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CISTOS MÁMÁRIOS

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CISTOS MAMÁRIOS 
TR. Gerlandia Bezerra
Cistos mamários são dilatações de pequenas estruturas da 
mama responsáveis pela produção de leite, denominadas 
ácinos.
Com o passar dos anos a mama passa por um processo 
semelhante a uma “atrofia”, mais propriamente descrita como 
involução. 
Neste processo a estrutura de sustentação do tecido mamário, o 
estroma, regride de forma heterogênea, criando áreas de 
“fraqueza” no tecido e propiciando o aparecimento dos cistos.
Inicialmente são muito pequenos e por vezes não identificados 
nos exames habituais de mama, no entanto podem evoluir e se 
tornarem maiores e até mesmo palpáveis. Obviamente isto 
ocorre apenas na minoria das pessoas.
.
Mamas com múltiplos cistos
Como são diagnosticados?
A ultrassonografia é a forma mais simples de diagnóstico dos 
cistos, aparecendo na forma de nódulos extremamente escuros, 
descritos tecnicamente como nódulos ou cistos anecóicos. 
Quando aparecem na mamografia, não há como distinguir cistos 
de nódulos. Portanto é necessário sempre a complementação 
com a ultrassonografia.
.
Aspecto ultrassonográfico do cisto 
mamário.
Há relação entre cistos simples e câncer de mama?
Cistos não tem a menor relação com câncer de mama. Diversos 
estudos foram realizados com este objetivo e a conclusão é de 
que uma mulher com cisto mamário tem o mesmo risco de 
câncer de mama daquela que não tem.
Qual é o tratamento indicado para cistos mamários?
Cistos mamários em sua imensa maioria não devem ser tratados. 
São considerados uma situação fisiológica e natural das mamas.
Excessão são aqueles casos aonde há dor associada à massa 
palpável que corresponde à cisto. 
Estas pacientes devem ser submetidas a uma punção mamária, 
que nada mais é do que introduzir uma agulha no interior da 
lesão e aspirar seu conteúdo líquido. Desta forma obtem-se
alívio imediato do incômodo e desaparecimento da área 
palpável.
Cisto mamário ao ultrassom que foi puncionado. Ao lado o conteúdo aspirado.
MICROCALCIFICAÇÕES
É muito comum que após certa idade as mulheres apresentem, 
quando vão fazer o exame de mamografia, microcalcificações na 
mama. Elas aparecem naturalmente, são fisiológicas e não 
podem ser evitadas. 
A maioria das mulheres viverá com esses cristais normalmente, 
sem dores ou desconfortos.
O problema é quando as calcificações apresentam certas 
características que podem evoluir para um câncer de mama. “As 
calcificações que nos fazem suspeitar de malignidade são: 
quando estão agrupadas, quando apresentam densidade 
elevada, quando possuem nesse agrupamento formatos e 
tamanhos diferentes”.
Somente a mamografia pode acusar as microcalcificações e 
definir sua classificação, que vai de um a cinco. 
A mamografia é a única forma de detectar lesões pré-malignas 
não palpáveis da mama.
Deve-se fazer a biopsia sempre que exista a suspeita de as 
microcalcificações serem malignas. “Apesar de na maioria das 
vezes serem benignas, não devem ser subestimadas, pois o 
câncer de mama pode se manifestar inicialmente como 
microcalcificações”.
Quando descoberto ainda no início, como no caso da 
microcalcificação, a possibilidade de cura é próxima a 100%.
CALCIFICAÇÃO VASCULAR
As calcificações vasculares mamárias (CVM) são alterações 
tipicamente benignas que não estão associadas a um maior risco 
de desenvolvimento de neoplasias malignas, sendo classificadas 
como categoria 2, segundo o léxico do Breast Imaging Reporting
and Data System (BI-RADS®). 
É um achado pouco frequente em mulheres com idade inferior a 
40 anos, porém, são frequentemente vistas nas mamografias de 
mulheres submetidas ao rastreamento para o câncer de mama.
As CVMs apresentam um aspecto mamográfico característico de 
imagens lineares, paralelas, com densidade cálcica, visíveis nas 
paredes dos vasos, lembrando os “trilhos de trem”.
Mamografia efetuada nas incidências Médio Lateral Oblíqua-
MLO e Crânio Caudal-CC, evidenciando em ambas as mamas, 
imagens lineares, paralelas, com densidade cálcica, associadas a 
estruturas tubulares, caracterizando calcificações vasculares.
