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Microbiota RuminaL

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Microbiota RuminaL 
 - ruminantes são os que melhor utilizam as frações fibrosas da parede celular; 
 -Possuem câmeras fermentativas em seu trato digestivo, sendo mais eficientes 
 no aproveitamento de alimentos fibrosos e produtos da fermentação, 
 principalmente nos animais mantidos em pastejo. 
 -estômago multicavitário deriva embrionariamente do estômago simples, e é 
 dividido em quatro partes: rúmen, retículo, omaso e abomaso ; 
 -No rúmen e no ceco, o desenvolvimento desta microflora e microfauna 
 permite o aproveitamento eficiente de vários nutrientes, principalmente para 
 produção de energia, essencial na manutenção e produção; 
 -rúmen > considerado um ecossistema único, diverso, povoado por 
 microrganismos: bactérias, fungos e protozoários .; 
 1. bactérias constituem de 60 a 90% da biomassa microbiana com cerca 
 de 200 espécies distintas; 
 -processo digestivo é um sistema dinâmico que envolve a entrada de 
 alimentos no rúmen e a saída de líquidos, partículas, microrganismos e 
 resíduos não degradados para o omaso e abomaso; 
 -Durante o processo evolutivo, desenvolveram a capacidade de aproveitar de 
 forma eficiente carboidratos estruturais como fonte energética e compostos 
 nitrogenados não-proteicos como fonte de proteína ; 
 - os microrganismos ruminais que degradam as partículas de alimento podem 
 ser funcionalmente divididos em grupos distintos: bactérias livres e 
 associadas ao fluído ruminal; bactérias fracamente associadas as partículas; 
 e bactérias fortemente aderidas as partículas de alimento . 
 ● Caracterização ruminal 
 -Câmaras fermentativas; 
 - composto de partículas, agregados de alimentos e microrganismos 
 anaeróbios, como protozoários, bactérias, micoplasmas e bacteriófagos, que 
 convivem de forma interativa entre si. 
 -Protozoários ciliados e bactérias representam quase que em totalidade; 
 -rúmen apresenta características peculiares que o torna um ecosssistema 
 anaeróbico propício para o desenvolvimento microbiano >>> 
 1. sistema é essencialmente isotérmico (38º a 42º C) e é regulado pelo 
 metabolismo homeotérmico do animal hospedeiro. ideal para a 
 atividade enzimática microbiana; 
 2. conservação das condições anaeróbias do ambiente ruminal é mantida 
 através dos gases oriundos da fermentação, como o gás carbônico, 
 metano e traços de hidrogênio; 
 3. pH (6,0 – 7,0) permanece relativamente constante, devido à remoção 
 contínua dos ácidos (produzidos pela fermentação ruminal), pela 
 absorção através da parede do rúmen e sua neutralização pelas 
 substâncias tamponantes presentes na saliva. 
 4. fornecimento contínuo de substrato, que é o alimento destes 
 microrganismos; 
 5. movimentos contínuos do retículo-rúmen, que apresentam e inoculam 
 estes microrganismos nas partículas de alimento (substrato 
 microbiano); 
 6. alta umidade (em torno de 80% a 90% de água); 
 7. pressão osmótica não varia muito , pois a concentração de íons é 
 regulada pela absorção, diluição e passagem para os outros 
 compartimentos; 
 8. produtos resultantes da fermentação são continuamente removidos, 
 não havendo acumulação; retirada contínua dos produtos finais da 
 fermentação, que poderiam acumular e se tornarem tóxicos 
 9. baixa concentração de oxigênio no rúmen , como indicado por um 
 potencial negativo de oxi-redução (de –250 a –450 milivolts) favorece o 
 desenvolvimento de microorganismos anaeróbicos obrigatórios, tendo 
 também um pequeno desenvolvimento de bactérias anaeróbicos 
 facultativas - anaeróbicos obrigatórios e facultativas ; apesar dos 
 microorganismos serem predominantemente anaeróbicos, eles podem 
 suportar algum oxigênio que chega ao rúmen através do alimento, 
 água e difusão através da parede ruminal. Este oxigênio é rapidamente 
 metabolizado e serve como doador de elétrons na fermentação. 
 partículas, agregados de alimentos e microrganismos anaeróbios; 
 -animais ruminantes possuem algumas modificações em seu trato digestório 
 decorrentes da evolução, tais modificações surgiram principalmente devido 
 ao tipo de dieta desses animais, que é baseada em alimentos com alto teor de 
 fibra. 
 - modificações no TGI dos ruminantes começam pela boca, pois esses animais 
 não possuem dentes incisivos superiores, nos bovinos a língua funciona como 
 um êmbolo, apreendendo e conduzindo o alimento para a cavidade bucal; 
 Outra modificação está na saliva dos ruminantes, diferenciando esses 
 animais dos não-ruminantes, pois na saliva dos não-ruminantes existe a 
 enzima α-amilase que atua na digestão do amido, já a saliva dos ruminantes 
 não possui tal enzima e têm pH alcalino, que atua no tamponamento do 
 rúmen , auxiliando na manutenção das condições ideias de pH no ambiente 
 ruminal, além de que a saliva desses animais atua no processo de reciclagem 
 de nitrogênio, participando do ciclo da ureia 
 - três primeiros compartimentos do estômago dos ruminantes (rúmen, retículo 
 e omaso) abrigam os microrganismos e, portanto, possuem atividade 
 fermentativa; por essa razão, são revestidos por um epitélio não glandular 
 com mucosa absortiva; Abomaso assemelha-se o estômago dos não 
 ruminantes, possuindo epitélio revestido por mucosa com glândulas 
 secretoras de ácido, muco e hormônios; câmeras de fermentação retêm o 
 alimento, para que os microrganismos possam fermentá-los em meio 
 anaeróbico, além de fornecer condições ideais de pH; 
 -A fermentação realizada pela microbiota ruminal, sintetiza nutrientes como 
 proteínas, ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e vitaminas do complexo B; 
 -As adaptações evolutivas do sistema digestório dos ruminantes, resultaram 
 em melhor aproveitamento da fibra dietética e concedeu a esses animais 
 menor necessidade de consumirem fontes externas de vitaminas do complexo 
 e aminoácidos essenciais; 
 ● MICROORGANISMOS DO RÚMEN 
 ➔ Bactérias ruminais 
 - seres mais diversos no conteúdo ruminal, tanto em número quanto em 
 atividade metabólica. 
