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Membrana Plasmática

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Citologia e Histologia Básica 
João Vitor Novaes | 74A 
Medicina FCM-MG 
1º período 2020.2 
 
ESTRUTURA E FUNÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA 
 
 Principais funções da membrana plasmática 
 
- Manutenção da constância do meio intracelular – ou seja, tem a função de separar dois compartimentos: 
o MIC (meio intracelular) e o MEC (meio extracelular) – que tem composições e componentes diferentes. 
- Permeabilidade seletiva: seleção de tudo que sai e entra da célula. 
- Apresenta receptores específicos, que tem a capacidade de reconhecer outras células e diversos tipos 
de moléculas – como exemplo, os hormônios. 
- Realiza reconhecimento específico: cada resposta varia de acordo com cada estímulo recebido. 
- Aderir firmemente as células umas às outras, chegando até a formar camadas que delimitam 
compartimentos – como exemplo, epitélio do trato digestório. 
- Estabelecer canais de comunicação entre as células – trocas de moléculas e íons. 
- Ligar a célula a componentes da matriz extracelular (MEC) – ligações podem ser estáveis ou instáveis. 
 
 
 Biomembranas 
 
Quando falamos de membrana plasmática, pensamos na membrana que reveste as células. Porém, 
quando pensamos na célula como um todo, sabemos que, no interior dela, existem organelas – estruturas 
que também apresentam membranas (chamadas biomembranas – dividem a célula em compartimentos 
dentro do citoplasma – isolamento físico). 
 
- Membrana plasmática  separa MIC e MEC. 
- Biomembranas  separam citoplasma e interior das organelas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Constituição da membrana plasmática 
 
 OBS: alguns dos constituintes da membrana plasmática também estão presentes nas biomembranas. 
 
 
- Formadas por bicamada de fosfolipídios. 
 Porções hidrofílicas e porções hidrofóbicas. 
 Membrana anfipática. 
  Válido também para as biomembranas. 
 
- Assimetria na superfície, uma vez que há, nessa 
bicamada fosfolipídica, proteínas que dão à 
superfície da membrana um aspecto assimétrico. 
 
- Devido ao fato dos fosfolipídios da membrana 
terem certa mobilidade, ocorre o deslocamento 
dessas proteínas ao longo da membrana – o que 
muda o “desenho” da superfície  modelo de 
mosaico fluido. 
 
 
 
 
 Porções hidrofílicas e hidrofóbicas 
 
 
 
- Os fosfolipídios são moléculas longas que apresentam porções hidrofílica e hidrofóbica. 
o Extremidade hidrofílica: polar, voltada para o MEC e para o citoplasma. 
o Cadeia hidrofóbica: apolar, voltada para o interior da membrana. 
 
 
 
- Os fatos de a membrana ser formada por uma bicamada lipídica e de a parte hidrofóbica estar voltada 
para o interior da membrana fazem com que a membrana plasmática tenha estabilidade. 
- Uma membrana plasmática com uma única camada (monocamada) não teria estabilidade, pois o polo 
apolar não teria filia com o citoplasma da célula e nem com o MEC, uma vez que esses dois 
compartimentos são solúveis em água. 
- Então, a formação da bicamada lipídica é necessária para estabilizar a membrana em termos de 
polaridade, porque, na constituição dela, um polo hidrofílico fica voltado para o MEC e outro para o MIC e 
o polo hidrofóbico de uma monocamada interage com o da outra camada. 
 
- A membrana plasmática é visível somente na 
microscopia eletrônica. Ao utilizamos a microscopia 
óptica, às vezes conseguimos ver certo delineamento 
dessa membrana por ela ter corado um pouco mais e 
contrastado. Porém, normalmente, identificamos a 
célula em uma microscopia óptica pela coloração 
intensa do núcleo (logo, é muito difícil conseguirmos, 
em uma microscopia óptica, detectarmos a membrana). 
 
 
 Membrana “trilaminar” 
 
- Comum a todas as biomembranas: 
Duas camadas escuras separadas por uma camada 
clara central. 
- Tetróxido de ósmio: 
Utilizado como fixador, depositado nas extremidades 
polares dos lipídios. 
- Parte central: 
Corresponde às longas cadeias lipídicas apolares. 
 Movimentação dos fosfolipídios 
 
Como já foi dito, os fosfolipídios apresentam 
mobilidade, o que movimenta as proteínas que estão 
entremeadas a eles – modelo do mosaico fluido. 
 
