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efeitos recursais

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Efeitos recursais: 
Entende-se por efeitos 
recursais as consequências jurídicas 
que a interposição do recurso resulta 
para o processo. São definidos por lei 
e considerados matéria de ordem 
pública, ou seja, são atribuídos de ofício 
pelo julgador. 
 
É comum a 
todos os recursos. É devolvido ao juízo 
recursal somente o conhecimento da 
matéria que for expressamente 
impugnada. Ou seja, fica à exame do 
Juízo ad quem somente o que foi 
objeto do recurso (tantum devolutum 
quantum appellatum). 
É consequência do princípio da 
demanda, em que se deve apreciar as 
pretensões nos limites em que elas são 
formuladas, bem como a 
impossibilidade de o Poder Judiciário 
agir de ofício, dependendo de 
provocação. 
Ou seja, se houve impugnação apenas 
de uma parte da decisão, é de 
presumir que o resto que não foi 
recorrido tenha sido objeto de 
renúncia pelo interessado. 
Pode ser visto de forma horizontal, em 
que a parte recorrente escolhe uma, 
alguma ou todas as matérias 
constantes na decisão; e de forma 
vertical, em que o juízo ad quem 
analisará todas as matérias escolhidas 
pela parte, através dos fundamentos 
que eles se embasam. 
 
Consiste na 
possibilidade de o tribunal conhecer de 
matérias de ordem pública (que podem 
ser conhecidas a qualquer tempo e 
grau de jurisdição), que não sejam 
objeto do recurso, nem tenham sido 
examinadas pela primeira instância. 
Não se confunde com o efeito 
devolutivo, que restitui ao tribunal o 
exame daquilo que foi objeto 
do recurso. 
Apenas os recursos excepcionais 
(extraordinário, especial e embargos 
de divergência) não são dotados de 
efeito translativo, já que a matéria 
objeto de apreciação pelos Tribunais 
Superiores fica restrita àquilo que 
tenha sido pré questionado. 
 
É uma 
qualidade que impede que a decisão 
impugnada produza efeitos até o 
julgamento do recurso. Ou seja, a 
ordem contida na decisão judicial tem 
a sua eficácia suspensa. Pode se dar de 
2 formas: ope judicis, em que há a 
possibilidade de o juiz conceder o 
efeito suspensivo se solicitado pela 
parte, mediante os requisitos do perigo 
da demora e do fumus boni iuris (como 
é o caso do art. 1.019, inciso I, CPC); ou 
ex lege, cujo efeito suspensivo é 
concedido pela lei, que tem como única 
hipótese o recurso de apelação (art. 
1.012 do CPC). 
Havendo recurso parcial, em que a 
parte não impugna todas as matérias 
proferidas na decisão, ou quando 
houver cumulação de pedidos e a 
parte recorrer somente de um destes 
pedidos, só ficará suspensa a parte que 
tiver sido impugnada. Porém, se tais 
matérias/pedidos tiverem alguma 
dependência, em que o resultado de 
uma dependerá do resultado da outra, 
será concedido o efeito suspensivo 
inclusive ao que não foi objeto de 
impugnação. 
 
A decisão do 
recurso poderá atingir outras pessoas 
além do recorrente e outros atos que 
não o recorrido. Ou seja, o objeto da 
decisão ultrapassa os limites da matéria 
impugnada. O efeito expansivo pode 
ser objetivo ou subjetivo. 
Será subjetivo na hipótese do art. 1.005 
do CPC, em que o recurso interposto 
por apenas um dos litisconsortes, o 
outro acaba se beneficiando. 
Por exemplo, no litisconsórcio unitário, 
como a sentença é igual para todos, 
não é possível que o recurso seja 
acolhido apenas para um. 
No simples, em princípio, o acolhimento 
do recurso favorece apenas aquele 
que o apresentou, não havendo efeito 
expansivo. Mas poderá haver quando a 
matéria alegada por um for comum 
aos demais. 
Será objetivo quando apenas uma 
parte da decisão for recorrida, mas o 
julgamento se estende para a outra 
parte, com ela vinculada. É o que 
ocorre quando há pedidos atrelados. 
Ex: art. 292 do CPC. 
 
Definido 
pelo art. 1.008. Ainda que a decisão do 
tribunal confirme a decisão recorrida, 
sem alterar a sua essência, com base 
nesse efeito, a decisão recorrida não 
mais existirá, sendo substituída pela 
proferida pelo tribunal (nos limites em 
que foi recorrido). 
 
Quando a 
interposição de um recurso, inclusive 
quando se encontra pendente o prazo 
para recorrer obsta a preclusão e a 
coisa julgada (seja formal ou material).

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