 -importância no processo de fermentação e na degradação da lignina, 
 celulose, hemicelulose, como também a proteína, o amido e o óleo contido nos 
 alimentos. 
 - a simbiose entre as bactérias e entre outros microrganismos promove a 
 formação de ácidos graxos voláteis e a proteína microbiana ruminal. 
 - podem variar de 1 a 5 µm; 
 - espécies de bactérias também podem variar quanto à forma, podendo 
 apresentar-se como cocos, bacilos, entre outras ; 
 - bactérias gram-positivas > apresentam uma membrana externa menos 
 complexa, sendo esta preservada por uma camada glicopeptídica, já as 
 gram-negativas apresentam dupla membrana externa, as quais são 
 conectadas por uma camada de glicopeptídeos; 
 -classificaçãodas bactérias comumente usada pelos pesquisadores é 
 fundamentada no tipo de substrato em que os microrganismos agem e nos 
 produtos finais da fermentação. 
 1. fermentadoras de carboidratos estruturais (celulolíticas) - maioria das 
 bactérias degradadoras desses carboidratos são gram-positivas , 
 degradando a celulose e formando o acetato , disponibilizam substratos 
 para as demais bactérias, sobretudo as metanogênicas 
 (Gram-positivas), que utilizam CO2 e H2 para a produção do metano; 
 são hábeis a produzir a enzima extracelular, por meio da hidrólise da 
 celulose; celulases , na grande maioria, encontram-se coligadas às 
 células que se aderem à porção fibrosa do conteúdo ruminal. 
 Para o desenvolvimento das bactérias celulolíticas, os ácidos graxos de 
 cadeia ramificada são fundamentais; 
 principais produtos formados pelos organismos celulolíticos são o 
 acetato, succinato, formato, butirato, H2 e CO2 ; Também ocorre a 
 liberação de lactato e etanol; 
 ex. B utyrivibrio fibrisolvens, Ruminococcus albus, Ruminococcus 
 flavefaciens e Bacteroides succinogenes ; 
 a diminuição do pH ruminal (<6,0) minimiza a atividade destes 
 microrganismos e quando os níveis decrescem mesmo em pequenas 
 quantidades, pode ocorrer a inibição da digestão da celulose; 
 Estudos comprovam que em baixo pH intracelular, estes 
 microrganismos cessam a atividade de crescimento, isto ocorre devido 
 a instabilidade no gradiente de pH, ocasionando uma toxicidade na 
 célula bacteriana pelo acúmulo de ânions ; 
 atividade celulolítica também pode ser inibida devido à inclusão de 
 amido na alimentação, o que induz o desenvolvimento de bactérias 
 amilolíticas e altera a digestão da fibra, em decorrência à competição 
 entre os distintos grupos; 
 2. fermentadoras de carboidratos não-estruturais - amilolíticas e 
 pectinolíticas, como também metanogênicas, proteolíticas, lipolíticas e 
 láticas; 
 Já as bactérias amilolíticas (Gram-negativas ) digerem o amido e formam 
 o propionato , o qual é precursor gliconeogênico nos ruminantes; 
 Também são encontradas outras bactérias responsáveis pela 
 degradação de lipídeos, principalmente as proteolíticas 
 (Gram-positivas), que geram o nitrogênio em forma de amônia (NH3) 
 para as bactérias celulolíticas; 
 fundamentais na quebra ruminal do amido, sendo este processo 
 realizado pela enzima amilase; 
 fermentação do amido é realizada por espécies do gênero Bacteroides, 
 principalmente a Bacteroides amylophilus. 
 Dentre as bactérias proteolíticas ruminais, a maioria tem capacidade 
 de degradar a proteína. Bacteroides amylophilus e Bacteroides 
 ruminicola utilizam os aminoácidos como principal fonte de energia. 
 Quando degradada a proteína proveniente da dieta, por parte dos 
 microrganismos, ocorre a formação de ácidos graxos e amônia. Se 
 houver elevada degradação de proteína, o hospedeiro reduz a retenção 
 de N; 
 -Outro grupo de microrganismos bastante relevante para o ambiente ruminal 
 são as archeas metanogênicas , as quais auxiliam na manutenção e 
 estabilização das atividades do rúmen, sendo representadas por uma 
 pequena parcela da biomassa ruminal 
 Quando ocorre uma elevada produção de H2 no rúmen, as metanogênicas, 
 principalmente o gênero Methanobacterium, utilizam este composto para 
 minimizar o CO2 e sintetizar o CH4, contribuem desta forma, para a 
 reciclagem do NAD oxidado e auxiliam na continuidade nos processos 
 fermentativos 
 - principais microorganismo encontrados no rúmen e que são responsáveis 
 em grande parte pela fermentação são as bactérias 
 -maioria composta por bactérias anaeróbicas obrigatórias, podendo ser 
 encontradas anaeróbicas facultativas, 
 -Existem muitas maneiras pelas quais as bactérias ruminais podem ser 
 classificadas. Algumas destas, incluem aspectos morfológicos , como forma 
 (cocos, bastonetes), tamanho (que normalmente variam de 0,3 a 50 um ) e 
 estrutura (incluindo a presença de uma célula envolvente, estrutura 
 citoplástica, presença de apêndice e área aderente). 
 -classificação adotada pela maioria dos pesquisadores é baseada no tipo de 
 substrato em que ela atua e nos diferentes produtos finais da fermentação. 
 Por este método, as bactérias são classificadas baseada na utilização de 
 celulose, hemicelulose, amido, açúcares, ácidos, proteínas, lipídeos e pela 
 produção de metano, amônia e outros. 
 -Muitas espécies são capazes de atuar em mais de um substrato. 
 ★ Bactéria Celulolíticas 
 - habilidade bioquímica de produzir a enzima extracelular, celulase (que 
 atualmente acredita-se tratar de um complexo de diversas enzimas com 
 funções específicas no metabolismo de degradação da celulose até glucose), 
 -habilidade de utilizar a celobiose, que estão presentes em grande número no 
 rúmen, principalmente quando a dieta é rica em forragens. 
