Prévia do material em texto
Aula – Mercado Financeiro e de Capitais Como já vimos, o mercado financeiro possibilita o encontro entre investidores e tomadores. Ou seja, ele dá fluxo para os recursos financeiros. As negociações são feitas em ambientes seguros e intermediadas por agentes do mercado, como corretoras de valores. Na economia, o Mercado Financeiro exerce um papel significativo, o de aproximar o poupador (pessoa com ou sem dinheiro) e tomador (agente financeiro). Dessa forma, a importância do Mercado Financeiro para a economia é o de promover geração de riquezas e contribuir para o desenvolvimento econômico do país. O que é mercado de capitais Formado principalmente por ações, debêntures e títulos de crédito privado, o mercado de capitais permite que as empresas busquem recursos para financiar seus projetos. Ele faz parte do mercado financeiro e é essencial para o funcionamento da economia de qualquer país. Ao mesmo tempo, permite que você invista seu patrimônio e seja remunerado por isso. O mercado de capitais é uma das partes do sistema financeiro, voltado, como o próprio nome indica, à capitalização das empresas. É por meio do mercado de capitais que as empresas conseguem captar recursos para financiar projetos. E também é por meio do mercado de capitais que o investidor consegue investir nas empresas e comprar seus títulos de crédito privado, em troca de rentabilidade e de valorização do patrimônio. Ao aproximar as empresas dos investidores, o mercado de capitais assume um papel fundamental em qualquer economia, porque se transforma em um motor da atividade econômica. As empresas são os principais canais de geração de riqueza da sociedade, e uma economia saudável depende do acesso dessas empresas a dinheiro, para que elas consigam financiar seus projetos, operações e atividades. Além disso, são as empresas que geram empregos. Assim, a capacidade de consumo da sociedade passa pela saúde financeira dessas empresas. Quanto mais investimento há no mercado, mais dinheiro circula, e a economia aquece. De uma forma geral, as instituições que fazem parte do mercado de capitais são as empresas, as bolsas de valores, as corretoras, os bancos e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Como funciona o mercado de capitais A principal função do mercado de capitais é distribuir títulos e ativos das empresas entre os investidores. Mas como o mercado de capitais funciona na prática? Há três grandes categorias de ativos, também chamados de valores mobiliários, em negociação no mercado de capitais: Ações Uma ação é um papel negociado na bolsa de valores que garante ao seu proprietário a participação em uma empresa. Ao comprar uma ação, a pessoa se torna um sócio daquela empresa – ou dono de uma pequena fração da companhia. Ao investir em ações, o investidor pode lucrar com a distribuição de dividendos ou com a valorização da ação ao longo do tempo. Para as empresas, emitir ações é uma maneira de captar recursos que entram diretamente para o caixa da empresa, garantindo recursos para o crescimento da companhia. Debêntures Debêntures são títulos de crédito privado com horizonte de investimento de médio e longo prazo. As debêntures são emitidas pelas empresas para financiar diretamente projetos de crescimento ou aquisição de novas empresas. Na prática, ao comprar uma debênture, você está emprestando dinheiro para a empresa, e incorre no risco de crédito dela. Em troca do risco de a empresa não arcar com os seus compromissos, você recebe uma rentabilidade acima da praticada em outros títulos de renda fixa. Commercial Papers São títulos de crédito privado de curto prazo, emitidos pelas empresas para captar recursos no mercado de capitais. Para os investidores, o retorno do investimento em Commercial Papers ocorre em 360 dias, no máximo. Instituições do mercado de capitais O mercado de capitais é formado por diversos agentes e instituições. Entre os principais, é possível listar: • Empresas: emitem os ativos e se capitalizam por meio do mercado de capitais. • Bolsas de valores: local onde a maior parte dos ativos são negociados. • Corretoras