » Roteiro de formatura
 » E-mail para convidados
 » Cartas-convite
 » Confecção do convite de formatura
 » Script da formatura
 » Discurso de formatura
 » Pronomes
 » Pronomes pessoais do caso reto
 » Pronomes pessoais oblíquos
 » Pronomes pessoais 
de tratamento
 » Pronomes interrogativos
 » Pronomes relativos
 » Pronomes indefinidos
 » Pronomes possessivos
 » Pronomes demonstrativos
 » Pronomes adjetivos
 » Pronomes substantivos
 » Colocação pronominal
ÍNDICE CLIQUE NOS ITENS PARA NAVEGAR DIRETAMENTE 
PARA AS PÁGINAS.
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA6 ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
Este Guia é uma orientação para sua participação em uma unidade 
curricular de um curso do Programa Formare, estando organizado 
para apoiar o seu desenvolvimento nas competências requisitadas. 
O Guia busca ampliar a sua capacidade de aprender, seja com o 
texto, com acessos à internet, com as outras pessoas e consigo 
mesmo. Além do desenvolvimento das competências previstas pela 
unidade curricular, o Guia pretende ajudá-lo aprender a aprender.
A aprendizagem orientada por competências requer principalmente 
a atividade do aluno. Portanto, para desenvolver uma competência, 
você deve agir em situações ou circunstâncias em que o domínio 
dessa competência seja necessário. A aprendizagem de uma 
competência somente acontece se ela for exercitada.
Para aprender a aprender é necessário que você participe de 
situações em que precise aprender de forma independente, ou 
colaborativa. Disso decorre que é fundamental a sua participação 
nas atividades propostas nas aulas. O seu pleno comprometimento 
nas situações de aprendizagem recomendadas é requisito essencial 
para o seu desenvolvimento. 
Nas situações de aprendizagem propostas pelo educador sempre 
será necessária a sua participação ativa no desenvolvimento das 
atividades. Nelas, você terá a possibilidade de usar o que já sabe 
e aprender com o saber dos seus companheiros de estudo. A sua 
disponibilidade para interagir com seus colegas de curso é, então, o 
segundo requisito para uma aprendizagem bem-sucedida. 
Nesse curso, a base, ou alicerce, ou ponto de partida para 
a construção do conhecimento e o desenvolvimento das 
competências é sempre o conjunto das experiências e 
conhecimentos existente no grupo de alunos. Esteja, então, 
sempre disponível para aprender através da interação com seus 
companheiros. Não espere que o educador ensine a você, que 
lhe dê aulas ou que, simplesmente, lhe repasse a matéria ou 
ÍNDICE
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
De fato. Por isso digo que deve ser um aprendizado lúdico. 
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Hm... aí já errei. OLha, sendo muito, muito, muito sincera, eu nunca enxerguei o estudo como algo sério. Via apenas como uam orbigação, mas não que eu tivesse que me doar 100%; ter que interpretar ele como algo que envolva seriedade, comprometimento, que eu tivesse de fato que assumir uma relação concreta com o aprendizado. Uma relação de seriedade, de enxergar aquilo como uma nessidade. Como algo importante. Então, eu estudava por estudar, memso, sem nenhum comrpomentimento, sem ter em mente que aquilo envolve muita seridade, comprometimento, responsabilidade, compromisso, empenho, zelo, e acima de tudo: vontade. 
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA7 ÍNDICE
seus conhecimentos. Ele será, tão somente, um orientador da 
aprendizagem que é construída por todos.
Em princípio, o educador seguirá basicamente um roteiro de 
atividades compatível com os capítulos e itens deste Guia. Ele 
pode, no entanto, para melhor desenvolver as competências, a sua 
capacidade de aprender e a capacidade de aprender de seu grupo, 
mudar a sequência das atividades, alterando a ordem prevista. 
Mesmo assim, não deixe de ler e de fazer os exercícios contidos 
neste Guia. Eles, com certeza, vão complementar e enriqueceras 
propostas feitas pelo educador na sala de aula. 
A intenção do caminho pedagógico, a seguir apresentado, é 
proporcionar-lhe experiências significativas e atraentes de 
aprendizagem integradas à vida e ao trabalho. Desejamos 
sinceramente que você desenvolva as competências previstas, 
amplie sua capacidade de aprender e que observe, avalie e desfrute 
das valiosas experiências especialmente idealizadas 
para você.
Boa sorte!
ÍNDICE
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA8 ÍNDICE
INTRODUÇÃO
Prezado Aluno,
Este é o Guia de Estudos de Comunicação Oral e Escrita. Fornece o 
material necessário para o desenvolvimento da competência geral:
Expressar-se claramente, interpretando e 
produzindo textos de diferentes gêneros e 
utilizando recursos verbais e não verbais 
com finalidades práticas, éticas e estéticas.
Envolve, portanto, o desenvolvimento de um conjunto de 
competências básicas para o trabalho.
• Receber, interpretar e responder a sinais 
gráficos e mensagens corporais.
• Receber, interpretar e responder a 
mensagens verbais. 
• Ler e interpretar vários gêneros de textos 
utilizados na situação de trabalho.
• Planejar, escrever, rever, reescrever e avaliar 
textos de diversos gêneros utilizados no 
contexto das atividades profissionais.
O Guia está organizado em capítulos que abordam os diferentes 
âmbitos da comunicação, orientados para o desenvolvimento 
dessas competências.
ÍNDICE
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Catarina
Destacar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA9 ÍNDICE
Capítulo 1 – A identidade na adolescência
O livro O Diário de Anne Frank ficou famoso como relato da Segunda 
Guerra Mundial. Mas a razão para que apareça neste Guia é outra. 
Confinada a um esconderijo com sua família, tudo o que Anne Frank 
podia fazer para se distrair era ler e escrever. Ela iniciou um diário 
para contar o que não podia dizer a mais ninguém, mas ao escrever 
suas ideias passou a sonhar em ser jornalista ou escritora. Grandes 
autores defendem que são inseparáveis as ações de escrever e 
pensar. Ao escrever – organizando ideias e expondo-as de maneira 
clara – aprendemos a pensar. O que vemos acontecer com Anne 
Frank é em grande parte o que queremos aqui, desenvolver a 
capacidade de expressão clara do pensamento, seja quando se lê, 
interpreta ou escreve.
Capítulo 2 – Símbolos gráficos
Ao usar um smartphone pela primeira vez, muita gente se 
surpreende com a facilidade de fazê-lo funcionar. Apesar da 
tecnologia envolvida, nenhum manual com centenas de páginas 
explicativas acompanha o aparelho. Em vez disso, uma linguagem 
intuitiva dispensa explicações. A linguagem dos símbolos gráficos, 
dos ícones e dos emojis é de compreensão imediata. Você já parou 
para pensar na importância dessa comunicação sem palavras no 
seu dia a dia?
Capítulo 3 – O corpo fala
Ninguém nasce sabendo falar ou escrever, a linguagem verbal 
tem que ser aprendida. No entanto, desde o nascimento todos nós 
usamos o corpo para nos comunicar. E pela vida afora, continuamos 
a exprimir muito mais por meio da linguagem corporal dos gestos, 
trejeitos faciais, posturas e tons de voz do que por palavras. Por 
isso a linguagem não verbal é tão importante e pode ajudar o 
observador atento a interagir em qualquer ambiente, bem como a 
ter consciência de seu próprio comportamento corporal. 
ÍNDICE
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Ou vice-versa. Se aprender a pensar se tornará capaz de escrever - já que o ato em si é uma forma de expressar ideias por meio da escrita. 
Catarina
Sublinhar
Essa é minha primeira vontade. Ajudem-me. 
Catarina
Sublinhar
Quando eu leio não consigo pensar com100% de clareza; embaralho as ideias projetadas pelas frases, pelos parágrafos...as vezes até uma palavra eu não consigo entender. 
Catarina
Sublinhar
o primeiro ponto então é esse: desenvolver a capacidade de pensar com clareza, seja para ler, interpretar e, principalmente, para escrever. 
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Ah sim, então é isso!!! Os símbolos também são uma forma de linguagem, pois também passam uma mensagem. 
No celular, por exemplo, quando quando temos um símbolo de uma seta apontada para a direita, sabemos que clicando naquele símbolo vamos ser direcionados à outra página. Essa é a ideia intuitiva, não precisa fala/escrever, basta mostrar um desenho - ou símbolo, e tiramos a própria conclusão através da mensagem que ele passa. Nesse caso, a da seta, é a direção. A mensagem intuitiva que ela passa é a da direção, que indo nela, levará para uma outras página.
Catarina
Sublinhar
Não. Inclusive, acredito que seja por essa falta de noção que dificulta cada vez mais. O semáforo por exemplo, é um símbolo usado para enviar uma mensagem no trânsito. Se estiver vermelho, é para parar; laranja, para tomar cuidado e verde, para passar. 
No porto, deve envolver muito da linguagem por símbolos, ou, não verbal. Seja por gestos, como fazem muito uso o pessoal que trabalha em embarcaçoes, para poder se comunicar com que está fora. 
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Outro ponto:
Os gestos corporais também são uma forma de linguagem, porque assim como os símbolos, exprimem uma mensagem (intuitiva). 
Catarina
Sublinhar
SIm! Trejeitos faciais também exprimem uma mensagem ao receptor. Assim como a postura, os tons de voz..
No primeiro caso, por exemplo, uma pessoa com o cenho franzido e a boca fechada quase como em um linha ou bico, da ideia de que ela está brava com alguma coisa (depende do contexto). Em alguns casos, se alguém dá um grito (um tom de voz alto e agudo) dá ideia de que a pessoa se assutou, levou um susto. Então, para nós, é uma linguagem comum, fazemos uso dela sem perceber. 
