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afecções do sistema locomotor

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Clínica de Grandes Animais 2 Camilla Teotonio Pereira 
AFECÇÕES DO SISTEMA LOCOMOTOR 
HEMATOMA SUBSOLEAR E ABCESSO 
SUBSOLEAR 
Coleção sanguinolenta asséptica. 
Coleção purulenta que envolve patógeno. 
CAUSAS 
Desenvolvimento de hematoma ou abcesso devido a 
ferraduras mal colocadas, traumas. 
Acometimento anatômico epiderme (parte dura do 
casco) é intimamente relacionada a derme, quando 
coloca o cravo ou ferradura de forma errada no casco, 
em região enervada ou vascularizada pode causar 
lesão. 
Diferentes organismo e mais isolado fusobacterium 
necrophorum (anaeróbica). 
 
TRAUMA 
Mais comum em animais que trabalham, passeiam ou 
pasto sujo. 
Pisos, pedras, objetos penetrante (prego, pedaço de 
arame). 
Local da lesão é entre os talões e ranilha e causa 
hematoma. 
Piso úmido pisar em região úmida por muito tempo 
deixa o casco amolecido. 
 
BROCAS 
Sinônimo de abcesso subsolear e mais comum no 
solo. 
Broca é infecção bacteriana caracterizada por 
acúmulo de material enegrecido, mal cheiro e 
necrótico. 
Localizado na região da sola. 
Relação pela falta de higiene e piso úmido. 
SINTOMAS 
 
DIAGNÓSTICO 
 
Abcesso é conteúdo malcheiroso e necrótico e região 
enegrecida na sola, encapsulado com conteúdo que 
causa pressão no casco. 
Abcesso acaba se drenando sozinho, até mesmo no 
casco. Um ponto de drenagem é a região de coroa 
(fistula). 
 
Casqueamento retira o excesso de parede, sola e 
emcima da ranilha com uso de ranilha. 
 
Ponto de drenagem: diminui a claudicação, alivia a dor 
e animal volta a apoiar o membro no chão. 
 
Imagem 2: epiderme (= pele) coloca o cravo na 
ferradura. Hematoma, colocar o cravo na região de 
derme (dor). A linha branca é a divisão da epiderme e 
derme. 
Consequência a broca e hematoma antes de fazer o 
ponto de drenagem pode ocorrer edema de membro. 
TRATAMENTO 
Pedilúvio: início de abcesso fazer compressa de água 
quente para acelerar o processo de organizar o 
abcesso para ter um ponto de flutuante para broca 
drene ou pela coroa (mais comum) ou pela ranilha 
para descompressão do casco. 
Correção da ferradura má colocação de ferradura 
precisa retirar a ferradura e deixar sem por um tempo 
e depois recolocar a ferradura sem colocar o cravo na 
região machucado. 
Descompressão do casco (casqueamento) 
drenagem do abcesso para aliviar a pressão do casco 
na área de maior sensibilidade. 
Animal com ferradura precisa primeiro retirar para 
descompressão. 
Pedilúvios antissépticos pedilúvio sob imersão com 
antisséptico para secar e limpar a região que estava 
com abcesso. 
Metade água ambiente até cobrir a região do casco 
(coroa) e ¼ de água sanitária para cobrir a região de 
coroa. 
Limpeza 1 a 2x por dia entre 10 a 14 dias. 
 
Analgésicos/ AINES 
 
Não passar de 7 dias para não causar gastrite (cólica). 
 
 
Antibioticoterapia evitar a progressão da infecção, 
feito somente pós descompressão. 
 
Soro antitetânico 5.000 – 10.000 UI para prevenir 
infecção por Clostridium tetani. 
Mesmo animal vacinado ou histórico duvidoso de 
vacina para proteger que pegue tétano, em caso de 
lesão perfurocortante. 
PROGNÓSTICO 
Bom, mas pode piorar se não tratado adequadamente. 
COMPLICAÇÕES 
Raros. 
Osteíte podal: infecção óssea ascendente da falange 
distal (lise óssea). 
 
SÍNDROME DO NAVICULAR 
Podotrocleose ou Doença do navicular. 
Conjunto de sintomas no sesamoide distal de caráter 
crônico. 
Navicular = osso sesamóide distal. 
Doença degenerativa, progressiva e de origem 
controversa que acomete o osso navicular ou 
estruturas adjacentes. 
Multifatorial com fatores predisponentes: má 
conformação dos cascos, trabalho excessivo ou 
inadequado, idade. 
Comum em animais com mais 6 a 8 anos. 
Acomete membros anteriores bilateral. 
ESTRUTURAS RELACIONADAS 
Osso sesamóide distal, ligamento colateral do osso 
navicular, ligamento ímpar, bursa do navicular e 
tendão flexor digital profundo. 
 
