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TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 Fisiologia do sistema respiratório fonte: https://www.youtube.com/watch?v=EwDt3U88x2k (cap. 38 - Guyton) Cap. 44 - Guyton http://www.cives.ufrj.br/informacao/altitude/altitude-iv.html https://www.youtube.com/watch?v=TZZajZHz5j0 TERMOS DESCONHECIDOS: 1. Vertigem: Tontura advinda de alteração da PA (normalmente devido ao aumento), a vertigem pode acontecer como consequência do aumento da frequência cardíaca, visto que nesse aumento o coração pode deixar de bombear sangue oxigenado para algumas partes do corpo. Relacionado, principalmente, a uma hipóxia no cerebelo (local de controle do equilíbrio) 2. Complacência:A complacência se refere a quanto esforço é necessário para distender os pulmões e a parede torácica. Uma complacência alta significa que os pulmões e a parede torácica se expandem facilmente, enquanto uma complacência baixa significa que eles resistem à expansão. Nos pulmões, a complacência está relacionada com dois fatores principais: a elasticidade e a tensão superficial. Os pulmões normalmente têm complacência alta e se expandem facilmente porque as fibras elásticas do tecido pulmonar são facilmente distendidas e o surfactante no líquido alveolar reduz a tensão superficial. A redução da complacência é uma característica comum em condições pulmonares que (1) levam a cicatrizes no tecido pulmonar (p. ex., tuberculose), (2) fazem com que o tecido pulmonar se encha de líquido (edema pulmonar), (3) provocam deficiência de surfactante ou (4) impedem a expansão pulmonar de alguma maneira (p. ex., paralisia dos músculos intercostais). A complacência pulmonar diminuída ocorre no enfisema pulmonar. HIPÓTESES: 1. O aumento da altitude causa a dificuldade de respirar. V 2. A pressão é menor em altas altitudes. V 3. O aumento da altitude faz o corpo produzir mais hemácias para suprir a falta de O2 (eritropoiese) V (a hipóxia gerada pela diminuição da Po2 que é gerada pelo aumento de altitude) 4. O condicionamento físico é determinado pela modalidade, influenciando tanto na respiração aeróbica quanto na anaeróbica. 5. O aumento da altitude compromete a respiração por causa da freqüência cardíaca e da alteração do Ph sanguíneo. F 6. O indivíduo fadigado acumula mais CO2 e o Ph sanguíneo fica mais ácido V 7. O Ph é inversamente proporcional à pressão arterial do CO2 V 8. A verificação do CO2 e O2 é feita pela gasometria capilar V 9. Os testes ergométricos com gasometria auxiliam na regulação da PA. V (os testes ergométricos são específicos de cada indivíduo e demonstram como anda o funcionamento do coração) 10. O doping legal pode ser utilizado como forma de melhora do condicionamento físico. V https://www.youtube.com/watch?v=EwDt3U88x2k http://www.cives.ufrj.br/informacao/altitude/altitude-iv.html https://www.youtube.com/watch?v=TZZajZHz5j0 TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 11. A taquipnéia é uma tentativa do corpo de melhorar a respiração e obter O2. V 12. A hiperventilação na tentativa de obter mais O2 causa taquicardia e taquipnéia. V 13. O oxímetro dosa a quantidade de O2 no dedo do paciente. V 14. As fibras brancas tipo 2 são fibras de contração rápida/explosão, diminuindo o Ph sanguíneo. 15. As fibras vermelhas tipo 1 são fibras de contração lenta/resistência, aumentando o Ph sanguíneo. [FIBRAS MUSCULARES: Tipo I:(vermelhas/lentas/oxidativas): ↑ mioglobina,↑ mitocôndrias, oxidação ácidos graxos, contração continuada. Cor vermelho escura Tipo II: (brancas/rápidas/glicolíticas): ↓ mioglobina, ↓ mitocôndrias, glicólise, fadiga (ácido lático). Cor vermelho clara. obs.: a mioglobina é uma proteína que é responsável pela reserva de oxigênio no músculo.] 