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PRESCRIÇÃO-DO-EXERCICIO-FISICO-NA-DOENÇAS-RESPIRÁTORIAS-1

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1 
 
 
PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO NAS DOENÇAS 
RESPIRÁTORIAS 
1 
 
 
Sumário 
 
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS ......................................................................... 4 
EXERCÍCIOS FÍSICOS ................................................................................... 5 
PRINCÍPIOS DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS ......................... 7 
EXERCÍCIO FÍSICO NAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS ............................. 11 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ......................................... 14 
EXERCÍCIOS FÍSICOS E A DPOC ............................................................... 18 
TRATAMENTO E REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA .................................... 21 
TESTES PARA DOENTES RESPIRATÓRIOS ............................................. 27 
REFERENCIAS ............................................................................................. 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 
 
O sistema respiratório é composto por um conjunto de órgãos responsáveis 
pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída de ar. Ele é composto por 
pulmões, fossas nasais, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios bronquíolos, 
diafragma e alvéolos pulmonares, que promove a troca gasosa entre o meio ambiente 
e o organismo, oxigenando o sangue e liberando gás carbônico, ou seja, o organismo 
absorve oxigênio e, através de oxidações, libera gás carbônico (Dangelo e Fattini, 
2000), sendo a respiração externa responsável pela remoção e absorção de oxigênio 
e a interna pela troca de gases ocorrida entre as células e a parte interna do corpo 
(Breda, 2003). 
Asma, renite, bronquite, faringite, pneumonia, tuberculose e enfisema são 
algumas das doenças que acometem o aparelho respiratório, sendo responsáveis por 
um grande número de atendimentos médicos, que se tornam mais frequentes nos 
dias atuais (Mansano e colaboradores, 2000). A asma, por exemplo, segundo o III 
Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, é a quarta causa de internação. 
Como as principais doenças respiratórias, a asma é muito comum e antiga, 
descrita pela primeira vez no Egito, há cerca de 3.500 anos. O filósofo grego 
Hipócrates, considerado o pai da medicina, foi quem, por volta de 400 a.C., definiu a 
enfermidade como uma dificuldade para respirar. O termo, antes associado apenas à 
falta de ar, nos últimos 50 anos passou a representar um significativo caso de saúde 
pública. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 20 milhões de pessoas sofram 
com as doenças respiratórias, que são responsáveis por 400 mil internações 
hospitalares por ano, com um custo superior a 200 milhões de reais para o Governo. 
Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a DPOC 
é uma entidade clínica que se caracteriza pela presença de obstrução ou limitação 
crônica do fluxo aéreo, apresentando progressão lenta e irreversível. Essas 
alterações conduzem à hiperinsuflação pulmonar, colocando os músculos 
inspiratórios em desvantagem mecânica, levando à fraqueza dos mesmos e fazendo 
com que os músculos acessórios da inspiração sejam recrutados. Além disso, o 
4 
 
 
indivíduo passa a respirar em altos volumes pulmonares, próximos à capacidade 
pulmonar total, levando a uma possível limitação ventilatória durante o exercício 
(SBPT). 
EXERCÍCIOS FÍSICOS 
Segundo Fernandes et al. ( 2008), a atividade física (AF) pode ser entendida 
como todo movimento corporal produzido pela musculatura esquelética e que resulta 
em gasto energético acima dos níveis de repouso . A atividade física possui diversas 
características, como o auxílio no tratamento de doenças crônicas ou mesmo o 
controle de suas manifestações. É utilizada em programas que podem trazer algumas 
mudanças no estado clínico dos pacientes. Segundo Paulin et al., 2003 a AF está 
presente no tratamento do portador de DPOC através da reabilitação pulmonar. 
Ela retira o paciente de um estado de sedentarismo e o inicia em um programa 
que visa à melhora funcional. Normalmente, é um programa promovido por 
multiprofissionais. Uma importante justificativa para a inserção da AF no tratamento 
ao paciente é a disfunção muscular, evidenciada nos membros inferiores. A massa 
muscular local diminui em consequência da incapacidade de sustentar esforços. 
Devido à limitação ao exercício oriunda da dispnéia, o exercício resistido (ER) ou de 
força parece ser uma boa opção de AF disponível para os pacientes que pode resultar 
em importantes benefícios morfológicos, neuromusculares e fisiológicos. 
O ER consiste em imprimir força contra uma resistência, normalmente pesos 
livres ou aparelhos, com carga prescrita através de um teste específico. Depois se 
define o numero de séries e repetições. De acordo com Dourado e Godoy (2004), o 
exercício aeróbio é recomendado para indivíduos com DPOC e seus benefícios são 
observados independentemente do estágio da doença. Este tipo de treinamento 
aumenta a concentração de enzimas oxidativas mitocondriais, a capilarização dos 
músculos treinados, o limiar anaeróbio, o VO2 máx e diminui o tempo de recuperação 
da creatina fosfato, resultando em melhora da capacidade de exercício. 
Nos pacientes com DPOC, os benefícios do condicionamento aeróbio resultam 
em aumento da distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (TC6), na 
melhora do desempenho em questionários de qualidade de vida e no alívio da 
intolerância ao exercício. O treinamento de membros inferiores pode ser realizado em 
cicloergômetros ou esteiras rolantes, ou mesmo por meio de caminhadas. 
5 
 