 -principais espécies são: Bacterioides succinogenes Ruminicoccus 
 flaverfaciens Ruminococcus albus Butyrivibrio fibrisolvens Eubacterium 
 cellulosolvens (em certas condições) Clostridium lochheadii (de menor 
 importância ) 
 ★ Bactérias hemicelulolíticas 
 -Grande parte das bactérias celulolíticas também é capaz de atuar na 
 degradação da molécula de hemicelulodse. 
 - também são capazes de degradar pectinas (daí, serem classificadas também 
 como bactérias hemicelulolíticas e pectinolíticas). 
 -principais espécies são: Butyrivibrio fibrisolvens Bacterioides ruminicola 
 Ruminococcus sp. lachnospira multiparus (principalmente pectinas) 
 Succinivibrio dextrinosolvens Treponema sp. Streptococcus bovis C 
 ★ Bactérias Amilolíticas 
 - responsáveis pela degradação do amido, presente em grande quantidade, 
 quando se usa ração rica em grãos como milho e sorgo. 
 -Certas espécies de bactérias celulolíticas podem também atuar na 
 degradação do amido, como B. succinogenes. 
 -se dá pela enzima amiliase, extracelular, sintetizada pelas bactérias, podendo 
 variar de acordo com a espécie e condições do meio (pH, crescimento 
 microbiano, etc.). 
 -principais espécies são: Bacterioides amylophilus Streptococcus bovis 
 Succininimonas amylolytica bacterioides ruminicola Succinivibrio 
 dextrinosolvens (principalmente dextrina) 
 ★ Bactérias utilizadoras de Açucares Simples 
 -Todas as bactérias ruminais que atuam na degradação de polissacarídeos 
 são capazes de utilizar açúcares simples (mono e dissacarídeos, como glicose, 
 celobiose, sacarose e maltose). Estes açúcares são encontrados usualmente 
 no rúmen, quando a dieta é rica em grãos ou quando as forragens contém 
 alta concentração de açúcares solúveis (principalmente forragens novas) 
 -espécies são: Ruminococcus flavefaciens (celubiose) Treponema bryantii 
 Lactobacillus vitulinus lactobacillus ruminus 
 ★ Bactérias que Utilizam Ácidos 
 -Alguns organismossão conhecidos por utilizarem ácidos produzidos durante 
 a fermentação como ácido lático, ácido succínico e ácido fórmico . 
 -principais espécies: Megasphaera elsdenii Selenomonas ruminantium 
 Veillonella alcalescens Anaerovibrio lipolytica Propioni bacterium Veillonella 
 gazogenes Peptostreptococcus elsdenii 
 ★ Bactérias Proteolíticas 
 -Muitas das bactérias presentes no rúmen são capazes de degradar proteína. 
 -Existem bactérias essencialmente proteolíticas, que utilizam aminoácidos 
 como fonte de energia primária. 
 -principais espécies são: Bacteroides amylophilus Baterioides ruminicola 
 Butyrivibrio fibrisolvens (alguma linhagens) Streptococcus bovis (algumas 
 linhagens) 
 ★ Bactérias Produtoras de Amônia 
 -São organismos capazes de produzir amônia de várias formas: pela 
 deaminação de aminoácidos, pela hidrólise da uréia , etc. 
 - amônia é encontrada invariavelmente no conteúdo ruminal, indicando que a 
 atividade destes microorganismos é bastante importante. 
 - principais espécies são: Bacterioides ruminicola Megasphaera elsdenii 
 Selenomonas ruminantium Butyrivibrio spp. (algumas linhagens) 
 ★ Bactérias produtoras de metano 
 -organismos capazes de produzir metano. 
 -são especialmente importantes para o ecossistema ruminal, pois tem um 
 papel importante na regulação de fermentação pela remoção das moléculas 
 de H2 para produção de CH4. 
 -Podem ser encontrados também, microorganismos que utilizam metanol, 
 metilalanina e acetato. 
 -principais espécies são: Methanosarcina barkerii Methanobrevibacter 
 ruminantium Methanobacterium formicicum Methanomicrobium mobile 
 ★ Bactérias Lipolíticas 
 -habilidade de sintetizar lipases (ezima extracelularnormalmente ligada a 
 membrana celular) que atuam na hidrólise de triglicerídeos, fosfolipédeos e 
 galactolipídeos. 
 -também são responsáveis pela hidrogenação de ácidos graxos de cadeia 
 longa e insaturada. 
 -principais espécies são: Anaerovibrio lipolytica Butyrivibrio sp. Butyrivibrio 
 fibrisolvens Treponema bryantii Eubacterium spp. Fusocillus spp. 
 Micrococcus sp. Ruminococcus albus 
 -alguns pesquisadores consideram como de importância inferior, em termos 
 de classificação, as bactérias que normalmente atuam na hidrólise de uréia 
 ( bactérias ureolíticas ), sem atuarem na hidrólise da proteína, sendo que as 
 principais espécies são Aerobacter aerogenes e Lactobacillus bifidus; 
 -bactérias que atuam na hidrólise de biureto ( biuretolíticas ) sendo a principal 
 espécie a Pseudomonas aeruginosas e as bactérias que utilizam sulfato, como 
 a Desulfotomaculuns ruminis. 
 ➔ Protozoários ruminais 
 -foram os primeiros microorganismos identificados no rúmen. 
 - tamanho muito superior às bactérias (aproximadamente 20 a 200 mm de 
 comprimento), 
 -representando cerca de 2% do peso do conteúdo ruminal, 40 % do total do 
 nitrogênio microbiano e são responsáveis por 60% dos produtos da 
 fermentação encontrados no rúmen. 
 -Todos são anaeróbicos. 
 -classificação > baseada na morfologia da célula; 
 -Normalmente, os protozoários encontrados no rúmen são da classe dos 
 Ciliados , dividindo-se nas sub-classes 
 1. Isotricha (ou Holotricha , na qual os gêneros Isotricha e Dasytricha 
 prevalecem em maior quantidade no rúmen) 
 2. Pirotricha (onde os gêneros Entodinium e Diplodinium prevalecem). 
 -ciliados são microorganismos bastantes versáteis, e apresentam uma 
 habilidade muito grande na degradação e fermentação de um grande 
 número de substratos, como celulose, hemicelulose, pectinas, amido, açúcar 
 solúveis e lipídeos. 
 armazenam uma grande quantidade de amido, que é usado como fonte de 
 energia; 
 são os proteolíticos e excretam aminoácidos e amônia como produto final da 
 digestão de proteína. 
