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RESUMO AFECÇÕES DO SISTEMA LOCOMOTOR PARTE 02 E 03

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AFECÇÕES DO SISTEMA LOCOMOTOR EQUINOS – PARTE 02 E 03
DIFERENÇAS ENTRE CLAUDICAÇÕES DE APOIO E CLAUDICAÇÕES DE ELEVAÇÃO
Para se fazer o diagnóstico das claudicações discretas (grau 1 e 2) é necessário que o animal seja conduzido ao passo em linha reta e em movimentos circulares abertos e fechados para exacerbar a dor e deste modo facilitar o diagnóstico. Caso isso não seja realizado, o animal deve ser conduzido ao trote ou até montado.
Na claudicação de apoio é necessário fazer a condução do animal primeiramente com o cabo do cabresto sem promover uma tração exacerbada da cabeça pois caso contrário alguns movimentos de cabeça não serão possíveis de identificar. A condução deve ser feita em solo firme para gerar mais impacto no momento que cavalo encoste com o membro acometido neste local, exacerbando o grau da dor e sendo possível realizar o diagnóstico.
Já nas claudicações de elevação deve-se realizar a condução do animal em terrenos com areia fofa, pois quando o animal pisa com o membro acometido neste solo este afunda e quando ele flexiona o mesmo de volta é possível observar a exacerbação de sinal característico de dor sendo possível realizar o diagnóstico. 
Deve-se realizar a diferenciação entre as claudicações de apoio e claudicações de elevação dos membros anteriores e posteriores:
- Claudicações de apoio e elevação dos membros anteriores: Sempre que o animal ELEVAR ou ATERIZAR o membro anterior ao solo ele irá ELEVAR A CABEÇA e deslocar o peso para o membro contralateral que está acometido.
- Claudicações de apoio e elevação dos membros posteriores: Sempre que o animal ELEVAR ou ATERIZAR o membro anterior ao solo ele irá ABAIXAR A CABEÇA e deslocar o peso para o membro contralateral que está acometido.
AFECÇÕES DO APARELHO LOCOMOTOR – TECIDOS MOLES E CASCO
Primeiro deve-se identificar qual/quais membro/membros está/estão comprometido/comprometidos para posteriormente através do exame físico determinar onde é o foco da dor, ou seja, o foco da lesão. O exame físico é realizado da região distal para a proximal, pois 70% das claudicações são originadas nos dígitos (anteriores e posteriores), iniciando-se pelo casco, no estojo córneo. 
Inicialmente higieniza-se o casco, examina-se a sola e ranilha e observa-se se há pontos de fraturas (rachaduras) na sola do casco, presença de pedras ou madeira, se existe algum tipo de secreção sendo drenada entre estas estruturas e por fim o pinçamento do casco.
Os tecidos moles são constituídos pelos tendões, ligamentos e músculos. 
TENDÕES: Existem dois tipos de afecções que acometem essa estrutura que são as contraturas e alongamentos, sendo que os tendões acometidos são os Tendões Flexores Digitais Superficiais e Profundos dos membros anteriores e posteriores. 
Tendinites: Inflamação dos tendões. Os tendões são envoltos por uma bainha tendínea sendo que é dentro desta os tendões deslizam.
TENDÃO: Aponeurose de grupamentos musculares que acabam se inserindo nos ossos.
Tenossinovites: Processo inflamatório que ocorre especificamente na região de transição do tendão com a capsula articular devido ao excesso de esforço físico, levando ao rompimento de algumas fibras tendíneas na região de inserção do tendão. É comum em animais de corrida (PSI e Mangalarga Marchador) e animais de tração, sendo conhecida popularmente como “Ovas”.
Bursites: Inflamação do tecido subcutâneo da cápsula articular.
Desmites: Processo inflamatório de ligamentos.
LIGAMENTO: Possui a função de estabilizar as articulações em todos os sentidos. 