de valores: instituições que dão acesso à bolsa aos investidores. • Bancos: atuam em diversas frentes do mercado de capitais, viabilizando as operações. • Comissão de Valores Mobiliários (CVM): responsável por regular o mercado de capitais no Brasil. Diferença entre mercado de capitais e mercado financeiro Embora alguns investidores confundam o mercado financeiro com o mercado de capitais, é importante pontuar as diferenças entre esses termos. Mas não é difícil de entender. O mercado financeiro abrange diversos mercados, incluindo o mercado de capitais. De fato, há quatro grandes mercados que compõem o mercado financeiro: • Mercado monetário: onde ocorre a transferência de valores no curtíssimo prazo. É formado apenas por instituições financeiras e abrange todas as transações que ocorrem em até 24 horas • Mercado de crédito: esse mercado reúne os empréstimos realizados junto a instituições financeiras. Cheque especial e empréstimo pessoal fazem parte desse mercado • Mercado de câmbio: onde ocorre a troca de moedas estrangeiras. Controlado pelo Banco Central, é utilizado principalmente por empresas exportadoras e importadoras. • Mercado de capitais: é aqui que as empresas se capitalizam, emitindo ações ou títulos de crédito privado aos investidores. O mercado financeiro é um sistema que inclui quatro mercados, sendo um deles o mercado de capitais. Quando alguém fala do mercado financeiro, está falando das diversas operações do sistema financeiro no Brasil, do crédito privado às transações financeiras. Agora, quando é mencionado o mercado de capitais, o foco são as empresas e os papéis viabilizados por elas: ações, debêntures e Commercial Papers. Mercado de Capitais O mercado de capitais é um sistema que proporciona a distribuição de valores mobiliários para que empresas possam viabilizar a sua capitalização por meio da liquidação dos títulos emitidos por elas. Um dos objetivos para o funcionamento do mercado de capitais é a disponibilização de recursos financeiros, como a poupança, para a indústria e comércios e outras atividades econômicas. A negociação de ações é o exemplo mais conhecido no mercado de capitais. É através da Bolsa de Valores que se permite aos investidores a aquisição de ativos das empresas listadas e, consequentemente, a movimentação de capital para custear o desenvolvimento econômico. Conforme as empresas se desenvolvem é necessário ter acesso a mais recursos, havendo assim 3 meios para conseguir financiar suas atividades, são eles: Empréstimos de terceiros Reinvestimentos dos lucros Participação acionistas A participação de acionistas é o que mais nos interessa, nesta aula, pois tem a ver com o mercado de capitais, com foco no mercado de ações. Estrutura do Mercado de Capitais O mercado de capitais é formado por: Corretora de valores Bolsas de valores Instituições financeira autorizadas Os principais ativos mobiliários e derivativos (no caso das opções de ações, por exemplo) negociados são: Ações São títulos que representam a menor fração do capital de uma empresa listada na Bolsa de Valores. Ao comprar uma ação, o investidor se torna sócio dela (acionista), e, em alguns casos, pode participa dos resultados, como a distribuição de lucros e dividendos. As ações podem ser: ordinárias - o acionista tem direito de voto em assembleias preferenciais - o acionista recebe dividendos (percentual de participação nos resultados da empresa). https://blog.rico.com.vc/como-comprar-acoes-bolsa https://blog.rico.com.vc/como-comprar-acoes-bolsa https://blog.rico.com.vc/guia-para-escolher-a-melhor-corretora-para-investir https://blog.rico.com.vc/ganhar-dinheiro-mercado-acoes Debêntures São títulos emitidos porsociedades anônimas para captar recursos com o objetivo de proporcionar investimento ou financiamento de capital de giro. Conhecida também como título de dívida. Apesar de não ser tão populares, as debêntures são a forma mais conhecida de captação de recurso através de títulos. O investidor que adquire tais títulos recebe uma remuneração em um prazo pré-determinado. Letras de Câmbio Também conhecida como LC, a Letra de Câmbio é