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WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Descritivos: apenas relata – ex.: relato de caso, série de casos Analíticos: provam uma relação de causa e efeito (ex.: transversal, coorte, ..) Classificação 1 - Investigados ● População (agregado): olhar amplo ● Indivíduos (individuado): avalia a resposta de cada participante do estudo 2 - Investigador ● Observação ● Intervenção (ensaio): toda intervenção é longitudinal! 3 - Tempo ● Transversal (seccional/prevalência): olho o participante uma única vez (é uma foto do participante) o Ex.: “ como foi a mortalidade infantil na década de 70? ” ● Longitudinal (: acompanha o paciente (é um filme, momentos diferentes de avaliação) INVESTIGADOS INVESTIGADOR TEMPO NOME DO ESTUDO Agregado Observação Intervenção Transversal Longitudinal Longitudinal Ecológico Série temporal Ensaio comunitário Indivíduo Observação Intervenção Transversal Longitudinal Longitudinal Inquérito Coorte Caso controle Ensaio clínico ● Estudo ecológico: é agregado, observacional e transversal. É a população observada uma vez. ● Estudo de série temporal: agregado, observacional e longitudinal. É a população observada mais de uma vez. ● Ensaio Comunitário: é agregado, intervencionista e longitudinal. o Vacinas! O MS avalia a população vacinada, se a incidência da doença reduziu. ● Inquérito: é individual, observacional e transversal. o Avaliar PA uma única vez de cada pessoa. ● Coorte/Caso-controle: é individual, observacional, longitudinal. o Em observação! Vou estar observando! ▪ Daqui pra frente: coorte (Goooogle) ▪ Daqui pra trás: caso-controle (“vou te contar um caso” – já aconteceu) ● Ensaio clínico: individual, intervencionista, longitudinal. Nível de evidência Ensaio clínico > Coorte > Caso-controle > Transversal > Opinião de especialista WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Estudo ecológico: agregado, observacional, transversal! ● É rápido, fácil, barato. ● Gera suspeitas! Mas não confirma! ● Exemplo: mortalidade infantil naquele ano/década. ● Exemplo: quem veio antes, o cigarro ou o CA pulmão? Não sei, porque o fator de risco e a doença vem ao mesmo tempo. Não vejo acontecer, apenas olho uma vez. ● Falácia ecológica Estudo de Coorte: individual, observacional e longitudinal! ● Define riscos e confirma suspeitas! ● É caro, longo, vulnerável a perdas. ● Ruim para doenças raras e/ou longas. ● Parte de um fator de risco e caminha em direção à doença. ● Trabalha com dois grupos: expostos e não-expostos (controle). ● Expostos: tem fator de risco, são separados em doentes e não-doentes. ● Não-expostos: sem fator de risco, são separados em doentes e não-doentes. ● O mais famoso é o estudo de Framingham! ● O estudo de Coorte pode analisar várias doenças. Seu fator de risco pode ser raro. Estudo de Caso-Controle: individual, observacional e longitudinal ● É sempre retrospectivo. ● Seleciona os casos (doentes) e compara com os controles (não-doentes). ● É mais rápido, barato, bom para doenças raras e/ou longas. ● Parte da doença e busca um fator de risco no passado. ● Estima o risco, não o define. ● Vulnerável a erros. ● Ruim para fator de risco raro; pode analisar vários fatores de risco. Ensaio Clínico: individual, intervencionista, longitudinal. ● Fase pré-clínica: teste em animais ● Fase clínica: teste em seres humanos. ● Tem dois grupos, o de experimento e o controle, avaliando se o efeito do experimento está ou não presente. ● Consegue controlar os fatores; é melhor para testar medicamentos. ● Caro, longo, vulnerável a perdas. ● Efeito Hawthorne / placebo: pode induzir o participante a mudar de comportamento apenas por estar participando de um ensaio. ● O ensaio clínico deve ser controlado, e o grupo controle evita o erro de intervenção. ● O ensaio clínico deve ser randomizado (sorteio). ● A amostragem deve ser probabilística (não posso selecionar os participantes), ou seja, os pacientes devem ser aleatórios (sorteados). ● Evita o erro de seleção/confusão. ● Garante que os dois grupos sejam o mais homogêneo possível. ● O ensaio clínico deve ser mascarado (cegamento) ● Evita o erro de aferição ● Aberto: todos sabem quem pertence a cada grupo ● Simples-cego: o paciente não sabe a qual grupo pertence ● Duplo-cego: nem paciente nem médico sabem os grupos A interpretação do estudo pode ser ● Final: eficácia (situação ideal) – tem apenas validade interna ● Intenção de tratar: efetividade (situação real) – tem validade interna e externa WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA RESUMINDO: ● TRANSVERSAL: Fotografia ... ● Gera suspeitas, mas não confirma ● Doença e fator de risco ao mesmo tempo ● COORTE “Vou estar observando” ● Bom para: definir riscos ● Fator de risco antes da doença ● CASO-CONTROLE “Vou estar observando” ● Bom para doença rara/ longa. Define risco? Não. Estima ● Doença antes do fator de risco ● ENSAIO CLÍNICO: interfere no fator, prevenindo a doença Análise 1 - Frequência: medir a doença ● Prevalência: transversal ● Incidência: coorte / ensaio clínico 2 - Associação: fator x doença FATOR DOENÇA TOTAL SIM NÃO SIM A B A + B NÃO C D C + D TOTAL A+C B+D A+B+C+D Odds ratio (OR): AD / BC→ os expostos têm risco de x vezes de estar doente hoje! Risco Relativo (RR): é a relação dos riscos. IE / INE (incidência expostos / incidência não-expostos) ● No ensaio clínico, devemos usar IE / IC! Redução do Risco Relativo (RRR): 1 – RR Redução Absoluta do Risco (RAR): Maior incidência – Menor incidência! ● RAr→ lembrar que é o maior menos o menor. Número Necessário ao Tratamento (NNT): 1 / RAR ESTUDO x ANÁLISE Estudo Frequência Associação Transversal Prevalência Razão de prevalências Caso-controle -- Odds ratio Coorte Incidência Risco relativo Raf/ RAP% Ensaio Incidência RR/ RRR RAR/ NNT INTERPRETAÇÃO RR, OR ou RP = 1 SEM ASSOCIAÇÃO RR, OR ou RP > 1 FATOR DE RISCO RR, OR ou RP < 1 FATOR DE PROTEÇÃO WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA 3 - Estatística: posso confiar? ERRO SISTEMÁTICO (VIÉS) ERRO ALEATÓRIO (ACASO) Seleção Aferição (informação) Confundimento P < 0,05 (5%) IC95% Sempre confiar no estudo no qual o IC 95% mantem-se sempre acima ou abaixo de 1! ● Se for ora <1, ora >1, comportou-se como fator protetor e de risco, então não é confiável! A precisão do estudo tem a ver com o IC mais estreito! ● Estudos com grande população, quando um indivíduo responde muito diferente da média, há pouca influência sobre o resultado final. Estudos com pouca gente tem maior divergência. Logo, estudos com IC menor trabalham com mais gente. WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA Nem sempre solicitamos o exame padrão-ouro de imediato, mas tentamos o exame menos invasivo, mais barato... sempre quando se realiza um teste diagnóstico e este vem positivo, ele pode acertar ou errar (pessoa sem doença). ● Frente a qualquer teste solicitado, temos 4 possibilidades diagnósticas: positivo (acerta ou erra), negativo (acerta ou erra)! Ilusão e Realidade – As coisas... ● São o que aparentam ser ● Não são, embora aparentem ser ● São e não aparentam ser ● Não são e nem aparentam ser FATOR DOENÇA TOTAL SIM NÃO SIM A (VP) B (FP) A + B NÃO C (FN) D (VN) C + D TOTAL A+C B+D A+B+C+D Situações em que o teste acertou A→ verdadeiro positivo D→ verdadeiro negativo Situações em que o teste errou B→ falso positivo C→ falso negativo Acurácia (proporção de acertos do teste) ● De todas as vezes que testei (A+B+C+D), acertei o VP e o VN! ● VP (a) + VN (d) / a + b + c + d Sensibilidade x Especificidade Sensibilidade: olha para a coluna 1 (os doentes). Detecta os VP nos doentes! ● VP / VP + FN ● a / a + c ● Muito FN significa baixa sensibilidade; pouco FN significa alta sensibilidade! ● Alta sensibilidade: evitar falso negativo! Uso quando preciso achar a doença a qualquer custo! o Ex.: doadores de sangue / doença letal Especificidade: olha para a coluna 2 (não doentes). Detecta os VN em não-doentes! ● VN / FP + VN ● d / b + d ● Muito FP significa baixa especificidade; pouco FP significa alta especificidade! ● Alta especificidade: evitar falso positivo!Uso quando não quero dar o diagnóstico errado! Não posso errar o diagnóstico! o Ex.: situações em que o + gera traumatismos (psicológico / iatrogênico) Ex.: quero avaliar febre (T>37,8°) com um termômetro que só afere a partir de 37,8° e mede corretamente a partir daí. Então esse termômetro tem 100% sensibilidade e zero especificidade! SENSIBILIDADE Detectar VERDADEIRO POSITIVO nos doentes A VP WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA A + C VP + FN ESPECIFICIDADE Detectar VERDADEIRO NEGATIVO nos não doentes D VN B + D FP + VN VPP – acertos nos resultados positivos ● a / b + c VPN – acertos nos resultados negativos ● d / c + d ● A sensibilidade e especificidade de um teste não variam! ● O valor preditivo varia com a prevalência! VALOR PREDITIVO POSITIVO (VPP) Acertos nos resultados positivos A A+B VALOR PREDITIVO NEGATIVO (VPN) Acertos nos resultados negativos D C+D WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Quanto maior a prevalência... Quanto menor a prevalência... Maior o VP positivo Menor o VP positivo Menor o VP negativo Maior o VP negativo Ex.: prostitutas x HIV Ex.: freiras x HIV Probabilidade pré-teste = prevalência→ influencia o valor preditivo (probabilidade pós-teste)! Quanto mais sensível for o teste... ● Menos falsos negativos, logo, maior VPN! ● Mais falsos positivos, logo, menor o VPP! Quanto mais específico for o teste... ● Menos falsos positivos, logo, maior VPP! ● Mais falsos negativos, logo, menor o VPN! Lembrando que a prevalência não influencia aqui!
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