 
As atividades executadas com os membros superiores estão relacionadas à 
dispnéia intensa porque alguns músculos do ombro, peitoral maior e grande dorsal 
são também acessórios da respiração. Quando envolvidos em outras atividades estes 
músculos passam a ter função diminuída na respiração e, consequentemente, o 
trabalho do diafragma aumenta O treinamento para membros superiores tem objetivo 
de incrementar principalmente as atividades de vida diária, que, em sua maioria, são 
realizadas com os braços. 
O exercício aeróbio para membros inferiores melhora a tolerância ao exercício, 
contudo tem efeito pequeno no que se refere à atrofia e fraqueza musculares. Os 
benefícios do treino de endurance de membros inferiores tem se mostrado 
proporcionais à intensidade com que é realizado. As recomendações atuais para o 
treinamento aeróbio incluem sessões com duração entre 20 e 45 minutos e frequência 
de três a cinco vezes por semana. O programa de exercícios deve ser mantido por, 
no mínimo, oito semanas. 
Segundo Neto e Amaral (2003) é através de um programa de reabilitação 
pulmonar que o círculo vicioso de falta de ar, inatividade,perda de condicionamento 
físico, isolamento social e depressão pode ser revertido. O exercício estimula, em 
curto prazo, respostas benéficas do sistema cardiovascular, além de incluir uma maior 
coordenação neuromuscular e aumento de confiança. Para Pamplona e Morais 
(2007), nos programas de reabilitação respiratória que englobam exercício,pode-se 
dizer que há duas modalidades de treino essenciais: treino aeróbio e treino de força. 
O treino aeróbio, predominantemente o treino de endurance, pressupõe a 
realização de estímulos com uma intensidade moderada a elevada ,utilizando grandes 
grupos musculares. Nos indivíduos saudáveis, o treino aeróbio realizase a 60/90% da 
frequência cardíaca máxima. 
Este tipo de exercício executado com esta intensidade durante 20 a 45 minutos 
e repetido 3 a 4 vezes por semana, aumenta a capacidade máxima e a capacidade 
funcional para o exercício, causa adaptações fisiológicas nos músculos periféricos e 
melhora a função cardiovascular e respiratória. O treino de força, do inglês resistance 
training, pressupõe a utilização de estímulos de intensidade elevada e de curta 
duração, mais localizados a grupos musculares distintos. 
6 
 
 
Este tipo de treino é mais bem tolerado do que o treino aeróbio nos doentes 
com DPOC grave, podendo ser utilizado como forma inicial de treinamento. As 
doenças pulmonares crônicas podem ser vistas como um ciclo vicioso de sintomas 
incapacitantes que levam à inatividade física, descondicionamento e agravamento de 
sintomas com limitação no exercício. 
A reabilitação eficaz requer ajustamentos adequados na medicação, para obter 
otimização dos mecanismos respiratórios, com eventual necessidade de 
oxigenoterapia, para que seja mantida oxigenação adequada durante o exercício, 
apoio psicossocial e, particularmente nos doentes com DPOC, asma e fibrose cística. 
Certas técnicas de controle respiratório e drenagem de secreções devem ser 
executadas e, eventualmente, utilizadas antes ou após treino de exercício. 
Estas medidas são pré-requisitos para iniciar um programa com treino do 
exercício. Com uma broncodilatação otimizada, a causa principal de limitação no 
exercício pode alterar-se da dispnéia para a fadiga dos membros inferiores, assim 
permitindo ao doente exercitar os seus músculos periféricos de forma mais intensa. O 
passo seguinte, para obter os melhores resultados, é estruturar um treino aeróbico e 
de força. O treino baseia-se nos princípios gerais de fisiologia do exercício: 
Sobrecarga, especificidade, reversibilidade e individualização. 
 
PRINCÍPIOS DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS 
 
A prescrição de exercício deve ser antecedida de uma avaliação cuidadosa do 
estado de saúde geral de cada indivíduo (incluindo medicações), perfil de fatores de 
risco, características comportamentais, objetivos pessoais e preferências de 
exercício. Deve-se também considerar os princípios de sobrecarga, especificidade, 
reversibilidade, individualização e fase da doença pulmonar, conforme descrito 
abaixo. 
Sobrecarga 
Este princípio diz que para um tecido ou órgão melhorar a sua função deve ser 
exposto a uma carga que não está habitualmente adaptado. A repetição da exposição 
está associada a adaptações desse tecido ou órgão, provocando uma melhoria 
7 
 
 
funcional da capacidade. Na prescrição do exercício especifica-se a intensidade, a 
frequência e a duração do treino. 
Durante alguns anos, pensou-se que certas doenças respiratórias crônicas 
provocavam limitação ventilatória que impedia a possibilidade de executar maiores 
níveis de intensidade de treino aeróbico, capazes de proporcionar os benefícios 
fisiológicos verificados nos indivíduos saudáveis. 
A partir da década de 90, estudos de Casaburi et al(1991)) demonstraram que 
o treino nos indivíduos com DPOC desencadeava metabolismo anaeróbico e início 
precoce da acidose láctica e que, por outro lado, os benefícios alcançados eram tanto 
mais marcados quanto maior a intensidade do treino (alta intensidade – 60% da carga 
máxima versus baixa intensidade – 30% da carga máxima) iniciaramse programas de 
treino de exercício com intensidade programada através do consumo máximo de 
oxigênio. 
Parece que o efeito de treino é atingido se a intensidade do exercício for mais 
elevada do que a atividade basal e do que a intensidade do treino pode ser 
aumentada, se tolerada. Por outras palavras, qualquer exercício é preferível a 
exercício nenhum, e obtêm-se resultados satisfatórios, mesmo em doentes com 
treinos de baixa intensidade, no entanto, exercício com maior sobrecarga induz maior 
resposta. 
Especificidade 
Baseia-se nas observações de programas estruturados para atingir objetivos 
específicos e no fato de os benefícios atingidos se reportarem apenas às atividades 
que envolvem os músculos ou grupos musculares especificamente treinados. A 
utilização de resistência elevada com poucas repetições aumenta a força muscular, 
enquanto baixas resistências repetidas aumentam a endurance muscular. 
O treino é também específico para o grupo muscular treinado. Por exemplo, o 
treino específico dos membros inferiores provoca aumento na distância alcançada 
numa prova de marcha de 6 minutos, mas tal não acontece com treino específico dos 
membros superiores. No entanto, certos efeitos poderão ser transferidos para outras 
8 
 
