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ACAO DE ADJUDICACAO

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AO JUÍZO DE DIREITO DA _ª CÍVEL DA COMARCA DE RIO NEGRINHO (SC)
JENIFER DA SILVA, brasileira, solteira, operária, portador do RG nº XXXX, inscrito no CPF sob o n. 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua Amandus Olsen, nº 100, Centro, Rio Negrinho (SC), CEP 89295-000, endereço eletrônico jeniferdasilva@gmail.com, por intermédio de sua advogada, Camila Lima de Azevedo, brasileira, casada, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Santa Catarina, Subseção de Rio Negrinho (SC), CEP 89295-000, endereço eletrônico camilaadv@gmail.com, vem perante este honrado juízo, propor:
AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS C/C TUTELA DE URGÊNCIA 
Em face de CARLOS DOS SANTOS, brasileiro, casado, empresário, portador do rg nº XXXX, inscrito sob o CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, endereço eletrônico carlosdossantos@gmail.com, residente e domiciliado na Rua das Flores, nº70, bairro Cruzeiro, Rio Negrinho (SC), CEP 89295-000.
O que faz pelos fatos e fundamentos que a seguir passa expor para ao final requerer.
DA JUSTIÇA GRATUITA:
Inicialmente, cabe ressaltar que a Constituição da República do Brasil, em seu art. 5ª, inciso LXXIV, preconiza que “o Estado prestará assistência juridica integral aos que comprovarem insuficiência de recursos.”
Considerando que a requerente não dispõe de condição financeira para arcar com as custas processuais, no qual percebe um salário mínimo mensal, conforme comprovante de renda anexo, requer a concessão da justiça gratuita.
DOS FATOS:
Em 1993, o requerente adquiriu um imóvel inscrito na matrícula sob o n. 22.111, localizado na Rua Jorge Lacerda, n. 200, Centro, Rio Negrinho (SC), CEP 89295-000, através de um Contrato de Compra e Venda.
Frise-se que o referido Contrato de Compra e Venda pactuado com o falecido Abílio Anton, onde foi acordado entre as partes que ao final do pagamento do imóvel supracitado, seria realizada a transferência do mesmo para o nome do requerente.
Ocorre que o Sr. Abílio Anton, faleceu em XX.XX.XXXX, antes que o referido imóvel fosse escriturado em nome do requerente.
Mister se faz ressaltar que após o falecimento do titular do imóvel supra, o requerente procurou o requerido, e solicitou, por diversas vezes, que o mesmo desse abertura ao inventário, a fim de regularizar a sua situação perante o imóvel.
Não obstante, as tentativas do requerente não obtiveram êxito, visto que o requerido informou que o imóvel, objeto da presente demanda, é o único bem que resta de seu falecido pai, não tendo a intenção de abrir o inventário.
Indubitável é que o requerente reside aproximadamente 28 (vinte e oito) anos no referido imóvel, conforme infere-se da conta de luz, água, e IPTU anexos.
DO DIREITO
DA LEGITIMIDADE PASSIVA:
Indubitável que no caso em tela não há falar-se em ilegitimidade passiva, visto que o filho do de cujus, sendo único herdeiro necessário, dispõe de legitimidade para representá-lo na presente demanda.
No que tange a doutrina, sobreleva a lição de Maria Berenice Dias: 
"O acervo hereditário, no âmbito judicial, recebe o nome de espólio. Não tem personalidade jurídica, mas tem capacidade jurídica para demandar e ser demandado (CPC 12, V). Trata-se de universalidade de bens de existência transitória. Não dispõe de patrimônio próprio e tem proprietários conhecidos. 'São bens provisoriamente reunidos que pertencem aos herdeiros em condomínio.'" (Manual das Sucessões. 3.ed. São Paulo: RT, 2013. p.33).
Convém ponderar ademais, que são legítimos para figurar no polo passivo de Ação De Adjudicação compulsória os herdeiros de vendedor de bem imóvel que, após a formalização do negócio, vem a falecer, ainda que não tenha sido aberto o processo de inventário, pois a transmissão dos bens deixados pelo de cujus se dá no momento do óbito (princípio da saisine).
