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Sabrina Carvalho Hipertireoidismo ¨ Definição - Aumento da liberação dos hormônios tireoidianos pela glândula tireoide. Tem também a tireotoxicose que se refere a síndrome clinica do excesso de hormônios tireoidianos, não necessariamente só por hiperfunção da tireoide. ¨ Etiologia - As causas são divididas em 2 grandes grupos: • Tireotoxicose com hipertireoidismo: Tireoide produção em excesso o hormônio tireoidiano. Tendo como as principais doenças: Doença de graves, Bocio multinodular, e adenoma toxico/bócio uninodular/doença de plummer. • Tireotoxicose sem hipertireoidismo: Outras causas, como: Tireoide subaguda, Tireoide induzida por drogas, Tireotoxicose factícia (ingestão excessiva de hormônio tireoidianos) - Abaixo será explicado sobre as doenças de tireotoxicose com hipertireoidismo: 1. Doença de graves: O corpo produz anticorpo que vai atuar no receptor do TSH (anti trab) fazendo com que a tireoide funcione demais, produzindo muito hormônio e até mesmo aumentando a tireoide, formando bócio. - É a causa mais comum de hipertireoidismo, sendo uma doença autoimune. - Vão ter manifestações características, como a oftalmopatia, dermopatia, acropatia, bócio, sopro e frêmito. 2. Bócio Multinodular Toxico: Nódulos que com o passar do tempo ganham autonomia, ou seja, inicialmente eles são bócios atóxicos, e com o passar do tempo (idade >50 anos), eles viram atóxicos e ate mesmo câncer. - A tireoide fica aumentada de tamanho, peso e volume que invade a cavidade torácica total ou parcialmente) - Mais comum em idades >50 anos - Cintilografia: Tireoide capta em determinados nódulos. 3. Adenoma toxico/Bócio uninodular/doença de plummer: Presença de um nódulo único que acarreta no hipertireoidismo, ou seja, o paciente pode apresentar vários nódulos, mas somente um será hiperfuncionante. - O nódulo hiperfuncionante vai ser >3 cm, com o restante da glândula tireoide normal. - Mais comum em idosas, mulheres. - Cintilografia: Nódulo solitário hiperfuncionante. Sabrina Carvalho ¨ Manifestações clinicas - Apresenta diversas: • Nervosismo • Pele quente e úmida • Ansiedade • Sudorese excessiva • Palpitação • Fadiga • Perda de peso • Dispneia • Fraqueza • Aumento do apetite • Queixas oculares • Edema de membros inferiores • Hiperdefecação • Diarreia • Disturbios menstruais • Anorexia • Ganho ponderal • Taquicardia • Bocio • Tremor • Ginecomastia em homens • Eritema palmar • Sopro na tireoide - Em idosos os casos clínicos são discretos. A perda de peso e anorexia são mais importantes. ¨ Diagnostico - Quadro clinico: Avaliar o tempo dos sintomas, uso de medicamento, exposição ao iodo, gestante recente, e história familiar de doença autoimune da tireoide. - Dosagem de TSH, T3 e T4: • Hipotireoidismo clínico (com sintomas): TSH baixo, T3 e T4 alto • Hipotireoidismo sub-clínico (sem sintomas): TSH baixo, T3 e T4 normais. • Hipotireoidismo central: TSH normal ou alto, T3 e T4 alto. - Dosagem do Trab: Individuos com oftalmopatia, gestante com doença de graves, diagnostico diferencial da tireotoxicose gestacional. - Cintilografia: Captação da tireoide feita com iodo radiativo 131. Ele é útil no diagnostico diferencial da causa da tireotoxicose, especialmente para diferenciar as tireoidites da doença de graves e do bócio multinodular toxico. A captação vai estar aumentada na tireotoxicose com hipertireoidismo, e vai estar baixa ou ausente na tireotoxicose sem hipertireoidismo • - Se o exame apresentar dosagem TSH baixo, T3 e T4 alto à solicitar cintilografia ou USG + TRAb. ¨ Tratamento - Controlar os sintomas adrenérgicos com betabloqueador. - Reduzir a produção de hormônio por meio de 3 abordagens terapêuticas • Drogas antitireoidianas: Os MMI ou PTU. O MMI são os mais utilizados pois apresenta menos efeitos colaterais, e posologia mais fácil (1x por dia). Doença de graves Bócio multinodular tóxico Doença de plummer Sabrina Carvalho - Devido aos potenciais efeitos hepatotóxicos do PTU, a utilização dessa droga como primeira opção terapêutica deve ser restrita aos casos de hipertireoidismo grave, crise tireotóxica e no primeiro trimestre de gestação. • Radiodoterapia (iodo radiativo): Feito por via oral, em dose fixa ou calculada - Contraindicado em gestantes durante a lactação, e presença de lesões suspeitas ou não confirmadas de câncer. Mulheres em idade fértil, após o uso de iodo, não podem engravidar por pelo menos 6 meses. • Cirurgia (tireoidectomia total): Indicado para bócios volumonos associados a sintomas compressivos, nódulos suspeitos ou com confirmação de doença maligna, gestantes sem controle da doença com DAT, Recusa ao tratamento com iodo 131. Sabrina Carvalho
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