Ainda há muita controvérsia entre os estudos, entretanto, é 
possível encontrar associação significativa com o diabetes 
mellitus em várias publicações.
Conduta
Não é necessária nenhuma conduta em relação às calcificações 
vasculares.
NÓDULOS MAMÁRIOS
Formações duras que na mulher jovem são, na sua maior parte, 
benignos. A partir dos 40 anos requerem biópsias para o 
despiste de doenças malignas.
Esses nódulos aparecem por causa das mudanças que 
acontecem com a mama entre a primeira menstruação e a 
menopausa. “Após a menarca (primeira menstruação), o tecido 
mamário pode responder de maneira exagerada aos estímulos 
hormonais fisiológicos, formando os fibroadenomas, que 
correspondem aos nódulos mamários mais frequentes.”
Nódulo benigno mais comum na mama, 
fibroadenoma.
Os fibroadenomas são nódulos únicos ou múltiplos com 
crescimento lento e, em geral, não ultrapassam 2 cm, 
diminuindo o seu tamanho após a menopausa. São comuns 
principalmente em mulheres com menos de 30 anos.
O tratamento é feito por meio de monitoramento a partir do 
exame clínico e de imagem. 
A biopsia é realizada para avaliação se necessário. Já a cirurgia 
para a remoção depende da vontade do paciente, e é indicada 
em lesões que causem deformidade.
Fibroadenomas após cirurgia para sua retirada
As características das lesões são fundamentais para sua 
classificação. Seja pela mamografia, ultrassonografia ou 
ressonância magnética, dados sobre a morfologia irão definir seu 
grau de suspeita.
CÂNCER DE MAMA 
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de 
células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários 
tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento 
rápido enquanto outros são mais lentos.
Quando as células da mama passam a dividir-se de forma 
desordenada, um tumor maligno pode instalar-se 
principalmente nos ductos e mais raramente nos lóbulos.
São fatores de risco a idade avançada, a exposição prolongada 
aos hormônios femininos, o excesso de peso e a história familiar 
ou de mutação genética. Ser portadora dos genes BRCA1 e 
BRCA2 é um fator de risco importante.
O câncer de mama, assim como os outros tipos, não é uma 
doença única. Os tumores são heterogêneos: geneticamente 
falando, isso significa dizer que vários genes estarão mutados no 
mesmo tumor.
Angelina Jolie fez um mapeamento de si e descobriu dois genes 
mutados, o BRCA1 e o BRCA2, que elevavam suas chances de 
desenvolver câncer em mais de 80%.
Mutações nesses dois genes são muito comuns em câncer de 
mama e, além disso, a atriz tinha casos na família, o que 
aumentava o seu risco.
Isso que Angelina fez foi prevenção, muito mais eficiente que a 
mamografia, pois detecta o câncer antes mesmo dele poder 
surgir.
Infelizmente, o sequenciamento genético é algo muito caro 
ainda, sendo a mamografia ainda a melhor opção para quem não 
dispõe de uma boa condição financeira.
Estão também mais propensas a desenvolver a doença por causa 
da longa exposição aos hormônios femininos, as mulheres que 
não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, 
não amamentaram, fizeram uso de reposição 
hormonal (principalmente com estrogênio e progesterona 
associados), menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e 
entraram mais tarde na menopausa (acima dos 50 anos). No 
entanto, há casos de mulheres que desenvolvem a doença sem 
apresentar fatores de risco identificáveis.
Sintomas
Em geral, o primeiro sinal da doença costuma ser a presença de 
um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama. 
Outros sintomas, porém, devem ser considerados, como a 
deformidade e/ou aumento da mama, a retração da pele ou do 
mamilo, os gânglios axilares aumentados, vermelhidão, edema, 
dor e a presença de líquido nos mamilos.
Diagnóstico
A mamografia (raios-X das mamas) é o exame mais indicado 
para detectar precocemente a presençade nódulos nas mamas. 
O exame clínico e outros exames de imagem e laboratoriais 
também auxiliam a estabelecer o diagnóstico de certeza.
Apesar de a maioria dos nódulos de mama ter características 
benignas, para afastar qualquer erro de diagnóstico, deve ser 
solicitada uma biópsia para definir se a lesão é maligna ou não e 
seu estadiamento (análise das características e da extensão do 
tumor).