Ligamentos do dígito do equino
1- Ligamentos colaterais das articulações inter falangeanas
2- Ligamentos sesamoideos distais
3- Ligamento anular palmar
4- Ligamentos sesamoideos colaterais 
5- Ligamentos anexando a cartilagem colateral à 3º falange
CASCO: Ocorrem as pododermatites, que podem ser sépticas, oriundas de fraturas ocorridas na sola do casco ou no estojo córneo (na região da muralha do casco) devido ao rompimento da barreira física ou assépticas​, devido a uma contusão do membro que gera um processo inflamatório. 
Habdomiólise:​ Mioglubinúria Paralítica​.
Paralisia Hipercalemica Periódica ​ (HYPP​): Doença genética de garanhões da raça Quarto de Milha que são descendentes do garanhão Impressive.
1º DEFORMIDADES FLEXORAS
1.1 Contratura de Tendões Flexores 
É o encurtamento tanto do tendão flexor digital profundo (TFDP) ou do tendão flexor digital superficial (TFDS) em relação ao comprimento da superfície óssea dos ossos longos (metacarpos, metatarsos e falanges​), tornando o membro anterior ou posterior flexionado. “Encastelamento”
Semi flexionado
 A angulação ideal do casco em relação ao solo é de 45º.
		
“Emboletamento”
Semi flexionado
Pode ser de origem Congênita: Casos onde éguas são superalimentadas no final de gestação, levando ao crescimento exacerbado dos ossos longos, a tal ponto que o crescimento dos tendões não consegue acompanhar essa taxa de crescimento dos ossos longos, fazendo com que tendões fiquem mais curtos que a superfície dos ossos longos tornando o membro acometido flexionado. 
Adquirida: O animal nasce normal, mas devido a um processo inflamatório (lesão/contusão) promove a aderência do tendão a uma região óssea, tornando-o mais curto, uma sequela resultada por exemplo de uma desmite ou tendinite. 
Existem diferentes graus de contraturas e dependendo da forma de apresentação da mesma pode-se concluir se é uma contratura do TFDP ou TFDS:
CONTRATURA TFDS → Tendão se insere na região da 2º falange (região da quartela).
GRAU I = Discreto deslocamento da Articulação Metacarpo-falangeana (boleto) ​.
O animal quando em estação apresenta uma estabilidade da articulação do membro acometido → “fica emboletando”, mas consegue manter a margem palmar/plantar apoiado ao solo adequadamente.
GRAU II = Perpendicularização do eixo Metacarpo-falangeana​.
GRAU III = Projeção cranial evidente do boleto, e a Articulação Metacarpo-falangeana torna-se instável.
O animal praticamente bate com a região do boleto ao solo.
Contratura de um dos membros anteriores, onde este se apresenta com a articulação metacarpo-falangeana (região do boleto) projeta cranialmente → “Emboletamento”. É uma contratura TFDS de Grau 1 pois o tendão se insere na região da 2º falange (região da quartela) e o animal consegue manter a face plantar/palmar ao solo.
CONTRATURA TFDP → Tendão se insere na região da 3º falange (dentro do casco).
GRAU I = Discreto elevação do talão, com muralha quase perpendicular ao solo​.
O animal consegue deixar a região palmar/plantar no solo, porém não por completo, exceto na região do talão.
GRAU II = Muralha perpendicular ao solo, leve deslocamento da Articulação Metacarpo-falangeana.
No momento da locomoção o animal pode encostrar a região da pinça no solo, porém consegue flexionar e manter o membro.
GRAU III = Projeção ao solo da muralha com deslocamento da Articulação Metacarpofalangeana evidente​.
A contratura é tão grave que o animal não consegue manter-se em pé.
Contratura dos dois membros anteriores, onde estes se apresentam semiflexionados → “Encastelamento”. É uma contratura TFDP de Grau II pois o tendão se insere na 3º falange dentro do casco, onde ocorre uma elevação da região do talão do casco (parte posterior) e a região da pinça (extremidade do casco) fica em contato com o solo.