 
atividades, por exemplo treinar em cicloergômetro melhora a distância percorrida na 
marcha, e vice-versa. 
Reversibilidade 
Tal como nas pessoas saudáveis, os benefícios do treino com exercício nos 
doentes com doença respiratória crônica mantêm-se enquanto há adesão ao treino e 
declinam com o tempo. A importância deste princípio justifica que o programa deve 
ser adaptado às possibilidades de cada doente no sentido de lhe dar continuação de 
forma mais ou menos supervisionada (programas no domicílio) e ajustada à evolução 
de cada caso (reestruturação do programa nas exacerbações). 
Um objetivo fundamental da prescrição de exercício é provocar em cada 
indivíduo uma mudança comportamental para a saúde, com inclusão de atividade 
física regular. Assim sendo, a prescrição de exercício mais apropriada para cada 
indivíduo é aquela que facilita esta mudança comportamental. A arte da prescrição de 
exercício é a integração eficaz da ciência do exercício nas técnicas comportamentais, 
resultando numa adesão a longo prazo ao programa e alcançando os objetivos de 
cada indivíduo. 
Individualização 
A capacidade para o exercício está sujeita a variação interpessoal, ou seja,as 
limitações particulares de cada indivíduo devem ser avaliadas para prescrição de um 
treino adequado e potencialmente benéfico. Dois doentes com grau de obstrução 
sobreponível (FEV1 em repouso semelhante) poderão ter limitações completamente 
distintas, determinando prescrições de treino diferentes. 
No caso de um doente com DPOC com dispnéia de esforço essencialmente na 
marcha em terreno inclinado, poderá ser benéfico treino com exercício aeróbico em 
marcha, bicicleta ou tapete; mas a ocorrência prévia de traumatismo do joelho 
provocou sequelas que o limitam funcional e assimetricamente na marcha; se o treino 
aeróbico for exclusivamente em bicicleta (proporcionando maior alívio da carga sobre 
o joelho lesado), o doente terá mais benefícios e a adesão será facilitada. 
 
9 
 
 
Como deve ser feita a prescrição de exercício aeróbico? 
Modalidade: As normas, baseadas na evidência, preconizam exercício 
aeróbico dos grandes grupos musculares dos membros inferiores. O treino de 
endurance dos membros superiores é menos eficaz do que o treino de endurance dos 
membros inferiores para a melhoria da capacidade funcional. 
Frequência e duração: Quanto maior a duração e frequência melhores serão 
os resultados. Recomenda-se: Duração ≥ 30 minutos numa frequência mínima de 
três dias por semana,durante pelo menos dois meses. 
Intensidade:Vários estudos revelaram, tal como para os indivíduos normais, 
que quanto maior a intensidade maior a resposta ao treino. Três critérios devem ser 
tidos em consideração na prescrição: o alvo, a amplitude e a progressão. 
Alvo: Representa a intensidade mínima necessária para produzir resposta 
clínica significativa, o que não implica que abaixo deste alvo o treino seja ineficaz, 
mas apenas não produza benefício clínico. A intensidade deve ter uma amplitude 
variável entre limite inferior para produzir benefícios e limite superior para que haja 
tolerância e segurança. 
A progressão do treino deverá ser reajustada para manter a intensidade 
desejada/alvo. Para determinar e ajustar a intensidade do exercício existem vários 
parâmetros a ter em consideração: Quantidade de trabalho externo (W), Consumo de 
oxigênio (VO2), Frequência cardíaca (FC) e nível de dispneia (escala de Borg). No 
doente respiratório crônico, os princípios fisiológicos clássicos aplicados nos 
saudáveis não são transponíveis, dado que o doente respiratório não tem, 
habitualmente, limitação de causa hemodinâmica, mas da função ventilatória, ou 
compromisso nas trocas gasosas, ou ambos. E, assim, a utilização da frequência 
cardíaca para monitorização do exercício frequentemente não é útil. 
 
EXERCÍCIO FÍSICO NAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 
 
Muitos estudos têm mostrado a prática de exercício físico como um importante 
aliado para o tratamento e para a prevenção das doenças respiratórias que matam 
10 
 
 
cerca de dois mil brasileiros por ano, conforme o Ministério da Saúde. A maioria 
destes trabalhos, sobretudo os mais recentes, revelam dados alarmantes. 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia, houve um aumento 
representativo na incidência de problemas respiratórios, que quase dobrou nas 
últimas décadas. A asma, que afeta 12% da população mundial em idade escolar, no 
Brasil atinge o dobro deste total, segundo o instituto norte-americano Estudo 
Internacional da Asma e Alergias na Infância. 
Programas de reabilitação pulmonar com exercícios físicos fornecem uma 
abordagem abrangente para o controle e alívio dos sintomas, assim como, melhoria 
da capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes com doença pulmonar 
obstrutiva crônica. 
Atividade repetitiva planejada, com o objetivo de manter ou melhorar um ou 
mais componentes da aptidão física é o que se define como exercício físico 
(Caspersen, Powellk e Christenson, 1985). As eventuais complicações propiciadas 
pela prática de atividade física em muito são superadas pelos malefícios do 
sedentarismo (Carvalho e colaboradores, 1996). 
O exercício físico é inversamente associado à morbidade e mortalidade por 
diversas doenças crônico degenerativas, como também, altos níveis de atividade 
física no tempo livre, estão associados ao aumento da longevidade (Blair, 1989, citado 
por Folador e Silva, 2006). O exercício físico, quando bem orientado, pode promover 
uma maior tolerância aos agravos da saúde, bem como melhora cardiorrespiratória, 
além de uma melhor qualidade de vida. 
O exercício faz com que as catecolaminas, do sistema nervoso simpático, 
sejam liberadas, promovendo um relaxamento nos músculos lisos das vias 
respiratórias pulmonares (Mcardle, Katch e Katch, 1999), promovendo uma melhora, 
não só das funções pulmonar e cardíaca, bem como do estado psicológico e da 
aptidão física em geral, diminuindo, assim, o risco de doenças crônicas (Nieman, 
1999). 
“As pessoas com doenças respiratórias devem praticar exercícios com 
regularidade, desde que liberados pelo seu médico”, explica Francisco Queiroz 
11 
 