um título de renda fixa. Com ela, o investidor empresta dinheiro para uma instituição financeira e recebe o valor de volta com juros em um determinado período. Ela é praticamente idêntica ao popular CDB, mas com uma diferença: enquanto o CDB é um título emitido dos apenas por bancos, a emissão das Letras de Câmbio é feita por financeiras. Como tradicionalmente as financeiras possuem um porte menor, as LCs costumam apresentar rendimentos superiores às outras aplicações do mesmo tipo. São títulos emitidos nominativos, com renda fixa e prazo determinado de vencimento. Títulos públicos Papéis emitidos pelo Tesouro Nacional, que representam uma forma de financiar a dívida pública e permitem que os investidores “emprestem” dinheiro para o governo, recebendo em troca uma determinada rentabilidade. Atualmente são diversos os títulos públicos ofertados no mercado: tesouro Selic, tesouro IPCA, prefixados. CDB O Certificado de Depósito Bancário, é um título de renda fixa emitido por bancos para captar dinheiro e financiar suas atividades. Em troca deste empréstimo de recursos ao banco, o mesmo irá devolver ao investidor a quantia aplicada mais o juro acordado no momento do investimento. Um investidor pode participar de qualquer um desses mercados. Uma grande vantagem de negociar no mercado de capitais, como compra e venda de ações é a não obrigatoriedade de um valor mínimo obrigatório. Tipos de Mercado Há dois tipos no mercado de capitais: Mercado primário Mercado secundário Explicando de forma básica, funciona assim: no mercado primário o ativo é disponibilizado pela primeira vez e adquirido por um investidor. Quando esse investidor negocia esse título e vende a uma terceira pessoa, já estamos falando no mercado secundário. É a partir daí, no mercado secundário, que acontece o grande volume de negociações de ativos, como a compra e venda de ações. Mercado Primário É onde tudo começa. Quando uma empresa como a Petrobras, por exemplo, precisa de recursos para financiar as suas atividades, uma das possibilidades para se fazer isso é por meio do IPO. O IPO, sigla que deriva do inglês (Initial Public Offering), conhecido como Oferta Pública Inicial, é o meio utilizado para que as ações de uma empresa sejam oferecidas aos investidores na Bolsa de Valores pela primeira vez. O preço da ação lançada em um IPO é pré-determinado e os investidores participantes, muitas vezes, entram nessa operação com o objetivo de ganhar na diferença do preço - caso a ação se valorize após o seu lançamento. Mercado Secundário É neste mercado que acontecem a compra e venda de ações por meio do Home Broker. O investidor vende a sua ação para outro investidor, a fim de reaver o seu capital. Sendo assim, o capital é transferido de um participante para o outro, e não mais para a empresa que emitiu o título. Veja que um mercado depende diretamente do outro. Pois, se não há lançamento de ações via IPO, não é possível que os investidores negociem a compra e venda entre si. É interessante notar que se pode participar dos dois mercados, seja na aquisição de ações pela primeira vez ou negociar no mercado secundário. Nesse mercado secundário é possível negociar outros títulos de renda variável e também de renda fixa, tais como: https://blog.rico.com.vc/como-comprar-acoes-bolsa https://blog.rico.com.vc/como-comprar-acoes-bolsa https://blog.rico.com.vc/o-que-e-ipo Renda Variável: ações, S&P 500, contratos e minicontratos, Fundos Imobiliários e derivativos. São negociados em Bolsa de Valores e as operações realizadas via home broker ou sistemas de negociação. Renda Fixa: títulos públicos do Tesouro Direto. LCI e LCA, CDBs, LC etcs. São negociados no mercado aberto e as operações são realizadas por meio da plataforma de investimentos da corretora de valores. Bolsa de Valores Por meio da bolsa de valores são oferecidas, via pregão eletrônico, as negociações de ações, contratos futuros, de opções, termos, fundos imobiliários e também ouro, dólar (mercado cambial) e títulos públicos federais. É na Bolsa de Valores que o investidor tem acesso a um ambiente altamente seguro que garante a liquidação