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INTRODUÇÃO À 
PROFISSÃO: 
FISIOTERAPIA 
Fernanda Barros Prieto
Atividades do profissional 
como integrante da 
equipe de saúde
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Distinguir a atuação do fisioterapeuta nos níveis de assistência primária, 
secundária e terciária.
  Identificar a contribuição do fisioterapeuta em equipes de saúde.
  Justificar a necessidade da inclusão do profissional fisioterapeuta na 
atenção básica de saúde.
Introdução
Atualmente, exige-se que o fisioterapeuta imprima, em seu trabalho, 
uma atitude mais humanizada e uma visão mais integrada do paciente e 
de seu universo. A formação universitária destaca o fisioterapeuta como 
um profissional generalista, sendo capaz, portanto, de atuar em todos os 
níveis de atenção à saúde, não devendo ficar restrito às ações curativas 
e reabilitadoras.
O fisioterapeuta pode contribuir para o Sistema Único de Saúde (SUS), 
atendendo a população em suas necessidades em saúde, conforme a 
complexidade da situação, estruturando-se em três níveis de atenção: o 
básico, o de média complexidade e o de alta complexidade. Compete ao 
fisioterapeuta atuar nesses três níveis, desenvolvendo suas atividades em 
interação com uma equipe multiprofissional e de forma interdisciplinar 
para uma atenção integral em saúde mais eficaz.
Neste capítulo, você verá quais são as atividades do fisioterapeuta nos 
três níveis de assistência e a contribuição desse profissional em equipes 
de saúde.
U3_C06_Introdução a profissão_Fisioterapia.indd 65 21/11/2017 16:38:31
Atuação do fisioterapeuta nos três níveis de 
atenção à saúde
O fi sioterapeuta, como os demais profi ssionais da saúde, tem sólida formação 
acadêmica para atuar no desenvolvimento de programas de promoção de 
saúde. Porém, frequentemente tem suas atividades profi ssionais reconhecidas 
na reabilitação e na recuperação de pessoas fi sicamente lesadas, atuando, 
portanto, em níveis de atenção secundária e terciária à saúde.
O fisioterapeuta é um profissional liberal, pleno e autônomo da área da 
saúde, o qual já deixou de ser apenas um reabilitador e hoje vem atuando 
nas áreas de promoção, prevenção e atenção primária à saúde, em todos os 
aspectos no tratamento das diversas patologias, como a dermatologia, a saúde 
do trabalhador, a pediatria, a ginecologia, a ortopedia, a traumatologia, a 
neurologia, a cardiologia, a pneumologia, a reumatologia e muitas outras áreas. 
Em nível de atenção básica ou primária estão as Unidades Básicas de Saúde 
(UBSs), conhecidas popularmente como postos de saúde. Elas desempenham 
o papel de promover políticas direcionadas, tanto à prevenção de doenças, 
como à preservação do bem-estar nas comunidades. Vale ressaltar que essas 
ações são organizadas pela esfera municipal.
Em nível primário de atenção, os profissionais de saúde se articulam para 
atuar não apenas nas UBSs, mas também em diversos espaços da comunidade 
(centros comunitários e escolas), além de fazerem visitas domiciliares às 
famílias. Pode-se entender esse nível primário de atenção como a porta de 
entrada para o SUS. Nessa etapa, consultas e exames básicos (hemograma, 
citopatológico, etc.) são marcados e também são realizados procedimentos 
básicos, como curativos, por exemplo. 
A atuação do fisioterapeuta na atenção primária se caracteriza por ter um 
conjunto de ações no âmbito individual e coletivo que abrangem a promoção, 
a proteção e a manutenção da saúde. O nível primário de prevenção é aplicável 
durante o período de pré-patogênese, ou seja, quando o indivíduo se encontra 
em um ótimo estado de saúde ou, no mínimo, saúde subótima. Dessa forma, 
pode-se considerar que a prevenção primária atua nos períodos em que o 
organismo se encontra em equilíbrio, estabelecendo ações que o mantenham 
nessa situação. Esse nível engloba dois grupos de ações que o caracterizam: 
1. Promoção da saúde: inclui educação sanitária, nutrição e condições de 
trabalho adequadas, acesso a lazer e recreação, habitação adequada, 
educação sexual, exames periódicos, campanhas de orientação sobre 
temas específicos, entre outros.
 Atividades do profissional como integrante da equipe de saúde 66
U3_C06_Introdução a profissão_Fisioterapia.indd 66 21/11/2017 16:38:31
2. Proteção específica: é exemplificada pela aplicação de flúor dentário, 
pelo uso específico de equipamentos de proteção individual (EPIs) na 
indústria e pela aplicação de vacinas, por exemplo.