 - papel muito importante no processo fermentativo que ocorre no 
 ecossistema ruminal. Entretanto, muito pouco se sabe sobre a importância e 
 o benefício destes para o animal hospedeiro. 
 -defaunação ( eliminação dos protozoários do rúmen), é conseguida através 
 do uso de agentes químicos, alterações na dieta ou pelo isolamento de 
 animais jovens. 
 seguintes conclusões podem ser sugeridas sobre o papel e importância dos 
 protozoários no ecossistema ruminal e para o animal: 
 1. a ausência dos protozoários no rúmen não afeta a eficiência do animal, 
 indicando que os protozoários não teriam uma função específica 
 essencial para o animal; 
 2. em alguns programas de alimentação, como em dietas com alta 
 energia, ricas em nitrogênio não protéico, a ausência dos protozoários 
 resulta numa melhoria da performance do animal; 
 3. a presença de protozoários no rúmen parece ser um fator fundamental 
 para o processo fermentativo, pois através da ingestão de partículas 
 alimentares e pelo armazenamento de amido, eles podem controlar o 
 nível de substrato disponível, uniformizando a fermentação entre os 
 intervalos de alimentação ; 
 4. através da fagocitose (ingestão ou engolfamento de bactérias), os 
 protozoários podem controlar a fermentação, principalmente em dietas 
 ricas em grãos; protozoários realizam o engolfamento das bactérias a 
 fim de utilizar os aminoácidos e ácidos nucleicos presentes.; 
 5. os protozoários podem servir como uma contínua fonte de nitrogênio 
 para as bactérias após sua morte e degradação (reciclagem de 
 proteína microbiana, pois muito da proteína do protozoário foi formada 
 a partir da proteína das bactérias, após a fagocitose). Este aspecto 
 pode ser bastante importante para animais em regime de pasto onde o 
 teor de proteína é inadequado; 
 6. a presença de protozoários tem importante efeito sobre a relação entre 
 os ácidos graxos voláteis, especialmente em dietas ricas em grãos. 
 -algumas espécies de protozoários são encontradas nas primeiras seis 
 semanas de vida do animal, sendo que a colonização destes microrganismos 
 varia conforme a dieta disponibilizada; 
 - saliva é responsável pela fonte de protozoários nos ruminantes, pois estes 
 microrganismos migram pelo contato direto com animais faunados 
 - 74% dos protozoários ruminais permanecem no espaço retículo-rúmen. 
 ➔ Fungos ruminais 
 -pertencentes ao filo Neocallimastigomycota 
 -podem constituir em torno de 8% da microbiota ruminal, quando os animais 
 estão em dietas com alta concentração fibrosa e são responsáveis, 
 principalmente, pela degradação da parte lignificada da parede celular, 
 sendo todos anaeróbicos restritos; 
 -Por está característica, apresentam importante papel quanto a digestão de 
 forragens tropicais, fatores também ligados a suas habilidades enzimáticas e 
 de locomoção e aderência para degradação de celulose e hemicelulose 
 lignificadas. essa capacidade de ação sobre a parede vegetal dasforragens 
 diminui a rigidez estrutural, aumentando a superfície de aderência para as 
 bactérias 
 - A transmissão de fungos entre os ruminantes pode ser via saliva ou ar, ou 
 quando estão aderidos a partículas de alimentos que serão ingeridos e, ao 
 chegar ao rúmen, permanece na fase líquida até aderir e começar a 
 degradação da parede vegetal do alimento, sendo o crescimento do seu 
 micélio estritamente ligado ao substrato 
 -Pouco ainda se sabe sobre a importância dos fungos no processo 
 fermentativo, mas parece que eles estão associados com a degradação da 
 fibra no rúmen (principalmente celulose e xilanas) e estão presentes em 
 grande número quando a dieta é rica em forragens. 
 -principais espécies identificadas são: Neocallimatrix frontalis 
 Sphaeromonas communis piromonas communis 
 -Mycoplasmas > microorganismo anaeróbico obrigatório encontrado no 
 rúmen que degradava células bacterianas e que mais tarde foi caracterizado 
 como Mycoplasma, o qual apresentava habilidade também em hidrolizar 
 caseína; pertencem ao gênero Anaeroplasma, cocos, com aproximadamente 
 500nm de diâmetro, gram-negativos e tem habilidades para fermentar amido 
 e produzir enzimas proteolíticas e bacteriolíticas; As principais espécies 
 identificadas são : Anaeroplasma abactoclasticum Anaeroplasma 
 bactoclasticum 
 ● Interação microrganismos/microbiota – hospedeiro 
 -ruminante apresenta grande habilidade de aproveitar uma gama de 
 alimentos para a obtenção de nutrientes. Essa capacidade se deve a relação 
 simbiótica existente entre as populações microbianas que habitam o 
 compartimento ruminal e o hospedeiro 
 - Os herbívoros não contêm enzimas responsáveis pela digestão das fibras 
 presentes na dieta. Dessa forma, o compartimento ruminal possui 
 características físico-químicas que possibilitam condições adequadas para o 
 processo fermentativo do alimento, sendo este realizado pela população 
 microbiana, composta por bactérias, protozoários ciliados e fungos. 
 -microbiota > disponibiliza produtos do processo fermentativo e nutrientes 
 para o metabolismo animal; pode ser alterada devido a uma série de fatores, 
 como a dieta, idade e saúde do animal; Constata-se então, que em bovinos 
 saudáveis, a dieta é a principal responsável pela composição estrutural da 
 população microbiana ruminal; população microbiana é influenciada pelas 
 características ruminais, sendo estas influenciadas pelo animal hospedeiro, 
 processo de mastigação e ruminação, produtos oriundos da fermentação, 
 características químicas da saliva, pH e temperatura; 
 -SIMBIOSE MUTUALÍSTICA: 
 1. ruminante (pH, temperatura, substrato, etc); 
 2. microorganismos (atividade matabólica, proteína, etc) 
 ● Interação entre microrganismos ruminais 
 -O compartimento ruminal possui características de suma importância para a 
 mantença das populações microbianas 
 apresenta um processo de degradação constante, e que após a ingestão do 
 alimento pelo hospedeiro, pode exibir transformações ao longo de sua 
 extensão. 
