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Inspeção Ante e Post Mortem HIPOA – Higiene e Inspeção dos Produtos de Origem Animal M.V. Me. André Luiz Assi O que você deve saber ao fim da aula: • Compreender a função e os princípios básicos da inspeção • O que é e como funciona a inspeção ante mortem • O que é e como funciona a inspeção post mortem • Diferenças entre as espécies de açougue • Quais os critérios de julgamento e requisitos para cada Relembrando… • Qual a função/fundamento da fiscalização? • Qual a função/fundamento dos programas de qualidade e autocontrole? • Qual o principal objetivo do ramo da inspeção de POA? Produtos de Origem Animal Efeito cumulativo ao longo da cadeia produtiva Tempo de prateleira – “Shelf life” Após o abate ou ordenha do animal nada pode ser feito para melhorar a qualidade, somente pata minimizar problemas, processor matéria prima ou fraudar A visão de cadeia e senso de causa/consequência do MV Questões mercadológicas Eficiência, bem estar animal, tecnologia e sustentabilidade – tecnica e economicamente viável Inspeção Onde inicia? Como funciona? Inspeção Qual a sequência do Atendimento clínico? Inspeção Qual a sequência do Atendimento clínico? 1. Ficha cadastral 2. Histórico 3. Anamnese 4. Exame físico 5. Exames específicos 6. Análise dos dados coletados 7. Traçar estratégica clinico-cirúrgica 8. Árvore decisória • Alta • Tratamento simples • Tratamento mais agressivo – Ex: amputação • Eutanásia Inspeção A INSPEÇÃO SEGUE A MESMA LINHA DE RACIOCÍNIO DA CONDUTA CLINICO-CIRURGICA, com algumas diferenças: • O procedimento é feito por lote e em caso de observação de comportamentos anormais isola-se o animal para observação, pode- se reter o lote até definer condição do animal, etc. • Há divisão entre ante e post mortem – alguns procedimentos são realizados no post mortem, como avaliação de linfonodos • Critérios de Julgamento: • Matanças imediata e mediata • Liberação total • Aproveitamento condicional • Condenação parcial • Condenação total Inspeção • Ante mortem: procedimentos realizados antes do abate • Post mortem: procedimentos realizados após o abate • Abate – SANGRIA!!! Inspeção Ante Mortem FUNÇÃO: ANALISAR “ATITUDE” DO ANIMAL, OU SEJA, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE DOENÇAS DIFICILMENTE VISUALIZADAS NO POST MORTEM. EXEMPLO: RAIVA Inspeção Ante Mortem • É aquela realizada no animal ainda em vida • Inicia-se na recepção e termina na sangria dos animais • É de responsabilidade indelegável do médico veterinário • Possui como finalidade impedir o abate de animais suspeitos ou portadores de patologias ou afecções que possam resultar em prejuízos para a segurança do produto final • Deve ser realizada quando da chegada dos animais e repetida uma hora antes do início do abate do dia Inspeção Ante Mortem Meios de Transporte dos Animais aos Abatedouros Locomoção própria Ferroviário Fluvial Rodoviário Atentar para as práticas de Bem Estar Animal 500 kg 0,51m Caminhões Boiadeiros Navio para gado em pé http://www.agroline.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/09/transporteGanado.jpg Transporte de animais Transporte e desembarque de bovinos Transporte e desembarque de suínos Transporte de animais Transporte de pescado e frango Transporte de animais Fonte: skifish.com.br Fonte: aviculturaindustrial.com.br Inspeção Ante Mortem Documentação a ser conferida • Programação de abate (RIISPOA) • Emitido previamente pela indústria ao SIF com a programação do dia • Boletim sanitário (emissão MV propriedade) • Aves • Guia de Trânsito Animal – GTA Tudo OK = Desembarque Programação de Abate Inspeção Ante Mortem Boletim Sanitário Inspeção Ante Mortem Guia de Trânsito Animal - GTA Inspeção Ante Mortem Inspeção Ante Mortem Inspeção Ante Mortem Inspeção Ante Mortem Transporte Influenciam no transporte dos animais: • Número de animais • Distância • Tempo de viagem • Temperatura ambiente Efeitos do cansaço e do estresse sobre o organismo: • Perda de peso • Traumatismos • Sufocações • Hiperexcitação • Febre dos transportes • Tetania dos transportes • Depleção do glicogênio Inspeção Ante Mortem Bem estar animal no transporte: • Evita stress e lesões • Respeitar capacidade de lotação dos veículos • Lesões - perdas econômicas o Condenação de partes da carcaça o Alguns mercados já exigem critérios claros de bem estar animal Inspeção Ante Mortem Bem estar animal no transporte – Problemas (exemplo): Lesão de boleto: • Vídeo: Bovino – ante mortem • Foto: Achados post mortem (mocotó) Inspeção Ante Mortem Inspeção Ante Mortem Mocotó - Visão de cima para baixo Mocotó - Visão de baixo para cima Inspeção Ante Mortem Fluxograma – Bovinos e Suínos Inspeção Ante Mortem Fluxograma – Bovinos e suínos não aptos para a matança Inspeção Ante Mortem Bovinos e suínos: • Descanso regulamentar de 24 horas • Pode diminuir para até 6 horas se o tempo de viagem for até 2 horas – MV auditor SI Aves: • Descanso regulamentar de 2 horas • Jejum inicia na propriedade Pescado: • Tanques de depuração – retirada de resíduos Na ausência do auditor MV: • Bovinos e suínos – campos de repouso até retorno do MV • Aves – descanso em galpão com ventilação Inspeção Ante Mortem Importância do jejum sólido: • Previne a contaminação da carcaça pelo vômito após a insensibilização • Diminui a migração de microrganismos do trato gastrointestinal para a carcaça após o abate do animal facilitada pela repleção e distensão das alças intestinais pelo alimento • Facilita a operação de evisceração: diminui o volume e o peso do trato gastrointestinal e a possibilidade de rompimento das alças intestinais Importância da dieta hídrica: • Hidratação do animal • Auxilia no esvaziamento e na diminuição da carga microbiana do trato gastrointestinal Inspeção Ante Mortem Matança de emergência imediata • Visa a diminuir ou abreviar o sofrimento do animal • Deve ser realizada o mais breve possível, assim que o animal chega ao abatedouro • Ex: Animal que no desembarque quebra a pata, sente dores e perde a locomoção MATANÇA IMEDIATA MATANÇA MEDIATA Inspeção Ante Mortem Matança de emergência mediata • Realizada nos animais oriundos de observação, suspeitos ou com indícios de afecções, que não se apresentam febris nem hipotérmicos, cuja carcaça e/ou vísceras possam vir à merecer o aproveitamento parcial ou condicional quando da inspeção post- mortem • Deve ser realizada no final da matança do dia ou no final da matança do dia posterior MATANÇA IMEDIATA MATANÇA MEDIATA Inspeção Ante Mortem Sistemática da inspeção ante mortem: 1. Verificação da documentação e da procedência dos animais 2. Identificação e separação dos lotes por sexo, idade, tamanho, etc 3. Isolamento dos animais suspeitos ou com indícios de afecções ou doenças graves 4. Determinação da matança de emergência mediata e imediata 5. Encaminhamento dos animais para necrópsia 6. Determinação do tempo de descanso obrigatório, do jejum e da dieta hídrica 7. Verificação da higiene e do perfeito funcionamento de todas as instalações envolvidas 8. Verificação do cumprimento dos procedimentos constantes do RIISPOA Inspeção Ante Mortem Inspeção Ante Mortem Inspeção Ante Mortem Termina na insensibilização Bovinos Suínos Aves Pescado Método de insensibilização Percursivo penetrante Eletronarcose Eletronarcose Percursivo não penetrante CO2 Termonarcose Termonarcose + CO2 OBS1: insensibilização deve ser regulada de acordo com padrão do lote OBS2: existem outros métodos Inspeção Ante Mortem Deve ser evitado o abate • De animais em gestação (+ de dois terços) • De animais com menos de 30 dias de vida extra-uterina • De animais caquéticos • De animais portadores de doenças que tornem a carne imprópria para o consumo Proibido o Abate • De fêmeas que deram cria a menos de 10 dias • De fêmeas que abortaram a menos de 10 dias, e somente quando o aborto for decausa conhecida • De suínos não castrados ou castrados recentemente. Inspeção Ante Mortem Serão submetidos à matança de emergência mediata • Animais oriundos do curral de observação • Animais suspeitos ou portadores de doenças não contagiosas sujeitos à aproveitamento parcial ou condicional quando da inspeção postmortem • Animais com edema não generalizado • Animais tuberculinizados • Suínos hiperimunizados contra a peste suina quando acompanhados de documentação da Desfesa Sanitária Animal comprovando a conclusão da hiperimunização há mais de 15 dias Serão Necropsiados • Animais moribundos • Animais que chegam mortos ao estabelecimento Obs: o lote ao qual pertencia o animal suspeito só será abatido após o resultado da necrópsia Inspeção Ante Mortem Serão condenados (necrópsia / forno crematório / adubo ou fertilizante): Animais com hipertermia • bovinos com temperatura superior à 40,50 C • suínos com temperatura superior à 410 C • aves com temperatura superior à 430 C • Animais que apresentem edema generalizado (Anasarca) • Animais com hipotermia Resumo – Ante Mortem Resumo – Ante Mortem Inspeção Post Mortem DIF (Veterinário) Condenação TotalRejeição Parcial Aproveitamento Condicional Liberação Graxaria Consumo Parte condenaParte libera Linhas de Inspeção (Agentes de Inspeção Sanitária) Conserva consumo Farinhas Inspeção Post Mortem - Bovinos DIF (Veterinário) Condenação TotalRejeição Parcial Aproveitamento Condicional Liberação Frio Salga Esterilização ou Fusão pelo calor Rebeneficiamento Graxaria Linhas de Inspeção Agentes de Inspeção Sanitária Consumo Parte libera Parte condena Pés * Cabeça e Lingua Quarto dianteiro Quarto traseiro RinsPulmão e Coração FígadoEstômagos Intestinos Baço Pâncreas Útero Bexiga Cronologia * Dentária Farinha/Adubo Inspeção Post Mortem - Suínos DIF (Veterinário) Condenação Total Rejeição Parcial Aproveitamento Condicional Liberação Frio Salga Esterilização ou Fusão pelo calor Rebeneficiamento Graxaria Linhas de Inspeção Agentes de Inspeção Sanitária Consumo Parte libera Parte condena Cabeça e nodos Linfáticos da papada Meia carcaça Rins Cérebro Estômagos Intestinos Baço Pâncreas Útero Bexiga Fígado e Língua Pulmão e Coração Farinha Adubo Pés Inspeção Post Mortem - Aves DIF/PIF (Veterinário) Condenação Total Rejeição Parcial Aproveitamento Condicional Liberação Salsicharia Conserva cozida Rebeneficiamento Graxaria Agentes de Inspeção Sanitária Consumo Intestinos Coração Fígado Moela Cavidade tóraco-abdominal Pulmões Sacos aéreos Carcaça Parte libera Parte condena Farinhas Inspeção Post Mortem Peculiaridades entre as espécies: Bovinos: • Insensibilização: pistola pneumática • Sangria: estímulo elétrico – aceleração rigor mortis • Esfola Suínos: • Insensibilização: eletronarcose (principalmente) • Escaldagem • Depilação / chamuscamento Inspeção Post Mortem Peculiaridades entre as espécies: Aves: • Insensibilização: eletronarcose (principalmente) • Escaldagem • Depenagem • Eventração vísceras (inspeção) e posterior evisceração • Pré-chiller / chiller • Gotejamento – Drip test • Congelamento rápido Inspeção Post Mortem Peculiaridades entre as espécies: Pescado: • Depuração • Insensibilização: eletronarcose + CO2 (principalmente) • Banho pra congelamento / glaceamento LINHAS DE INSPEÇÃO DE SUÍNOS • Linha "A1“ - Inspeção de cabeça e nodos linfáticos da "papada" • Linha "A“ - Inspeção do útero • Linha "B“ - Inspeção de intestinos, estômago, baço, pâncreas e bexiga • Linha "C“ - Inspeção de coração e língua • Linha "D“ - Inspeção de fígado e pulmão • Linha "E“ - Inspeção de carcaça • Linha "F“ - Inspeção de rins • Linha "G“ - Inspeção de cérebro. Linhas de inspeção de bovinos LINHAS DE INSPEÇÃO DE BOVINOS Linha A e B – Lesões vesiculares Linha C • Actinomicose • Actinobacilose • Glossites • Miosites • Cisticercose • Adenites Linha D ▪ Gastrite ▪ Enterites ▪ Esofagostomose ▪ Cisticercose (esôfago) ▪ Tuberculose Linha D Linha D Linha E • Teleangiectasia • Abscesso hepático • Esteatose • Cirrose • Perihepatite • Hidatidose • Fascíolose e migração larval • Contaminação • Congestão hepática Teleangiectasia Como classificar se é um abscesso? Cirrose CONGESTÃO HEPÁTICA: aumento local do volume de