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Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Sono faz parte do ciclo sono-vigília; é um período de inatividade e restauração das funções mentais e físicas; 1/3 da vida dos seres humanos. Quatro critérios: atividade motor reduzida, resposta diminuída à estimulação, posturas estereotipadas (ex. corpo deitado e olhos fechados), reversibilidade relativamente fácil. Função fisiológica indispensável para o bem estar físico, social e psicológico do indivíduo. Distúrbios do sono provocam problemas durante o dia e as funções exercidas durante o período acordado. Problemas relacionados ao estresse e funções no período acordado podem provocar distúrbios do sono. Distúrbios do sono tem sido alvo de intensa investigação científica. FISIOLOGIA DO SONO Duas etapas do sono: REM e NREM. Ciclo completo do sono -> sequencia de sono REM e NREM, se intercalam de 90 a 110 minutos. Durante uma noite de sono, 3 a 5 períodos de sono REM acontecem, alternados com períodos de sono NREM (70/75% do sono), sono NREM, dividido em 4 estágios, 50% no estágio 2. No sono NREM ou sono de ondas lentas ocorre a liberação da somatotropina. Acetilcolina: indução do sono REM, bloqueia as ondas lentas do sono NREM. Glutamato: perda de tônus muscular durante o sono REM. Ácido y-Aminobutírico: diminuição da vígilia. Sono NREM. Histamina: indução da vígilia. Serotonina e noradrenalina: sono REM e a vigília. CLASSIFICAÇÃO DOS SEDATIVOS HIPNÓTICOS 1. Benzodiazepínicos; 2. Barbitúricos; 3. Compostos halogenados (cloral hidratado, ethclorvinol, carbromal); 4. Composto heterocíclicos (zolpidem, zaleplon); 5. Anti-histamínicos; 6. Outros fármacos (extratos vegetais). Medicamento Ideal: • Induz o sono prontamente após a administração • Mantém o sono por um período adequado sem efeito residual ao acordar • Produz um sono idêntico ou semelhante ao natural • Mantém o indivíduo disposto ao acordar • Não produz sedação ou cansaço diurno • Não provoca perda de coordenação de função psicomotora • Não gera perda de eficácia quando administrado repetidamente (uso crônico) • Não se acumula no organismo durante o uso crônico • Não causa dependência • Não causa toxicidade em doses superiores à terapêutica Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful • Não causa insônia rebote quando o uso é descontinuado • Não aumenta a apnéia do sono ou outros distúrbios do sono • Não causa reações indesejáveis como efeitos cardiovasculares ou gastrintestinais • Não seja indutor enzimático ou provoque interações metabolicas quando associado a outros fármacos • Não seja de alto custo BENZODIAZEPÍNICOS Excesso de efeitos adversos associado ao uso de barbitúricos levou a pesquisa de medicamentos tão efetivos quanto, porém com menos efeitos adversos -> barbitúricos causavam grave depressão respiratória em episódios de overdose – falta de segurança no uso causavam tolerância rapidamente, alto índice de dependência física, interações medicamentosas de origem metabólica, além de suprimir o sono REM. Os benzodiazepínicos são uma classe de fármacos efetivos, porem com menores efeitos adversos tem uma janela terapêutica mais ampla. Mecanismo de Ação: ação no GABA (receptor gabaérgico -> abre canal iônico de cloreto) prova uma hiperpolarização do potencial de membrana e efeito depressor -> in vivo, estes efeitos causam uma diminuição da ansiedade, anticonvulsivante, relaxamento muscular e sedação. Muita das ações farmacológicas dos barbituratos e benzodiazepínicos deve-se ao efeito provocado nos receptores do GABA. Agonistas dos receptores BZ como os benzodiazepínicos, formam um complexo no receptor do GABA, que provoca uma potenciação alostérica que aumenta a abertura do canal de cloreto. Ações Farmacológicas: todos os BZD causam depressão dos receptores gabaérgicos no SNC. Isto resulta em várias ações farmacológicas – sedação, hipnose, diminuição da ansiedade, relaxamento muscular e atividade anticonvulsivante. Sua seletividade muda conforme sua estrutura e sua aplicação farmacológica está de acordo com a seletividade. Todos os BZD tem sua ação revertida pelo antagonista flumazenil. E são menos depressores que os barbitúricos. ESTRUTURA GERAL 5-fenil-1,4-benzodiazepin-2-ona Interação entre o Diazepam e receptor BZ1 Os dois H são muito importantes para ligação no receptor atraves de pontes de hidrogênio. Grupos que são carregados negativamente são importantes para fácil ligação no sitio H1. 2 grupos anéis aromáticos são importantes para atividade (regiões lipofílicas). O receptor BZD tem um tamanho limitado, as regiões S1 S2 e S3 são regiões pequenas e com espaço curto, Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful substituintes nessa região não são muito bem “aceitas” pelo receptor por que não cabe. Frequentemente os substituintes são na posição 2 ou 5’ (no Cl por ex.) • Melhores ligantes (7): C > H2CF3 > I > Br > CF3 > Cl > C(CH3)3 > NO2 > F > N3 > CH = CH2 • Melhores ligantes (2′): NO2 > F CN > Cl > CF3 • Melhores ligantes (1): OH > F > NH2 > H > NHOH > Metil > Cl > CF3 > Br > Etil FARMACOCINÉTICA • Log P e solubilidade – determina o inicio e duração de ação. • Log P interfere na penetração no NSC= + lipossolúvel + disponível estará = mais ação. • Grande quantidade de metabólitos ativos prolonga a duração de ação dos BZD. • Medicamentos utilizados como hipnóticos não devem ter ½ vida muito longa, para que não tenham efeito residual. Benzodiazepínicos de Média Duração Benzodiazepínicos de Longa Duração Benzodiazepínicos Hipnóticos Benzodiazepínicos Anticonvulsivantes Benzodiazepínicos Relaxante Musculares ANTAGONISTAS – BZD Não possuem eficácia, mas ocupam o receptor BZD e bloqueiam as ações dos agonistas diretos e inversos. Alguns compostos tem atividade intermediária e são classificados como agonistas e antagonistas parciais. Agonistas inversos ligam-se ao receptor, porém promovem uma mudança de conformação que diminui a abertura dos canais de cloreto. Flumazenil: não tem o fenil na posição onde está o ‘O’, dando uma ausência de interações em C5. O flumazenil se liga mas falta a interação do tipo aromático. Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful EFEITOS ADVERSOS Diminuem a duração do sono REM, diminuem estagio 3 e 4 do sono NREM aumentam o estagio 2 do sono NREM. O uso crônico pode levar a dependência física e psicológica, apesar de em menor índice que os barbitúricos. Sintomas de abstinência podem incluir insônia, caso o tratamento seja interrompido. BZD podem causar perda de memoria e efeitos residuais. Pode potencializar o efeito depressor do álcool. Mostram menor potencial de abuso comparado aos barbitúricos. Provocam menos interações metabólicas. Outros comuns são: cansaço, tontura, fadiga, diminuição da atividade intelectual, aumento do apetite e peso, perturbação da coordenação motora e ideias. • Interações Medicamentosas: potencialização dos efeitos de depressores do SNC e do álcool. Potencialização dos efeitos relaxantes musculares periféricos. • Precauções: evitar atividades que necessitam estado de alerta, pacientes idosos estão mais sujeitos ao risco de quedas e risco de dependência. RENAME 2020
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