16. O transporte de O2 não chega até os pulmões devido à diminuição do vapor d’água (umidade) com o colabamento dos alvéolos. V 17. Os pacientes asmáticos não conseguem que o O2 chegue aos pulmões devido ao colabamento dos alvéolos. V 18. A inflamação dos asmáticos é uma resposta da ação dos macrófagos alveolares, obstruindo a passagem de ar. V 19. A ausência da produção do líquido surfactante causa o colabamento e dificulta a hematose. V 20. A vertigem é uma resposta à hipóxia. V 21. O chá de coca pode agravar a taquicardia V 22. A complacência e a elasticidade permitem que ocorra a inspiração e a expiração.V 23. O oxigênio pode ser obtido pela água. Funções básicas do sistema respiratório: 1) Ventilação → Entrada e saída de ar no organismo (mecânica ventilatória) 2) Difusão → Hematose (entrada de O2 nos alvéolos e a saída de CO2 dos alvéolos) 3) Perfusão → Distribuição de O2 para os diversos tecidos do organismo 4) Controle → A manutenção da respiração que é feito pelo SNC ● Respiração tranquila: Só utiliza o M. diafragma. ● Respiração forçada: Utiliza os músculos associados. - Pressão pleural: Pressão exercida pelo ar no espaço intrapleural. Na inspiração há a expansão da caixa torácica e dos pulmões, o que provoca a contração do diafragma, aumento do espaço intrapleural e diminuição da pressão intrapleural, o que provoca a entrada do ar. Na expiração há a diminuição da caixa torácica e dos pulmões, o que provoca a distensão do diafragma, que volta a sua posição inicial, diminuição do espaço intrapleural e aumento da pressão intrapleural, o que provoca a expulsão do ar. - Pressão alveolar: Pressão exercida pelo ar dentro dos alvéolos. TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 Na inspiração há a dilatação dos alvéolos, aumentando seu volume e diminuindo sua pressão interna, o que possibilita a entrada de O2. Na expiração há a contração dos alvéolos, diminuindo seu volume e aumentando a pressão interna, o que possibilita a saída de CO2. Mecanismo respiratório: Inspiração: Para o ar fluir para os pulmões, a pressão intra alveolar tem de se tornar mais baixa do que a pressão atmosférica. Esta condição é alcançada aumentando o tamanho dos pulmões. A pressão de um gás em um recipiente fechado é inversamente proporcional ao volume do recipiente. Para que a inspiração ocorra, os pulmões precisam se expandir, o que aumenta o volume pulmonar e, assim, diminui a pressão nos pulmões para níveis inferiores aos da pressão atmosférica. O primeiro passo na expansão dos pulmões durante a inspiração tranquila normal envolve a contração do principal músculo inspiratório, o diafragma, com a resistência dos intercostais externos. O músculo mais importante da inspiração é o diafragma, um músculo esquelético em formato de cúpula que forma o assoalho da cavidade torácica. Ele é inervado por fibras do nervo frênico. A contração do diafragma faz com que ele se achate, abaixando a sua cúpula. Isto aumenta o diâmetro vertical da cavidade torácica. Durante a inspiração tranquila normal, o diafragma desce aproximadamente 1 cm. A contração do diafragma é responsável por aproximadamente 75% do ar que entra nos pulmões durante a respiração tranquila.Os próximos músculos mais importantes à inspiração são os intercostais externos. Quando estes músculos se contraem, eles elevam as costelas. À medida que o diafragma e os músculos intercostais externos se contraem e o tamanho global da cavidade torácica aumenta, o volume da cavidade pleural também cresce, o que faz com que a pressão intrapleural diminua. Os músculos acessórios da inspiração incluem os músculos esternocleidomastóideos, que elevam o esterno; os músculos escalenos, que elevam as duas primeiras costelas; e o músculo peitoral menor, que eleva as costelas III a V. Os músculos mais importantes que elevam a caixa torácica são os intercostais externos, mas outros que auxiliam são (1) músculos esternocleidomastóideos, que elevam o esterno; (2) serráteis anteriores, que elevam muitas costelas; e (3) escalenos, que elevam as duas primeiras costelas. Expiração: a pressão nos pulmões é maior do que a pressão atmosférica, a expiração resulta da retração elástica da parede torácica e dos pulmões. A expiração começa quando a musculatura inspiratória relaxa. À medida que o diafragma relaxa, sua cúpula se move superiormente, graçasa sua elasticidade. A contração dos músculos abdominais move as