Esses fosfolipídios podem realizar movimentos de 
diferentes formas no plano da membrana: 
- Difusão lateral 
- Flexão 
- Rotação 
- Flip-flop ou movimento de flipagem (é raro) 
 
 
 Modelo do mosaico fluido 
 
 
 Lipídios das membranas 
 
- Bicamada formada por lipídios (+ abundante). 
 Fosfolipídios 
 Glicolipídios 
 Colesterol* (em roxo) 
 
- Também tem proteínas e carboidratos. 
 
*Gera estabilidade para a membrana. 
 [colesterol] fluidez/mobilidade da membrana 
 
 
 
O colesterol se liga aos fosfolipídios e 
tem dentro de sua estrutura um anel 
rígido que faz com que os fosfolipídios 
percam a sua capacidade de 
movimentar (membrana perde 
maleabilidade e fica menos permeável 
a pequenas moléculas). 
Aproximadamente 20% dos lipídios da 
membrana é colesterol. 
 
 Proteínas das membranas 
 
 
 
 Tipos de proteínas da membrana plasmática: 
- Integrais, transmembranas ou intrínsecas  atravessam toda a bicamada. 
- Periféricas ou extrínsecas  ligadas a somente uma monocamada. 
 
 Funções desempenhadas por elas: 
 
- Transportadora: desempenham o transporte de íons e de moléculas entre os meios intra e extracelular. 
Geralmente, as proteínas que realizam esse papel tem conformação transmembrana. 
- Âncoras: se anexam aos constituintes do MEC e/ou do MIC para aumentar a estabilidade e a fixação da 
célula naquele local. Pode ser tanto integral quanto periférica. 
- Receptoras: a membrana tem função de permeabilidade específica  receptores específicos. 
- Enzimas: catalisam/aceleram reações metabólicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Glicocálice 
 
- Superfície externa da membrana plasmática. 
- Região rica em carboidratos ligados a proteínas (glicoproteínas) ou a lipídios (glicolipídios). 
- O glicocálix só está presente na monocamada da membrana voltada para o MEC. 
- É uma extensão da própria membrana. 
- Não é visível na microscopia óptica (somente na microscopia eletrônica). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funções do glicocálice: 
- Faz com que o órgão de uma pessoa seja diferente do de outra. 
- Oferece proteção química e mecânica. 
- Atua como receptor de moléculas provenientes do meio extracelular (hormônios e neurotransmissores). 
- Reconhecimento celular – exemplo: reconhecimento óvulo-espermatozoide. 
- Adesão celular a superfícies – exemplo: migração de leucócitos. 
- Inibição por contato: inibição de mitoses por contato entre células (câncer: perda da inibição por contato). 
- Complexo principal de histocompatibilidade (MHC): moléculas glicoproteicas da membrana. 
 
Análises práticas das funções do glicocálix: 
- Reconhecimento da inflamação. 
- Definição do tipo sanguíneo (sistema ABO). 
 
 
Especializações da membrana 
Não quer dizer que todas as células terão todas as especializações. Na verdade, as especializações que 
determinada célula poderá desempenhar estão diretamente ligadas à função dessa célula no corpo. 
 
a. MICROVILOS: 
- Expansão do citoplasma recoberta por membrana. 
- Aumentam a superfície de contato, aumentando a 
área de absorção e facilitando o transporte de 
nutrientes (no intestino, por exemplo). 
- Apresentam numerosos feixes de filamentos de 
actina: reesposáveis pela forma dos microvilos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b. CÍLIOS: 
- Estrutura presente em células que têm a função de “espalhar” o muco sintetizado pelas células 
caliciformes na traqueia. 
- Participam do transporte do ovócito ou do zigoto ao útero. 
- São estruturados através de micro túbulos. 
- Visível em microscopia óptica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c. ESTEREOCÍLIOS: 
- Expansões longas e filiformes da superfície de 
células epiteliais. 
- Não possuem capacidade de movimentação. 
- Presente no epitélio que reveste o ducto do 
epidídimo, aumentando a superfície das células e 
facilitando o transporte de água e de outras 
moléculas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d. ESTRUTURAS JUNCIONAIS: 
 
Estruturas especializadasque mantém a união das células e da matriz extracelular. 
 