Catarina
Sublinhar
Ter conhecimento sobre a linguagem corporal (gestos, trejeitos faciais, entonaçaõ da vzo, etc) auxilia o observador mais atento a compreender o ambiente (envolvendo outras pessoas), a interagir dentro desse e de qualquer ambiente além de ter consciência do seu próprio comportamento -> ou seja, sabendo disso, por mais que já exerçamos a linguagem não verbal as vezes sem nem nos darmos conta, ter conhecimento sobre isso possibilitará que a aperfeiçoamos; que nos tornemos conscientes da nossa linguagem, que as vezes é automática. 
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA10 ÍNDICE
Capítulo 4 – Ouvindo e falando
“Você não está ouvindo!” Não há ninguém que nunca tenha dito 
ou escutado essa frase. Entre os vários sinônimos de “ouvir” estão: 
atender, levar em conta; considerar. Como atender, levar em conta 
e considerar o que é dito pelo outro se cada ouvinte entende a 
mesma frase de acordo com suas próprias ideias? O que se vê são 
vários monólogos em vez de um diálogo com interação entre as 
pessoas. Como ultrapassar o simples escutar o som da fala para 
ouvir o pensamento do outro? Qual a responsabilidade de quem 
fala em ser ouvido? De saber ouvir e falar depende a comunicação 
de uma mensagem com clareza e objetividade. Vamos aprender?
Capítulo 5 – Lendo, interpretando e escrevendo textos profissionais
Aos poucos, na comunicação empresarial, vai sendo enterrada a 
formalidade vazia que usa palavras demais e conteúdo de menos. 
Mas é bom lembrar que não se escreve como se fala. A escrita 
exige respeito às normas gramaticais, o que nada tem a ver com 
o floreio inútil das frases. Tudo o que se quer na redação dos 
vários gêneros textuais que circulam nas empresas – carta, ofício, 
memorando etc. – é que as ideias sejam claras e bem construídas. E 
para isso é preciso conhecer um mínimo de pontuação, ortografia e 
concordância. Ler, saber interpretar o que selê e escrever bem são 
competências inter-relacionadas que podem ser desenvolvidas, se 
forem praticadas. Não tem ideia de como começar o texto da carta 
que precisa escrever? Leia uma ou várias cartas não para fazer uma 
cópia, mas para interpretar o texto e aprender a fazer o seu.
Bons estudos!
ÍNDICE
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Sim, é subjetivo. Eu vi isso em sociologia, e cheguei a essa conclusão relacionando com a minha realidade. Geralmente as pessoas fazem uso do conhecimento comum, do senso comum. Não fazem uso da ciência ou da filosofia, e na verdade, são os meios mais seguros de se aprender. 
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
PROFUNDO!
Como fazer mais do que simplesmente escutar a voz e OUVIR o pensamento do outro? 
Ou seja, compreender aquela fala como uma expressão de um pensamento, de uma ideia. É algo mais profundo que isso.
Catarina
Sublinhar
No discurso, quem fala e quem escuta assumem uma responsabilidade. O locutor assume a posição de expor uma ideia, e o receptor de a interpretá-la. M
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
"palavras de mais e conteúdos de menos". Foi na raiz da questão.
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Nas redações que circulam nas empresas -> ideias claras e texto bem construído, justamente para fazer jus à essa ideia. 
Catarina
Sublinhar
Não tenho conhecimentos sobre nenhum! Concordância principalmente. 
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
ÍNDICE
CAPÍTULO I:
A IDENTIDADE
NA ADOLESCÊNCIA
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA12 ÍNDICE
A BUSCA DA IDENTIDADE ENTRE 
BOMBAS E TIROS DE CANHÕES 
A jovem judia Anne Frank escreveu o diário mais famoso do mundo 
em todos os tempos. Sem saber ela descrevia, durante a Segunda 
Guerra Mundial, seus últimos dois anos de vida antes de ser 
enviada pelos nazistas ao campo de concentração onde morreria de 
tifo, em 1944, aos 15 anos de idade. 
A menina relatou a vida da família e de mais quatro pessoas que 
tiveram de viver limitadas ao anexo do sótão do escritório de seu 
pai, em Amsterdam, na Holanda. O grupo não podia abrir as janelas 
ou fazer qualquer barulho que levantasse suspeitas.
Anne Frank nasceu na Alemanha, em 1929. Com a 
chegada de Adolph Hitler ao poder, seus pais foram 
obrigados a fugir do país. A Holanda, o novo e querido 
lar de Anne a partir dos quatro anos, também acabou 
invadida pelos alemães. Com o início da perseguição 
aos judeus, sua família foi obrigada a se esconder 
juntamente com mais quatro pessoas. Por dois anos 
(1942/1944), quando provavelmente foram delatados, 
todos viveram clandestinamente em Amsterdam.
FORMAR A PRÓPRIA OPINIÃO
Em seu diário, Anne Frank faz um relato minucioso de 
como era a vida no que chamou de “Anexo Secreto”, 
onde ficou confinada dos treze aos quinze anos. Fala 
também do processo interno de crescimento que 
vivencia, do qual tem absoluta consciência.
Anne Frank, aos 6 anos de 
idade, na escola em que 
estudava, em Amsterdam. 
1940. 
[Fonte da imagem: Wikipedia]
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA13 ÍNDICE
Anne expressa com clareza solar que compreende a importância crucial do 
momento que vivencia – de construção da sua identidade pessoal para ingressar 
no mundo adulto. 
RUPTURAS INEVITÁVEIS 
Corajosa, a jovem mantém a esperança e reconhece suas fraquezas, limitações 
e dúvidas. Tudo isso em meio ao som estridente das sirenes, que avisam dos 
bombardeios sobre a cidade, seguido do revidar dos canhões antiaéreos durante 
toda a noite.
Ela sabe que terá de percorrer o seu caminho sozinha, uma vez que, ainda mais do 
que o isolamento físico, Anne sente a aridez da convivência forçada com adultos 
que não respeita como modelos, ao mesmo tempo que questiona a rigidez do 
tratamento dispensado aos três jovens – ela mesma, sua irmã e Peter, filho 
do outro casal – que devem se limitar a cumprir as regras como quando eram 
crianças. 
Expõe, ainda, suas diferenças com a mãe e a falta de intimidade com o pai amado. 
Enfim, sente-se só na difícil tarefa de aprender a se tornar adulta, mas encara com 
coragem o desafio.
“Tenho minhas próprias ideias, meus planos e ideais, mas ainda 
não consigo verbalizá-los.”
“Quero ver as coisas com olhos novos e formar minha opinião, 
não somente copiar meus pais, como no provérbio ‘A maçã não 
cai longe da árvore’”. 
“Olhando para trás, noto que esse período de minha vida 
terminou de vez; meus dias de escola, felizes e despreocupados, 
se foram para sempre. Nem sinto falta. Superei. Não posso mais 
ficar de brincadeira, porque o meu lado sério sempre aparece.”
Catarina
Sublinhar
Boa.
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA14 ÍNDICE
UMA AUTOCRÍTICA ADULTA
Anne Frank questiona-se à exaustão. Não se acomoda ao papel de jovem 
meramente contestadora, pelo contrário, mais tarde revisita o juízo que fez dos 
adultos, agora questionando a si mesma.
“Vou ter de me tornar uma boa pessoa por conta própria, sem 
ninguém para servir de modelo ou me aconselhar, mas no fim 
isso vai me tornar mais forte.”
“Eu preenchia o dia com conversa fiada, tentava atrair Pim [o 
pai] e não conseguia. Isso me deixou sozinha com a tarefa de 
me desenvolver, para que não tivesse de ouvir suas críticas, 
porque elas me deixavam desanimada.”
“Ainda amo papai do mesmo jeito e Margot ama papai e mamãe, 
mas quando você tem a nossa idade, quer tomar algumas 
decisões sozinha, sair debaixo da asa deles.”
“Mesmo tendo somente 14 anos, sei o que quero, sei quem 
está certo e quem está errado, tenho minhas opiniões, ideias e 
meus princípios, e mesmo que pareça estranho vindo de uma 
adolescente, me sinto mais como uma pessoa do que como uma 
criança – me sinto completamente independente dos outros.”
“A gente não faz ideia de como mudou até que a mudança já 
tenha acontecido. Eu mudei de um jeito radical, tudo em mim 
é diferente: minhas opiniões, minhas ideias, a visão crítica. Por 
dentro, por fora, nada é igual. E posso afirmar com segurança, já 
que é verdade: mudei para melhor.”
“Até que enfim alguém me colocou no lugar certo, quebrou meu 
orgulho, e isso é bom, porque tenho sido orgulhosa demais. Nem 
tudo o que a senhorita Anne faz é bom!”
“Bom, Anne, você ainda tem muito que aprender. Já é hora de 
começar, em vez de olhar os outros de cima e sempre culpá-los!”
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA15 ÍNDICE
O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER?
A todo o momento, Anne examina sua infância, as mudanças por que passou e 
quem gostaria de ser no futuro. Pensa muito na profissionalização e declara várias 
vezes que não quer ser uma dona de casa como a mãe.
“A PRÓPRIA PESSOA FORMA SEU CARÁTER”
Nada fica fora de seu diário, que ela chama de Kitty, como uma amiga com 
quem estabelece uma relação honesta e verdadeira, a quem relata todas as 
transformações pelas quais passam seu corpo e sua mente; a paixão por Peter 
(o terceiro jovem no esconderijo, além dela mesma e da irmã); o interesse por 
sexo; os conflitos consigo mesma e com os outros; o reconhecimento dos próprios 
erros; as angústias existenciais e os momentos de desespero.
