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Análise de Líquido Ruminal

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Criado por: Tatiane Castro - @vettati 
Análise de Líquido Ruminal 
SISTEMA DIGESTÓRIO E BIOQUÍMICA RUMINAL 
• Pluricavitário: 
o Rúmen: fermentação microbiana, 
maceração; 
o Retículo: separação dos alimentos; 
o Omaso: absorção de água, minerais e 
maceração dos alimentos; 
o Abomaso: digestão química. 
 
• Ruminantes não possuem enzimas 
degradadoras de fibras, esse papel é feito por 
bactérias, fungos e protozoários. 
• Os alimentos consumidos são fermentados no 
rúmen antes da digestão gástrica e intestinal e 
a eficiência desta fermentação está atrelada 
ao aproveitamento dos ingredientes da dieta 
pelo animal. 
• A qualidade e a quantidade dos produtos da 
fermentação são dependentes do tipo e 
atividade dos microorganismos do rúmen. 
 
ESTABELECIMENTO DA MICROBIOTA RUMINAL 
• Origem na saliva da mãe, úbere, nas fezes, no 
ambiente e em fontes alimentares. 
• Bactérias: inicialmente as Gram + que se fixam 
na parede do rúmen e com a introdução da 
alimentação sólida vão ganhando espaço as 
Gram -. 
• Leveduras: durante a 2a semana de vida, 
quanto conteúdo de fibra na dieta maior a 
quantidade de leveduras. 
• Protozoários: contato com outro animal com a 
microbiota já estabelecida – saliva, alimento 
com saliva. 
o Não sobrevivem em pH > 6 – ocupam um 
volume maior, mas as bactérias que estão 
em maior quantidade. 
• Esses microrganismos podem estar aderidos a 
parede do rúmen, nas partículas alimentares 
ou flutuando no líquido ruminal. 
 
ALTERAÇÕES DIGESTIVAS DOS PRÉ-
ESTÔMAGOS 
• Representam uma das principais ocorrências 
na rotina clínica. 
• A análise do fluido ruminal auxilia o 
estabelecimento da etiologia e orienta a 
terapêutica e profilaxia. 
• Muitos testes podem ser realizados a campo. 
Acidose Ruminal 
• Um dos principais disturbios. 
• É caracterizado por um aumento do nível de 
lactato sanguíneo: > 5 mmol/L (normal = 1,2 
mmol/L). 
• Etiologia: manejo alimentar, altas quantidades 
de grãos. 
o Subaguda: por acúmulo de ácidos graxos 
voláteis. 
o Aguda: acúmulo de ácido lático. 
COLHEITA DA AMOSTRA 
• Geralmente realizada com sonda oro-gástrica 
ou por punção ruminal – tomando cuidado 
para não ter contaminação peritoneal. 
o Sonda com comprimento mínimo de 2,3 
metros com extremidade flexível e pesada 
+ guia de boca para o animal morder e 
facilitar a introdução da sonda. 
• Quantidade ideal: 400 mL. 
• Variações nos resultados: local da 
amostragem e ingestão de alimentos, saliva e 
água. 
• Avaliação precisa ser feita imediata para evitar 
os efeitos do resfriamento e da exposição ao ar. 
• Teor de cloretos: 9 hrs na TA ou 24 hrs 
refrigerado. 
• Manter um conforto térmico!! – garrafa 
térmica ou algum recipiente que impeça a 
exposição ao ar e frio. 
 
Criado por: Tatiane Castro - @vettati 
ANÁLISE DO FLUIDO RUMINAL 
Exame Físico 
Cor 
• Verde oliva ou acastanhado = volumoso verde. 
• Acinzentado ou castanho = silagem ou 
volumoso seco. 
Mudando isso = quadro patológico !! 
• Cinza ou verde leitoso = acidose ruminal. 
• Verde enegrecido = atonia ruminal/ 
decomposição protéica. 
Consistência 
• Levemente viscoso = condições saudáveis. 
• Aquoso = acidose ruminal. 
• Densa = timpanismo espumoso. 
• Muito viscosa = contaminação por saliva. 
Odor 
• Aromático = normal, com base na 
alimentação. 
• Inodoro = microflora inativa. 
• Ácido = acidose ruminal. 
• Pútrido = decomposição proteíca. 
• Amoniacal = intoxicação por ureia. 
 
Sedimentação e Flotação 
• Tempo de atividade de sedimentação e 
flotação (TAS) → avaliação rápida da atividade 
da microflora. 
o Pode ser feito a campo – pega umas 100 
mL e coloca em uma proveta e conta 
quando ocorre sedimentação e flotação. 
• 4 a 8 minutos: digestão pró-ventricular normal. 
• O suco pode estar inativo devido alimento 
pobre, anorexia prolongada ou inapetência → 
sedimentação rápida com flotação rápida ou 
ausente. 
 