costelas inferiores para baixo e comprime as vísceras abdominais, forçando assim o diafragma superiormente. A contração dos músculos intercostais internos, que se estendem inferior e posteriormente entre costelas adjacentes, puxa as costelas inferiormente. Os músculos que puxam a caixa torácica para baixo, durante a expiração, são principalmente o (1) reto abdominal, que exerce o efeito poderoso de puxar para baixo as costelas inferiores, ao mesmo tempo em que, em conjunto com outros músculos abdominais, também comprime o conteúdo abdominal para cima contra o diafragma; e (2) os intercostais internos. TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 Três fatores afetam a taxa de fluxo de ar e a facilidade da ventilação pulmonar: a tensão superficial do líquido alveolar, a complacência dos pulmões e a resistência das vias respiratórias. O surfactante é um agente ativo da superfície da água, significando que ele reduz bastante a tensão superficial da água. É secretado por células epiteliais especiais secretoras de surfactante chamadas células epiteliais alveolares tipo II. O surfactante (uma mistura de fosfolipídios e lipoproteínas) presente no líquido alveolar reduz a sua tensão superficial abaixo da tensão superficial da água pura. A complacência se refere a quanto esforço é necessário para distender os pulmões e a parede torácica. Uma complacência alta significa que os pulmões e a parede torácica se expandem facilmente, enquanto uma complacência baixa significa que eles resistem à expansão. À medida que os pulmões se expandem durante a inspiração, os bronquíolos se ampliam porque suas paredes são “puxadas” para fora em todas as direções. Vias respiratórias mais calibrosas têm menor resistência. A resistência das vias respiratórias então aumenta durante a expiração conforme o diâmetro dos bronquíolos diminui. O diâmetro das vias respiratórias também é regulado pelo grau de contração e relaxamento do músculo liso das paredes das vias respiratórias. Os impulsos da parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso causam o relaxamento deste músculo liso, o que resulta em broncodilatação e diminuição da resistência. Qualquer condição que estreite ou obstrua as vias respiratórias aumenta a resistência, de modo que é necessário mais pressão para manter o mesmo fluxo de ar. A característica da asma brônquica ou da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) – enfisema pulmonar ou bronquite crônica – é o aumento da resistência das vias respiratórias decorrente de sua obstrução ou colapso. O volume de uma respiração é chamado volume corrente (VC). A ventilação minuto (VM) – o volume total de ar inspirado e expirado a cada minuto em uma respiração tranquila – é dada pela frequência respiratória multiplicada pelo volume corrente. A taxa de ventilação alveolar é o volume de ar por minuto que efetivamente alcança a zona respiratória. Normalmente, o VC = 500mL. Volume de reserva inspiratória: Volume de ar inspirado em uma inspiração forçada após o volume corrente. Normalmente, o VRI=3000mL Volume de reserva expiratória: Volume de ar expirado em uma expiração forçada após o volume corrente. Normalmente, o VRE=1100mL Volume residual: Volume que, mesmo após uma expiração profunda, ainda fica dentros dos pulmões. VR=1200ml Capacidade inspiratória: VC + VRI Capacidade residual funcional: VRE + VR Capacidade vital: Quantidade de ar que entra e sai do pulmão. VC + VRE + VRI Capacidade pulmonar total: Capacidade vital + VR Controle da respiração: À medida que a quantidade de cartilagem diminui, a quantidade de músculo liso aumenta. O músculo liso circunda o lúmen em faixas espiraladas e ajuda a manter a permeabilidade. No entanto, como não há cartilagem de suporte, espasmos musculares TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 podem fechar as vias respiratórias. Isto é o que acontece durante uma crise de asma brônquica, uma situação potencialmente fatal. Durante o exercício, a atividade na parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso (SNA) aumenta e a medula da glândula