“Não consigo me imaginar vivendo como mamãe (...). Preciso 
ter alguma coisa além de um marido e de filhos aos quais me 
dedicar! Não quero que minha vida tenha passado em vão, 
como a da maioria das pessoas. Quero ser útil ou trazer alegria 
a todas as pessoas, mesmo àquelas que jamais conheci. Quero 
continuar vivendo depois da morte!”
“Há muito tempo você sabe que meu maior desejo é ser 
jornalista, e mais tarde uma escritora famosa. Teremos de 
esperar para ver se essas grandes ilusões (ou desilusões) irão se 
cumprir, mas até agora não sinto falta de assunto.De qualquer 
modo, depois da guerra, eu gostaria de publicar um livro 
chamado O Anexo Secreto. Resta ver se conseguirei, mas meu 
diário pode servir de base.”
“Eu me condeno de tantas maneiras que estou começando 
a perceber a verdade no ditado de papai: ‘Todo filho tem de 
se criar’. Os pais só podem aconselhar os filhos ou apontar a 
direção certa. Em última análise, a própria pessoa forma seu 
caráter.”
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Catarina
Sublinhar
Programa Formare | Aprendiz
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA16 ÍNDICE
“Agora é muito mais fácil falar com Peter as coisas que 
normalmente eu guardava para mim; por exemplo: eu disse que 
no futuro quero ser escritora e que, se não puder, quero escrever 
nas horas vagas”.
“Criei na mente uma imagem dele, pintei-o como um rapaz 
calmo, delicado e sensível, necessitando de amizade e amor! Eu 
precisava abrir a alma para uma pessoa viva. Queria um amigo 
que me ajudasse a reencontrar o caminho.”
“Não tenho dinheiro nem posses terrenas, não sou linda, 
inteligente nem esperta, mas estou feliz e pretendo continuar 
assim! Nasci feliz, adoro as pessoas, tenho uma natureza estável, 
e gostaria que todo mundo também fosse feliz.”
“Finalmente percebi que devo fazer os deveres de escola 
para não ficar ignorante, para continuar com a vida, para me 
tornar uma jornalista, porque é isso que desejo! Eu sei que 
posso escrever. Algumas de minhas histórias são boas, minhas 
descrições do Anexo Secreto são bem humoradas, boa parte de 
meu diário é vivo e interessante, mas... resta saber se realmente 
tenho talento.”
“Eu costumo me sentir mal, mas nunca me desespero. Vejo 
nossa vida no esconderijo como uma aventura interessante, 
cheia de perigo e romance, e cada privação é algo divertido a 
acrescentar no diário.”
NASCE O SENTIMENTO DE IDENTIDADE
A menina cresce e se transforma diante dos nossos olhos. O amadurecimento 
de Anne Frank é visível, ela descobre sua singularidade e seus talentos; sabe o 
que ainda precisa mudar e entende que precisa estudar até álgebra, que odeia. 
Conforme avançam as páginas de seu diário, ela adquire um forte sentimento 
de identidade, sabe quem é e o que deseja alcançar. Demonstra grande força em 
se manter positiva frente ao futuro incerto, mas nunca esquece a guerra como a 
grande ceifeira pairando acima de seus sonhos, projetos e ideais.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA17 ÍNDICE
“Sou jovem e tenho muitas qualidades ocultas; sou jovem, forte 
e vivo uma grande aventura; estou no meio dela e não posso 
passar o dia inteiro reclamando porque é impossível me divertir! 
Sou abençoada com tantas coisas: felicidade, alegria e força. A 
cada dia me sinto amadurecendo, sinto a libertação se aproximar, 
sinto a beleza da natureza e a bondade das pessoas ao redor. A 
cada dia penso em como essa aventura é fascinante e divertida!”
“Quando escrevo, consigo afastar todas as preocupações. Minha 
tristeza desaparece, meu ânimo renasce! Mas – e esta é uma 
grande questão – será que conseguirei escrever alguma coisa 
importante, será que me tornarei jornalista ou escritora?”
“Se Deus me deixar viver, vou realizar mais do que mamãe jamais 
realizou, vou fazer com que minha voz seja ouvida, vou para o 
mundo e trabalharei em prol da humanidade!”
“Simplesmente não consigo imaginar que o mundo volte a ser 
normal para nós. Falo sobre depois da guerra, mas é como se 
estivesse falando de castelos no ar, de uma coisa que pode 
nunca acontecer.”
“Como, sem dúvida, você pode imaginar, nós costumamos 
perguntar, em desespero: ‘Qual é o sentido da guerra? Por que, 
por que as pessoas não podem viver juntas em paz?’”
Não é mais uma voz infantil! Nenhuma criança falaria de guerra com tanta 
verdade. Às vezes, esperança, medo e desalento estão presentes na mesma frase, 
fazendo parte da mesma realidade cruel. Anne Frank alcança sua identidade, 
complexa e multifacetada.
A CONSCIÊNCIA DO DESTINO QUE SE APROXIMA
As reflexões da jovem sobre a guerra e as injustiças sofridas pelos judeus são 
cada vez mais profundas e recorrentes. Enquanto se esforça para manter a 
confiança na iminente invasão dos aliados, Anne sente o cerco dos nazistas se 
fechar, a perseguição recrudescer e teme pelo desfecho de seu destino.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA18 ÍNDICE
“Ainda amamos a vida, ainda não esquecemos a voz da natureza 
e continuamos com esperança de... tudo.”
“Os mais velhos têm uma opinião formada sobre tudo, são 
seguros de si e de seus atos. Para nós, jovens, é duas vezes mais 
difícil sustentar nossas opiniões numa época em que os ideais 
são estilhaçados e destruídos, quando o pior lado da natureza 
humana predomina, quando todo mundo duvida da verdade, da 
justiça e de Deus.”
“Vejo o mundo ser transformado aos poucos numa selva, ouço o 
trovão que se aproxima e que, um dia, irá nos destruir também, 
sinto o sofrimento de milhões. E, mesmo assim, quando olho 
para o céu, sinto de algum modo que tudo mudará para melhor, 
que a crueldade também terminará, que a paz e a tranquilidade 
voltarão.”
“Como posso me sentir triste enquanto isso existir, pensei, esta 
luz e este céu sem nuvens, e enquanto eu puder desfrutar essas 
coisas?”
“Enquanto isso existir – e deve existir para sempre –, sei que 
haverá consolo para toda tristeza, em qualquer circunstância. 
Acredito firmemente que a natureza pode trazer conforto a 
todos que sofrem.”
“A beleza continua a existir, mesmo na desgraça. Se a procurar, 
você descobrirá cada vez mais felicidade, e recuperará o 
equilíbrio. Uma pessoa feliz tornará as outras felizes; uma 
pessoa com coragem e fé nunca morrerá na desgraça!”
O EQUILÍBRIO EM MEIO AO CAOS
Mesmo imersa nos estilhaços de seus ideais, Anne Frank foi capaz de deixar 
mensagens positivas da vivência de sua breve juventude.
Catarina
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA19 ÍNDICE
O LEGADO DE ANNE FRANK E AS REDES SOCIAIS
O pai de Anne, Otto Frank, é o único a sobreviver aos campos de concentração para 
onde são enviadas as oito pessoas descobertas no Anexo Secreto. A mãe morre 
de fome no campo de concentração de Auschwitz, para onde ela e as filhas são 
levadas. As duas meninas são transferidas para o campo de Bergen-Belsen. Anne 
é a última a morrer, um ou dois dias depois da irmã e algumas semanas antes da 
libertação. A publicação de seu diário pelo pai, em 1947, torna-a famosa no mundo 
inteiro. O livro inspira uma peça de teatro.
Em 1959, o filme “O Diário de Anne Frank”, de George Stevens, recebe três Oscars.
 
Desde 1960, o Anexo Secreto e o prédio da empresa de Otto Frank, em Amsterdam, 
abrigam o Museu Casa Anne Frank, onde o famoso diário está exposto. Todos os 
anos, um milhão de pessoas visita o esconderijo da família.
No site oficial Anne Frank1 é possível conhecer, em português, um resumo de toda 
a história com muitas fotos <https://goo.gl/d78vrc>, passear pelo museu virtual e 
navegar pelo Anexo Secreto <https://goo.gl/YrTEmb>.
A linha do tempo de Anne Frank mostra a história da família Frank no contexto da 
história mundial <https://goo.gl/7DKfHz>.
No filme “A culpa é das estrelas”, de 2014, o casal protagonista visita o museu Casa 
de Anne Frank, em Amsterdam, percorrendo os locais retratados no livro.
Em 2001, a rede americana ABC de televisão produziu a minissérie Anne Frank com 
base no livro “Anne Frank, uma Biografia”, da jornalista austríaca Melissa Muller.
1. <www.annefrank.
org/pt/ >
Em 2001, a rede americana ABC de televisão 
produziu a minissérie Anne Frank com base 
no livro “Anne Frank, uma Biografia”, da 
jornalista austríaca Melissa Muller.
Imagem da minissérie 
Anne Frank, da rede 
ABC. Vídeo legendado 
disponível em: <https://
youtu.be/8skcEbuKJD8>
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GUIA DO ALUNO:COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA20 ÍNDICE
Quantas vezes Anne Frank se perguntou se teria talento, se conseguiria escrever 
alguma coisa importante, tornar-se jornalista ou escritora? O que mais desejava 
era que sua voz fosse ouvida!