Tratamento
As formas de tratamento variam conforme o tipo e o 
estadiamento do câncer. 
Os mais indicados são: quimioterapia (uso de medicamentos 
para matar as células malignas), radioterapia (radiação), 
hormonioterapia (medicação que bloqueia a ação dos 
hormônios femininos) e cirurgia, que pode incluir a remoção do 
tumor ou mastectomia (retirada completa da mama).
O tratamento pode, ainda, incluir a combinação de dois ou mais 
recursos terapêuticos.
Recomendações
* Faça o autoexame das mamas mensalmente, de preferência no 
7º ou 8º dias após o início da menstruação, se você é mulher e 
tem mais de 20 anos, pois cerca de 90% dos tumores são 
detectados pela própria paciente;
* Procure o médico para submeter-se ao exame das mamas a 
cada 2 ou 3 anos, se está entre 20 e 40 anos; acima dos 40 anos, 
realize o exame anualmente;
* Não se esqueça de que a mamografia deve ser realizada todos 
os anos;
* Atenção: embora menos comum, o câncer de mama também 
pode atingir os homens. Portanto, especialmente depois dos 50 
anos, eles não podem desconsiderar sinais da doença como 
nódulo não doloroso abaixo da aréola, retração de tecidos, 
ulceração e presença de líquido nos mamilos.
A interpretação radiológica do exame da mama usa um sistema 
de classificação desenvolvido pelo Colégio Americano de 
Radiologia e adotado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, 
denominado tutorial BI-RADS® ou Breast Imaging and Reporting
Data System. 
Esta classificação deve ser aplicada nos laudo de mamografia, 
ultrassonografia mamária e ressonância nuclear magnética das 
mamas e assegura maior confiabilidade ao exame. É uma 
padronização mundialmente adotada - em qualquer lugar do 
mundo, qualquer médico especialista nesta área entenderia uma 
classificação BIRADS 5, por exemplo.
O BIRADS é um manual de padronização que permite analisar as 
características das lesões mamárias (cistos, nódulos, 
calcificações) e estimar o risco de ser câncer de mama.
Já aproveitamos para ressaltar que a maioria dos nódulos e das 
microcalcificações mamárias são benignos, ou seja, a presença 
em si de nódulos ou microcalcificações não quer dizer de forma 
alguma que o paciente está com câncer de mama.
A categorização é usada da seguinte maneira: o profissional 
médico que esta fazendo e/ou analisando o exame de imagem 
irá avaliar as alterações presentes no teste e classificá-las dentro 
dos critérios do BIRADS. A categorização é separada por notas, 
que vão de zero a seis.
Categoria 0
Se seu exame tem esta categoria, significa que o radiologista 
pediu uma avaliação adicional com outro exame, para 
caracterizar melhor um achado da mamografia. Ela é mais 
utilizada quando a mamografia identifica um nódulo. Tanto o 
cisto quanto um nódulo sólido podem ter esta apresentação e a 
ultrassonografia consegue diferenciar os dois achados.
Categoria 1
A mamografia será incluída nesta categoria quando não há 
nenhum achado, sendo portanto um exame negativo. A 
possibilidade de benignidade é de 100%.
Habitualmente a recomendação para esta categoria é, para 
mulheres acima de 40 anos e com risco padrão de câncer de 
mama, manter o rastreio com mamografia de rotina anual.
Categoria 2
A categoria 2 da mamografia inclui achados que são tipicamente 
benignos, mas que devem ser mencionados, tais como cistos, 
alterações pós-cirúrgicas ou relacionadas ao tratamento prévio e 
implantes. A possibilidade de benignidade também é de 100%.
Habitualmente a recomendação para esta categoria é, para 
mulheres acima de 40 anos e com risco padrão de câncer de 
mama, manter o rastreio com mamografia de rotina anual.
Categoria 3
O radiologista utiliza esta categoria quando é identificada na 
mamografia uma lesão com alta probabilidade de benignidade, 
ou seja, igual ou maior que 98 % de chance de benignidade. 
Entretanto, a alteração precisa passar por um período de 
observação, que se inicia em 6 meses, depois anual, variando o 
acompanhamento por 2 a 3 anos (alguns grupos indicam o 
acompanhamento por 2 anos e outros até completar 3 anos). O 
primeiro controle mamográfico, de 6 meses, pode ser unilateral, 
ou seja, apenas da mama com o achado.