das operações, ou seja, a disponibilização do dinheiro caso venda o ativo ou do título em seu nome, caso seja o comprador. É importante ressaltar que a ação comprada não fica guardada na corretora de valores e sim custodiada, em nome do comprador. Além da Bolsa ter seus próprios instrumentos que deem segurança e transparência ao processo, o investidor ainda conta como um reforço adicional, a CVM. A Comissão de Valores Mobiliários, como já vimos, é uma entidade ligada ao Ministério da Fazenda com o objetivo e finalidade de disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários. É através da sua atuação de fiscalização que são assegurados ao investidor o cumprimento de todas as regras que envolvem o mercado de capitais. A CVM acompanha o processo para que todas as regras sejam seguidas e até mesmo a conformação do preço. A corretora de valores, através de sua plataforma e home broker, atua como a ponte que liga o investidor à Bolsa de Valores. MERCADO ELETRÔNICO Pregão é o nome dado ao dia de trabalho na Bolsa de Valores. Antigamente ele era feito no modelo Viva Voz, onde os corretores (funcionários das empresas corretoras que intermediam os negócios entre os investidores) compravam e vendiam ações das 11h às 17h45. Era a famosa gritaria que a gente via pela televisão. Atualmente só é realizado o método eletrônico. No Pregão Eletrônico, a compra e a venda de papéis se dá eletronicamente, por meio de um programa de computador que cruza informações e efetua as transações. https://blog.rico.com.vc/fundos-imobiliarios https://blog.rico.com.vc/guia-investidor-lci-e-lca https://blog.rico.com.vc/plataforma-de-investimentos https://blog.rico.com.vc/plataforma-de-investimentos https://blog.rico.com.vc/fundos-imobiliarios https://blog.rico.com.vc/titulos-publicos-como-investir http://www.cvm.gov.br/ http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/introducao_geral/introducao_mercado.html A corretora, ao receber uma ordem do investidor, entra no software da Bolsa com uma senha e informa que alguém quer comprar a ação X. Aí o programa vai procurar se alguém está querendo vendê-la e, então, colocará as partes em contato. Contratos futuro Um contrato futuro é um compromisso assumido entre duas partes, compromisso de comprar ou vender determinado ativo numa data determinada a um determinado preço. Os contratos futuros são um importante instrumento financeiro, uma vez que permite sejam negociados hoje, direitos futuros em condições de incerteza. Os contratos futuros surgiram muito antes das negociações de ações, ainda no século XII, como uma necessidade da administração de risco, principalmente no setor agrícola. Um produtor agrícola normalmente fica exposto ao risco de variação do preço do seu produto até a colheita, isso porque os preços de produtos agrícolas variam em função de efeitos que podem prejudicar ou favorecer a colheita, incluindo-se aí também a própria sazonalidade dos períodos de safra e entressafra. Tal variação pode ser significativamente grande a ponto de dar lucros absurdos ou enormes prejuízos para o produtor. Como o investimento em produção agrícola leva tempo para dar o resultado esperado (venda com lucro), um produtor agrícola podedesejar se proteger das variações de preço vendendo sua produção antes da colheita efetiva. Aí surge a necessidade do contrato futuro: para proteger o preço de venda da colheita de forma que se possa saber o lucro hoje, o produtor faz um contrato com um comprador para entrega e pagamento no futuro, para um preço acordado hoje. A outra ponta do contrato pode ter uma estratégia similar, pois sabe que vai precisar comprar produtos agrícolas no futuro e para se proteger de variações até a data da compra, faz um contrato para comprar a produção futura de um produtor agrícola. Além de contratos futuros de produtos agrícolas, existem outros, criados mais recentemente na história, como contratos futuros de ações e outros ativos financeiros, como moedas e taxas de juros, para investidores que desejam reservar preços hoje para exercer no futuro para ações, moedas e taxas de juros, respectivamente.