No nível secundário de atenção à saúde, ou de média complexidade, estão 
as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), os hospitais e outras unidades 
de atendimento especializado. Nesses estabelecimentos, podem ser realizados 
procedimentos de intervenção, tratamento de situações crônicas e de doenças 
agudas. Em termos de disponibilidade tecnológica, os equipamentos presentes 
no nível secundário são mais sofisticados que os do nível básico. 
A expectativa é que os casos recebidos no nível secundário, encaminhados 
pelo nível primário, possam ser atendidos satisfatoriamente por meio do 
trabalho dos profissionais e da utilização dos equipamentos que compõem 
essa etapa de atenção. Na assistência à saúde prestada aos usuários no nível 
secundário, também estão presentes os serviços de urgência e emergência.
A atuação do fisioterapeuta no nível secundário de atenção à saúde é 
determinada no momento em que a doença já está instalada, e o objetivo 
principal é impedir a evolução de agravos. Esse nível pode ser caracterizado 
quando o organismo já se encontra com alterações na forma e na função, ou 
seja, está no período de patogênese e em enfermidade real. Nesse momento, 
ações realizadas com o objetivo de diagnosticar precocemente o problema 
e estabelecer as medidas terapêuticas adequadas formam os dois grupos de 
atividades que, se efetivadas com o sucesso esperado dentro das possibilidades 
de cada caso em particular, acarretarão o retomo do organismo ao estado de 
equilíbrio anterior ou, na pior das hipóteses, interromperão o declínio desse 
organismo para níveis mais inferiores da escala de saúde.
No nível terciário de atenção à saúde, ou de alta complexidade, estão os hos-
pitais de grande porte subsidiados pela esfera privada ou pelo Estado. Nessas 
instituições, podem ser realizadas intervenções mais invasivas, caso haja 
necessidade, atuando em situações nas quais a vida do usuário do serviço 
está em risco. No aparelhamento dos estabelecimentos do nível terciário 
estão presentes as máquinas de tecnologia avançada (como, por exemplo, 
equipamentos para ressonância magnética, tomógrafos e hemodinâmicas).
A expectativa é que no nível terciário existam suportes tecnológicos e 
profissionais capazes de atender a situações que no nível secundário não foram 
possíveis por serem casos mais raros ou complexos demais.
O nível terciário de prevenção é estabelecido quando o indivíduo portador 
da enfermidade passou pelos estágios anteriores, permanecendo com uma 
sequela, um residual e/ou uma incapacidade que necessitam ser minimizados 
67Atividades do profissional como integrante da equipe de saúde
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para se evitar, nesse caso, a invalidez total depois que as alterações anatômi-
cas e fisiológicas já se encontrarem mais ou menos estabilizadas. O objetivo 
principal desse nível é reinserir o indivíduo afetado em uma posição útil na 
sociedade, na expectativa da máxima utilização de suas capacidades residuais.
O sucesso do funcionamento de um sistema de saúde fragmentado por 
níveis de atenção depende essencialmente de uma boa gestão. E isso, por 
sua vez, implica em planejamento, preparo e também no uso de soluções 
tecnológicas que tragam mais eficiência às instituições. O efetivo controle 
sobre os processos é o que garante o funcionamento adequado dos serviços. 
Esse controle se deve ao uso de um banco de dados ou à implementação de 
protocolos com registros eletrônicos das informações médicassobre os usu-
ários e com as devidas orientações para o tratamento da doença em questão.
Atenção quaternária
Em 2003, Jamoulle, médico de família e comunidade, propôs um conceito relativamente 
pouco discutido, a prevenção quaternária, que foi definida de forma direta e simples 
como a detecção de indivíduos em risco de tratamento excessivo para protegê-los 
de novas intervenções médicas inapropriadas e lhes sugerir alternativas eticamente 
aceitáveis. Vale ressaltar a propriedade e a extensão do conceito, com as devidas 
adaptações, aos outros profissionais da saúde também.
Frequentemente, há excessos de medidas preventivas e diagnósticas em assin-
tomáticos e doentes, tanto em adultos, como crianças. Nem todas as intervenções 
beneficiam as pessoas da mesma forma, e estas, quando excessivas ou desnecessárias, 
podem prejudicá-las. Não se pode esquecer o potencial de dano das intervenções: 
cuidados, tanto curativos, quanto preventivos, se excessivos, comportam-se como 
um fator de risco para saúde. 