A menina de 15 anos ultrapassou suas próprias expectativas, foi profética ao dizer 
“quero continuar vivendo depois da morte!” 
Seu livro é um dos mais lidos no mundo e já foi traduzido para 67 idiomas.
Supondo que a internet existisse, na época, e Anne Frank tivesse acesso às 
redes sociais sem ser importunada pelos nazistas, quantos seguidores ela teria? 
Quantos jovens na mesma situação poderiam compartilhar temores e anseios 
comuns?
As redes sociais, os jogos online, os sites de compartilhamento de vídeo e os 
telefones celulares são aliados na comunicação e autoexpressão do jovem ao 
atingir a idade da luta pela autonomia e identidade, fase pela qual Anne Frank 
passou em solidão quase absoluta no seu esconderijo.
Além de permitir que os jovens se conectem com seus pares de novas maneiras, 
essas tecnologias ajudam na aquisição de novas competências, como criar um 
vídeo, personalizar um jogo ou uma página no Facebook. 
O mundo digital reduz as barreiras para a aprendizagem autônoma e seria uma 
ferramenta preciosa também para Anne Frank.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA21 ÍNDICEÍNDICE
CAPÍTULO II:
SÍMBOLOS GRÁFICOS
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA22 ÍNDICE
Há controvérsias. 
O pensador e humorista Millôr Fernandes acrescenta a esse outro 
pensamento desafiador: “Uma imagem vale mais do que mil 
palavras. Vai dizer isto com uma imagem”.
Entretanto, o pensamento “Uma imagem vale mais do que mil 
palavras” está associado ao poder de comunicação da imagem. E, 
por conseguinte, à possibilidade de uma imagem sintetizar uma 
mensagem e comunicá-la prontamente, de forma muito mais 
clara e precisa do que seria possível fazê-lo por meio de palavras. 
É preciso fazer a ressalva de que nem sempre isso é totalmente 
possível, como alerta o pensamento de Millôr.
INTRODUÇÃO
“Uma imagem vale mais do que mil palavras.” 
(Citação atribuída a Confúcio)
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
ÍNDICE23
PARA COMEÇO
DE CONVERSA
Quantas vezes ao observar a imagem de um acontecimento chega-
nos a ideia clara e imediata da ocorrência! Às vezes, o texto que 
acompanha a imagem apenas complementa a informação principal 
que ela comunica de forma instantânea.
Quando a referência é um mundo tecnológico e globalizado, a 
citação “uma imagem vale mais do que mil palavras” faz ainda 
mais sentido porque a imagem é compacta, rápida e supera 
barreiras linguísticas. Se uma pessoa viajar para um país cujo 
idioma desconheça totalmente e não encontrar as conhecidas 
placas sinalizadoras em inglês, é provável que siga imagens para 
se alimentar, usar a toalete ou chegar ao seu portão de embarque. 
Na hipótese de não existir comunicação por meio de imagens, 
ou comunicação visual, essa pessoa não chegará a lugar algum. 
Provavelmente recorrerá aos gestos e terá dificuldades imensas 
apenas no esforço de circulação, sem falar em todos os outros.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA23 ÍNDICE
[Ilustração: Seri]
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
ÍNDICE24
Nesse caso, o que salvaguarda o estrangeiro 
são os chamados pictogramas organizados 
adequadamente para que ele possa atender 
suas necessidades básicas num ambiente 
social onde não consegue fazer uso da 
linguagem verbal, escrita ou falada.
Antes da invenção da escrita, na pré-história, 
o homem fazia registros de acontecimentos 
por meio de pictogramas. As figuras das 
pinturas rupestres podem ser consideradas 
como pictogramas; elas transmitiram e 
transmitem alguma realidade da vida do 
homem na terra, ao longo de milênios.
Pictogramas são signos, símbolos ou sinais indicativos, de comunicação visual, 
usados para transmitir mensagens de compreensão imediata. Apresentam 
uma funcionalidade comunicativa que elimina barreiras dos idiomas; são 
autoexplicativos e compreensíveis em âmbito universal. São usados como sinais, 
comunicando informação de utilidade pública ou fazendo advertências.
Pintura rupestre encontrada em Nevada, EUA. 
[Fonte da im
agem
: Pixabay]
[Ilustração: Seri]
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
ÍNDICE25
JOGANDO 
E APRENDENDO A JOGAR
Uma programação visual, vamos chamar assim a concepção e 
posicionamento de pictogramas em espaços abertos e fechados, 
serve para comunicar, informando e orientando. Ao olhar para um 
pictograma, pessoas de diferentes lugares captam, imediatamente, a 
mesma mensagem. 
Pictogramas são construídos e muito utilizados também em 
ambientes profissionais específicos. Informam instruções de 
uso, fazem advertências sobre perigos do ambiente, orientam a 
movimentação de pessoas e profissionais como, por exemplo, num 
hospital ou numa fábrica. 
Podem ser também utilizados para indicar ou resumir a ideia 
presente em regra ou código de conduta como, por exemplo, um 
contrato de aprendizagem.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA25 ÍNDICE
Assista ao vídeo indicado a seguir. 
É bem rápido e sintetiza uma 
quantidade enorme de informações 
sobre a construção e utilização de 
pictogramas.
Vídeo: O que é Pictograma 
(tempo: 3min37seg). Link 
do vídeo: <https://youtu.
be/rFhFNS2W3xA>
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA26 ÍNDICE
PONDO OS 
PINGOS NOS IS
Para obter algumas informações de como deve ser o processo 
criativo e as características de um bom símbolo gráfico, assista ao 
vídeo Pictogramas – Rio 2016.
Vídeo Pictogramas - Rio 2016.
Link do vídeo: <https://youtu.
be/WlY2BRJxyKI>
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA26 ÍNDICE
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA27 ÍNDICE
SAIBA MAIS
Hoje, o ambiente urbano é repleto de pictogramas, nos espaços 
abertos e fechados. E há uma história bem bacana por trás disso.
Tudo começa com a criação de um sistema de representação 
pictórica universal na década de 1920, em Viena, pelo chamado 
movimento ISOTYPE (International System of Typographic Picture 
Education, ou Sistema Internacional de Educação Tipográfica 
Pictórica). Esse movimento de educação pública é criado por 
um cientista social, Otto Neurath, com o objetivo de facilitar a 
comunicação, torná-la acessível a todos e ultrapassar fronteiras. A 
meta é democratizar a comunicação, ou seja, fazer a informação 
chegar a todas as pessoas, incluindo as que têm mais dificuldades 
de compreensão.
O designer responsável pelo sistema pictórico do ISOTYPE, o 
alemão Gerd Arntz, cria um conjunto de quatro mil símbolos para 
transmitir informações econômicas e sociais para o público leigo. 
Esse é um dos projetos de design e informação de maior sucesso 
do século 20.
Esses símbolos criados para o Isotype tornam-se referência e 
influenciam a criação dos pictogramas que se veem comumente 
em placas de estradas e aeroportos, websites, manuais de 
instrução etc. Muitos desses pictogramas são criados na década 
de 1970, nos EUA, pela parceria do Departamento de Transportes 
com a AIGA1, organização americana de designers gráficos.
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27 ÍNDICE
1. Acesse o site da AIGA 
e veja algunsdos ícones 
criados para serem usados 
em inúmeros lugares.
<http://www.aiga.org/
symbol-signs/>
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
Catarina
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
ÍNDICE28
O Isotype acaba por tornar-se uma escola de síntese visual, influenciando 
gerações de designers. Nas olimpíadas, o grande impulso ao desenvolvimento de 
pictogramas surge em Tóquio, 1948. A equipe de designers japonesa liderada por 
Katsumi Masaru e inspirada no Isotype cria um projeto amplo que inclui 
o conjunto de pictogramas usados durante o evento e também pelos meios 
de comunicação.
Nas olimpíadas de Munique, em 1972, o alemão O. Aicher cria uma série de 
pictogramas para representar as modalidades esportivas em disputa. Mais uma 
vez a simplicidade e padronização da linguagem Isotype constituem a inspiração, 
e também para os jogos olímpicos seguintes.
A partir dos jogos olímpicos de Sidney, em 2000, nota-se influência cultural dos 
países sede. Por exemplo, Sidney utiliza a forma do bumerangue na construção da 
figura humana; Atenas emprega formas, cores e desenhos de sua cultura milenar 
e o mesmo pode-se dizer de Pequim com seus desenhos lembrando imagens 
produzidas nos primórdios da humanidade. Em cada edição dos jogos olímpicos é 
possível notar a evolução2 do design gráfico e das modalidades nos jogos. Novos 
esportes são incluídos e outros eliminados a cada quatro anos, então novas 
famílias de pictogramas são criadas.
A preparação dos pictogramas das olimpíadas do Rio/20163 conta com um grupo 
de 28 designers. O trabalho inclui o estudo do movimento dos atletas e pode-
se dizer, também, da chamada ginga do brasileiro. Pela primeira vez são criados 
pictogramas para o paradesporto. No total, 64 pictogramas: 41 olímpicos4 
e 23 paralímpicos.
2. Acesse <https://
goo.gl/wV5iEa> para 
ver a comparação 
dos pictogramas 
criados em cada 
uma das edições dos 
jogos olímpicos, a 
partir de 1964. 