 -as interações entre as populações de microrganismos ruminais podem ser de 
 1. parasitismo - um microrganismo é favorecido perante algum dano 
 causado a outro; 
 2. mutualismo, quando os dois são beneficiados 
 3. comensalismo, quando somente um microrganismo se beneficia e o 
 outro não sofre efeitos. 
 4. predação , peculiaridade dos protozoários, diminui a biomassa 
 bacteriana encontrada na forma livre no ambiente ruminal, intensifica a 
 reciclagem e a eliminação de N pelo hospedeiro, diminui a passagem da 
 proteína microbiana para o intestino delgado, pelo decréscimo dos 
 microrganismos bacterianos e acúmulo de protozoários ruminais; 
 interfere no número e totalidade das bactérias ruminais; 
 microrganismos de menor tamanho, principalmente o gênero 
 Entodinium, são predados por espécies de maior tamanho, como 
 Diplodinium, Polyplastrom e Ostracodinium ; Devido a essa característica 
 predatória dos protozoários, autores indicam que esta seria a causa 
 das distintas espécies existentes no ambiente ruminal; prática 
 predatória dos fungos, realizada por protozoários, ocorre em virtude do 
 crescente número de fungos em animais defaunados e também devido 
 à competição pelo substrato disponível; predação dos protozoários 
 sobre os fungos, mesmo que conhecida, é menor do que quando 
 relacionada à predação destes sobre as bactérias; 
 fungos estão relacionados com as bactérias devido à nutrição cruzada, 
 desta forma disponibilizam açúcares para seu metabolismo; bactérias 
 são indispensáveis aos fungos, pois através da interação entre ambos, 
 as exigências de vitaminas do complexo B, outros substratos e 
 aminoácidos são supridas 
 OBS: exame do líquido ruminal >>> permite avaliar a cor do líquido ruminal, 
 viscosidade, pH, temperatura, odor, se há sedimentação e flutuação (ausencia 
 é anormal), avaliar a microbiota bem como bactérias e protozoários; 
 indispensável para ajudar a determinar o estado do ambiente do rúmen. 
 DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN 
 NO NEONATO 
 -importante a interação jovem X adulto para ocorrer o desenvolvimento da microbiota 
 ruminal; transfaunação; 
 -bactérias são as primeiras a colonizar (1º); 
 -protozoários: flagelados e ciliados; 
 -alimentação. 
 -ingestão de alimentos sólidos é a principal forma de modificar a anatomia e fisiologia do 
 trato digestivo dos ruminantes jovens, principalmente do rúmen; 
 -A primeira fase após ao nascimento dura de várias semanas à vários meses e é o período 
 no qual o animal funciona como não ruminante . 
 - rúmen e retículo > abrigam milhões de micróbios que fermentam e digerem o material 
 vegetal, em especial às presentes nas forragens; 
 -omaso > permite a absorção de água do conteúdo do intestino; 
 -abomaso, ou quarto estômago > verdadeiro estômago; comparável ao dos humanos; 
 permite a digestão ácida dos alimentos; 
 -bezerro muito jovem não desenvolve a capacidade de digerir o pasto, sendo assim o 
 abomaso é o único estômago funcional ao nascer; 
 -colonização do sistema digestório no recém-nascido por microrganismo tem como origem 
 o contato da cria com a vagina da mãe, saliva da mãe, bolo alimentício, cama e 
 microbiota ambiental, outros animais, úbere, leite, saliva, urina, fezes e outras fontes 
 alimentícias sendo o mais importante o contato com saliva, bolo ruminal e fezes . 
 -Tanto os animais recém-nascidos como os adultos têm um intestino delgado funcional 
 que permite a digestão alcalina dos alimentos. 
 - omaso e o abomaso representam cerca de 70% da capacidade total do estômago no 
 bezerro recém-nascido. 
 *nas vacas adultas, eles compõem apenas 30% da capacidade total do estômago; 
 sulco esofágico, que vai do esôfago até o abomaso, e o esfíncter pilórico ou válvula no 
 fundo do abomaso, que controla a velocidade de movimento do conteúdo do intestino no 
 duodeno. 
 -digestão dos alimentos é auxiliada pela secreção de enzimas, que estão presentes nas 
 várias partes do intestino. 
 ex. bezerros produzem a enzima renina na parede do abomasal para auxiliar na digestão 
 das proteínas do leite, enquanto a lactase é produzida na parede do duodeno para a 
 digestão do açúcar do leite (lactose); Estas enzimas operam mais eficazmente em 
 diferentes níveis de acidez no conteúdo do intestino, ácido no abomaso e alcalino no 
 duodeno; Para conseguir isso, o bezerro segrega eletrólitos, ou sais minerais, com as 
 enzimas, para mudar o conteúdo do intestino de um tipo para outro . 
 -Os produtos finais da digestão dos diferentes componentes dos alimentos são absorvidos 
 através da parede do intestino, mediante as vilosidades intestinais, para a corrente 
 sanguínea, onde são levados para as diferentes partes do corpo para o crescimento e 
 desenvolvimento do animal; 
 -Uma vez que a função do rúmen é estabelecida, a nutrição torna-se complexa. Com o 
 decorrer do tempo, após o desenvolvimento do rúmen, a parte dos nutrientes fornecida pelo 
 leite diminui e a de fontes alimentares aumenta. 
 -desmame > pode ocorrer bem cedo, quando animais jovens são alimentados com 
 substitutos do leite ou após o 6–8 mês; 
 -nutrientes podem ser fornecidos via forragem pastejada, seca ou ensilada, ou uma 
 variedade de mistura concentrada de grãos. 
 -Para ruminantes jovens, a qualidade da forragem é mais importante que a quantidade 
 porque o consumo é limitado; Com o decorrer do tempo, o consumo de forragem aumenta e 
 o consumo de leite diminui, e a quantidade de forragem disponível junto com a qualidade 
 torna-se importante. 