 
(CREF 021784- G/RS), mestrando do Programa de Pósgraduação em Ciências 
Pneumológicas da UFRGS. Mesmo que algumas modalidades sejam mais indicadas 
para este tipo de público, é preciso respeitar as limitações e as características destes 
problemas. 
“Os asmáticos necessitam alguns cuidados especiais, já que a doença pode se 
apresentar de maneira leve, moderada ou grave”, complementa Sara Corazza, 
docente do Centro de Educação Física e Desportes da UFSM e coordenadora do 
Projeto de Extensão “Natação e ginástica respiratória para crianças e adolescentes 
asmáticos”, em atividade desde 1998. “A atividade mais recomendada é a natação, 
mas existem alguns aspectos negativos a serem considerados, como a mudança de 
temperatura entre o local aquecido da piscina e o meio externo. Por conta disto, o 
profissional de Educação Física necessita, primeiramente, fazer uma análise do aluno 
e do ambiente em que ele irá realizar os exercícios, identificando prós e contras”. 
Segundo o fisiologista do esporte da Universidade Federal de São Paulo Raul 
Santo, quando o corpo de uma pessoa que tem doenças pulmonares crônicas se 
acostuma com a carga de exercício, ele passa a utilizar melhor o oxigênio, a respirar 
com mais facilidade devido ao fortalecimento dos músculos responsáveis pela 
respiração. Além disso, mexer o corpo ainda aumenta a circulação do sangue, fortalece 
o coração e diminui a pressão sanguínea. 
Todas as pessoas que querem começar a fazer uma atividade física devem 
procurar um especialista para fazer uma avaliação médica. "Esse procedimento 
potencializa o treino, já que o tipo específico de exercício é escolhido para cada 
indivíduo, levando em conta todas as suas limitações". 
 
Para quem tem problemas respiratórios, é importante tomar algumas 
precauções com o objetivo de evitar desconfortos ou acidentes: não fazer exercícios 
sozinho em áreas isoladas como trilhas e parques florestais, não exercitar-se fora de 
casa quando o a temperatura está muito elevada ou quando o clima está muito seco 
e não aumentar a carga do exercício sem antes consultar o preparador físico. 
12 
 
 
Saber escolher o esporte certo é essencial, mas fazer uma preparação especial 
para pessoas com doenças respiratórias antes de cada treino vai garantir um melhor 
desempenho durante o exercício. "Sem um aquecimento adequado e um 
alongamento bem feito, o corpo pode ter uma reação imediata de rejeição ao 
exercício, causando lesões e dificuldades. Essa preparação é ainda mais bem-vinda 
para pessoas com problemas respiratórios", diz Raul Santo. Esse é um cuidado que 
normalmente passa despercebido. 
A natação é uma das alternativas mais indicadas por médicos para ajudar na 
recuperação ou para o tratamento de problemas pulmonares crônicos. "Os exercícios 
realizados na piscina ajudam a aumentar a entrada de ar nas vias respiratórias por 
causa da maior umidade relativa do ar. Além disso, a água funciona como um 
vasodilatador, que facilita a circulação sanguínea e o trabalho do coração", diz Raul 
Santo. 
Outro benefício, segundo o especialista, é a atividade aeróbica exigida durante 
o treino de natação. Esse tipo de exercício aumenta a resistência do coração e do 
pulmão por trabalhar os músculos respiratórios como o diafragma e os músculos 
intercostais. A caminhada ou corrida leve também são muito indicadas pelos médicos 
para quem sofre com problemas respiratórios. "É um exercício muito fácil de adaptar 
para cada situação, e é muito eficiente no controle da obesidade, colesterol, diabetes 
e da hipertensão", diz Raul Santo. 
Além disso, caminhar ou correr são exercícios que beneficiam o 
condicionamento físico "Muitas das pessoas com complicações respiratórias que 
incluem uma caminhada no dia a dia, passam a ter mais facilidade em praticar 
esportes do que pessoas sadias que não tem o hábito de caminhar ou correr", 
completa o especialista. 
Durante o treino, sintomas como dores no peito, enjoo, fraqueza e queda brusca 
de pressão são sinais de que a pessoa deve parar imediatamente, de acordo com Raul 
Santo, que lembra que esses problemas na maioria das vezes ocorrem por falta de 
acompanhamento de um profissional. "As pessoas com problemas respiratórios só 
devem praticar aqueles exercícios indicados por seupneumologista ou por seu 
treinador. Esses profissionais sabem qual é o limite fisiológico de cada um". 
13 
 