																															
Quando as contraturas, tanto de TFDS ou TFDP são congênitas e de grau 1 indica-se deixar o animal andar, pois dentro de 1 semana, no máximo 2 semanas, o mesmo consegue melhorar o seu aprumo pois o ato de locomover-se causa tensão no tendão, o que leva ao rompimento de algumas fibras tendíneas, gerando um processo inflamatório e este acaba promove o alongamento do tendão acometido.
Já nas contraturas de grau 2, tanto de TFDS ou TFDP é necessário fazer uma tala (pedaço de tubo de PVC) partindo da região do carpo até a região do casco, englobando o membro como um todo desde a face dorsal até a parte palmar/plantar. É importante acolchoar o membro antes de inserir a talapara evitar que a mesma machuque o animal, tentando sempre estender o máximo o membro, a fim de gerar um processo inflamatório e este acabar promove o alongamento do tendão acometido.Contraturas de Grau 3
As contraturas mais acentuadas, ou seja, as de grau 3, os membros encontram-se tão flexionados que a colocação de uma tala não resolve. Nestes casos indica-se tratamento cirúrgico. 
TRATAMENTO – CONTRATURAS DE GRAU 1 E 2
· Em contraturas congênitas de grau 1 deve-se soltar o potro com a égua a fim deste movimentar-se e devido a tensão gerada no tendão formar um processo inflamatório e este acabar promovendo o alongamento do tendão acometido. É importante observar se isto vai ocorrer, ou seja, se o animal não passa grande parte do tempo deitado em vez de acompanhando a égua, fazendo a sua movimentação.
· Casqueamento corretivo – Talões​.
· Aplicação de talas​: Utilizadas em contraturas de grau 2, e a cada 2-3 dias abrir a mesma e observer como estão as estruturas.
· Massagens​.
· Analgésicos: Meloxican​ → Em casos de dores exacerbadas em função do uso das talas.
· Fisioterapia – Flexão e extensão​.
· Oxitetraciclina IV​ (antibiótico bacteriostático): Utilizada em contraturas de grau 2 em que a tala não funcionou.
· O que confere resistência ao tendão é a deposição de cálcio, e a Oxitetraciclina é um quelante de cálcio, sua administração torna o tendão menos resitente e passível de ser alongado. 
· Administrar em potros entre 20-30 dias​:
· Diluir 3g de Oxitetraciclina em 500ml​ em Ringer Lactato: ​ IV, lento, SID, por 5 dias consecutivos.
TRATAMENTO – CONTRATURAS DE GRAU 3
· Desmotomia do ligamento acessório – “CHECK”: Faz-se esse procedimento primeiro e observa-se o grau de extensão do membro, se o animal consegue repousar face palmar/plantar está ok, caso contrário realiza-se um procedimento mais invasivo.
· Tenotomia do TFDP: Corte do tendão e este adere-se ao osso. 
15 - TFDS
16 - Lig. Acessório
17 - TFDP
1.2. Tendões relaxados
Os tendões são muito longos e os membros ficam praticamente estendidos. Ocorre somente de forma congênita, sendo comum em potros prematuros, onde os tendões não apresentam uma adequada resistência. O tratamento é feito com talas (bandagens corretivas​ com canos de PVC​) a fim de corrigir esse excesso de extensão dos membros, e estas permanecem até que os tendões adquirem resistência (deposição de cálcio).
2º LESÕES INERENTES A PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
2.1 Tendinites
Inflamação dos tendões.
2.2 Bursite
Inflamação das bolsas subcutâneas​ do entorno da cápsula articular.
2.3 Tenossinovite
Inflamação das bainhas sinoviais dos tendões – “Ovas”​
2.4 Desmites
Inflamação de ligamentos​.Tendinite
Desmite
Tenossinovite
Bursite
 
Caso haja alguma torção ou entorce nesta articulação por vezes pode ocorrer a ruptura de algumas fibras gerando um processo inflamatório.	