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. PROCEDÊNCIA NA ORIGEM. RECURSO DOS RÉUS. PRELIMINARES. PEDIDO DE SUSPENSÃO DA MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ APLICADA EM PRIMEIRO GRAU. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. EFEITOS DA SENTENÇA OBSTADOS PELO RECEBIMENTO DO RECURSO NO EFEITO SUSPENSIVO. APELO, NESTE PONTO, NÃO CONHECIDO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA INSTRUÇÃO ORAL IRRELEVANTE AO DESLINDE DA CAUSA. POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO DO FEITO CONSOANTE AS PROVASCONSTANTES NA LIDE. ART. 330, INCISO I, DO CÓDIGO BUZAID. JULGAMENTO ANTECIPADO QUE SE MOSTRA CONSENTÂNEO COM A NATUREZA DO DIREITO DEBATIDO. PREFACIAL AFASTADA. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO E ILEGITIMIDADE PASSIVA. FALECIMENTO DE UM DOS VENDEDORES DO IMÓVEL APÓS A ASSINATURA DO CONTRATO. AUSÊNCIA DA ABERTURA DO RESPECTIVO INVENTÁRIO. BEM QUE NÃO TERIA SIDO FORMALMENTE TRANSFERIDO AOS HERDEIROS PERANTE O CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. IRRELEVÂNCIA. SUCESSÃO QUE SE VERIFICA NO MOMENTO DO FALECIMENTO. PRINCÍPIO DA SAISINE. PEDIDO JURIDICAMENTE POSSÍVEL E LEGITIMIDADE DE PARTE VERIFICADA. PREFACIAL RECHAÇADA. São legítimos para figurar no polo passivo de ação de adjudicação compulsória os herdeiros de vendedor de bem imóvel que, após a formalização do negócio, vem a falecer, ainda que não tenha sido aberto o processo de inventário, pois a transmissão dos bens deixados pelo de cujus se dá no momento do óbito (princípio da saisine). MÉRITO. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. AUSÊNCIA DE TRANSFERÊNCIA DO BEM PELOS COMPRADORES. AUTORES QUE COMPROVAM O PAGAMENTO DO VALOR ACORDADO ENTRE AS PARTES. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS CAPAZES A MACULAR O NEGÓCIO JURÍDICO. REQUISITOS PARA A ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA PREENCHIDOS. Comprovada pelos Autores de ação de adjudicação compulsória a existência do negócio jurídico, o pagamento integral dos valores ajustados na avença e a resistência dos vendedores em promover a transferência do bem perante o Cartório de Registro de Imóveis, merece acolhimento o pedido formulado em juízo para que a transferência seja levada a efeito perante o ofício registral. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. EVIDENCIADA ALTERAÇÃO DA VERDADE DOS FATOS PELOS RÉUS. PRESSUPOSTOS DO ART. 17 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973 VERIFICADOS. SANÇÃO MANTIDA. A alteração da verdade dos fatos por uma das partes durante a tramitação do feito, consubstanciada na tese de que a redação original de contrato de compra e venda não se deu de acordo com o documento apresentado pela ex adversa, autoriza a aplicação da sanção por litigância de má-fé. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC, Apelação n. 0001222-76.2012.8.24.0086, de Otacílio Costa, rel. Rosane Portella Wolff, Quinta Câmara de Direito Civil, j. 23-05-2016).
DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA:
O Código Civil de 2002, em seu art. 1417 e 1418, preconiza que:
1.417 - Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.
1.418 - O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.