 
 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 
 
Atualmente tem-se observado um número crescente de pessoas portadoras de 
doença pulmonar. O cigarro e a poluição são importantes fatores que contribuem para 
a instalação de doenças como bronquite e enfisema pulmonar. Muitas vezes, essas 
doenças apresentam comportamento progressivo, limitando a execução de atividades 
de vida diárias (AVDs) por apresentarem sintomas como fadiga e dispnéia. 
De acordo com Rosa et al (2006), a doença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC) é caracterizada pela presença crônica de sintomas como tosse e produção 
de escarro e, nos casos mais avançados, dispnéia aos esforços ou em repouso, 
decorrentes das alterações da mecânica pulmonar e da troca gasosa, e da diminuição 
da capacidade aeróbia muscular periférica. Conforme Pryor e Webber (2002), a 
DPOC é definida como um conjunto de condições que se caracteriza pela presença 
de obstrução ou limitação crônica ao fluxo aéreo de progressão lenta, persistente e 
irreversível. 
Segundo Marino et al (2005), os portadores de doença pulmonar obstrutiva 
crônica (DPOC) apresentam alteração da função pulmonar, dispnéia e disfunção 
muscular esquelética periférica levando à intolerância ao exercício e piora progressiva 
do condicionamento físico, chegando a limitar as AVDs. 
Frequentemente, apresentam alterações no peso e na composição corporal, fatores 
que também podem agravar a limitação física. 
Há algum tempo, o condicionamento físico vem sendo parte obrigatória no 
tratamento de portadores de DPOC. Estes pacientes comumente apresentam 
intolerância ao exercício de intensidade variável e relacionada à disfunção muscular 
esquelética.O exercício aeróbio e o treino de força são fundamentais no incremento 
da capacidade física e da qualidade de vida, principalmente naqueles indivíduos que 
apresentam as formas moderada ou grave da DPOC. 
Tendo em vista que a função ventilatória dos portadores de DPOC pode ser 
melhorada apenas discretamente por terapias clínicas, o condicionamento físico tem 
papel fundamental com a finalidade de reduzir a demanda respiratória e a sensação 
14 
 
 
de dispnéia. Há, atualmente, várias terapias úteis no processo de reabilitação desses 
indivíduos como oxigenoterapia, suplementação de esteróides anabolizantes, 
suplementação de creatina, estimulação elétrica neuromuscular. 
Até o presente momento, exceto a cessação do tabagismo, não existem 
alternativas terapêuticas que sejam capazes de atenuar o declínio funcional 
progressivo do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), parâmetro 
marcante e de acompanhamento da DPOC. Entretanto, existem outros fatores que 
melhoram após intervenções, como sensação de dispnéia, qualidade de vida, estado 
nutricional e capacidade de exercício. O estilo de vida sedentário adotado por esses 
pacientes, através da redução das suas atividades, favorece a dispnéia. 
Este sintoma pode ser agravado ainda mais pelo descondicionamento físico. 
Segundo JAPC Derbyshire guideline CPOD( 2008) a doença pulmonar 
obstrutiva crônica é uma enfermidade crônica lentamente progressiva, caracterizada 
por obstrução do fluxo aéreo. O comprometimento da função pulmonar é bem 
observado, podendo ser parcialmente reversível por broncodilatadores ou outras 
terapias. A maioria dos casos é causada por tabagismo, embora não-fumantes 
também possam desenvolver DPOC 
A De acordo com o projeto GOLD1, considera-se DPOC quando o valor do 
índice de Tiffeneau é inferior a 70% do valor de referência, tendo em conta sexo, 
idade, peso e altura. A gravidade da doença pode classificar-se em quatro estádios 
tendo em conta os valores do VEMS (Quadro I): 
15 
 
 
 
A DPOC é uma doença pulmonar caracterizada por alterações na função 
respiratória associada a outros sintomas, como: 
• Respiração rápida e curta (dispnéia); 
• Tosse; 
• E catarro. 
Não bastasse esses desconfortos, a DPOC ainda pode causar disfunção 
muscular, prejudicando o condicionamento físico de forma progressiva. O que, na 
ausência de tratamento, pode afetar a produtividade e até mesmo limitar a realização 
de atividades básicas do dia a dia. 
Podem considerar-se quatro alterações que diminuem a tolerância ao exercício 
nos doentes com DPOC: 
• A mecânica pulmonar deficiente; 
• As alterações nas trocas gasosas pulmonares; 
• A insuficiência vascular pulmonar e A disfunção muscular esquelética. 
Em relação à mecânica pulmonar deficiente, esta resulta da resistência de vias 
aéreas elevadas, do air trapping (hiperinsuflação) que coloca o diafragma em 
desvantagem mecânica. As alterações nas trocas gasosas pulmonares levam a uma 
16 
 
 
alteração na relação ventilação/perfusão, à hipoxemia durante exercício e à 
hipercapnia em alguns doentes. 
A insuficiência vascular pulmonar origina uma destruição alveolar e vascular, 
com consequente hipertensão pulmonar e insuficiência ventricular direita. A disfunção 
muscular esquelética resulta da desnutrição, baixos níveis de hormonas 
anabolizantes, uso de corticóides, miopatia esquelética primária ou outras disfunções 
neuromusculares. 
Cerca de 70% dos doentes com DPOC tem redução da força dos quadricípites. 
Numa biópsia de quadricípetes pode detectar-se uma diminuição das fibras tipo I e IIa 
(metabolismo oxidativo) e aumento das de tipo IIb (metabolismo glicolítico), o que tem 
como consequência uma anaerobiose precoce, mesmo com baixas intensidades de 
exercício, o que provoca uma sobrecarga do aparelho respiratório. 
É por isso que muitos especialistas recomendam a prática de exercícios físicos 
aliada ao tratamento para reduzir os efeitos da doença e evitar que ela progrida. As 
recomendações variam de caso para caso, levando em consideração principalmente 
o estado físico e limitações do paciente. Portanto, é indispensável consultar o seu 
médico para que ele indique os mais apropriados para você! 
Mas, ao contrário do que se pensa, os portadores dessa doença não devem 
parar de fazer atividades físicas. Pelo contrário: essa prática pode promover melhoras 
significativas na qualidade de vida. 
Em indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, o exercício pode, 
através do alongamento dos músculos respiratórios, melhorar a mobilidade torácica, 
reduzindo a sensação de dispnéia (Kakizaki e colaboradores, 1999 citado por Paulin, 
Brunetto e Carvalho, 2003). Por ser um músculo esquelético, a musculatura 
inspiratória pode encurtar promovendo um desequilíbrio na mecânica inspiratória, 
determinando atrofia e fraqueza (Teodori e colaboradores, 2003). 
Programas de reabilitação pulmonar com exercícios físicos fornecem uma 
abordagem abrangente para o controle e alívio dos sintomas e à melhora da 
capacidade funcional dos pacientes com DPOC (SBPT). O exercício físico em geral, 
tem demonstrado importante papel na melhoria funcional de portadores de DPOC. 
17 
 