suprarrenal libera os hormônios epinefrina e norepinefrina; estes dois eventos causam o relaxamento do músculo liso nos bronquíolos, que dilata as vias respiratórias. Como o ar chega aos alvéolos mais rapidamente, a ventilação pulmonar melhora. Fibras nervosas simpáticas (epinefrina, adrenalina): No coração:aumento da força cardíaca, aumento da FC, vasoconstrição, aumento da PA. Na árvore respiratória: broncodilatação, aumento da troca de ar (receptores betadrenégicos - BETA2). A parte parassimpática do SNA e os mediadores de reações alérgicas, como a histamina, têm efeito oposto, causando contração do músculo liso brônquico, o que resulta em constrição dos brônquios distais. Fibras nervosas parassimpáticas derivadas do nervo vago -X par- (acetilcolina, histamina -alergias-, substância de reação lenta da anafilaxia): Na árvore respiratória: broncoconstrição, diminuição da troca de ar. Uma característica única dos vasos sanguíneos pulmonares é a sua constrição em resposta à hipóxia (baixo nível de O2) localizada. Em todos os outros tecidos do corpo, a hipóxia provoca a dilatação dos vasos sanguíneos para aumentar o fluxo sanguíneo. Nos pulmões, no entanto, a vasoconstrição em resposta à hipóxia desvia sangue pulmonar de áreas dos pulmões com pouca ventilação para regiões bem ventiladas para possibilitar trocas gasosas mais eficientes. Este fenômeno é conhecido como equilíbrio ventilação perfusão, porque a perfusão (fluxo sanguíneo) para cada área dos pulmões corresponde à extensão da ventilação (fluxo de ar) para os alvéolos nessa área. ● Reflexo da tosse: Acontece devido a uma irritação da orofaringe e cavidades inferiores. → Impulsos neurais aferentes da via respiratória através do nervo vago → Alcançam o bulbo (centro respiratório) → Resposta eferente para a contração dos músculos da inspiração → Entrando de 2500ml de ar nos pulmões → Causando um fechamento da epiglote e de cordas vocais → Prende o ar nos pulmões gerando o aumento a pressão intrapulmonar → Início da contração dos músculos de expiração → Epiglote e cordas vocais abrem → Ar passa rapidamente e sai pela boca ● Reflexo do espirro: Acontece devido a uma irritação na cavidade nasal → Impulsos neurais aferentes da via respiratória (na cavidade nasal) através do nervo trigêmeo → Alcançam o bulbo (centro respiratório) → Resposta eferentes para a contração dos músculos da inspiração TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 → Entrando de 2500ml de ar nos pulmões → Causando um fechamento da epiglote e de cordas vocais → Prende o ar nos pulmões gerando o aumento a pressão intrapulmonar → Início da contração dos músculos de expiração → Epiglote e cordas vocais abrem → Úvula é deprimida → Ar sai pelo nariz OBJETIVOS: 1. Compreender as vias alternativas para a obtenção energética do O2 na fadiga. 2. Explicar a produção de lactato em situações de atividade física a nível do mar e em altas altitudes. A gasometria arterial é um exame de sangue que é coletado a partir de uma artéria, com o objetivo de avaliar os gases presentes no sangue, como o oxigênio o gás carbônico, assim como sua distribuição, do pH e do equilíbrio ácido-básico. Importante lembrar que se o objetivo for apenas medir o pH é possível fazer a gasometria venosa.Os principais parâmetros que observamos no exame de gasometria, avaliados pelo gasômetro, são: ● pH ● SatO2=pO2 (saturação de oxigênio) ● pCO2 (pressão parcial do gás carbônico) ● HCO3 (bicarbonato) ● Ânion Gap (AG). Esses ânion GAP representa o lactato. Estas pressões parciais determinam o movimento de O2 e CO2 entre a atmosfera e os pulmões, entre os pulmões e o sangue, e entre as células do sangue e o corpo. Cada tipo de gás se difunde através da membrana permeável da área em que sua pressão parcial é maior para a área em que sua pressão parcial é menor. Quanto maior a diferença na pressão parcial, mais rápida será a velocidade de difusão.Valores normais: pH sanguíneo = 7,35 - 7,45 pCO2 = 35 - 45 mmHg pO2 = 80 -100mmHg HCO3- = 22 - 26 mEq/L AG = 6 - 12 mEq/L Os distúrbios metabólicos são aqueles que alteram