O lugar e o significado da atenção quaternária ainda não estão bem estabelecidos, 
mas certamente merecem atenção e debate na saúde pública e no SUS, dado seu 
potencial de contribuições à área.
 Atividades do profissional como integrante da equipe de saúde 68
U3_C06_Introdução a profissão_Fisioterapia.indd 68 21/11/2017 16:38:32
Contribuição do fisioterapeuta em equipes 
de saúde 
Segundo Rebelatto e Botomé (1999), há um problema na clareza sobre o objeto 
de trabalho da fi sioterapia: a doença ganha destaque e as inúmeras possibili-
dades que a profi ssão oferece são esgotadas na reabilitação, na recuperação 
e na minimização de sofrimento. Historicamente, a ação fi sioterapêutica é 
vista como terciária, mas, quando colocada com primária, pode ser de muita 
importância na promoção da saúde, na prevenção de doenças e na educação 
em saúde. 
O Programa Saúde da Família (PSF) iniciou em 1994 com o intuito de 
reorientar o modelo assistencial pela implementação de equipes multiprofissio-
nais nas UBSs. Essas equipes atuam na conservação da saúde da comunidade 
por meio de estratégias de promoção de saúde, prevenção, recuperação e 
reabilitação de doenças.
De acordo com o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 
(RIO GRANDE DO SUL, 2005), o fisioterapeuta possui uma formação gene-
ralista, humanista, crítica e reflexiva, estando capacitado a atuar em todos os 
níveis de atenção à saúde e podendo fazer parte da equipe multiprofissional 
do PSF, apesar de ainda encontrar dificuldades para tal. 
Uma das fundamentais dificuldades para que seja feita a inclusão do pro-
fissional na atenção primária e no PSF é que, inicialmente, o fisioterapeuta 
tinha uma formação reabilitadora e, hoje em dia, essa formação vem ganhando 
cada vez mais espaço na atenção primária. 
O trabalho em equipe consiste em uma modalidade de trabalho coletivo 
que se configura pela relação recíproca entre as intervenções técnicas e a 
interação dos agentes. A proposta do trabalho em equipe tem sido difundida 
como estratégia para enfrentar o intenso processo de especialização na área 
da saúde. Esse processo tende a aprofundar verticalmente o conhecimento e 
a intervenção em aspectos individualizados das necessidades de saúde, sem 
contemplar, simultaneamente, a articulação das ações e dos saberes.
O desenvolvimento de políticas de saúde que insiram e valorizam o trabalho 
do fisioterapeuta dentro da equipe de saúde são necessárias para promover a 
integração do profissional na comunidade. O fisioterapeuta pode e deve ter um 
lugar de destaque, participando de uma equipe multidisciplinar e construindo 
uma nova forma de organizar e facilitar os serviços de saúde.
De acordo com Brasil et al. (2005), a prevenção é o ponto chave na área da 
saúde, pois está presente em toda a história natural da doença. Sendo assim, o 
fisioterapeuta pode realizar atividades efetivas em todos os estados de atenção 
69Atividades do profissional como integrante da equipe de saúde
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à saúde, fazendo parte de uma equipe multidisciplinar do PSF, enriquecendo 
e desenvolvendo os cuidados com a saúde da família. 
Atribuições específicas do fisioterapeuta nas equipes 
de saúde
O fi sioterapeuta é um membro importante da equipe de saúde, mas os demais 
membros também apresentam aptidões e competências inerentes à sua formação 
profi ssional, como:
  Executar ações de assistência integral em todas as fases do ciclo de 
vida – infância, adolescência, idade adulta e terceira idade –, intervindo 
na prevenção, pela atenção primária e também em nível secundário e 
terciário de saúde.
  Realizar atendimentos domiciliares em pacientes portadores de en-
fermidades crônicas e/ou degenerativas, pacientes acamados ou 
impossibilitados.
  Prestar atendimento pediátrico a pacientes portadores de doenças neu-
rológicas com atraso no DNPM (Desenvolvimento Neuropsicomotor), 
malformações congênitas, distúrbios nutricionais, afecções respiratórias, 
deformidades posturais.
  Orientar os pais ou responsáveis, pois qualquer tratamento ou pro-
cedimento realizado em pediatria deve contar com a dedicação e a 
colaboração da família para que este seja completo e eficaz.
  Realizar técnicas de relaxamento, prevenção e analgesia para diminuição 
e/ou alívio da dor nas diversas patologias ginecológicas.
  Realizar condicionamento físico, exercícios de relaxamento e orientações 
de como a gestante deve proceder no pré e no pós-parto para que ela 
possa retornar às suas atividades normalmente.