 
Alguns estudos analisaram o exercício aeróbio e demonstraram que este por sua vez 
trás grandes benefícios aos pacientes como melhora da qualidade de vida, aumento 
da tolerância ao esforço, diminuição do quadro de dispnéia e fadiga (Weiner, Magadle, 
Beckerman e colaboradores, 2003, Costes, Roche, Pichot e colaboradores, 2004). 
Por outro lado alguns estudos têm demonstrado que o exercício resistido 
também pode apresentar benefícios para o paciente com DPOC, pois exercícios com 
pesos melhoram a capacidade de força isocinética, além de melhorar a função 
muscular respiratória no pacientes com DPOC (Sturdy, Hillman, Green e 
colaboradores, 2008). 
EXERCÍCIOS FÍSICOS E A DPOC 
 
Uma das principais consequências das DPOCs é a diminuição da tolerância 
aos esforços físicos em razão de suas implicações envolvendo o sistema 
cardiovascular e muscular uma vez que a intensidade do treinamentoaeróbio é 
limitada por dispneia que por sua vez é agravada devido à fraqueza da musculatura 
respiratória em pacientes com DPOC significativo Há em conjunto uma diminuição da 
sensibilidade espontânea barorreflexo cardíaco (BRC), o que poderia levar ao 
aparecimento de eventos cardiovasculares (Costes et al, 2004). 
Segundo os autores, esses fatos interferem diretamente na capacidade do 
paciente de realizar tarefas da vida diária, tendo impacto negativo na sua qualidade 
de vida. Fato esse que levou vários autores a pesquisarem como pacientes com 
DPOC se comportavam mediante diferentes treinamentos físicos cardiopulmonares, 
comparando-os com indivíduos saudáveis (Weiner et al, 2003). 
Para Larson, Covey, Wirtz e colaboradores (1999), em pacientes com doença 
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a intensidade do treinamento aeróbio é limitada 
por dispneia. Melhorar a resistência dos músculos inspiratórios poderia incrementar 
um suporte para a execução do exercício aeróbio, reduzindo efeitos do exercício 
relacionados à dispnéia. 
Por sua vez Miyahara, Eda, Takeyama e colaboradores, (2000) advertiram 
sobre a falta de um protocolo padrão para pacientes com DPOC. Estes autores 
aplicaram um protocolo de exercício composto por: 
18 
 
 
 O tipo de exercício adotado foi 20 minutos no ciclo ergômetro a 50 % da 
freqüência cardíaca máxima, três vezes por semana. Testes de função 
pulmonar, um teste ergométrico de carga progressiva, teste de 
caminhada de 6 min., e uma avaliação da qualidade de vida pelo 
Questionário Chronic Respiratory foram administrados antes e após o 
programa de treinamento. 
Os resultados obtidos demonstraram que o VO2 máximo. Contudo, houve uma 
melhoria significativa na qualidade de vida em termos de dispnéia, fadiga e estado 
emocional. Esses resultados sugerem que mesmo um programa de três dias por 
semana pode ser benéfico para os pacientes com DPOC e provocar aumentos na 
capacidade de exercício funcional, mesmo sem um aumento na capacidade de 
exercício máximo. 
Clark, Cochrane, Mackay e colaboradores (1999) relatam haver a possibilidade 
de ocorrência uma anomalia na força isocinética e na resistência muscular esquelética 
em pessoas que apresentam doença pulmonar obstrutiva crônica leve. Assim, 
estudaram o efeito de um programa de exercícios com pesos, aplicados durante 12 
semanas a pacientes com DPOC. 
Os pacientes com DPOC tinham reduzido a função muscular isocinética e 
déficit em função do músculo esquelético quando comparado ao grupo controle. Após 
o treinamento com pesos notou-se a melhoria significativa da função muscular 
esquelética. Sendo assim, o treinamento com pesos parece ser uma forma eficaz no 
combate ao déficit em questão. 
Segundo Sturdy, Hillman, Green e colaboradores (2008), o treinamento 
específico dos músculos respiratórios pode melhorar a função muscular respiratória 
nos pacientes com DPOC, mas a magnitude de melhoria parece dependente da 
magnitude da carga suportada. Portanto, observamos que o treinamento de força 
garante ao paciente com DPOC suporte para realização de atividades dinâmicas 
(caminhada, ciclismo, etc.) uma vez que o aumento da força muscular esquelética 
leva a menores respostas agudas do sistema respiratório e cardiovascular durante as 
atividades referidas. 
19 
 
 
Em geral, podem ser recomendados diversos exercícios, com diferentes graus 
de complexidade, que vão ajudar na reabilitação cardiorrespiratória e muscular. 
Como: 
• Caminhada (ao ar livre ou na esteira); 
• Andar de bicicleta; 
• Subir escadas; 
• Natação; 
• Atividades recreativas; 
• Alongamentos; 
• Musculação (membros inferiores e superiores). 
A intensidade e frequência dos treinamentos para pacientes podem variar. Mas, 
de forma geral, as seguintes recomendações podem ser adotadas, de acordo com 
orientações de profissionais especializados: 
• Duração mínima de 20 minutos por sessão de exercício; 
• Aumento gradativo da carga; 
• Média de 3 a 5 sessões por semana para treinos de resistência; 
• e de 2 a 3 sessões para treino de força (musculação); 
• Manter a frequência de treino (no mínimo uma sessão) após atingir os 
objetivos do tratamento. 
Agora você já sabe: DPOC e exercícios físicos devem sempre andar juntas. É 
somente com a prática de atividades regulares que você pode limitar a ação dessa 
doença sobre o corpo e reconquistar sua qualidade de vida. 
TRATAMENTO E REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA 
 