sangue em um determinado tecido; LESÕES: órgão se apresenta mais escurecido, enegrecido em sua totalidade, normalmente com maior volume e peso(inchado); Migração larval • Manchas leitosas circulares Hidatidose e Fascíola Hepática • Lesões necróticas e fibrosas; posteriormente ocorre hipertrofia dos canalículos biliares, com necrose de lóbulos hepáticos, distensão da cápsula hepática, colecistite, litíase e cirrose biliares. PERIHEPATITE: “Processo inflamatório do tecido conjuntivo junto ao fígado”, “Inflamação da cápsula periférica do fígado,que apresenta-se áspera e aderente ao tecido hepático”; LESÕES: cápsula hepática aderida, esbranquiçada; Linha F • Pericardite e Miocardite • Adenite • Pleurite • Condenação por aspiração de sangue • Aspiração de conteúdo ruminal • Bronquite • Congestão • Enfisema • Hidatidose • Hipertrofia ou atrofia. ASPIRAÇÃO DE SANGUE ou CONGESTÃO: Aspiração: Decorrente do processo de abate, por rompimento de vasos sanguíneos. Congestão Pulmonar: aumento local do volume de sangue em um determinado tecido; Aspiração Congestão Aspiração de conteúdo Ruminal Cisto Hidatico • ENFISEMA: Distensão excessiva e anormal dos alvéolos. • O enfisema quase sempre secundário a um outro processo patológico pulmonar.” É comum encontrar enfisema pulmonar, quando a lesão primária no pulmão causa aprisionamento do ar nos alvéolos ou bronquíolos terminais”. • LESÕES: áreas mais abauladas, mais “bolhosas” em relação às demais; Enfisema alveolar ou intersticial Especial em suínos: • PNEUMONIA ENZOÓTICA: doença crônica infecciosa, causada pelo Mycoplasma hyopneumoniae • LESÕES: áreas de consolidação pulmonar de cor púrpura a cinza, localizados principalmente nos lobos apicais, cardíacos e intermediários, áreas bem delimitadas e consistência carnosa; • ATELECTASIA PULMONAR: Expansão incompleta dos alvéolos de uma parte do pulmão ou do pulmão inteiro devida a uma ausência de ventilação consecutiva à obstrução total ou parcial de um brônquio • LESÕES: pulmões ficam mais murchos, mas sem alterar a consistência, podendo ficar mais avermelhados; Linha G • Isquemia • Congestão • Cisto urinário • Nefrite • Uronefrose. Linha H e I • Contusões • Hemorragias • Abscessos • Adenites • Icterícia • Adipoxantose Inspeção Post Mortem – Marcação de carcaças A - Marcação Sistemática 01 - Do lote: Chapa tipo 05 - 1a carcaça esquerda do lote Ex: lote 02 carcaça 30 – 30/2/20/10/2008 02 - Da cabeça x carcaça: Numerar no côndilo do occipital, carpo e tarso com lápis tinta o mesmo número sequencial Inspeção Post Mortem – Marcação de carcaças B - Marcação Eventual 03 - Matança de Emergência: Substituida por outra, com o mesmo número da papeleta do exame ante morte, quando da retirada da pele 04 - Febre Aftosa: Substituida pelo carimbo “Não exportar” após retirada da pele Inspeção Post Mortem – Marcação de carcaças 05 - Carcaças que vão para o DIF: 5.1- Indicadora de Lesão - (Vermelha) Próxima ao local da lesão primária 5.2- Identificação de partes do animal: (Distribuidas 4 pares de 01 a 30 p/ cada AISIPOA) Intestinos - junto ao anel pilórico (pâncreas) Fígado - junto à veia porta Pulmão esquerdo Carcaça - primeira no sentido do trajeto da nórea Utilização do carimbo de inspeção Utilização do carimbo de inspeção Utilização do carimbo de inspeção Linhas de Inspeção de Aves • Art. 229. Todas as aves que no exame “ante ou post-mortem” que apresentem sintomas ou forem suspeitas de tuberculose, pseudo-tuberculose difteria, cólera,varíola, tifose aviária, diarréia branca, paratifose, leucoses, peste, septicemia em geral, psitacosee infecções estafilocócicas em geral, devem ser condenadas. ➢Linha A Exame interno • Visualização da cavidade torácica e abdominal (pulmões, sacos aéreos, rins, órgãos sexuais). • Deve ser feito abrindo a cavidade com as duas mãos. ➢Linha B Exame de vísceras • Visa o exame do coração, fígado, moela, baço, intestinos e, nas poedeiras, ovários e oviduto. • Deve ser feito segurando o pacote de vísceras com as duas mãos, para facilitar a