																																									
DIAGNÓSTICO 
· Anamnese: Claudicação evidente quando “frio” → Quando o cavalo é retirado da cocheira e está com o membro praticamente elevado, porém conforme vai se exercitando recobra a normalidade → característico de lesão de tecidos moles;
· Exame físico: “Pinçamento” com os dedos na região onde está mais elevada para evidenciamento da reação dolorosa;
· Ultrassonografia.
TRATAMENTO
· Repouso;
· Meloxican;Anti-inflamatórios de eleição
administrados por via parenteral
· Fenilbutazona;
· DMSO.
3º EXTREMIDADES PODAIS
3.1 CASCO
Para realizar o exame físico do casco utiliza-se da pinça de casco para efetuar o pinçamento do mesmo, sendo executado da região da pinça em direção aos talões, tanto da face lateral quanto medial, e no momento que o animal apresentar sinal de dor (tentar tirar o casco da mão do veterinário), isso determina o local no casco aonde este encontra-se acometido.
Antes do início do exame deve-se retirar as ferraduras do animal e realizar a higienização do casco.
Pinça de casco
A região da Ranilha é considerada o coração do casco, é formada por cartilagem e é um tecido bem maleável. Esta região auxilia no bombeamento e retorno venoso. No momento que o animal coloca o casco no chão devido ao peso este expande, e a ranilha é pressionada e efetua esse auxílio.
A barra da ranilha possui a função de fornecer estabilidade para o estojo córneo.
Os cascos dos membros anteriores são mais ovais enquanto os cascos dos membros posteriores são mais alongados.
Animais com a região da ranilha mais profunda apresentam maior resistência em relação aqueles que possuem esta região mais superficial, e que acabam sofrendo mais com lesões e claudicações.Os vasos sanguíneos e nervos estão localizados tanto na face palpar e plantar medial e lateral dos membros.
Inervação do dígito equino
1- Nervo palmar/plantar 
2- Nervo palmar/plantar digital
3- Ramo dorsal do Nervo palmar/plantar digital
4- Nervo metacárpico/metatársico palmar/plantar
A 3º falange está inserida no estojo córneo através das lâminas do casco.
Irrigação do dígito equino
1- Artéria digital palmar 
2- Ramo palmar/plantar digital a falange proximal
3- Ramo ao coxim digital
4- Ramo dorsal a falange média
5- Ramo dorsal a falange distal
6- Artéria circunflexa
 
Com o auxílio do Raio X verifica-se se há ou não rotação da 3º falange. O TFDP acaba tracionando caudalmente a 3º falange e como não há uma boa comunicação entre o estojo córneo e as laminas do casco devido ao processo inflamatório (laminite grave) isso faz com que está 3º falange se desprenda do estojo córneo gerando a rotação de 3º falange. Quando a rotação estiver acima de 5º já é extremamente grave, podendo gerar perfuração de casco.
CAUSAS DE LAMINITES
· Síndrome Cólica – Endotoxinas​
· Traumáticas – contusões​
· Êmbolos sépticos – Adenite equina (garrotilho): Doença de TRS causada pelo Streptococcus equi subespécie zooepidemicus.
DIAGNÓSTICO DE LAMINITES
· Aumento da temperatura do casco: Com o dorso da mão aferir a temperatura do casco que está sendo examinado e comparar com a temperatura do casco contralateral;
· Pulso positivo das artérias digitais: Na articulação metacarpofalangica é possível sentir a pulsação das artérias, e também deve-se realizar a comparação com o membro contralateral;
· Dor ao pinçamento pela pinça de casco;
· Posição anti-álgica: Deslocamento do peso caudalmente. 
Em estado fisiológico o maior peso encontra-se nos membros anteriores.
· Casos graves de Laminites → Tensão do TFDP → Rotação de 3º falange.
 
Se observa o aprofundamento da região da coroa e pode ocorrer perfuração da sola do casco.