O objetivo do período de observação nesta categoria é assegurar 
a estabilidade do achado. Após a comprovação da estabilidade 
por um período maior que 2 a 3 anos, o radiologista reclassifica 
esse exame para a categoria das lesões benignas, 2.
Categoria 4
A mamografia com esta categoria inclui os achados suspeitos, 
que são lesões que não possuem características morfológicas 
típicas da neoplasia mamária, mas têm probabilidade de serem 
malignas. Geralmente estas lesões devem ser investigadas com 
algum tipo de biópsia da mama, na ausência de contraindicação 
clínica.
Segundo a literatura, cerca de 70% das lesões terão resultado 
benigno e desta forma podem ser investigadas com biópsia 
percutânea, sem procedimento cirúrgico. Como você pode ver, o 
resultado da biópsia pode ser benigno ou maligno e deve 
sempre ser analisado pelo radiologista e seu médico assistente.
Entretanto, esta categoria representa um grupo muito 
heterogêneo de patologias, onde a probabilidade de 
malignidade varia entre 2 a 95%. Desta forma, esta categoria foi 
subdividida em três subcategorias, 4 a, 4b e 4c, dependendo da 
probabilidade de malignidade do achado da mamografia. A 
categoria 4a inclui um achado com baixa probabilidade de 
malignidade, 4b grau intermediário e 4c suspeição moderada de 
neoplasia. Importante ressaltar, que independente da subdivisão 
da categoria 4, todas as lesões descritas devem ser biopsiadas.
Categoria 5
O radiologista utiliza esta categoria para um achado altamente 
suspeito e que possui alta probabilidade de ser neoplasia, 
devendo ser investigado com biópsia, na ausência de 
contraindicação clínica. Nestes casos, espera-se que o resultado 
da biópsia seja positivo, pois a possibilidade de malignidade é 
maior que 95%.
Categoria 6
Uma mamografia com esta categoria é utilizada quando a 
paciente tem diagnóstico já comprovado de neoplasia da mama, 
mas que ainda não foi submetida à terapêutica definitiva. Por 
exemplo, quando a paciente repete o seu exame para avaliar se 
houve resposta ao tratamento com quimioterapia, antes da 
cirurgia definitiva (quimioterapia neoadjuvante).
EXAME DE BIÓPSIA DE CONGELAÇÃO: SIGNIFICADO E 
IMPORTÂNCIA
Equipes cirúrgicas bem preparadas só entram em campo após 
planejamento minucioso do ato operatório, sobretudo quando 
há certeza – ou mesmo possibilidade – de câncer. Nesse 
contexto, os rumos do ato cirúrgico podem ter a colaboração do 
médico anatomopatologista – através do exame de congelação.
Também conhecido como exame pré-operatório, o exame de 
congelação tem início com a retirada de um fragmento de tecido 
ou órgão lesado no qual haja dúvida diagnóstica, ou seja, 
impossibilidade de reconhecer a olho nu se a doença 
(usualmente câncer) compromete o órgão ou tecido em questão. 
O médico patologista é então chamado pelo cirurgião para 
estudar o fragmento biopsiado.
Durante o exame, o patologista congela a amostra da lesão obtida pelo 
cirurgião, utilizando-se um criostato a menos 20 graus Celsius. O 
material congelado é então seccionado, em um micrótomo, em 
delgadas fatias micrométricas que são estendidas em lâmina de vidro 
para então serem coradas. Em seguida, o patologista examina, no 
microscópio óptico, a lâmina corada e consegue determinar, na 
maioria das vezes, a natureza da lesão. O fragmento estudado é 
sempre encaminhado, posteriormente, para o processamento 
convencionalde fixação e inclusão em parafina, como acontece com 
todas as biópsias e peças cirúrgicas.
De acordo, agora, com o diagnóstico anatomopatológico estabelecido 
pelo patologista, o cirurgião ajusta, modifica, a conduta intra-
operatória de modo a favorecer o paciente.
Por lidar com informações tão importantes para a tomada de decisão 
durante o ato cirúrgico, muitos consideram o exame de congelação 
como os verdadeiros olhos do cirurgião. Quando bem indicado, tal 
exame torna-se instrumento valioso, podendo evitar a retirada 
completa de um órgão sadio, agilizar e otimizar o tratamento do 
paciente, ou ainda impedir que células cancerosas permaneçam no 
paciente e causem problemas, recidivas, mais tarde.

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