Exame Bioquímico 
pH 
• Grande importância. 
• Há uma estreita faixa de pH adequada 
estabelecida pelo desenvolvimento de reações 
bioquímicas e o estabelecimento de bactérias e 
protozoários intra-ruminais. 
• As variações dependem do tipo de alimento, 
intervalo entre alimentações, anorexia 
prolongada e a contínua ingestão de saliva. 
• Faixa de pH = 5,5 - 7,4 
5,5 = alimentos ricos em fibra bruta e ou proteínas; 
7,4 = alimentos ricos em carboidratos. 
• A contaminação por saliva aumenta o pH, 
então é importante desprezar os primeiros 
jatos na colheita por sonda. 
o Desconsiderar os primeiros 200 mL e a 
amostra precisa ser superior a 300 mL. 
 
 
Prova de Redução do Azul de Metileno - PRAM 
• Avalia o potencial redox, ou seja, a capacidade 
metabólica fermentativa. 
• São usados dois tubos: o controle no qual 
coloca o fluido e no outro o fluido + corante. 
o Vai formar um botão azul na porção 
superior – as bactérias são anaeróbicas e 
não estão presentes ali. 
• Azul de metileno a 0,03% + 10 mL de suco 
ruminal. 
• É uma forma de avaliação indireta para 
determinar o tempo que os microorganismos 
levaram para reduzir o corante. 
• Depende também do tempo de alimentação, 
sendo a faixa de normalidade para bovinos: 
Pastagem = 3 a 6 minutos 
Concentrado = pouco mais de um minuto 
• Se o pH estiver abaixo de 5, o tempo vai 
aumentar. 
 
 
 
Acidose 
ruminal 
Anorexia 
prolongada
Redução de 
pH
Intoxicação 
por ureia 
Forragem 
de má 
qualidade
Alcalose 
ruminal
Criado por: Tatiane Castro - @vettati 
Teor de Cloretos 
• É um parâmetro que auxilia no diagnóstico das 
obstruções de passagem pelo abomaso e 
intestinos. 
• Normal = 15 a 30 mEq/L. 
• Aumento de cloretos: 
o Administração de NaCl; 
o Paralisia do ID ou IG; 
o Outras causas: 
ABOMASO INTESTINO DELGADO 
Refluxo abomasal Fitobenzoários 
Deslocamento Intussuscepção 
Torção Vôlvulo 
Estrangulamento 
 
• Prova de grande auxílio clínico, determinante 
para auxílio definitivo e possui fácil e barata 
execução. 
• Feita pelo método colorimétrico e há kits 
comerciais. 
 
Exame Microscópico 
Infusórios 
• São protozoários, bactérias e fungos que 
normalmente habitam o fluido ruminal, 
anaeróbios estritos e produtores de enzimas. 
• São sensíveis às anormalidades do conteúdo 
ruminal. 
• São indicadores da boa função digestiva do 
rúmen. 
• Sensíveis a pH inferior a 5.0. 
• O número de protozoários depende da 
composição da dieta, hora do arraçoamento e 
do local de coleta no rúmen. 
o Mais abundante = animais que ingerem 
rações ricas em concentrados, 
• São diferenciados em: pequenos, médios e 
grandes = normal: P>M>G 
 
• No exame direto: 
o Viabilidade = % de vivos; 
o Densidade = % Vivos + Mortos 
▪ Abundante: +++ 
▪ Moderada: ++ 
▪ Escassa: + 
o Mortalidade. 
• Quando há distúrbios ruminais os grandes 
morrem primeiro, depois os médios e 
pequenos. 
 
Bactérias 
• Predominam no fluido ruminal as bactérias 
gram negativas. 
• Na acidose ruminal, há crescimento de 
bactérias produtoras de ácido lático – gram 
positivas. 
o Coloração de Gram pode ser útil em 
casos de suspeita. 
• Fazem a digestão de carboidratos para utilizar 
como fonte de energia dextrose, pentoses, 
glicoses, lactatos, fumaratos ou hidrogênio. 
 
Fungos 
• Atuam na degradação das células vegetais 
mais velhas – são recobertas por lignina, 
quitina, taninos e sílica e isso dificulta a adesão 
e consequente ação dos microrganismos 
ruminais a parede celular. 
• Isso permite que outros microrganismos 
possam continuar a digestão das proteínas e 
carboidratos vegetais. 
 
Outros Testes 
• Digestão da celulose. 
• Fermentação da glicose. 
• Redução do nitrito 
• Acidez titulável. 
• Determinação dos ácidos graxos voláteis.

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