Tratamento: Tenotomia do TFDP
TRATAMENTO
· Laminites traumáticas ou por endotoxinas
· Fenilbutazona (2,2-4,4mg/Kg – IV, SID) ou Meloxicam (2mg/Kg – IV, SID)​ → Fármacos de eleição;
· Ácido Acetil Salicílico (AAS​) → Laminites derivadas de endotoxinas reduzem a perfusão sanguínea do casco, sendo necessário o uso de AAS para tornar o sangue do animal menos viscoso, mais fluido e passível de ser perfundido por dentro do casco;
· Acepromazina – 0,03mg/Kg – IV – BID​ a cada 12h → Vasodilatação periférica;
· Flunixin meglumine em dose anti-toximêmica: 0,5mg/Kg – IV - BID → Adsorvente de toxinas;
· Crioterapia​: Tem como objetivo a estabilização de enzimas que são extremamente nocivas nas lâminas do casco. O uso do gelo reduz a temperatura, tornando inadequado o ponto de ação destas enzimas que são nocivas e que levam a degeneração das lâminas dos cascos, no entanto o seu uso é questionável para cólicas com mais de 48 h desde sua origem, pois acredita-se que as lesões nas lâminas já foram significativas e o uso do gelo não teria efeito.
· Botinhas com isopor: Amortecer o impacto​ do casco que gera muita dor;
· Cama alta na cocheira​ para também amortecer o impacto dos cascos;
· Casos graves: ​
· Tenotomia de TDFP → Laminites severas que geram rotação de 3º falange).Crioterapia
Botinhas p/ amortecer o impacto
3.2 PODODERMATITE – “BROCA”
Acomete animais submetidos a terrenos alagadiços, o que leva ao enfraquecimento da resistência do tecido córneo (queratina) do casco, oque favorece o surgimento de microfraturas que formam pontos de infecção e desenvolvem a pododermatite séptica, ou popularmente conhecida como Broca. 
Para realizar a avaliação da broca, é necessário ir limpando o casco com o auxílio da rineta e observando os pontos de fratura, quão profundos são, se há drenagem de algum tipo de secreção, caso haja, é neste local o principal foco da pododermatite. 
A pododermatite exala um cheiro bem característico, em função da ação da bactéria Fusobacterium necrophorum que causa a lesão no tecido. Ao realizar o debridamento do tecido córneo lesado para determinar a sua profundidade já está se realizando um dos tratamentos, pois a bactéria é anaeróbica, ou seja, necessita de um ambiente sem oxigênio para sua sobrevivência. A broca quando adentra pela região da sola do casco, fistula na região da coroa do mesmo (claudicação grau 5).
DIAGNÓSTICO
· Durante a limpeza do casco observa-se o tecido córneo com coloração mais escurecida (cinza), presença de drenagem de líquido com odor característico;
· Depressão na sola, muralha, ranilha, sulco da ranilha, talão ou na linha branca do casco;
· Pinçamento do casco para localização do foco da dor​;
· Radiografia para avaliar grau de acometimento da lesão​.
TRATAMENTO
· Limpeza do casco e abertura​;
· Pedilúvio com Permanganato de potássio​: Deixa o membro acometido mergulhado na solução por 15-20 min, retira, seca e na região que foi feito o debridamento coloca-se gazes embebidas com Iodo 5% e faz-se uma botinha, e deixa em repouso absoluto em cama alta;
· Cloridrato de Ceftiofur – 2,0mg/Kg – IM - SID​ por 5 dias consecutivos.
3.3 ABCESSO SUB-SOLEAR​
É o desprendimento de êmbolos sépticos na corrente sanguínea​, ocorridos por processos inflamatórios causados por Streptococcus equi subespécie zooepidemicos​ responsável pela adenite equina (garrotilho). Estes êmbolos chegam até a microcirculação do casco, param lá, formam abcessos que geram processos inflamatórios e causam dor devido à pressão exercida no casco.