3. Pictogramas 
oficiais das 
Olimpíadas e 
Paralimpíadas de 
2016. <https://goo.
gl/PKQ3q9>
4. 41 pictogramas 
dos Jogos Olímpicos 
Rio 2016. <https://
goo.gl/nAV4qv9>
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA29 ÍNDICE
AGORA É COM VOCÊ
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29 ÍNDICE
Na informática, o sistema de representação pictórica Isotype 
oferece suporte, com sua proposta sobre o que seria universal 
em comunicação por imagem, para transformar a informação em 
símbolo e dessa forma facilitar o entendimento e democratizar 
a comunicação. Isso significa a inclusão digital de um imenso 
contingente de pessoas de todo o mundo que com o sistema de 
codificação alfanumérico utilizado anteriormente teria dificuldades 
de acesso aos recursos da informática.
Os computadores, máquinas complexas até a década de 1980, 
ganham interfaces acessíveis repletas de ícones para serem 
facilmente operados por qualquer pessoa. Quanto aos smartphones, 
sua operação vai se tornando quase intuitiva graças aos ícones de 
compreensão imediata. Estes ainda oferecem uma galeria de emojis 
e emoticons, também aparentados com o sistema Isotype, que 
possibilitam até a comunicação sem palavras.
A motivação para a criação do sistema de comunicação por 
imagens, depois conhecido como Isotype (1920), é humanitária. 
Nascido em classe abastada, Otto Neurath (1882-1945), um 
cientista social com ideais socialistas, tem contato com a dura 
realidade da população rural pobre e percebe a dificuldade extrema 
de compreensão e comunicação das pessoas. Essa é a inspiração 
BREVE HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO ISOTYPE
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA30 ÍNDICE
para criar seu projeto de facilitar e universalizar a comunicação 
não verbal por meio de imagens simples e sintéticas. Seu desejo é 
acelerar a transmissão de informações para o público leigo. 
Com a matemática Marie Reidemeister, também envolvida 
no projeto e sua futura esposa, O. Neurath funda o ISOTYPE 
(International System of Typographic Picture Education, ou, Sistema 
Internacional de Educação Tipográfica Pictórica). O casal trabalha 
com mapas, gráficos e outras visualizações que interpretam e 
explicam ideias complexas sobre o cotidiano, indústria e ciência 
na Áustria. O trabalho começa a ser realizado com uma equipe 
de desenhistas, mas ainda é preciso encontrar um designer com 
envergadura para a empreitada de traduzir ideias em desenhos.
Depois de muita procura, Neurath se depara com a parceria certa: 
um designer alemão talentoso, Gerd Arntz, que compartilha com ele 
os mesmos ideais. Juntos criam um sistema de representação gráfica 
que torna dados estatísticos acessíveis para o grande público. 
Criam um grande e rico acervo de imagens tão identificáveis que as 
palavras podem ser dispensadas. Qualquer ideia pode ser expressa 
por uma ou várias imagens combinadas.
A projeção do Isotype chega a muitos outros países, à medida que 
designers do mundo todo passam a contribuir com suas próprias 
ideias. A União Soviética, EUA e nações africanas, por exemplo, criam 
versões próprias do Isotype.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA31 ÍNDICEÍNDICE
CAPÍTULO III:
O CORPO FALA
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA32 ÍNDICE
Sem uma única palavra, o bebê comunica todas as suas 
necessidades e sensações como fome, sono, dor, irritação, alegria, 
entusiasmo pela vida. Muito antes de aprender a falar, ele usa o 
choro, o riso, as expressões faciais, os gestos, o corpo inteiro para 
se expressar. 
O sorriso é a melhor arma do bebê para convencer o mais 
carrancudo dos adultos a satisfazer suas vontades. Seria bem mais 
difícil, se ele contasse apenas com o choro e as fraldas sujas para 
se comunicar. O sorriso, aprendido e usado a partir das primeiras 
semanas de vida, amplia muito as suas chances de ser amado e 
bem cuidado, convenhamos.
Antes de aprender a linguagem verbal, por meio de palavras 
faladas ou escritas, todos nós transmitimos nossas necessidades 
físicas e emocionais empregando a comunicação corporal. 
Começamos ao nascer e nunca mais paramos de usar a linguagem 
não verbal, ainda que não tenhamos consciência ou controle 
absoluto sobre ela. Nossa comunicação corporal – expressa por 
gestos, trejeitos faciais, posturas, tons de voz, distâncias físicas e 
contato visual – pode exprimir mais do que as próprias palavras.
INTRODUÇÃO
TODOS NÓS NASCEMOS ESPECIALISTAS 
EM LINGUAGEM NÃO VERBAL
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
ÍNDICE33
Quantas vezes você mal é apresentado a alguém e imediatamente 
classifica a pessoa como antipática? Por que, se ela apertou sua 
mão e disse “muito prazer” como manda a regra da boa educação? 
Bom, é verdade que ela não sorriu. Talvez estivesse distraída ou 
preocupada com a possibilidade de uma multa por estacionar em 
local proibido. De qualquer forma, o sorriso, que aprendemos a usar 
quase ao nascer, é o mais poderoso sinal de ligação social. O recém-
apresentado perdeu a oportunidade de passar a você a agradável 
impressão de simpatia ou afinidade. Tudo porque não sorriu ao dizer 
que tinha prazer em conhecer você. A linguagem verbal, emitida 
pelas palavras, não foi acompanhada pela linguagem não verbal 
(sorriso), o que deu a você a impressão contrária do que foi dito.
Atentos ou não ao que fazemos, 
expressamos mais por meio da linguagem 
não verbal do que por palavras. Também 
controlamos melhor o que dizemos do 
que aquilo que nosso corpo comunica 
involuntariamente. Um dos muitos cálculos 
a respeito, embora nenhum seja muito 
preciso, aponta que os sinais não verbais da 
comunicação humana representam 65% do 
total de mensagens que enviamos. Há até 
estimativas para mais de 90%, se além dos 
gestos forem considerados outros fatores, 
como a postura e o tom de voz, por exemplo. 
Um aperto de mão firme ou fraco; a postura 
ereta ou curvada;alguém que passa o dia 
PARA COMEÇO
DE CONVERSA
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33 ÍNDICEGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
[Ilustração: Seri]
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
ÍNDICE34
bocejando; um olhar fixo para o chão; o desvio constante do olhar; alguém que 
mexe as mãos ansiosamente ou não pode parar de balançar as pernas durante 
uma reunião. Podemos nos lembrar de ter reparado em expressões de linguagem 
corporal, ou não verbal, em outras pessoas. E não foi por acaso que interpretamos 
esses sinais, eles fazem parte da comunicação não verbal de todo ser humano.
No filme O baile, de Ettore Scola, podemos 
ver o quanto os gestos, a postura e as 
expressões faciais são capazes de transmitir 
sem necessidade da linguagem verbal. 
Num único cenário – o salão de baile – a 
história é contada sem diálogos, e ainda 
assim identificamos perfeitamente quem 
são os personagens por suas atitudes. 
Estão presentes o tímido, o pretensioso, 
o vaidoso, o convencido, o bajulador etc. 
Também podemos reconhecer as diferentes 
personagens femininas.
O significado da linguagem não verbal está ligado à cultura, ou seja, ao conjunto 
de costumes, conhecimentos e regras sociais que distinguem as pessoas que 
vivem num mesmo lugar. 
Filme “O Baile”, de Ettore Scola. Link do 
vídeo: <https://youtu.be/iOex5la0EvY>
No entanto, certas expressões faciais são entendidas 
universalmente. Independentemente da cultura local 
onde as pessoas nascem, seja qual for o país, elas são 
capazes de entender demonstrações de alegria, tristeza, 
surpresa, medo, aversão, e raiva.
A face é a parte do corpo que mais tem recursos 
emocionais para apresentar graças a uma complexa 
rede de músculos, que nos permite movimentar olhos, 
pálpebras, sobrancelhas e lábios. Apenas entre o sorriso, 
o riso e a gargalhada, temos incontáveis expressões de 
linguagem não verbal.
[Ilustração: Seri]
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
ÍNDICE35
De nada adianta medir as palavras, o corpo transmite a verdadeira 
mensagem sobre nós. Por isso mesmo a linguagem não verbal, 
corporal, é tão importante. É difícil acreditar na sinceridade de 
alguém que diz que está calmo e disposto a ouvir, mas não para de 
mexer com as mãos, quebrar clips e mudar de posição na cadeira. 
Qualquer um que esteja falando para um grupo de pessoas sabe 
que não está despertando o mínimo interesse naquela que olha em 
outras direções, rabisca um papel sem parar, ou fica tamborilando 
com os dedos na mesa. Pior ainda se a pessoa em questão não largar 
o celular. Ao contrário, aqueles que olham nos olhos do interlocutor 
demonstram interesse ou pelo menos lhe dão uma chance.
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35 ÍNDICE
JOGANDO 
E APRENDENDO A JOGAR
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
[Il
us
tr
aç
ão
: S
er
i]
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ÍNDICE36
“Nervoso, eu?” Numa situação de estresse, mordemos os lábios, roemos as unhas, 
entrelaçamos os dedos, esfregamos as mãos, tocamos a nuca ou o rosto. Bobagem 
negar, todo mundo pode ver nosso nervosismo.
Um simples aperto de mão, se muito fraquinho, pode passar a impressão de 
insegurança. Para garantir, melhor demonstrar confiança com um aperto mais 
decidido, o olhar nos olhos da pessoa cumprimentada e um sorriso de simpatia.
A voz firme passa mais autoridade sobre o assunto do que um tom oscilante, 
todos já percebemos.
Não há dúvida de que a linguagem não verbal ajuda o observador atento a 
interagir em qualquer situação, favorável ou desfavorável, e também a controlar 
seu próprio comportamento corporal. Mas não se trata de uma bola de cristal que 
vai desvendar o íntimo das pessoas, uma vez que um sinal pode não ter qualquer 
significado. Uma pessoa pode cruzar os braços porque está com frio e não por se 
sentir resistente às ideias que estão sendo apresentadas.