 O contrato de promessa de compra em venda, ora em questão, inquestionavelmente acusa todas formalidades do contrato definitivo, in casu a escritura pública de compra e venda. (CC, art. 462)
No mesmo sentido, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), firmou posicionamento no sentido de:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA E AUSÊNCIA DE PROVA DA RECUSA DA OUTORGA DE ESCRITURA PÚBLICA. INSURGÊNCIA DA REQUERENTE. ALEGAÇÃO DO CABIMENTO DA AÇÃO ADJUDICATÓRIA. ÓBITO DOS ANTIGOS PROPRIETÁRIOS REGISTRAIS QUE IMPOSSIBILITOU A REALIZAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DO IMÓVEL. ARGUMENTO ACOLHIDO. HERDEIROS QUE ASSUMEM O ÔNUS DA OUTORGA DA ESCRITURA PÚBLICA COM O FALECIMENTO DOS VENDEDORES. ESPÓLIO QUE POSSUI PERSONALIDADE JURÍDICA PARA RESPONDER PELAS OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS PELO DE CUJUS.DESNECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DO REQUERIMENTO DE INGRESSO EM INVENTÁRIO. INTERESSE DOS HERDEIROS RESGUARDADO POR INTERMÉDIO DA PARTICIPAÇÃO NA LIDE. NECESSIDADE DE AVALIAÇÃO DE CADA CASO PARA A AVERIGUAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. CASSAÇÃO DA SENTENÇA EXTINTIVA. RETORNO DOS AUTOS AO JUÍZO DE ORIGEM QUE É MEDIDA IMPERATIVA. ARGUIÇÃO DO CERCEAMENTO DE DEFESA. AUSÊNCIA DE DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. REQUERIMENTO PREJUDICADO. RECONHECIMENTO DO INTERESSE PROCESSUAL QUE ENSEJOU A REMESSA DO FEITO PARA A PRIMEIRA INSTÂNCIA PARA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS RECURSAIS. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n. 0001987-87.2013.8.24.0126, de Itapoá, rel. Osmar Nunes Júnior, Sétima Câmara de Direito Civil, j. 10-12-2020).
E ainda:
"'Aplica-se a teoria da aparência para resguardar os princípios da boa-fé contratual, quando a situação descrita nos autos impulsiona a Autora a efetuar a aquisição de um lote com quem, aparentemente, detinha poderes para realizar a alienação do imóvel de terceiro/proprietário, pagando grande parte do preço ajustado, por crer na validade do negócio jurídico. Dessa forma, os atos praticados por quem aparentava legitimidade, perante a comunidade local, para alienar o imóvel litigioso, são considerados válidos ao terceiro de boa-fé, impondo aos Réus o compromisso contratual de efetuarem a outorga da escritura pública do bem após o cumprimento total do contrato'. (AC n. 0008352-51.2009.8.24.0045, rel. Des. João Batista Góes Ulysséa, j. em 19.04.2018) Com efeito, calha enfatizar: "A teoria da aparência protege e preserva a lealdade e boa-fé que deverá ser observada em todos os negócios jurídicos." (AC n. 2013.081155-1, rel. Des. Joel Dias Figueira Júnior, j. em 16.10.2014)" (TJSC, Apelação Cível n. 0003129-93.2012.8.24.0019, de Concórdia, rel. Des. Gerson Cherem II, Quarta Câmara de Direito Civil, j. 9-8-2018).
DOS PEDIDOS:
Diante dos fatos acima alinhavados, REQUER:
1. A concessão da justiça gratuita, bem como a isenção dos cargos e demais emolumento da forma da lei;
2. A citação da parte ré para querendo, oferecer no prazo legal, contestação, aos termos da presente, sob pena de revelia;
3. A produção de todas as provas admitidas, depoimento pessoal do autor, documental, testemunhal;
4. Seja designada a audiência de conciliação nos termos do art. 319 do CPC;
5. A procedência da presente ação, a fim de que seja, por sentença, o referido imóvel, adjudicado ao patrimônio da parte autora, expedindo-se ofício para o Cartório de Registro de Imóveis desta comarca;
DO VALOR DA CAUSA:
Atribui-se à causa, meramente para efeitos fiscais, o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Nesses termos, requer o prosseguimento do feito.
Rio Negrinho (SC), 23 de fevereiro de 2021.
JAIR DE TAL | OAB 0000
Joseph te contrata para obter o título de propriedade.
Joseph tem o mapa do terreno
Documentos do processo: Mapa, Matricula
ROL DE TESTEMUNHAS: 
· JOSÉ DA SILVA
· ROSINA LIBEL
· EMA PSCHISKY
ROL DE DOCUMENTOS:
Procuração;
Declaração de Hip. Financeira;
RG e CPF;
Contrato de Compra e Venda;
Carnê de IPTU;
Comprovante de residência (talão de água e luz);
Mapa;
Certidão de Inteiro Teor do Registro de Imóveis.

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