visualização. ➢ Linha C Exame externo • Visualização das superfícies externas (pele, articulações). • Remoção de pequenas contusões, membros fraturados, pequenos abscessos superficiais e localizados, calosidades. • A remoção deve ser feita somente nas carcaças que estão na nórea. Aspecto Repugnante • Causas químicas, físicas e bioquímicas: • processos autolíticos • reações enzimáticas de escurecimento • influências atmosféricas • sujidades, poeiras, odores anormais e contaminação do ambiente com produtos químicos. Síndrome Ascítica • Menor período de conservação; • Ascite provocada por micose ou micotoxicose • Alteração metabólica Síndrome Hemorrágica • Agentes virais; • Agentes medicamentosos; • Micotoxinas. Abcesso ou caseo • Enterotoxinas Staphylococcus aureus Colibacilose • Escherichia coli • Doença respiratória Crônica • Tríade de Condenação de Carcaça Artrite • E. coli • Salmonella spp. • Mycoplasma galissepticum • Fratura de cabeça de fêmur: artrite, osteomielite ou osteonecrose. Celulite e Dermatoses • E. coli • Staphylococcus aureus Caquexia ❖ Hipotrofia e atrofia • Staphylococcus aureus • Bacillus cereus • Clostridium perfringens • Salmonella spp. • Yersinia enterocolitica • Brucella spp. • Campylobacter jejuni • Mycobacterium • Má nutrição • Parasitárias Raillietina echinobothrida Contusão ou Fraturas Escaldagem Excessiva • Torna a carne mais suscetível a contaminações. Miopatia Dorsal Cranial (MDC) • Etiologia desconhecida! • Partes lesadas são condenadas como medida de precaução Neoplasia (Tumor) • Neoplasias: Doença de Marek; • Fígados amarelos e rendilhados: Aflatoxina Salpingite • Salmonelose • Colibacilose • Pasteurelose. Destino final DIF • GRAXARIA: • 1. Abscessos múltiplos em vários órgãos repercutindo ou não no estado geral da carcaça; • 2. Caquexia (magreza extrema, mudança na coloração e textura da musculatura, sem gordura de cobertura). Pode não haver comprometimento de órgãos e sistema linfático; • 3. Cirrose hepática por processo infeccioso ou tóxico grave com repercussão na rede ganglionar e no estado geral da carcaça; • 4. Cisticercose generalizada; • 5. Criptorquidismo com odor sexual; • 6. Evisceração retardada (após 60 minutos da sangria); • 7. Hidronefrose com reflexos na carcaça por uremia ou odor de urina na carcaça; • 8.Linfadenite generalizada; • 9.Pleuropneumonia crônica com formações nodulares com material necrótico ou pús. CONSERVA: • 1.Abscessos com repercussão ganglionar ou no estado geral da carcaça; • 2.Cirrose hepática com repercussão na rede ganglionar e no estado geral da carcaça; • 3.Cisticercose (acima de 5 cisto mas sem generalização, sendo possível a remoção dos mesmos); • 4.Contaminação abrangente por material gastrintestinal ou manipulações descuidadas; • 5.Contusão antiga com processo inflamatório; • 6. Enterite com hiperêmia das paredes intestinais, comprometimento dos gânglios linfáticos regionais, podendo não haver repercussão no estado geral da carcaça; • 7. Evisceração retardada (de 45 a 60 minutos), sem comprometimento das características organolépticas e/ou alterações ganglionares; • 8. Linfadenite acentuada mas não generalizada; • 9. Tumor localizado sem metástase ou comprometimento da rede ganglionar; • 10. Pericardite com exudato inflamatório, com ou sem aderência, ainda que não haja reflexo na carcaça; • 11. Pleuropneumonia aguda ou sub-aguda; • 12. Pneumonia sub-aguda ou em fase de resolução. Questões de inspeção – ENADE e concursos QUESTÃO 28 O Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), em seu artigo 110, preconiza: Art. 110 - É proibida a matança de qualquer animal que não tenha permanecido pelo menos 24 (vinte e quatro) horas em descanso, jejum e dieta hídrica nos depósitos do estabelecimento. § 1º - O período de repouso pode ser reduzido, quando o tempo de viagem não for superior a 2 (duas) horas e os animais procedam de campos próximos, mercados ou feiras, sob controle sanitário permanente; o repouso, porém, em hipótese alguma, deve ser inferior a 6 (seis) horas. O