 -Bezerros podem ser prematuramente desmamados e colocados em pastagem de melhor 
 qualidade. 
 - Leite > bezerros são funcionalmente monogástricos durante as primeiras semanas de 
 vida; Durante este período os pré-estômagos são subdesenvolvidos, de forma que a 
 fermentação ruminal não é capaz de fornecer energia suficiente para o desenvolvimento e 
 crescimento dos animais. nestas primeiras semanas, o leite que é digerido no abomaso 
 é a principal fonte de nutrientes, como gorduras e proteínas ; 
 Por isso, é importante a formação da “goteira esofágica". Quando os bezerros ingerem 
 leite (ou fazem sucção), há a ativação de um reflexo nervoso, que estimula a contração da 
 musculatura presente na parede esofágica, formando a partir dessa contratura um “tubo”, 
 chamado de sulco esofágico, popularmente conhecido como “goteira esofágica”; este “tubo” 
 conduz o leite para o abomaso, evitando que o leite seja direcionado para dentro do rúmen, 
 o que ocasionaria sua fermentação e não digestão, acarretando problemas metabólicos; O 
 problema da não formação da goteira, ou formação ineficiente, levando leite ao rúmen é 
 conhecido como “beber ruminal ” > A entrada de leite no rúmen e sua consequente 
 fermentação por bactérias, resulta em grande produção de ácido lático que será absorvido 
 causando acidose metabólica em bezerros que reduz o desempenho animal; 
 Diversos fatores podem desencadear esse reflexo > comportamentos de sucção, 
 temperatura do leite, posição da cabeça do bezerro quando ingere a dieta líquida, além da 
 ausência de estresse; No entanto, a falta de familiaridade com o método de alimentação ; 
 baixa temperatura do leite e a ingestão em alta velocidade (taxa de ingestão) podem causar 
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https://www.educapoint.com.br/curso/pecuaria-leite/atualidades-manejo-bezerras/
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 falhas no fechamento do sulco esofágico ou até mesmo exceder sua capacidade de 
 fechamento, influenciando para que parte do leite caia dentro do rúmen; 
 -Nos primeiros dias de vida do bezerro, a presença de leite no rúmen geralmente não é 
 danosa, principalmente em razão do rúmen ainda não possuir uma população 
 microbiana estabelecida que seja capaz de promover processos fermentativos. 
 - para bezerros a partir da segunda semana, já com uma microbiota ruminal 
 estabelecida, a presença de leite no rúmen pode representar um problema. Assim, 
 não se recomenda o uso de sonda esofágica para fornecimento de leite ou 
 sucedâneo . 
 -sulco esofágico é um pequeno canal na parede do rúmen que é controlado por 
 músculos que permitem que os líquidos sejam diretamente enviados para o abomaso e 
 que não entrem no rúmen; 
 -sulco é ativado em resposta a diferentes estímulos. Funciona bem quando os bezerros 
 amamentam-se através das tetas das mães, mas às vezes não funciona quando bebem de 
 um balde. Essa parece ser uma condição psicológica em resposta aos bezerros separados 
 de suas mães. A maioria dos bezerros podem ser treinados pelo tratador para beber o leite 
 do balde rapidamente e bem, a metodologia empregada é a da persuasão do animal, ao qual 
 o mesmo possa responder positivamente à nova rotina diária e à mãe substituta na forma 
 do criador do bezerro. Quando o leite ou o substituto do leite entra no abomaso, forma um 
 coágulo firme dentro de alguns minutos sob a influência das enzimas renina e pepsina. Este 
 é o mesmo processo envolvido na fabricação de queijo ou junket, usando renina para 
 coagular a proteína do leite . A coagulação do leite retarda a taxa em que flui para fora do 
 abomaso, permitindo assim uma liberação constante de nutrientes alimentares em 
 todo o intestino e, eventualmente, para a corrente sanguínea; formação de coágulos 
 pela caseína do leite previne a diarréia em bezerros; . Pode levar de 12 a 18 horas para 
 que a coalhada de leite seja totalmente digerida. 
 -As enzimas que atuam nas proteínas do leite requerem um ambiente ácido e esse é 
 fornecido pela secreção do ácido clorídrico no abomaso; No entanto, até que a digestão 
 ácida esteja operando de forma eficiente, e isso pode levar até sete dias, a única forma de 
 proteína que pode ser digerida é a caseína . 
 -Não há substituto para a caseína no bezerro muito jovem. Os substitutos do leite que 
 contêm outras formas de proteína não podem ser devidamente digeridos até que os 
 bezerros sejam mais velhos. Logo, é necessário muito cuidado para não fornecer 
 substitutos ou sucedâneos que contenham fontes proteicas que não possam ser digeridas 
 pelo estômago do animal, para que não ocasione complicações gastrintestinais. 
 - bezerros necessitam do leite como fonte primária dealimentação até às seis semanas de 
 vida. 
 -Qualquer leite de uma alimentação anterior está envolvido neste coágulo recém-formado. 
 As proteínas líquidas de soro de leite e a lactose são rapidamente separadas da coalhada 
 de leite e passam para o abomaso. A gordura do leite contida na coalhada de leite é 
 decomposta por outra enzima, a lipase. Esta é secretado na boca pela saliva e incorporada 
 quando o leite é engolido. 
 * alimentação pelas tetas em vez da alimentação através do balde parece produzir 
 mais saliva e, portanto, mais lipase . 
 -digestão adicional da proteína do leite e da gordura ocorre no duodeno com a ajuda das 
 enzimas produzidas no pâncreas. A lactose, que é rapidamente liberada da coalhada de 
 leite no abomaso, é dividida em glicose e galactose e estas são absorvidas na corrente 
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 sanguínea para formar a principal fonte de energia para os bezerros jovens; As gorduras 
 são divididas em ácidos graxos e glicerol para absorção e uso como energia, enquanto as 
 proteínas são divididas em aminoácidos e peptídeos para absorção e uso como fontes de 
 proteína corporal; O amido de cereais, por exemplo, é uma importante fonte de energia em 
 bezerros mais velhos, mas esses animais, nas suas primeiras semanas de vida, não 
 conseguem digerir o amido. 