  Orientar quanto ao diagnóstico precoce na prevenção de câncer, re-
alizar procedimentos ou técnicas fisioterapeuticas a fim de evitar as 
complicações da histerectomia e da mastectomia.
  Desenvolver atividades físicas para a terceira idade, de modo que o 
idoso consiga realizar suas atividades diárias de forma independente, 
melhorando sua qualidade de vida e prevenindo as complicações decor-
rentes da idade avançada, além de orientar a família ou o responsável 
quanto aos cuidados com o idoso ou paciente acamado.
 Atividades do profissional como integrante da equipe de saúde 70
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  Desenvolver programas de atividades físicas, condicionamento cardior-
respiratório e orientações nutricionais para obesos, prevenindo, com 
isso, a instalação de enfermidades relacionadas à obesidade.
  Atuar em patologias específicas, como a hipertensão arterial sistêmica, 
o diabetes melito, a tuberculose e a hanseníase, prescrevendo atividades 
físicas, principalmente exercícios aeróbios, a fim de prevenir e evitar 
complicações decorrentes, além de prescrever exercícios/técnicas res-
piratórios para diminuir o tempo de internação hospitalar e prevenir 
deformidades que levem às incapacidades. 
Veja algumas atribuições gerais do fisioterapeuta na atenção primária: 
  participar de equipes multiprofissionais destinadas a planejar, implementar, controlar 
e executar políticas, programas, cursos, pesquisas ou eventos em saúde pública; 
  contribuir no planejamento, na investigação e nos estudos epidemiológicos; 
  promover e participar de estudos e pesquisas relacionados à sua área de atuação; 
  integrar os órgãos colegiados de controle social; 
  participar de câmaras técnicas de padronização de procedimentos em saúde 
coletiva; 
  promover ações terapêuticas preventivas às instalações de processos que levam 
à incapacidade funcional laborativa; 
  analisar os fatores ambientais e contributivos ao conhecimento de distúrbios fun-
cionais laborativos; 
  desenvolver programas coletivos, contributivos à diminuição dos riscos de acidente 
de trabalho; 
  integrar a equipe de Vigilância Sanitária; 
  encaminhar às autoridades de fiscalização profissional os relatórios sobre condições 
e práticas inadequadas à saúde coletiva e/ou impeditivas da boa prática profissional. 
Inclusão do fisioterapeutana atenção básica 
de saúde 
Uma das competências gerais da Fisioterapia, assim como das demais profi ssões 
da saúde, é a atenção básica em saúde, a partir da qual ultrapassa o modelo 
individualista consoante ao novo paradigma de saúde defi nido nas políticas 
públicas de saúde do país, constituindo assim a integralidade.
71Atividades do profissional como integrante da equipe de saúde
U3_C06_Introdução a profissão_Fisioterapia.indd 71 21/11/2017 16:38:32
De acordo com Barros (2002), o fisioterapeuta pode ser estabelecido como 
um profissional da área da saúde, com todos os seus direitos e deveres em 
níveis de assistência à saúde, principalmente na prevenção, na promoção, no 
desenvolvimento, no tratamento e na recuperação da saúde das pessoas ou 
das comunidades. Esse profissional cuida da saúde dando destaque pessoal ao 
movimento e à função, prevenindo, tratando e, principalmente, recuperando 
disfunções. Ele pode e deve atuar nas áreas coletivas da saúde, como na 
saúde pública, nas ações básicas em saúde, na vigilância sanitária e na saúde 
do trabalhador.
Uma grande possibilidade de atuação da Fisioterapia na atenção básica de 
saúde são os trabalhos em grupo, tendo como estratégia: atender a uma grande 
demanda e motivar a adesão e a continuidade do tratamento; o atendimento 
domiciliar, que é imprescindível, pois é nesse nível de atenção que se visua-
liza a realidade das pessoas, podendo ser realizadas abordagens educativas 
ao paciente e a seus familiares; e a orientação postural como um meio de 
prevenção visando à manutenção da saúde
Os fisioterapeutas inseridos nas UBSs podem realizar diversas atividades, 
individuais ou em grupos, como grupos de gestantes, grupos de postura, 
grupos de mãe de crianças com infecção respiratória aguda, grupos de preven-
ção de inaptidão em hanseníase, grupos de mães com filhos com problemas 
neurológicos e grupos de idosos, além de proceder na saúde da criança, no 
atendimento individual, na estimulação necessária em crianças com atraso no 
desenvolvimento neuropsicomotor, no trabalho nas creches e na reeducação 
postural global, e também restabelecer os cuidadores dentro do ambiente 
familiar de orientação à saúde, os trabalhadores vítimas de acidentes e doenças 
do trabalho (Lesões por Esforços Repetitivos [LER], Doença Osteomuscular 
Relacionada ao Trabalho [DORT]), as crianças em idade escolar sob riscos 
ergonômicos das escolas, os diabéticos e os hipertensos, os pacientes acamados 
e os usuários de prótese e órtese.
