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ENEM - FILOSOFIA: A ÉTICA NA FILOSOFIA - Paradigmas IV: Subjetivo

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ENEM – FILOSOFIA
A ÉTICA NA FILOSOFIA – Paradigmas IV: Subjetivo
Na cosmovisão, é o fim do geocentrismo e início do heliocentrismo na astronomia, e fim do 
teocentrismo e início do antropocentrismo na cultura humana. A natureza perde o seu mistério 
diante das possibilidades da razão humana e deixei também de ser assustadora, pois ela é concebida 
como algo a ser conquistado pelo homem: este agora é protagonista. O ponto inicial é a filosofia de 
René Descartes e a partir dela começa ainda um protagonismo da técnica que será fundamental para
o desenvolvimento da ciência e um abandono cada vez maior das questões humanas. O homem é 
aquele domina porque tem técnica para realizar transformações. Aqui, a ordem é aquela que o 
homem estabelece e não mais aquela de antes eterna e imutável.
A ética neste período é de que é bom o que satisfaz os interesses e os desejos do homem, o 
protagonista, também podendo ser chamado de sujeito para manter o vocabulário da Filosofia. Mas 
cada sujeito tem a liberdade para buscar o que deseja, o que implica ainda em relações de poder e 
que faz também com que o que é bom seja o que é do vencedor. A competição, portanto, instala-se: 
foi assim nas navegações, por exemplo.
A crise deste paradigma tem três pontos:
1. A subjetividade que se tornou absoluta e que levou ao relativismo, pois a ética agora 
depende da vontade oscilante do homem e não mais de parâmetros universais comuns a 
todos: agora, cada um é dono de si antes de pertencer a uma comunidade, porque a sua 
liberdade se revela na constante satisfação de suas vontades, o que gera o consumismo.
2. O homem se torna dependente, para não dizer refém, da razão instrumental, pois a sua 
vida é dominada em todos os aspectos pelas suas criações técnicas. As criações humanas da 
tecnologia excluem cada vez mais a questão da socialidade do homem. Ele não se identifica 
mais pela sociedade onde vive, mas como vive;
3. Dada a rapidez com que ocorrem as transformações, o critério da Verdade também passa a 
existir por um tempo menor porque acompanha o cientificismo tecnicista. O sentido da 
vida passa por uma determinação do que é verdadeiro, e este por uma determinação do que é
novo e que vem para resolver problemas, o que deve ser feito cada vez mais rápido para 
suprir necessidades cada vez mais exigentes dos indivíduos. Há uma espera e 
consequentemente uma dependência da praticidade do desconhecido.

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