 ➢ abomaso não é ácido até que o bezerro tenha 1-2 dias de idade - isso apresenta 
 vantagens e desvantagens. 
 -principal vantagem > as proteínas imunes no colostro não podem ser digeridas nesse 
 compartimento estomacal, por isso são absorvidas na corrente sanguínea na mesma forma 
 quando produzidas pela vaca; Isso garante o seu papel como anticorpos para proteger 
 contra as doenças e infecções; 
 - baixa acidez do conteúdo abomasal no bezerro recém-nascido constitui um risco potencial 
 das bactérias (e provavelmente vírus) tomadas através da boca; Estes não serão mortos 
 pela digestão ácida, sendo assim podem passar para os intestinos, onde podem fazer mal 
 ao bezerro recém-nascido; 
 -Todos os bezerros pegam bactérias nos primeiros dias de vida e isso é essencial 
 para o desenvolvimento normal do rúmen ( flora microbiana ); No entanto, a primeira 
 bactéria a colonizar o intestino também pode causar danos. 
 -Desde que o bezerro tenha bebido colostro, os anticorpos maternos podem controlar a 
 propagação dessas bactérias mais nocivas; 
 - colostro > é o primeiro leite produzido por vacas recém-paridas; Além de fornecer 
 nutrientes essenciais para a alimentação animal, fornece anticorpos maternos que 
 permitem a transferência passiva de imunidade contra doenças; 
 -DESMAME DOS BEZERROS > diminui o custo da criação; forçado a sofrer várias 
 mudanças dramáticas: 
 1. fonte primária de nutrientes muda de líquido para sólido. 
 2. A quantidade de matéria seca que o bezerro recebe é reduzida. 
 3. O bezerro deve adaptar-se de um tipo monogástrico a um ruminante de digestão, 
 que inclui a fermentação de alimentos. 
 4. Mudanças na habitação e no manejo muitas vezes ocorrem em torno do desmame, 
 o que pode aumentar o estresse. 
 5. Ao nascer, o rúmen é uma parte pequena e estéril do intestino que, ao desmame 
 deve se tornar o compartimento mais importante dos quatro estômagos. Deve 
 aumentar em tamanho, atividade metabólica interna e fluxo sanguíneo externo . 
 -5 requisitos para o desenvolvimento ruminal são: 
 1. Estabelecimento de bactérias. 
 2. Líquido. 
 3. Saída de material (ação muscular). 
 4. Capacidade absortiva do tecido. 
 5. Substrato para permitir o crescimento bacteriano, tais como minerais reciclados, 
 bem como nutrientes para alimentação. Antes do consumo de alimentos sólidos, 
 as bactérias existentes fermentam o cabelo ingerido, o estrato e o leite que flui do 
 abomaso para o rúmen. A maior parte da água que entra no rúmen provém da água 
 livre (água real não contida no leite ou na solução substituta do leite). O leite 
 contornará o rúmen através do sulco esofágico, enquanto a água livre não. 
 - crescimento do rúmen ocorre apenas sob a influência dos produtos finais da digestão no 
 mesmo, que resultam da fermentação de alimentos sólidos pelos micróbios presentes 
 nesse compartimento; desenvolvimento ocorre em grande parte através do crescimento 
 das papilas ruminais na parede ruminal , que aumentam a área superficial do rúmen e, 
 portanto, a sua capacidade de absorver estes produtos finais de digestão; Portanto, os 
 concentrados favorecem melhor o desenvolvimento dessas papilas ruminais. Para 
 tanto, é necessário, com um tempo, ir incrementando a dieta sólida gradativamente para 
 que esses animais deixem de consumir o leite das vacas produtoras e possam 
 alimentar-se de ração e pastagens, que é a finalidade da criação de bovinos, ou seja, criar 
 animais com menor custo possível e engordá-los através de ração, mas principalmente de 
 pastagens. 
 -capacidade do rúmen e a ingestão de alimentos sólidos estão intimamente relacionadas. 
 -O desenvolvimento do rúmen é muito lento em bezerros alimentados com grandes 
 quantidades de leite. O leite satisfaz seus apetites para que eles não tenham fome suficiente 
 para comer qualquer alimento sólido. Logo, é necessário diminuir paulatinamente o 
 fornecedor do leite para esses animais, favorecendo a ingestão de alimentos sólidos e 
 desenvolvendo o rúmen, estômago que digere as fibras das forragens e que os tona 
 animais peculiares; 
 - ruminação pode ocorrer com cerca de 2 semanas de idade e é uma boa indicação de 
 que o rúmen está se desenvolvendo. 
 -Alimentos sólidos, bem como a ruminação, estimulam a produção de saliva e isso fornece 
 nutrientes como ureia e bicarbonato de sódio para produzir os substratos para o 
 crescimento e desenvolvimento da flora bacteriana; 
 -No desmame precoce > limitar a quantidade de leite oferecida e a sua disponibilidade 
 durante todo o dia; fornecer alimentos sólidos; Os grosseiros (volumosos/de baixa ou alta 
 qualidade) devem ser oferecidos em combinação com concentrados de alta qualidade ; 
 -alimentos grosseiros > estimulam o desenvolvimento do rúmen 
 -concentrados > fornecem nutrientes para a alimentação animal que não são fornecidos 
 pelas quantidades limitadas de leite oferecidas; 
 - Sem os concentrados, o crescimento dos bezerros é lento, mas o rúmen ainda se 
 desenvolve, resultando em animais barrigudos; 
 - ureia fornece nitrogênio para os micróbios, enquanto o bicarbonato de sódio atua como um 
 tampão ruminal, ajudando a manter um pH estável no conteúdo do rúmen; 
 -Envenenamento por grãos ou acidose ocorre quando os níveisde ácido lático são 
 excessivamente elevados e tornam-se tóxicos para os micróbios do rúmen e, 
 eventualmente, para o animal. 
 -Assim como os produtos finais que são absorvidos através da parede do rúmen, a 
 fermentação microbiana produz os gases dióxido de carbono e metano e estes são 
 normalmente exalados. Quando algo impede a fuga destes gases do rúmen, o inchaço pode 
 se manifestar em qualquer fase da vida, diz-se do animal estufado. 
