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• Ocidente: incidência na população geral estimada em 5/10.000 pacientes, com mortalidade quatro vezes maior quando o tratamento não é instituído; • Pode surgir como condição primária ou como complicação em qualquer área da medicina; • 1/3 dos pacientes com tromboembolismo venoso cursam com TEP, com mortalidade de 30%; • Tratamento e profilaxias inadequados: 5 a 10% dos casos de óbito intra-hospitalar. • A presença de fatores de risco para o tromboembolismo venoso é a condição inicial para o estabelecimento de elevada suspeita clínica e realização de adequada profilaxia; • As situações em que prevaleçam um ou mais componentes da tríade de Virchow favorecem o desenvolvimento de trombose: o Estase venosa; o Lesão endotelial: processos infecciosos, sepse; o Estado de hipercoagulabilidade. • Estados de hipercoagulabilidade: maliginidades, gravidez e puerpério, terapia com estrogênios, uso de anticoncepcionais, trauma, cirurgia de extremidades inferiores, quadril, abdômen e pelve; doenças inflamatórias intestinais, síndrome nefrótica, sepse, trombofilias (ex: SAF), covid-19; • Injúria da parede vascular: Trauma ou cirurgia, venopunção, irritação química, doença valvar cardíaca ou troca valvar, ateroesclarose, cateteres IV; • Estado de estase circulatória: Fibrilação atrial (é mais consequência do que causa da embolia pulmonar, aumento súbito em território de artéria pulmonar, repercutindo no átrio D. Mas pode ser causa, por isso é feita anticoagulação nesses pacientes), disfunção de ventrículo esquerdo (principalmente hipocinesia de VE com fração de ejeção <30%), imobilização ou paralisia, insuficiência venosa, obstrução venosa por tumores, obesidade ou gravidez, AVE. Obs.: Dor abdominal em idoso: risco de isquemia mesentérica etc. Estar atento para o abdome agudo em idosos e gestantes. • Pacientes com insuficiência cardíaca hospitalizados, sem profilaxia adequada, a TVP pode estar presente em mais de 70% dos casos; • A descompensação de pacientes com disfunção ventricular e DPOC pode estar relacionada a episódios de TEP, nem sempre fácil identificar; • Uso de estrogênios: aumenta a incidência de TEV; → No caso de cirurgias eletivas, pode-se suspender seu uso 7 a 10 dias antes. • O AVE deve ser considerado como fator predisponente ao TEV, principalmente, com o paciente hemiplégico; • Na ausência de profilaxia adequada, a incidência de TVP no pós fratura de fêmur é cerca de 60% e nos submetidos a colocação de prótese de joelho de até 80%; • O TEV é uma complicação frequente dos pacientes com neoplasia (estado de hipercoagulabilidade). • Trousseau: relatos de 1888; • Principalmente, neoplasias de pâncreas, pulmão e TGI; • Avaliar a possibilidade de neoplasia em pacientes com fenômeno tromboembólico – Síndrome paraneoplásica? • Deficiência de antitrombina; deficiência de proteina C e S; resistência à proteína C (Fator V de Leiden); desfibrinogenemia; anticorpo antifosfolipídio/ anticardiolipina; mutação da protrombina; desordens do plasminogênio; • A investigação das trombofilias deve ser realizada em paciente jovens com diagnóstico de TEV. • Geralmente inespecífico, dificultando o diagnóstico; → Mas deve ser lembrado em casos de dispneia súbita acompanhada ou não de dor torácica, deve-se pensar/descartar evento vascular, como síndrome coronariana aguda ou embolia pulmonar. • Os sinais e sintomas dependem: 1. Localização e tamanho do êmbolo; 2. Condições cardiorrespiratórias prévias. • Apresentação: 3 Síndromes Clínicas: 1. Colapso circulatório (embolia maciça); → Muitas vezes o paciente chega chocado. Deve ir para sala de hemodinâmica. A embolia pulmonar se refere à condição em que trombo(s) migra(m) da circulação sistêmica até a vasculatura pulmonar. É a complicação potencialmente mais grave do tromboembolismo venoso, que compreende trombose venosa profunda (evento inicial que, na maioria dos casos, ocorre em MMII) e embolia pulmonar/tromboembolismo pulmonar. Deve-se suspeitar de trombofilias em: • Primeiro evento de TEV antes dos 50 anos de idade; • História de traombose recorrente ou sem causa identificada; • Evento trombótico em localização menos frequentes (ex.: membro superior); • Parente de primeiro grau com eventos tromboembólicos ocorridos antes dos 50 anos. 2. Dispneia não explicada (embolia submaciça); 3. Dor torácica. → distensão súbita da artéria pulmonar/infarto pulmonar (ventilatório- dependente)(normalmente associada ao infarto pulmonar). Os grandes vasos são bem inervados. Obs.: Não ocorre tanto infarto pulmonar, devido a circulação nas artérias brônquicas (ramos da aorta), que fazem a irrigação, juntamente com a artéria pulmonar, e evitam que o infarto aconteça. • Nos pacientes estáveis clinicamente, a dispneia e a dor torácica são os sintomas prevalentes. Dispneia 79% Dor torácica 65% Dor pleurítica 28% Tosse 39% Dor nas pernas 30% Hemoptise 13% Palpitações 25% Sibilância 10% Dor precordial 5% Síncope 9% • Avaliação clínica – Critérios de riscos; → Antes de solicitar qualquer exame o Escore de Wells: ➔ Original: ➔ Simplificada: Na opinião da professora, essa forma generaliza muito. • Exames complementares: o D-dímero; - Tem valor preditivo negativo: Se for negativo, o diagnóstico de fenômeno tromboembólico está descartado, mas se for positivo, não se pode confirmar só com ele; - Baixa probabilidade pelo critério de Wells. o ECG; → Diagnóstico diferencial o Marcadores de injúria miocárdica; → Diagnóstico diferencial o Rx de tórax; o Ecocardiograma; → Tem valor na avaliação prognóstica e na estratificação de risco dos pacientes com TEP o Cintilografia pulmonar V/P (ventilação-perfusão); → Já foi muito utilizado, mas tem muitos resultados falso-positivos. É boa para muito boa para diagnosticar embolias periféricas e microêmbolos, que podem não aparecer na TC. o Doppler de MMII; o AngioCT: - Alta probabilidade pelo critério de Wells: solicita- se logo a AngioCT; - Ótima acurácia; - Tem sido o método de imagem de escolha para visualizar a vasculatura pulmonar em indivíduos com suspeita de TEP; - É um método seguro, menos invasivo, acurado e custo-efetivo, com a vantagem adicional de avaliar a aorta, o parênquima pulmonar, o mediastino, a caixa torácica e o espaço pleural, o que permite estabelecer diagnósticos alternativos ou concomitantes. o RNM; o Angiografia. → Leva mais contraste que a AngioCT, mas é muito usada para confirmação do diagnóstico. É um método invasivo. Seu uso é reservado para um pequeno subgrupo de pacientes no qual o diagnóstico de embolia não foi estabelecido com métodos menos invasivos. Lembrar!!! Todos os pacientes com suspeita de embolia pulmonar devem ser avaliados com escores de probabilidade antes de solicitar exames complementares (D-dímeros, mapeamento V/Q, tomografia, ressonância, doppler, angioCT). Recomendam-se os escores de Wells (mais utilizado) ou o de Genebra modificado. Embolia maciça (dos dois lados). Falta de enchimento. • ECG típico de embolia pulmonar: S1-Q3-T3 o S1: onda S proeminente em D1; o Q3: onda Q proeminente em D3; o T3: inversão de onda T em D3. Obs.: Outros padrões de eletro que pode sugerir TEP: BRD intermitente, sinais de sobrecarga de átrio ou ventrículo D. • Depende da gravidade do caso; Obs.: Alvo → INR: 2,5 a 3. Arteriografia pulmonar positiva para embolia pulmonar – “Amputação” de ramo da artéria pela embolia. →Região ser perfusão. Corcova de Hampton: triângulo com o vértice voltado para o hilo pulmonar. Mostra que um dos ramos da artéria pulmonar não está fazendo a irrigação suficiente, demonstrando um infarto pulmonar (que é um sinal indireto de embolia) na área. Sinal de Palla:aumento significativo do arco pulmonar - indica hipertensão pulmonar- embolia/estenose mitral- há um aumento do AE, dificultando o retorno venoso do pulmão para o coração, provocando um aumento também do VD. Sinal de Westermark ou oligoemia: ausência de vascularização visível em um dos hemitórax (que estará bem escurecido). • Heparina: - Fracionada; - Não-fracionada; - Enoxaparina (Clexane ou Versa): 1 mg/kg. → Dose máxima: 100 mg – 12/12 horas. • Anticoagulantes orais: - Varfarina sódica (marevan). • Novos anticoagulantes orais: menos risco de sangramento - Rivaroxabana; - Dabigatrana; - Etc.; - Não estão liberados para serem usados por pacientes com SAF. • Trombolíticos; • Embolectomia; → Embolia maciça, quadros graves. • Filtros de veia cava: o Indicações: - Embolia recorrente em uso de anticoagulante; - Contraindicação ao uso de anticoagulante; - Profilática? (Lesão espinhal, fratura pélvica + TCE, baixa reserva cardiopulmonar) → Risco em anticoagular esses pacientes. Tratamento – Livro: Pneumologia: Princípios e Prática Anticoagulação na fase aguda • Em pacientes com probabilidade clínica alta ou intermediária para TEP, o manejo com anticoagulantes (heparinas) deve ser iniciado o mais cedo possível, enquanto se aguarda a confirmação diagnóstica. Porém, o início de anticoagulantes orais só é justificado após a confirmação diagnóstica, devido aos riscos inerentes à terapêutica; • Os anticoagulantes orais podem ser iniciados no primeiro dia de tratamento, em associação com a heparina, que deve ser descontinuada quando o INR estiver entre 2-3 por pelo menos 24 horas; • A dose inicial de varfarina é de 5 mg/dia; • Pacientes hemodinamicamente instáveis são candidatos a um tratamento mais agressivo, como a trombólise farmacológica e mecânica; • A trombectomia mecânica percutânea (fragmentação e aspiração do trombo) e a embolectomia cirúrgica são restritas a pacientes de alto risco com contraindicação absoluta ao tratamento trombolítico, e naqueles em que esse tratamento não modificou o status hemodinâmico; • O uso de filtros de veia cava é reservado para pacientes com contraindicações ou complicações relacionadas com tratamento anticoagulante, bem como recidivas de TEP a despeito de anticoagulação adequada, TEP maciço e casos de embolectomia cirúrgica. Manejo a longo prazo • A duração da anticoagulação a longo prazo deve ser baseada na relação risco-benefício, isto é, o risco de recorrência após a cessação do tratamento versus o risco de sangramento durante o tratamento. A duração dependerá, fundamentalmente, dos fatores de risco presentes e da possibilidade de serem ou não removidos.
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