A presença do fisioterapeuta na comunidade se torna relevante, obedecendo 
aos princípios do atual modelo de saúde e, consequentemente, promovendo a 
melhoria da qualidade de vida da população. O modelo de saúde coletiva visa 
a acrescentar novas possibilidades e necessidades da atuação do fisioterapeuta 
diante da nova lógica de organização do SUS, porém, sem extinguir as ações 
de cura e a reabilitação.
O fisioterapeuta deve ser consciente da sua importância na atenção primá-
ria e não abrir mão de seus direitos e responsabilidades profissionais. Dessa 
forma, poderá contribuir cada vez mais para melhorar as condições de vida 
e de saúde da população em geral.
 Atividades do profissional como integrante da equipe de saúde 72
U3_C06_Introdução a profissão_Fisioterapia.indd 72 21/11/2017 16:38:33
Veja a atuação do fisioterapeuta na saúde da mulher em nível de atenção básica:
Na saúde da mulher, o fisioterapeuta pode se envolver no período gestacional devido 
às mudanças posturais, na marcha e no retorno venoso, além das dores lombares e 
do desconforto respiratório. 
Assim, o fisioterapeuta deve atuar com orientações quanto às posturas corporais, aos 
exercícios de alongamento, relaxamento e auxílio ao retorno venoso e às orientações 
sobre exercícios respiratórios, com isso, prevenindo as lombalgias, promovendo o 
fortalecimento perineal, incentivando o aleitamento materno, passando as orientações 
dos cuidados com o bebê, realizando trabalhos de grupo com gestantes, sendo que 
essas atividades em grupo possibilitam um espaço de compartilhamento de medos, 
inseguranças, expectativas e experiências.
A Política Nacional de Humanização existe, desde 
2003, para efetivar os princípios do SUS no cotidiano 
das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde 
pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre 
gestores, trabalhadores e usuários. Acompanhe, neste 
vídeo, nove experiências bem sucedidas e inovadoras 
de humanização no SUS. 
https://goo.gl/kxg6gu
73Atividades do profissional como integrante da equipe de saúde
U3_C06_Introdução a profissão_Fisioterapia.indd 73 21/11/2017 16:38:33
BARROS, F. B. M. O fisioterapeuta na saúde da população: atuação transformadora. Rio 
de Janeiro: Fisiobrasil, 2002.
BRASIL, A. C. de O. et al. O papel do fisioterapeuta do programa saúde da família do 
município de Sobral-Ceará. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, Vitória, v. 18, n. 1, 
p. 3-6, 2005.
RIO GRANDE DO SUL. Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (5ª 
Região). Cartilha de apresentação da atuação do fisioterapeuta no Sistema Único de 
Saúde. Porto Alegre, 2005.
REBELATTO, J. R.; BOTOMÉ, S. P. Fisioterapia no Brasil: fundamentos para uma ação 
preventiva e perspectivas profissionais. 2. ed. São Paulo: Manole, 1999. 
Leituras recomendadas
AVEIRO, M. C. et al. Perspectivas da participação do fisioterapeuta no Programa Saúde 
da Família na atenção à saúde do idoso. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 
16, supl. 1, p. 467-1478, 2011.
BISPO JÚNIOR, J. P. Fisioterapia e saúde coletiva: desafios e novas responsabilidades 
profissionais. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, supl.1, p. 1627-1636, 2010.
CRUZ, T. S. et al. Diagnóstico de saúde e atuação do fisioterapeuta nas unidades 
básicas de saúde. Fisioterapia Brasil, São Paulo, v. 11, p. 439-444, 2010.
DELIBERATO, P. C. P. Fisioterapia preventiva. São Paulo: Manole, 2001. 
NORMAN, A. H.; TESSER, C. D. Prevenção quaternária na atenção primária à saúde: uma 
necessidade do Sistema Único de Saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 
25, n. 9, p. 2012-2020, set. 2009.
REZENDE, M. et al. A equipe multiprofissional da ‘Saúde da Família’: uma reflexão 
sobre o papel do fisioterapeuta. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, supl. 
1, p. 1403-1410, 2009.
 Atividades do profissional como integrante da equipe de saúde 74
U3_C06_Introdução a profissão_Fisioterapia.indd 76 21/11/2017 16:38:34

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