jejum alimentar e a dieta hídrica aos quais os animais são submetidos visa: a)evitar que o sangue deslocado para o trato gastrointestinal no processo da digestão minimize os processos de sangria, propiciando, assim, uma morte mais rápida ao animal. b)evitar custos maiores para a indústria durante o abate dos animais, tais como o custo de ração, a mão de obra e a limpeza dos currais de espera. c)evitar a contaminação das carcaças no momento da esfola e evisceração, caso ocorram acidentes e perfuração das alças intestinais. d) tornar o abate um processo menos traumático, pois o jejum tranquiliza o animal, cumprindo, assim, um protocolo de abate humanitário e atendendo às recomendações dos principais países importadores da carne brasileira. e)proporcionar aos animais a recuperação dos estoques de glicogênio perdidos com o estresse de viagem e (ou) transporte, o qual permitirá que, após o abate, nos processos de armazenagem das carcaças, ocorra adequado abaixamento de pH, propiciando melhor qualidade da carne. Um inspetor médico veterinário em um dia de trabalho observou uma carcaça com coloração amarela intensa distribuída por toda a carcaça, incluindo gorduras, tecido conjuntivo etc. Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico e o destino recomendado pelo RIISPOA. a) Icterícia, aproveitamento condicional b) Icterícia, liberação para produção de salsichas c) Icterícia, liberação para conserva d) Icterícia, liberação total e) Icterícia, condenação total • Questão 28 • Em um processo de matança de suínos, o auxiliar de inspeção, na inspeção post- mortem, encontrou uma carcaça acometida por uma infecção intensa por Cysticercus cellulosae. Assumindo o procedimento correto, este auxiliar desviou a carcaça para o departamento de inspeção final para uma análise mais criteriosa do Médico Veterinário, sendo a ele atribuída a responsabilidade de julgamento e destino da referida carcaça. O procedimento correto do Médico Veterinário responsável deve ser (A) a condenação total. (B) a salga do tecido muscular e fabricação de banha com o tecido adiposo. (C) o congelamento do tecido muscular e fabricação de banha com o tecido adiposo. (D) o aproveitamento condicional, com exceção do tecido muscular, que pode ser destinado ao consumo normal. (E) o aproveitamento de tecidos adiposos procedentes de carcaças para o fabrico de banha, rejeitando-se as demais partes do animal. QUESTÃO 29 O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio de Instrução Normativa, aprovou o Regulamento Técnico de Métodos de Insensibilização para o Abate Humanitário de Animais de Açougue, documento no qual são previstos os métodos mecânico, elétrico e da exposição à atmosfera controlada. No que concerne a tais métodos, é correto afirmar que (A) o método da exposição à atmosfera controlada emprega o nitrogênio ou a mistura de nitrogênio e ar atmosférico, que são injetados dentro de câmaras apropriadas para oferecer conforto ao animal. (B) os eletrodos, no método elétrico, devem ser posicionados de modo a permitir que a corrente elétrica caminhe no sentido crânio-caudal e favorecendo o decúbito lateral. (C) o método mecânico percussivo penetrativo emprega pistola com dardo cativo, aqual deve ser posicionada de modo a assegurar que o dardo penetre no córtex cerebral, através da região frontal. (D) o método mecânico percussivo não penetrativo é recomendado quando a sangria não é necessária, facilitando o manejo e as condições higiênico-sanitárias. (E) no método elétrico não se permite molhar a região de fixação dos eletrodos para evitar riscos de choque do operador e manter as condições de higiene local. O que você deve saber ao fim da aula (debriefing): • Compreender a função e os princípios básicos da inspeção • O que é e como funciona a inspeção ante mortem • O que é e como funciona a inspeção post mortem • Diferenças entre as espécies de açougue • Quais os critérios de julgamento e requisitos para cada
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