DIAGNÓSTICO
· Pinçamento do casco​.
· Radiografia – Extensão do abcesso.
· Diferenciação para a pododermatite: SEMPRE vai ter liquido sendo drenado, odor característico, coloração acinzentada na sola, enquanto no abcesso sub-solear não há visualização de nenhuma alteração, somente o animal claudicando.
TRATAMENTO
· Limpeza do casco e abertura​;
· Pedilúvio com Permanganato de potássio​: Deixa o membro acometido mergulhado na solução por 15-20 min, retira, seca e na região que foi feito o debridamento coloca-se gazes embebidas com Iodo 5% e faz-se uma botinha, e deixa em repouso absoluto em cama alta;
· Cloridrato de Ceftiofur – 2,0mg/Kg – IM - SID​ por 5 dias consecutivos.
· Fenilbultazona 2,2-4,4mg/Kg – SID – IV ou Meloxicam – 2mg/Kg – IV – SID​.
4º AFECÇÕES ÓSSEAS
1. ​ Síndrome Navicular – Osso e Bursa​;
2. Osteoartrite Társica ou Esparavão ósseo​;
3. Osteítes Podais​;
4. Kissing Spines​;
5. Ring bone​;
6. Cistos ​Subcondrais.
1. SÍNDROME NAVICULAR – OSSO E BURSA​
É processo inflamatório e degenerativo do osso navicular sendo chamado de síndrome pois a lesão por vezes acaba reverberando para tecidos circunjacentes como o TFDP que passa sob a margem do osso navicular, a membrana (bursa) que envolve o osso navicular, bem como a articulação interfalangeana distal. É uma das causas mais comuns de lesões podal, principalmente em animais de salto e de hipismo devido à pressão exercida constantemente.
O diagnóstico pode ser feito através do pinçamento dos talões e cruzado de ranilha, uso de bloqueios anestésicos​ (bloqueio do nervo digital palmar lateral e medial, em anel de quartela, e perineural do sesamóide abaxial); Raio X​ e ultrassonografia na região da ranilha.
2. OSTEÍTES PODAIS​ E RING BONE​
Para conter um processo inflamatório o organismo gera os ring bone que são deposições de substâncias minerais no entorno das articulações. Para conter um processo inflamatório articular (artrite) o organismo gera as pontas ósseas que são deposições de substâncias minerais. Agora quando o organismo NÃO consegue conter um processo inflamatório, ele mobiliza mais cálcio e fósforo dos ossos para o sangue. 
É desencadeada pela sobrecarga articular e óssea​, acomete animais submetidos a elevados impactos nos dígitos (cavalos de hipismo) o que leva a inflamação e degeneração óssea e articular prolongada.
3. KISSING SPINES​
São sobreposição dos processos espinhosos dorsais, que levam os animais a apresentarem lordose pronunciada.
TRATAMENTO PARA KISSING SPINES, RING BONE, OSTEÍTE PODAL ​ 
· Repouso; ​
· Contenção do processo inflamatório → Meloxican; ​
· Degeneração óssea​ → Ácido Tiludrônico: Para evitar a mobilização de cálcio dos ossos para o sangue → bloquear a atividade osteoclástica → tornar o osso mais resistente.
 
4. CISTOS SUBCONDRAIS​
Ocorrem embaixo da cartilagem intra-articular, sendo falhas no crescimento ósseo o que gera pontos de fragilidade tornando o animal passível de fraturas​. 
Acomete principalmente animais jovens (potros) que são mantidos grande parte do tempo confinados na cocheira, ou seja, tem sua movimentação restrita, o que impede a ocorrência do atrito ósseo 	durante o seu desenvolvimento. Este atrito auxilia no crescimento de ossos longos e aumenta a espessura óssea o gera a consolidação da estrutura óssea. O excesso de proteína na dieta também contribui para a ocorrência dos cistos.