 ➢ PAPEL DA FORRAGEM NO PROCESSO DE DESMAME 
 -fornecimento de alimentos volumosos e concentrados para bezerros pré-ruminantes tem 
 sido adotado para promover seu desenvolvimento e permitir o fornecimento de dieta o mais 
 cedo possível.; 
 -desenvolvimento em termos de volume (anatômico) só pode ser conseguido com a 
 presença de alimentos grosseiros (volumosos), inclusive com material inerte (maravalha, 
 serragem ou esponjas), apesar do menor crescimento do bezerro; 
 -já o desenvolvimento fisiológico está associado à presença de ácidos graxos voláteis 
 “AGV”, que são absorvidos pelas paredes do rúmen, desenvolvendo assim as papilas 
 ruminais; 
 -Na maioria das pesquisas anteriores, os bezerros eram desmamados com a oferta de 
 concentrados moídos como pellets com ou sem a presença de feno longo ou palha. Porém, 
 a inclusão de forragens na dieta melhorou a ingestão e o desempenho, além de permitir o 
 desmame precoce. 
 -Na pesquisa posterior, os bezerros geralmente alimentavam-se de concentrados 
 grosseiramente moídos, além de alguns volumosos, enquanto alguns até incluíam 
 volumosos picados finos na mistura ( mistura muesli por apresentar o capim e a ração). 
 -Nesses estudos, verificou-se que a inclusão de feno ou palha adicional teve pouco efeito no 
 desempenho pré-desmame. 
 -Os sistemas de criação de bezerros australianos frequentemente diferem dos demais, 
 especialmente em áreas de parto sazonais. Um número excessivo elevado de bezerros 
 precisam ser criados de uma só vez para lhes fornecer, a todos, currais individuais durante 
 todo o seu período de amamentação. Consequentemente, os bezerros são criados em 
 grupos. Além disso, os ingredientes da maioria dos concentrados para esses animais são 
 finamente moídos. Nessas situações, descobriu-se que a palha limpa é um alimento útil e 
 que deve ser incluso no período pré-desmame. Alguns agricultores preferem feno de boa 
 qualidade, porém estes agricultores geralmente têm bezerros em grupos muito pequenos, 
 muitas vezes um ou dois, por isso possuem maior controle sobre a ingestão de forragem. 
 É difícil e, portanto, mais caro que os produtores de rações incorporem feno picado nas 
 refeições dos bezerros. 
 -Os pellets são muito mais fáceis, pois eles vão fluir para silos. 
 - os produtores de leite devem incluir o componente volumoso no regime alimentar 
 pré-desmame. 
 -A pastagem não é a fonte ideal de forragem volumosa para os bezerros alimentados com 
 leite, uma vez que possui muito pouca fibra e uma baixa densidade de energia alimentar. 
 O seu elevado teor de água limita a sua capacidade de fornecer energia alimentar adequada 
 aos animais em crescimento. 
 -Para ingerir a pastagem a capacidade ruminal deveria ser maior, bezerros jovens 
 simplesmente não conseguem comer pasto suficiente, a menos que seja de alta em 
 qualidade. 
 - bezerros criados com leite e fornecimento gradual de concentrados apresentam uma boa 
 função ruminal às 3 semanas de vida, além de possuírem uma suficiente capacidade 
 ruminal para o desmame entre às 4-6 semanas de idade. No entanto, se a dieta for baseada 
 em leite restrito e pastagem de alta qualidade, a capacidade do rúmen pode não ser 
 suficiente para o desmame até às 8-10 semanas de vida. Mesmo assim, as taxas de 
 crescimento seriam menores em bezerros desmamados com base alimentar somente à 
 pasto, uma vez que a ingestão de energia é insuficiente devido às limitações físicas da 
 capacidade ruminal. 
 -Se a qualidade for muito boa e produza apetite, os bezerros preferem volumosos ao invés 
 do concentrado, o que leva a uma ingestão reduzida de nutrientes durante alimentação, 
 tendo como efeito um crescimento mais lento. 
 -Quando volumosos e concentrados fornecem apetite no animal, juntamente com o 
 leite limitado, os bezerros podem comer cerca de 10% de palha e 90% de 
 concentrados . 
 -Sem o volumoso e a ruminação resultante, o desenvolvimento do rúmen será mais lento 
 devido à falta de saliva e produtos finais da digestão de fibras presentes na parede celular 
 das forragens. 
 ● Leite 
 -As alterações da dieta líquida (leite integral ou colostro) em função de diferentes níveis de 
 gordura e do uso de anabolizantes podem provocar alterações estruturais no aparelho 
 digestório, as quais, por sua vez, podem acarretar respostas fisiológicas diferenciadas; 
 -Bezerros alimentados com leite secretam, principalmente, quimiosina (renina), durante as 
 primeiras 2 semanas de vida, mas, com 8 semanas de idade, o pepsinogênio estava 
 presente em todos os bezerros analisados e a quimiosina tinha desaparecido em um dos 
 bezerros 
 -Fatores dietéticos, como tamanho de partícula, tipo e natureza do concentrado, entre 
 outros, podem ser considerados agentes controladores dos processos digestivos, como, 
 por exemplo, a secreção de enzimas digestivas e atividade metabólica; 
 - gordura tem efeito benéfico na prevenção de diarréias em bezerros . 
 -estrutura para a digestão da gordura é bastante eficiente em bezerros jovens, como 
 mostrado pela alta digestibilidade (94% a 97%) da gordura no leite, que varia de 3% a 9%. 
 *Vários trabalhos demonstraram que baixo crescimento, diarréia severa e aumento da 
 mortalidade ocorreram quando os óleos de milho, soja ou caroço de algodão foram 
 adicionados na dieta líquida de bezerros. Todavia, a hidrogenação desses óleos vegetais 
 tornou-os semelhantes em eficiência à gordura animal 
 -o N protéico passava mais rapidamente pelo abomaso quando a dieta continha gordura 
 adicional, o que levou à sugestão de que a inclusão de gordura resultava em coágulos 
 menos firmes . 
 -Melhores taxas de digestibilidade têm sido observadas para o óleo de manteiga do que 
 gordura, sebo, graxa animal ou óleos vegetais hidrogenados.

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