Ver e ouvir com atenção é o melhor remédio para quem precisa se adaptar a um 
novo ambiente. Quem já passou pela síndrome do primeiro dia sabe bem disso. 
No seu primeiro dia no trabalho ou numa nova escola, você não sabe como as 
pessoas se comportam naquele lugar. Sua confiança será maior quanto mais você 
dominar esse conhecimento, que pode adquirir a partir da observação direta.
Lembrando que cada sinal pode ser muito relativo, dependendo da situação, veja 
algumas ilustrações que facilitam a compreensão da linguagem não verbal: 
<https://goo.gl/BQS9nR>
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA37 ÍNDICE
PONDO OS 
PINGOS NOS IS
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37 ÍNDICE
O corpo fala e por meio dele demonstramos alegria e tristeza, raiva, 
amor etc. Sem uma única palavra expressamos o que estamos 
sentindo, aquilo que desejamos ou não queremos. 
Da mesma forma, percebemos as outras pessoas. Como não 
compreender a diferença entre atitudes favoráveis, neutras 
ou desfavoráveis? Desde crianças, ao insistir num argumento 
aprendemos a avaliar nossa possibilidade de sucesso apenas pela 
tonalidade do “não” de nossos pais.
Ao cruzar uma rua aqui mesmo, ou em qualquer outro país de 
idioma desconhecido, podemos identificar o estado de espírito 
das pessoas por meio de sua linguagem corporal, não verbal. 
A expressão do rosto diz muito da satisfação ou não da pessoa 
naquele momento, mas o corpo todo transmite outros sinais. 
A postura ereta ou de ombros curvados, o caminhar seguro ou 
desanimado falam pelo indivíduo.
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
[Il
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 
ÍNDICE38
Um exercício interessante é assistir qualquer filme em idioma desconhecido 
e reconhecer as emoções que os personagens transmitem apesar de não 
entendermos uma palavra do que dizem.
Outra experiência que vale a pena é assistir filmes da época do cinema mudo. 
Muitos filmes se tornaram clássicos e são sucesso até hoje. Quase toda a 
filmografia do genial Charlie Chaplin, que imortalizou o vagabundo Carlitos, pode 
ser encontrada no YouTube.
No mundo do trabalho o corpo fala e revela a verdade nua e crua. Realização 
pessoal, satisfação ou insatisfação com o que se faz ficam evidentes no ânimo 
das pessoas, no seu interesse e atenção, na produtividade e no prazer ou 
desprazer de realizar as atividades.
Em uma sequência do filme Tempos modernos (9min30seg), Charlie Chaplin nos 
obriga a encarar, com humor e sem palavras, a rotina de trabalho massacrante da 
automação industrial: <https://youtu.be/KPgxcat-zYo>
Cena do filme 
O Grande Ditador. 
Link do vídeo: 
<https://youtu.be/
qIXQoLISn2E>
Cena do filme Tempos Modernos. 
Link do vídeo completo: 
<https://youtu.be/CozWvOb3A6E>
A expressividade e a força da linguagem 
não verbal podem ser conferidas na sátira 
de Chaplin ao nazismo no filme O grande 
ditador, de 1940. A famosa sequência 
em que o ditador, uma caricatura de 
Hitler, contracena com o globo terrestre 
não deixa dúvidas sobre seu desejo de 
poder e dominação. Nenhuma palavra é 
pronunciada, mas tudo está dito em menos 
de três minutos.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA39 ÍNDICE
Usada há milhões de anos, a linguagem corporal, não verbal, foi 
das primeiras formas de comunicação humana e continua entre 
as mais expressivas. Mais forte do que nós, ela mostra até o que 
gostaríamos de esconder. 
A comunicação não verbal é importante para reforçar ideias, dar 
ênfase ao que se diz, facilitar o entendimento e o diálogo. Mas 
também expõe verdades e mentiras sem nosso consentimento. 
Assim como se diz da imagem, um gesto pode dizer mais do que 
mil palavras.
O livro O corpo fala, de Pierre Weil e Roland Tompakow, faz 
interessante iniciação ao tema da comunicação não verbal, 
mostrando que o corpo tem uma linguagem própria que muitas 
vezes contradiz as palavras.
Desvendar a linguagem corporal pode ajudar as pessoas a se 
compreenderem melhor – a si mesmas e umas às outras– levando 
a relacionamentos profissionais e interpessoais mais equilibrados. 
No livro, a esfinge é usada para representar o ser humano dividido 
em três partes: boi (abdômen), leão (tórax) e águia (cabeça), que 
correspondem, respectivamente, à vida instintiva e vegetativa, 
vida emocional e vida mental (intelectual e espiritual). O homem 
é comandado por esses três animais em constante conflito dentro 
de si e o necessário e desejado equilíbrio depende de conseguir 
SAIBA MAIS
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39 ÍNDICEGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
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ÍNDICE40
dominá-los. A linguagem corporal evidencia a preponderância de uma dessas 
partes sobre as outras.
O livro explicita gestos corporais e seus significados, e adverte que o importante 
para uma comunicação coerente é que a linguagem não verbal esteja em 
concordância com a linguagem verbal.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA41 ÍNDICE
AGORA É COM VOCÊ
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41 ÍNDICE
Charles Darwin é o primeiro a estudar cientificamente a linguagem 
corporal, não verbal. O resultado desses estudos está publicado no 
livro A expressão das emoções em homens e animais (1872). 
A partir da década de 1960, o psicólogo americano Paul Ekman 
também se dedica ao estudo da linguagem corporal. Para ele, 
Darwin teria se enganado ao afirmar que os mamíferos nascem 
sabendo demonstrar e interpretar determinadas expressões faciais. 
Depois de cinquenta anos dedicados ao estudo das emoções 
humanas Ekman comprova o pressuposto de Darwin e identifica 
sete expressões faciais que nascem com o ser humano: alegria, 
tristeza, raiva, medo, surpresa, aversão e desprezo, esta última 
às vezes considerada por outros autores como uma variante da 
aversão. São expressões encontradas em todas as culturas, de 
distintas épocas da história, registradas em estátuas e pinturas e 
percebidas mesmo em crianças que nasceram cegas.
Reconhecido como uma das maiores autoridades no assunto, Paul 
Ekman se dedica a catalogar as combinações dos movimentos 
musculares da face humana, chegando a mais de 10 mil expressões. 
As chamadas microexpressões faciais são involuntárias e aparecem, 
por um segundo ou menos, no rosto da pessoa que tenta esconder 
uma emoção em situações de tensão. Somente estudiosos e 
pessoas treinadas conseguem captar essas emoções reprimidas 
consciente ou inconscientemente. 
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA42 ÍNDICE
Série Engana-me, se puder. Link do vídeo: 
<https://youtu.be/WamPAPl1HDs>
Os estudos de Paul Ekman servem de base para o seriado americano Lie to me 
(Engana-me, se puder), disponível na Netflix. Os episódios tratam das investigações 
de uma equipe especializada em detectar mentiras. O trabalho desses cientistas 
do comportamento é interpretar, além dos gestos, microexpressões faciais que 
ocorrem por frações de segundo. O líder da equipe é um cientista que dedicou a 
vida ao estudo do comportamento humano, das microexpressões e da linguagem 
corporal, como o próprio Ekman, que parece ter inspirado a série e é consultor da 
equipe de produção.
Embora o seriado seja muito interessante para o tema, uma vez que usa uma 
abordagem científica da linguagem corporal, é preciso lembrar que se trata de 
entretenimento com o realce próprio do cinema. Veja o início do primeiro episódio.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA43 ÍNDICE
Essas técnicas passam a ser aplicadas a episódios da vida real que já 
são históricos, como a participação de Richard Nixon no escândalo de 
Watergate, desvendando mentiras célebres de personalidades públicas. 
É o que faz o documentário Os segredos da linguagem corporal, 
produzido pelo canal de TV a cabo The History Channel (2008), 
disponível no YouTube com locução portuguesa. Especialistas em 
leitura da linguagem corporal interpretam seus significados usando 
vários exemplos reais ocorridos com políticos e celebridades. Vale 
como curiosidade, descontados os exageros típicos de quem procura 
audiência televisiva.
Cena do documentário 
Os segredos da linguagem 
corporal. Link do vídeo: 
<https://youtu.be/
fbgEG-Rgl0U>
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA44 ÍNDICEÍNDICE
CAPÍTULO IV:
OUVINDO 
E FALANDO
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ÍNDICE45
OUVIR BEM PARA FALAR BEM; 
OUVIR PARA APRENDER E SE DESENVOLVER
Ouvir, essa habilidade rara e importante, pode ser considerada como 
um dos maiores desafios da comunicação humana. 
Ouvir bem para falar bem; ouvir as solicitações da equipe de 
trabalho para atendê-las em conformidade; ouvir as demandas 
dos clientes para respondê-las e satisfazê-los; ouvir as pessoas do 
relacionamento familiar e afetivo para não se distanciar dos laços 
fundamentais. 
Ouvir para desempenhar com sucesso; ouvir para aprender e se 
desenvolver; ouvir para ser feliz.
Ao mesmo tempo em que a arte de saber ouvir é tão importante, é 
também negligenciada. A experiência de não ouvir e não ser ouvido 
é uma constante na vida profissional, social e familiar da maioria 
das pessoas.
Você sabe ouvir? Para ilustrar a questão, assista 
a um breve trecho do filme Erin Brockovich, ou 
Uma mulher de talento.