 
 
 
SISNTOMAS 
Claudicação progressiva mais intermitente, evidente a 
rejeição ao andamento (cavalo pisa em ovos). 
Claudicação leve a moderada: 2/10 e 3/10. 
Comum bilateral, porém a claudicação é mais evidente 
unilateral. 
DIAGNÓSTICO 
Movimentos circulares pioram o quadro, pinça de 
casco positiva em toda extensão do casco e bloqueio 
do nervo digital palmar positivo (claudica de um lado, 
ora do outro). 
Teste de flexão na região distal pode ser +. 
EXAME COMPLEMENTAR 
 
RADIOGRAFIA 
Incidências dorso palmar / plantar e skyline. Não 
achado encontrar alteração não pode descartar a 
doença. 
Skyline: projeção para isolar o osso navicular da 
falange distal. 
Radiografia observa sinais de degeneração. 
Precoce: o animal tem manifestação clínica, mas na 
imagem não há nenhuma alteração, mas ainda assim 
o animal pode ter a síndrome, só que num estágio 
inicial. 
 
Imagem 1: projeção dorsopalmar (osso navicular 
sobreposto a flange média), bordo do osso irregular. 
Imagem 2: projeção skyline, dilatações sinoviais ou 
lesões lollypop (pirulito). 
Imagem 3: projeção lateromedial, borda radiopaco e 
bordo irregular do osso navicular. 
 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
Não comum na rotina. 
 
ULTRASSOM 
Região de ranilha próxima ao talão e talão e tem 1 
janela limitada. 
Pedilúvio 30 a 40m para amolecer a região de sola do 
casco. 
TRATAMENTO 
Ferramento corretivo (pinça rolada) pinça 
arredondada no casqueamento. 
Facilita o breakover ou movimentação do animal para 
tirar o casco do chão e diminui a pressão entre tendão 
flexor digital profundo e osso navicular. 
Ferraduras ortopédicas ferradura fechada ou oval: 
minimiza a movimentação do casco, 
consequentemente diminui a pressão entre tendão 
flexor digital profundo e osso navicular. 
 
Analgésicos/ Anti-inflamatórios 
Sistêmico 
 
Local 
 
Agentes vasomodudladores 
 
Neurectomia química ou cirúrgica (paliativo) 
Última escolha após o não resultado de outras opção 
de tratamento. 
Serve para dessensibilizar o nervo precisa ser 
aposentado. 
LAMINITE 
Pododermatite asséptica difusa ou aguamento. 
Lesão inflamatória nas lâminas dérmicas secundária. 
CAUSAS 
Alterações sistêmicas: cólica, metrite, enterite e etc. 
Acometimento bilateral dos membros anteriores ou 
membro contralateral por excesso de carga. 
Alteração metabólica: resistência insulínica. 
INSPEÇÃO/PALPAÇÃO 
Atitude patognomônica: dificilmente deita, para tirar o, 
joga a garupa para trás e relutância ao se movimentar 
na esperança de aliviar o peso dos membros 
anteriores. 
 
FISIOPATOLOGIA 
Epiderme / lâmina primária: parede do casco – 
queratinizada. 
Derme / lâmina secundária: vascularizada e inervada. 
As lâminas da epiderme e derme são intimamente 
interligadas. 
Na laminite ocorre o deslocamento das lâminas da 
epiderme e derme e como consequência ocorre a 
rotação e afundamento da falange distal dentro do 
casco. 
Teoria vascular aceita até ano 2000. Processo 
desencadeado por falha da perfusão tecidual podal 
gera microtrombos e ocorre o deslocamento das 
epiderme e derme. 
Teoria inflamatória mais aceita. Processo 
desencadeado por ativação e liberação excessiva de 
enzimas pró-inflamatórias (metaloproteinases) no 
casco que ocorre o descolamento das lâminas da 
epiderme e derme. Como consequência do 
deslocamento da falange distal ocorre dano vascular. 
Normal é o paralelismo entre parede do casco e 
falange distal do casco. 
 Rx: perda do paralelismo entre a parede do casco e 
falange distal do casco e exposição da falange distal. 
 
Laminite crônica adaptação da parede do casco em 
restabelecer o paralelismo com a falange distal (casco 
para cima com linhas de crescimentos tortuosos). 
CLASSIFICAÇÃO 
 
FASE PRÉ-CLÍNICA (PRÉ-LAMINITE) 
Inflamação das lâminas epidérmicas. 
 
 
FASE CLÍNICA
 
PREVENÇÃO 
 
Resfriamento das extremidades para reduzir fluxo 
sanguíneo local (reduçãode até 85%) com menor 
exposição dos tecidos a citocinas e menor ativação de 
metaloproteinases. 
TRATAMENTO 
Tratar a causa primária. 
Tranquilizante com efeito colateral de vasodilatação 
periférica 
 
Agentes vasomuduladores melhorar perfusão 
sanguínea 
 
AINES 
 
PROGNÓSTICO 
Grau de rotação e afundamento da falange distal. 
Venografia: exame contrastado (veia digital palmar) de 
vasos distais e quanto menor a visualizar pior o 
prognóstico. 
 