O tratamento da DPOC tem como objetivos contrariar a progressão da doença, 
aliviar os sintomas, prevenir e tratar as complicações, as exacerbações e diminuir a 
mortalidade. Para atingir estes objetivos, o tratamento assenta em três pilares 
fundamentais: a cessação tabágica, o tratamento farmacológico e a reabilitação 
respiratória. 
20 
 
 
Segundo as orientações do projecto GOLD, “Todos os doentes com DPOC 
beneficiam dos programas de treino com exercícios, melhorando não só a tolerância 
ao exercício mas também reduzindo os sintomas de fadiga e dispneia” (evidência A), 
pelo que a reabilitação respiratória é recomendada a partir do grau II (moderado) da 
classificação do GOLD. 
Segundo Pryor e Webber (2002), os principais objetivos da reabilitação 
pulmonar são: maximizar a independência funcional do indivíduo em suas AVD’s , 
avaliar e iniciar, quando apropriado, o treinamento físico para aumentar a tolerância 
ao exercício, encorajar o gasto de energia de forma eficiente, proporcionar sessões 
educativas, reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes 
portadores de incapacidades decorrentes de problemas respiratórios. Segundo 
Dourado e Godoy (2004), o exercício aeróbio, além do treino de força com pesos, é 
fundamental no incremento de capacidade física e qualidade de vida, principalmente 
nos indivíduos que apresentam as formas moderada ou grave de DPOC. 
A intolerância ao exercício é manifestação comum nestes pacientes. Este fato 
já foi atribuído exclusivamente ao distúrbio respiratório desses indivíduos. Entretanto, 
atualmente tem-se verificado que a disfunção muscular esquelética periférica é outro 
fator importante para a diminuição da capacidade de realizar exercícios nessa 
população. 
Segundo o American Thoracic Society Statement, a reabilitação respiratória 
(RR) define-se como um “Programa multiprofissional de cuidados aos doentes com 
alteração respiratória crónica, individualmente delineado e modelado para aperfeiçoar 
o desempenho físico e social e a autonomia de cada doente. A Reabilitação 
Respiratória tem indicações (Quadro II) e benefícios (Quadro III) já demonstrados e 
bem definidos: 
21 
 
 
 
Os benefícios sobre a melhoria da qualidade de vida são reconhecidos pelos 
especialistas, mas continua sem haver consenso relativamente ao impacto da RR 
sobre a mortalidade dos doentes com DPOC. 
Num estudo retrospectivo com 1218 doentes, Ries et al demonstraram que a 
RR não aumentou a sobrevivência dos doentes, mas a sua capacidade para o 
 
 
22 
 
 
exercício, diminuiu a dispneia e melhorou a qualidade de vida. Por outro lado, um 
estudo de Puhan A et al apresenta uma diminuição da mortalidade nos doentes que 
realizaram RR após uma exacerbação da DPOC. 
O ideal para uma contribuição completa da RR na recuperação do doente com 
DPOC seria uma equipa multidisciplinar que incluísse um pneumologista, um 
enfermeiro, um fisioterapeuta respiratório, um nutricionista, um psicólogo/psiquiatra, 
um assistente social e um terapeuta ocupacional. No mínimo, um médico e técnicos 
com formação em exercício no doente respiratório crónico. 
O espaço e equipamentos mínimos incluem um local com área adequada ao 
programa, com arejamento e condições térmicas para a prática de exercício, pesos 
ou substitutos, esfigmomanómetro, fonte de oxigénio e oxímetro, escala de Borg, fita 
métrica, carro de emergência e telefone SOS. 
Antes de iniciar um programade RR, é necessário realizar uma avaliação 
médica com uma anamnese clínica completa, onde se avaliem os sintomas 
característicos (dispneia crónica e progressiva, tosse produtiva) e a história de 
exposição a factores de risco (principalmente tabaco), medicação/técnica inalatória, 
comorbilidades. Deve ser feito um exame físico cuidadoso, tendo em especial atenção 
os sinais de dificuldade respiratória, a cianose central e/ou periférica, o padrão 
ventilatório/assincronismos e a auscultação pulmonar. 
Os exames complementares de diagnóstico devem incluir: espirometria (pré e 
pós-broncodilatação), prova de seis minutos da marcha (P6MM) estandardizada, 
medição da pressão inspiratória máxima (PIM) e pressão expiratória máxima (PEM), 
gasometria, hemograma e bioquímica básica, telerradiografia do tórax e 
electrocardiograma de repouso. 
O grau de dispneia deve ser avaliada através do Medical Research Council 
Dyspnoea Questionnaire (MRCDQ), obrigatório, ou a escala de Borg ou a de Fletcher 
ou de Mahler modificada (opcionais) e a avaliação nutricional através do IMC, da 
avaliação da composição corporal ou com um inquérito alimentar. 
A avaliação do estado de preparação física do doente pode ser feita medindo 
a força muscular periférica (membros superiores e inferiores) através da determinação 
23 
 
 
de 17 RM (resistências máximas), ou seja, o peso máximo que o doente consegue 
levantar 17 vezes seguidas. Também é importante a avaliação das atividades da vida 
diária (AVD), usando a escala London chest activity of daily living (LCADL), 
obrigatória, ou outras. A qualidade de vida em geral é avaliada através de escalas 
globais, como EuroQol (obrigatória) ou outras, como Saint George Respiratory 
Questionnaire (SGRQ). 
Após a avaliação completa do doente, devem ser estabelecidos objetivos 
realistas, tendo em conta o estado clínico e as capacidades físicas do doente. 
 
Segundo a maioria dos estudos, os benefícios da RR são independentes de 
sexo, idade e da gravidade da doença, e a prescrição do exercício mais adequado 
para cada doente é aquela que facilita a mudança comportamental no sentido do 
aumento da saúde. 
A prática de exercício permite obter resultados satisfatórios, mesmo com 
treinos de baixa intensidade; no entanto, exercícios com maior sobrecarga induzem 
24 
 
 
maior resposta. Os critérios de exclusão incluem patologias associadas que 
interferem com execução do treino (artrite incapacitante, demência…) e co 
morbilidades, como angina instável, enfarte agudo do miocárdio recente e hipertensão 
pulmonar grave. Um programa de RR deve ter uma organização (Quadro V) adequada 
a cada indivíduo. 
 