Cena do filme Uma mulher 
de talento. Link do vídeo: 
<https://youtu.be/30TT-
V33Vts>
PARA COMEÇO
DE CONVERSA
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45 ÍNDICEGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
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ÍNDICE46
Se alguém fizer o exercício de prestar atenção em toda a sua experiência de 
comunicação verbal de um dia inteiro, vai se surpreender ao constatar o quanto 
as pessoas não ouvem o que as outras falam. Apenas escutam sem chegar a 
compreender a mensagem de quem está falando, em toda a sua extensão e 
profundidade. Ao não ouvir, as pessoas não falam de maneira consistente, ou 
produtiva, então uma enxurrada de palavras vazias tende a se perder no ar.
Se essa mesma pessoa fizer o exercício de ouvir alguém, ou simplesmente ouvir 
os sons ao seu redor, perceberá o quanto ela própria deixa de ouvir, no seu 
cotidiano. Ou seja, ouvir vai muito além do simples e involuntário ato de escutar5.
Para experimentar, tente ouvir o poema Padrão, do poeta português Fernando 
Pessoa, musicado pelo compositor e cineasta baiano André Luiz Oliveira. A música 
é cantada por Caetano Veloso. 
5. Para pensar mais 
na questão de ouvir, 
leia o texto O Difícil 
Facilitário do Verbo 
Ouvir, de Artur da 
Távola, acessando: 
<https://goo.
gl/5kykSx>COMO ANDA SUA AUDIÇÃO?
Print de tela do 
vídeo do poema 
Padrão, de 
Fernando Pessoa. 
Link do vídeo: 
<https://youtu.be/
CN3hNysWXnc>
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ÍNDICE47
No texto O Difícil Facilitário do Verbo Ouvir, Artur da Távola caracteriza, 
como observador atento, doze reações de não ouvir o que o outro 
fala. Todas as reações por ele descritas decorrem de um fato: a 
falta de disponibilidade do ouvinte para limpar a própria mente, 
abandonar suas crenças, valores e expectativas pessoais para se 
concentrar apenas e exatamente naquilo que a outra pessoa fala.
E a pessoa que fala? Como ela deve se preocupar com seu ouvinte, 
que recebe a mensagem? Como deve proceder para cativar o ouvinte, 
ganhar sua atenção e conseguir se comunicar como gostaria?
É preciso identificar indícios do não ouvir e, para um bom observador, 
não é difícil perceber quando uma pessoa não está ouvindo. Em 
geral, ela demonstra em suas expressões faciais, oculares e gestuais 
uma atitude em relação ao que ela não está ouvindo, relacionada a 
disposições internas, como os exemplos a seguir.
• Falta de interesse: o ouvinte mostra-se 
disperso ou distraído por falta de interesse 
no assunto comunicado. Essa manifestação 
pode ser identificada por meio da posturacorporal, expressões faciais e olhar 
distante. A pessoa não se mobiliza no papel 
de ouvinte, permanece indiferente ou 
apática e, às vezes, chega a desestimular o 
comunicador.
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47 ÍNDICE
JOGANDO 
E APRENDENDO A JOGAR
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[Ilustração: Seri]
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ÍNDICE48
Ao comunicador cabe organizar o assunto com clareza e 
objetividade. A comunicação deve ser feita numa linha de 
pensamento com começo, meio e fim, dosando o conteúdo 
para evitar estendê-lo além do necessário.
 
É muito importante, ainda, para cativar a atenção 
do ouvinte, cuidar da forma de transmitir o assunto: 
encontrar o tom de voz apropriado; imprimir ritmo e 
emoção na fala, tornando-a atrativa e agradável; manter 
contato visual com o ouvinte, ou plateia, enquanto fala; 
adotar gestual que ajude a dar ainda mais expressividade 
à fala; outros recursos obtidos ou criados pelo 
comunicador que o ajudem a comunicar. Entretanto, tudo 
deve acontecer de forma natural e harmônica. 
Que nenhum comunicador se apresente como pessoa 
diferente do que realmente é. Seria um artifício capaz 
de colocar em dúvida a veracidade do conteúdo da 
comunicação.
• Reação a crenças e atitudes: o ouvinte reage como se 
estivesse ameaçado, ao não concordar com as crenças e 
atitudes da pessoa que fala, deixando de ouvir o conteúdo 
da mensagem. Costuma interromper a pessoa que fala, 
discordar antes desta completar seu pensamento, alterar 
o tom de voz, como vimos na cena do filme Uma mulher 
de talento <https://youtu.be/30TT-V33Vts>. 
O comunicador pode e deve evitar polemizar, chocar ou 
agredir o ouvinte com palavras que provoquem reações 
violentas, pois o confronto inviabiliza a comunicação e o 
entendimento. Na maioria das vezes, ninguém ganha com 
a situação de confronto.
• Reação à pessoa que fala: o ouvinte não aceita a pessoa 
que fala, seja pela classe social, sotaque, vestimenta, 
então não consegue ouvir a mensagem de forma isenta. 
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ÍNDICE49
O comunicador pode evitar caracterizar-se ou 
posicionar-se como uma tribo específica que possa 
encontrar resistências no seu ouvinte, ou público. Como 
norma geral, deve ainda evitar vestimenta e adornos 
extravagantes ou chamativos que atrapalhem a atenção 
do ouvinte. Entretanto, a ideia não é negar seu próprio 
modo de ser. Buscar a ponderação entre não abdicar 
de ser quem é e evitar provocar ou agredir é uma boa 
alternativa.
• Preconceitos diversos: o ouvinte manifesta aversões, 
reage a determinado tipo de vocabulário, palavras 
específicas ou citações, por exemplo, deixando de ouvir o 
que o outro está falando.
O comunicador pode prevenir, em certa medida, esse tipo 
de reação ao evitar linguajar não aceito por determinado 
tipo de ouvinte ou público. É desejável a utilização de 
linguagem clara, evitando ao máximo os jargões, as gírias 
ou frases de efeito que irritam o ouvinte e comprometem 
a comunicação.
É provável que se posicione contra o que a pessoa falou, 
entretanto se o mesmo conteúdo for comunicado por 
alguém de sua aceitação reagirá de forma cordata.
[Ilustração: Seri]
[Ilustração: Seri]
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
ÍNDICE50
• Distrações: o ouvinte não resiste às distrações do 
ambiente, ou dos aparelhos eletrônicos, esquece a pessoa 
que fala e deixa-o sem interlocutor, a falar para as paredes.
A preocupação do comunicador em manter o interesse 
e evitar que o ouvinte se distraia deve ser permanente. 
Ainda que não seja possível o total controle das fontes de 
distração do ouvinte, quanto mais estimulante for sua fala, 
menores serão as chances de perder público para 
a distração.
Outras reações que impedem a audição de alguém que fala poderiam ser 
relacionadas. Cada pessoa no seu dia a dia, estando atenta para esse âmbito 
da comunicação verbal, poderá identificar muitos outros impedimentos para a 
audição. Cada ambiente, de acordo com sua cultura, tende a produzir ou abrigar 
diferentes formas de não ouvir. Por outro lado, o trabalho dos comunicadores 
sempre será o de superar, o quanto for possível, um a um, os obstáculos para 
a comunicação. 
Como diz Artur da Távola, ouvir é um grande desafio! 
Desafio de abertura interior, pois é preciso disponibilidade interna para acolher e 
compreender o pensamento do outro, abrindo inclusive a possibilidade de rever 
e/ou ampliar o próprio pensamento. 
Desafio de impulso na direção do próximo, de comunhão com ele, de aceitação 
dele como é e como pensa, independentemente de concordar ou não.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA51 ÍNDICE
PONDO OS 
PINGOS NOS IS
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51 ÍNDICE
A análise das experiências de ouvir e falar deve ensinar como fazer 
melhor sempre. Essa é a estratégia mais eficaz para aprender a falar 
e ouvir: praticando. Mesmo quando há prática acumulada de vários 
anos, cada situação é única e proporciona aprendizagem valiosa. 
Para o comunicador, aproveitar a aprendizagem de uma experiência 
de falar significa superar falhas e tornar-se um comunicador melhor 
na próxima experiência. Assistir à gravação de sua performance 
representa mais uma oportunidade para se aperfeiçoar. 
Ao rever o vídeo poderá analisar como aconteceu sua comunicação 
verbal e não verbal para verificar os pontos de que não gostou 
ou que gostaria de fazer diferente. A partir daí, terá a chance de 
trabalhar um a um para a próxima experiência. Essa análise pode e 
deve incluir a expressão verbal, considerando:
1. Organização da mensagem: a mensagem 
deve ter começo, meio e fim. Preparar a 
fala pensando em uma forma de introduzir 
o assunto para que o ouvinte tenha logo 
uma ideia do que se trata ao mesmo tempo 
em que seja estimulado a ouvir o seu 
desenvolvimento. A comunicação deve ter, 
ainda, uma parte final, ou a conclusão do 
desenvolvimento do assunto. Essa parte 
final pode ser um desfecho decorrente 
da própria exposição do conteúdo, mas 
GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 
ÍNDICE52
pode ser também uma pergunta, um desafio, ou outra 
conclusão que encerre a comunicação.
2. Objetividade e clareza: a mensagem falada deve 
ser transmitida com objetividade, sem as chamadas 
enrolações ou delongas; tal procedimento chateia o 
ouvinte, tira o ritmo da fala e desestimula a audição logo 
no início. Ao organizar a fala, o comunicador sempre pode 
fazer a pergunta: é possível retirar elementos supérfluos, 
ou dispensáveis da mensagem? O caminho escolhido 
para a apresentação das ideias é direto e objetivo? Com 
certeza, a fala ficará mais interessante para quem ouve 
se o assunto for apresentado de forma clara e direta. A 
linguagem simples e clara será sempre a melhor escolha. 