TENDINITE E DESMITE 
Inflamação de tendões e ligamentos. 
Afecção mais comum nos cavalos atletas que 
qualquer atividade atlética leva a processo 
inflamatório. 
REGIÕES ACOMETIDAS 
Posturais: tendão flexor digital profundo. 
Elásticos: tendão flexor digital superficial e ligamento 
suspensório. 
Maior frequência de lesões 
 
PATOGENIA 
Esforço repetitivo ou trauma intenso pode causar 
hemorragia e edema, inflamação, acúmulo transudato 
e desarranjo das fibras tendíneas ou ligamentares. 
Substituição das fibras colágenas tipo I por tipo III 
(fibrose). 
CLASSIFICAÇÃO 
 
SINTOMAS 
Palpação aumento de T°C e volume, sensibilidade 
dolorosa, claudicação de diferentes graus, dependendo 
do local e tamanho da lesão. 
DIAGNÓSTICO 
Palpação e inspeção local evidenciam dor aumento de 
T°C e de volume local. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Ultrassonografia (US): exame de eleição para 
diagnóstico preciso do grau da lesão. Vantagens: não 
invasivo, não requer anestesia geral ou local, não há 
necessidade de tricotomia e aparelho portátil. 
Ressonância magnética: quando tem acesso. 
 
Corte transversal e região selecionada é o tendão 
flexor digital superficial e a região hipoecoica é a lesão 
do tendão. 
 
Corte longitudinal observa-se as fibras tendínea e 
procura alteração de desarranjo das linhas e da 
ecogenicidade (tecido fibroso – hiperecogênico. 
 
Janela ultrassonográfica na metade da canela indo na 
direção do boleto e observa-se a bifurcação do 
ligamento suspensório do boleto. 
TRATAMENTO 
Depende do grau da lesão. 
Repouso o melhor tratamento, porém animal atleta 
para o tutor o repouso é inviável. Somente utilizado 
em casos que pode se tornar crônico. 
Crioterapia ação anti-inflamatória, analgésica e 
diminui a taxa metabólica 
 
Outro método de crioterapia através de ducha e 
massagem sobre pressão entre 20 a 50 minutos. 
Analgésicos e AINES primeira abordagem e identifica 
processo agudo e no US não observa alteração de 
ecogenicidade ou estrutural, somente identificar 
através da clínica 
 
Outros 
 
 
Ondas de choque Wave serve para reagudizar a 
inflamação na tentativa de organizar as fibras 
tendíneas e tecido fibroso e melhorar a resistência. 
Animal precisa ficar em repouso e dolorido e depois 
do retorno da função de forma monitorada. 
MIOSITE DOS CAVALOS ATLETAS 
Comum em cavalos atletas mal treinados ou em sobre 
esforço. 
Rabidomiólise ou Doença da segunda-feira. 
Miosites aguda sem depleção das reservas de 
glicogênio. 
Miosites tardias após depleção das reservas de 
energia. 
SINTOMAS 
 
Miopatia pode desencadear laminite. 
Desiquilíbrio eletrolítico rápido e elevado que pode 
causar choque hipovolêmico. 
Acumulo de ácido lático – mialgia – mioglobinúria que 
pode causar IRA (consequências) e laminite. 
DIAGNÓSTICO 
Histórico + sintomas. 
EXAME COMPLEMENTAR 
 
DOSAGEM DE ENZIMAS MUSCULARES 
AST: presente em vários tecidos. Pico de alteração 
em 24h, durante até 7 dias. 
CK: específica de tecidos musculares. Pico de 
alteração em 3 a 4h, durando poucas horas. 
Aumento de 3 até 5x. 
 
Face ansiosa: também presente na laminite. 
TRATAMENTO 
Depende do grau da lesão. 
Manutenção da T°C capa térmica. 
Repouso prolongado não sair da baia e trabalhar. 
Analgésicos e AINES fenilbutazona 
(muscoesquelético), flunixina meglumina (vísceras) ou 
cetoprofeno. 
Fluidoterapia com soluções poliônicas fluidoterapia 
com soluções poliônicas. 
Solução ringer lactato (isotônica) é o mais próximo do 
plasma do equino. 
Manutenção 25L de soro em caos de anorexia a adpisia. 
Reposição 50 – 60L de soro em casos de desidratação 
severa. 
Desidratação leve a moderada 5 a 10L. 
Para aumentar volemia 50L de solução RL e restante 
pode utilizar solução fisiológico ou glicofisiológica em 
casos de desequilíbrio eletrolítico. 
Relaxante muscular 
Xilazina 0,2mg/Kg. Agente α-2 agonista com dose de 
sedação 0,5 a 1,1mg/Kg. 
Acepromazina (fenotiazínico) 0,02 a 0,05, IV ou IM, 
QUID/TID. Função de vasodilatação periférica e 
relaxamento. 
Apenas animais já hidratados, pois fármacos causam 
hipotensão. 
 
CASOS 
 
Suspeita diagnóstica 
Síndrome navicular. Claudicação intermitente bilateral 
em membros anteriores e bloqueio distal e confirma 
claudicação bilateral. 
Como podemos confirmar o diagnóstico? 
 Raio-x e/ou ressonância magnética. 
Quais alterações podem ser encontradas a partir da 
suspeita diagnóstica? 
Projeção LL: área de irregularidade óssea e lise 
óssea. 
Projeção Skyline: lesões lollypop. 
Projeção dorsopalmar: bordo irregular e radiolucente.

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