A ACCP/AACVPR recomenda a duração de 6-12 semanas. Alguns autores, 
como Moulin M et al, afirmam que programas de RR mais prolongados oferecem 
benefícios durante um maior período de tempo. Quanto à intensidade, ainda não há 
consenso; no então, começa a prevalecer a ideia de que “quanto maior, melhor. 
Até há pouco tempo considerava-se a dispneia um sintoma limitador; 
atualmente acredita-se que a exposição a níveis de dispneia superiores ao habitual 
em ambiente seguro aumenta teoricamente a auto eficácia para lidar com o sintoma, 
bem como o seu limiar de percepção. O ideal é que todas as sessões se realizem 
com acompanhamento do fisioterapeuta, mas duas sessões acompanhadas e uma 
sessão no domicílio também é aceitável. 
Para ajustar a intensidade de exercício deve ter-se em consideração: 
quantidade de trabalho externo (W) consumo de O2 (VO2), frequência cardíaca (FC), 
nível de dispneia (escala de Borg). Atualmente recomenda-se que o treino seja 
efetuado abaixo da FC máxima que o doente apresentou na P6MM; no entanto, não 
existe ainda consenso nem evidência cientifica sólida. 
25 
 
 
O valor alvo de intensidade inicial corresponde ao limiar metabólico mínimo 
(VO2q) no doente descondicionado a 40% do valor de referência do VO2 máximo. 
Apesar de se recomendar treino de intensidade elevada e constante, os doentes com 
dificuldade em mantê-la (limitados pela dispneia ou fadiga dos membros inferiores) 
podem realizar treinos intervalados (curtos períodos de intensidade elevada 
alternando com períodos de repouso ou intensidade mais reduzida, de forma a 
permitir a recuperação). 
Quanto ao tipo de exercícios, podem realizar exercício aeróbico, exercício de 
força e exercício dos músculos respiratórios. O exercício aeróbico engloba o treino 
dos membros inferiores com cicloergómetro, tapete, step ou caminhadas e dos 
membros superiores, sobretudo da cintura escapular. O treino dos membros 
superiores exige maior trabalho cardiovascular, está mais associado à dispneia e visa 
incrementar as AVD. 
Este treino pode ser realizado com apoio utilizando um cicloergómetro de 
braço, ou sem apoio através de pesos, bastões bandas ou elásticos. O treino contra 
a gravidade parece ser mais eficaz, pela semelhança com as AVD. 
Em relação ao exercício de força, apesar de ainda não haver consenso quanto 
à sua prescrição em DPOC, a maioria dos especialistas recomenda a sua realização 
com uma frequência de duas a três vezes por semana, com treino em duas a quatro 
séries para cada grupo muscular, com 8 a 12 repetições e intervalos de dois a três 
minutos entre séries. A intensidade deve ser 50-85% de uma RM (repetição máxima) 
e dever ser feito um ajuste das características do treino cada três ou quatro semanas. 
No que diz respeito ao exercício de músculos respiratórios (EMR), tem como 
indicações as doenças neuromusculares quando se verifica uma diminuição da força 
muscular respiratória significativa com valores baixos de PImáx e PEmáx e na 
ausência de hiperinsuflação. Apesar de aparentemente não aumentar a tolerância ao 
exercício, parece ter um efeito positivo na musculatura respiratória, recomendando-
se treino de força com resistência inspiratória alta, com poucas repetições e de 
endurance resistência inspiratória baixa a moderada 15 a 30 minutos. 
A educação dos doentes assume um papel importante para garantir o sucesso 
da reabilitação respiratória e a manutenção dos benefícios da mesma a longo prazo. 
26 
 
 
Essa educação deve ter em conta as AVD e prende-se sobretudo com orientação 
sobre a conservação de energia, tendo em conta a postura, o planeamento de 
atividades e a organização do espaço físico e técnicas de respiração, salientando-se 
a consciencialização da respiração, a respiração diafragmática, a postura corporal 
global e a respiração com lábios semi cerrados. 
A monitorização do doente em esforço deve incluir no mínimo tensão arterial 
antes e após esforço, glicemias nos diabéticos, sinais e sintomas de intolerância ao 
esforço, frequência cardíaca, escala de Borg de esforço e de dispneia, no início, 
durante e no final da sessão, registo de cargas de esforço (cada 10 minutos), 
saturações periféricas, antes, durante e após esforço. 
 
TESTES PARA DOENTES RESPIRATÓRIOS 
 
Em relação à reabilitação pulmonar, Marino et al (2005) refere que existem 
testes, como o Teste do Degrau ( TD 6) e o Teste de Caminhada de 6 minutos ( TC 
6), capazes de avaliar a tolerância aos esforços físicos, quando aplicados em qualquer 
indivíduo, possibilitando sua utilização em portadores de DPOC para verificar as 
respostas fisiológicas ao esforço físico, sendo que ambos os testes impõem uma 
carga de trabalho comparável à demanda das AVD’s. 
De acordo com Pamplona e Morais ( 2007) a reabilitação respiratória é parte 
importante no tratamento dos doentes cujos sintomas estão associados à diminuição 
da capacidade funcional e da qualidade de vida. 
Apesar de a reabilitação respiratória não proporcionar melhora funcional 
respiratória nítida, beneficia várias áreas de interesse do doente, como dispnéia 
,capacidade para o exercício, estado de saúde . Associado a qualquer outro tipo de 
terapia, o exercício físico pode aumentar significativamentea capacidade física e 
qualidade de vida dos pacientes com DPOC. 
 
 
 
 
27 
 
 
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