Se o assunto for técnico, é preciso ter informações sobre 
o ouvinte para saber de que forma o assunto deve ser 
exposto; evitar termos técnicos sem explicação é um 
cuidado valioso. 
3. Adequação da fala ao ouvinte: O que é familiar para o 
comunicador pode não ser para o ouvinte por diferentes 
razões: ou porque o ouvinte pertence a outro contexto 
social ou profissional, ou porque é um iniciante no 
assunto em pauta, ou por outra razão qualquer. Há 
também a situação inversa, de o ouvinte ser iniciado 
e até muito entendido no assunto em pauta. Nesse 
caso, a abordagem muito elementar vai desestimular 
a audição ou mesmo frustrar expectativas de quem 
recebe a mensagem. Resumindo, a mensagem deve ser 
adequada ao tipo de ouvinte que vai recebê-la. Saber das 
características do ouvinte ao preparar a comunicação 
contribui para o acerto da mensagem.
4. Tom de voz: é uma questão importante. O tom de voz 
deve ser audível para todos os presentes, estejam 
mais perto ou mais longe do comunicador. Algumas 
pessoas têm dificuldade em falar mais alto do que 
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 
ÍNDICE53
estão acostumadas por timidez ou por falta de prática. 
Nesses casos, os exercícios vocais podem ajudar, bem 
como a prática de falar para grupos maiores. É muito 
útil conhecer com antecedência o local onde deverá 
acontecer a comunicação, para que o comunicador tenha 
ideia do problema acústico e se prepare para superá-lo.
5. Ritmo: é imprescindível. Não é desejável que o 
comunicador fale rápido demais, dificultando a recepção 
da mensagem, mas também não é desejável uma 
comunicação lenta, arrastada, sem ritmo, pois isso mina 
o interesse e a motivação de quem ouve. Conseguir 
uma boa medida quanto ao ritmo é um desafio para 
o comunicador. Entretanto, pode acontecer de o 
comunicador iniciar sua exposição num ritmo adequado, 
mas se perder com interferências ou comentários 
longos de ouvintes. Uma situação como essa precisa ser 
prevenida. Deixar o momento de comentários, debate e 
perguntas para o fim da exposição pode ser estratégico 
para manter o ritmo. 
6. Emoção da fala: a comunicação oral deve vir sempre 
acompanhada de emoção como parte dela. A emoção 
traduzida em gestos, olhares e tom de voz, comunica 
tanto ou mais do que as palavras. Basta reparar nas 
pessoas que mais conseguem se fazer ouvir. Elas se 
expressam pelo olhar, tom de voz e expressão corporal, 
além das palavras. Essa expressividade não verbal, 
motivada pela emoção do que se fala, também é 
uma aprendizagem. A prática e exercícios de falar em 
frente à câmara ajudam a desenvolvê-la. Entretanto, é 
preciso cuidado com micagens e cacoetes; esses vícios 
atrapalham a expressividade.
7. Empatia com o ouvinte: como já vimos, ao preparar sua 
mensagem o comunicador precisa saber quem são os 
ouvintes. É muito diferente preparar a comunicação para 
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 
ÍNDICE54
os colegas que fazem o mesmo trabalho, para pessoas 
de outro departamento ou para a equipe gerencial. 
Nesse caso, o mesmo conteúdo seria transmitido de três 
formas diferentes. Essa “forma” inclui a apresentação do 
assunto levando em conta a ótica desse ouvinte, a visão 
que ele tem do que será apresentado e os sentimentos 
que a acompanham. A empatia com o ouvinte se traduz 
no cuidado com as suas características emocionais e no 
esforço para comunicar a partir de suas formas de ver e 
sentir. Isso aproxima comunicação e ouvinte, estimulando 
a audição.
A análise do desempenho da comunicação deve incluir também a expressão não 
verbal, incluindo expressões facial, gestual e do olhar.
A expressão não verbal é parte integrante da comunicação oral – ver 
item anterior, Emoção da fala. Contudo, é preciso manter a naturalidade na 
comunicação. O que é expresso em palavras será acompanhado com emoção 
estampada no olhar, gestos e face, de forma integrada, que ajuda a comunicar. 
Cada comunicador encontrará sua forma de expressão não verbal gradualmente, 
com exercícios, autocrítica e aprendizagem. 
Para ilustrar a atividade de análise e avaliação da comunicação, assista a cinco 
minutos do vídeo Dica Prática: Como se expressar melhor – Neuro Persuasão.
Print de tela do vídeo 
Dica Prática: Como se 
expressar melhor – Neuro 
Persuasão. Link do vídeo: 
<https://youtu.be/
yxutKRhxPdc>
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA55 ÍNDICE
Recomendação fundamental para desenvolver a competência de 
ouvir: o ouvinte deve sempre manter a atenção na fala.
Prestar atenção ao discurso é um pré-requisito para começar a ouvir. 
Quantas vezes deixamos de acompanhar a comunicação por falta de 
atenção e percebemos, durante a audição, ter perdido o fio da meada? 
Com tantos estímulos em torno, preocupações na cabeça e tensões 
presentes no dia, perder a atenção chega a ser um fato comum. Por 
essas razões é preciso empreender um esforço pessoal, como um 
compromisso consigo mesmo, para ouvir o que outra pessoa fala com 
toda atenção possível, do começo ao fim do discurso. Nem sempre 
é tarefa fácil, entretanto é possível desenvolver essa habilidade e 
incorporar o hábito de ouvir bem. 
Manter a atenção implica estar totalmente voltado para a audição. 
Requer:
1. Postura física: convém manter o corpo 
voltado e levemente inclinado para quem 
está falando; isso dificulta a dispersão 
e indica que a pessoa está preocupada 
em ouvir. Demonstra que o ouvinte, ou 
receptor, está disponível para o que de mais 
importante está acontecendo no momento: 
a mensagem a ele dirigida.
SAIBA MAIS
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55 ÍNDICEGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
[Ilustração: Seri]
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ÍNDICE56
Ouvir não é atividade estática. Adotar estratégias ativas de ouvir ajudam a 
conseguir uma audição efetiva e proveitosa. Existem algumas maneiras ativas de 
ouvir. Vamos considerar algumas delas.
• Fazendo perguntas sobre a fala: a atitude de fazer 
perguntas demonstra interesse, compreensão, encoraja, 
investiga sentimentos. As perguntas ajudarão o ouvinte 
a interpretar as palavras da pessoa que fala. Além disso, 
perguntas podem ser uma forma de fazer uma breve 
revisão ou resumo sobre os fatos e as ideias centrais ou a 
essência da mensagem: “Então, pelo que você disse...”; “se 
compreendi bem...”. As perguntas são indicação positiva 
de atenção psicológica, característica do bom ouvinte. 
Podem também ser desafiadoras, mas é importante evitar 
o confronto e a agressividade. 
• Emitindo sinais não verbais de apoio: o sorriso, os olhares 
de surpresa e os movimentos de cabeça do ouvinte 
podem funcionar como estímulos positivos para a pessoa 
que fala.
2. Contato visual: o contato visual com a pessoa que fala 
ajuda a manter a atenção e a obter outras informações 
sobre a mensagem, captadas pela linguagem não 
verbal das expressões faciais e gestual do comunicador, 
conforme já foi apresentado em capítulo anterior.
3. Concentração, ou atenção psicológica: evitar a interrupção 
procurando manter uma postura neutra, sem levantar 
objeções ou fazer gestos que provoquem a suspensão 
da fala.
4. Atenção verbal: acompanhar o que a pessoa está falando, 
fazendo perguntas que ajudem a esclarecer a mensagem.
5. Ouvir com a mente: procurar entender as intenções, 
aspirações ou propósitos da pessoa que fala.
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GUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
ÍNDICE57
• Fazendo declarações de apoio: Frases como “Entendo...”, 
“Interessante...” são outras maneiras de dizer: “Continue, 
estou acompanhando o que você está dizendo. Fale mais”. 
• Sendo empático: aqui, a empatia consiste em tentar 
compreender sentimentos e emoções de quem fala, 
colocando-se em seu lugar. Prestar atenção às emoções 
que, de alguma forma, acompanham a mensagem. 
Uma forma de entender melhor essas emoções é fazer 
declarações e solicitar confirmação, como por exemplo: 
“Você acha que...?” ou “Você pensa que.…?” Essa é 
uma estratégia para captar e compreender emoções 
implícitas que se escondem por trás das palavras e, 
ainda, demonstrar compreensão em relação a elas. Isso 
é empatia, uma vez que o ouvinte ensaia considerar 
situações e ideias sob o mesmo ponto de vista daquele 
que fala. É uma atitude que demonstra capacidade de 
ouvir efetivamente.
Ouvir não é um passatempo fácil e descompromissado; exige esforço da pessoa 
que quer se tornar um bom ouvinte. Esforço que certamente será recompensado, 
pois esse ouvinte estará dando a si mesmo oportunidades preciosas de 
desenvolvimento. Estará demonstrando seu próprio valor e seu respeito pelo 
próximo, seus pontos de vista, conhecimentos e experiência.
Citando mais uma vez Artur da Távola, depois que a pessoa aprende a ouvir ela 
passa a fazer descobertas incríveis, escondidas ou patentes em tudo o que os 
outros estão dizendo a propósito de falar.
SOBRE O FALAR
Medo de falar em público é um sentimento que quase todas as pessoas 
experimentam, em maior ou menor intensidade. E, de alguma

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