TRATAMENTO
· Fixação por pinos​: Geração de processo inflamatório na região, mobilização de cálcio e estagnação do ponto que seria de fratura.
· Administração de glicosaminoglicanos e ácido hialurônico: Regeneração da matriz cartilaginosa.
5. RABDOMIÓLISE​
Também conhecido como “mal da segunda feira” é um processo inflamatório resultante do acúmulo de ácido láctico na fibra muscular esquelética, por animais não adaptados a atividades físicas que ultrapassam sua rotina de exercício​. Também pode ser induzida por uma alimentação rica em carboidratos.
A quantidade de mitocôndrias presentes na fibra muscular equivale a quantidade de exercício que este animal é submetido para este processo de obtenção de energia (ATP) para realizar a contração muscular. 1 molécula de glicose é transformada em 38 moléculas de ATP.
FATOR DESENCADEADOR
· Atividade física extenuante​;
· Contenção severa ao animal​.
​
CAUSAS PREDISPONENTES
· Alimentação ​rica em amido e deficiente em vit. E e Selênio​ (antioxidantes);
· Hipotireoidismo​ (animais acima de 18 anos).
SINAIS CLÍNICOS
· Mialgia intensa​;
· Andar rígido​;
· Reluta em se levantar​;
· Espasmos e tremores musculares​; 
· Sudorese​;
· Posição de “cão sentado”​;
· FC = acima 60 bat. /Min​
· FR = acima 16 movimentos resp./min​
· Febre​
​
DIAGNÓSTICO
· Anamnese e sinais clínicos​.
​
EXAME COMPLEMENTARES
· Urinálise – Mioglubinúria​;
· Bioquímica Sérica​ (grau de lesão da fibra muscular);
· Creatina Quinase - CK​
· Aspartato aminotransferase – AST​
· Lactato desidrogenase – LDH​
TRATAMENTO
· Ringer sem lactato​ – Hidratação para diluir a hipermioglobinemia, aumentando a diurese com a excreção desta pelos rins;
· Acepromazina – 0,05mg/kg​
· Fenilbutazona – 2,2 – 4,4mg/kg​
· Meloxicam – 0,6mg/kg​
· Dantrolene sódico – 2mg/Kg - VO​ (relaxante muscular)
· Dieta balanceada com Vit. E e Selênio​
· Repouso absoluto​.
6. PARALISIA HIPERCALÊMICA - HYPP​
Ocorre problemas de transporte de íons de potássio​ no momento da despolarização da membrana (hiperpolarização) → Episódios intermitentes de contrações musculares tônico-clônicas → animal apresenta tremores e fasciculações. Ocorre SOMENTE na raça Quarto-de-milha​ em cavalos descendentes do garanhão Impressive.
NÍVEIS SÉRICOS DE K: ​
· Normal observados antes: ​
· 3 - 5mEq/L​
· Episódios: ​
· 7 - 9mEq/L​
​
DIAGNÓSTICO
· Teste de DNA pelo sangue​;
· Administração via sonda nasogástrica de KCl - 0,1g/Kg diluídos em 3 litros de água: Provoca crises de 1-4 horas em animais susceptíveis​ (não é mais feito).
TRATAMENTO
· Gluconato de Cálcio a 20%​ (auxilia na mobilização de potássio menor → hiperpolarização da membrana);
· 0,2 a 0,4ml diluídosem glicose a 5%​
​
PROFILAXIA
· Evitar o uso reprodutivo dos animais positivos​;
· Balancear uma dieta com baixos teores de K+​
AFECÇÕES DO APARELHO URINÁRIO​
· Casuística baixa​.
· Nefrose e Urolitíase​;
· Secundária à outras afecções: ​
· Locomotor e gastrointestinal​.
· Outras afecções: ​
· Síndrome cólica​;
· Anemia hemolíticas – Babesiose ou Nutaliose​;
· Mioglubinúrias - Rabdomiólise​;
· Administração de fármacos que causam lesão renal​.

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