 Desmossomos, hemidesmossomos e junções aderentes: 
Unem fortemente as células umas às outras ou à matriz extracelular. 
 Junção oclusiva: 
Promove a vedação entre as células. 
 Junção comunicante: 
Estabelece a comunicação entre as células. 
 
 
DESMOSSOMOS 
 
- Placa arredondada. 
- Constituída pelas membranas de duas células adjacentes. 
- Placa do desmossomo: 
 Camada elétron-densa na face citoplasmática de cada 
membrana, onde se inserem os filamentos intermediários. 
 
Abundantes em células submetidas à 
tração, como exemplo: 
- Epiderme 
- Revestimento da língua 
- Revestimento do esôfago 
- Músculo cardíaco 
 
Uma das características que favorece 
a metástase de um câncer primário é 
o fato de determinadas células 
tumorais malignas têm a capacidade 
de perder os desmossomos (ou seja, perdem a adesão entre células, gerando 
uma maior capacidade de infiltrar em novos tecidos). 
 
 Pênfigo 
 
Uma doença dermatológica de caráter autoimune – pode acometer mucosas da cavidade oral ou a pele. 
O que é uma doença autoimune? 
- Ocorrem quando as nossas células de defesa passam a reconhecer estruturas do nosso próprio 
organismo como estranhas, passando a atacar e destruir essas estruturas normais. 
 
Tratando-se do pênfigo: 
- Anticorpos específicos para caderinas dos desmossomos. 
As células de defesa passam a achar que as caderinas – que são muito presentes na epiderme da pele e 
das mucosas – são corpos estranhos e passam a destruí-las. 
- Isso faz com que ocorra um afastamento das células da epiderme, o que permite a penetração de líquido 
do conjuntivo (derme)  causando “bolhas”. 
 
HEMIDESMOSSOMOS 
 
- Estrutura molecular semelhante ao dos desmossomos, mas não tem 
a metade correspondente a outra célula. 
- Apoia-se na lâmina basal que separa o epitélio do tecido conjuntivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Penfigóide 
 
- Anticorpos específicos causando “desintegração” dos hemidesmossomos. 
- Afastamento da epiderme e da lâmina basal. 
 
Como diferenciar pênfigo e penfigóide? 
Confirma-se pelo histopatológico. 
Quando é penfigóide, os anticorpos dessa doença autoimune serão específicos para desintegrar os 
hemidesmossomos. Quando fazemos uma biópsia dessa pele com a bolha, vemos a imagem na qual há a 
epiderme íntegra aderida à derme, mas há um descolamento de toda a epiderme da derme subjacente na 
altura da membrana basal (ou seja, exatamente onde são localizados os hemidesmossomos). 
 
 
 
JUNÇÕES ADERENTES 
- Promove a adesão entre as células. 
- Local de apoio para os filamentos que penetram nos microvilos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNCÕES OCLUSIVAS 
 
- Estão na posição lateral das células (geralmente, na porção mais apical – oposto ao lado basal). 
- São muito comuns no epitélio intestinal. 
- Impedem o trânsito de íons e moléculas entre as células. 
 - Na foto acima, por exemplo, as junções oclusivas bloqueiam a passagem de substâncias do lúmen 
intestinal pelo meio intercelular (entre as células) para o sangue. 
- Obrigatoriamente, quando há junção oclusiva, esse transporte terá que ser feito através da membrana 
plasmática das células. 
- Portanto, essas junções estão em locais que precisam ocluir esse trânsito intercelular para obrigar com 
que o transporte das substâncias ocorram via membrana. 
 
JUNÇÕES COMUNICANTES 
- Na microscopia, aparece como uma região onde as membranas das duas células estão bem próximas, 
ligadas por complexos proteicos denominados Conexons (conexinas). 
- Permite movimentação de íons e moléculas solúveis em água entre o citoplasma de duas células. 
- Podem se fechar em resposta a alterações celulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Hemidesmossomos: superfície basal. 
- Microvilos, cílios e estereocílios: superfície apical. 
- Complexo juncional: superfície lateral.

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