primariamente os valores do HCO3- na gasometria, já os respiratórios, modificam primariamente os valores de pCO2 na gasometria. Na presença desses distúrbios, o corpo reage através de respostas compensatórias (respiratórias ou renais) a fim de evitar mudança do pH. De modo geral, a resposta compensatória de um DISTÚRBIO RESPIRATÓRIO é renal (metabólico), através da retenção ou excreção de HCO3- ou H+. Por outro lado, a resposta de um DISTÚRBIO METABÓLICO é respiratória, induzindo a hiper ou TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 hipoventilação. A resposta compensatória renal é mais demorada do que a resposta respiratória. Distúrbios ácido-base METABÓLICOS: - Na acidose metabólica temos uma queda do HCO3 na gasometria e, consequentemente, redução do pH (acidose). A resposta compensatória deve ser uma hiperventilação a fim de reduzir o CO2 (que também acidifica o meio). - Na alcalose metabólica, ocorre um aumento de HCO3 na gasometria e, consequentemente, elevação do pH (alcalose). A resposta compensatória deve ser uma hipoventilação a fim de reter o CO2. Distúrbio ácido-base RESPIRATÓRIOS: - Na acidose respiratória, existe uma dificuldade de ventilação do paciente, isso leva a uma hipoventilação e, consequentemente, retenção do CO2. A resposta compensatória neste caso é renal (retém HCO3- ou excreta mais H+), com posterior elevação do HCO3 na gasometria. Nos distúrbios respiratórios, avaliamos se o distúrbio é crônico ou agudo através da resposta compensatória. Nos distúrbios crônicos, observamos maior elevação de HCO3. - Na alcalose respiratória, o paciente está hiperventilando e, consequentemente, “lavando” o CO2, isto é, expulsando o CO2. A resposta neste caso é renal com excreção de HCO3. Da mesma forma da acidose respiratória, aqui também avaliamos se o distúrbio é agudo ou crônico. Em condições de atividade física: - ao nível do mar → PO2 normal. - em altas altitudes → PO2 reduzida, o que pode gerar quadros de hipóxia e uso do lactato para fazer respiração anaeróbica. Assim, pode-se detectar uma queda dos níveis de lactato TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 Durante o exercício intenso, o fluxo sanguíneo pelos pulmões pode aumentar de 4 a 7 vezes. Esse fluxo extra é acomodado, nos pulmões, por três maneiras: (1) aumentando o número de capilares abertos, podendo chegar a até três vezes; (2) pela distensão de todos os capilares e pela elevação da velocidade de fluxo, por cada capilar por mais de duas vezes; e (3) aumentando a pressão arterial pulmonar. Normalmente, as duas primeiras alterações diminuem a resistência vascular pulmonar de modo que a pressão arterial pulmonar se eleva muito pouco, mesmo durante exercício intenso. 3. Descrever a utilização do sódio extracelular como regulador do lactato. Assim como o H+ e HCO- funcionam em consonância, a dupla Na+ e lactato- também o são. O Na+ extracelular funciona como um capturador de lactato, regulando o pH e funcionamento de maneira análoga ao papel do H+. 4. Definir freqüência cardíaca de freqüência respiratória. ● Frequência cardíaca: É a quantidade de vezes que as câmaras do coração (átrios e ventrículos) entram em sístole (contração) e diástole (relaxamento) dentro de um minuto. Essa quantidade e vigor na qual essas câmaras sofrem alteração acontece devido à necessidade do corpo em bombear mais ou menos quantidade de sangue. Em crianças há uma FC maior, mesmo não estando em condições de “estresse”. Bradicardia: Abaixo de 60 BPM Normal: 60 a 100BPM Taquicardia: Acima dos 100BPM ● Frequência respiratória: É a quantidade de incursões respiratórias por minuto (inspiração+hematose+expiração). Isso determina a quantidade de sangue que estará sendo oxigenado e também depende da necessidade de atuação do corpo. A TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 FR normal de um adulto situa-se entre 12 e 20 IRPM. Esses valores de referência podem mudar de acordo com a idade do paciente, por exemplo, recém-nascidos possuem FR normal entre 40 irpm. Apneia:Ausência de FR Dispneia:FR abaixo de 12irpm Eupnéia: FR normal 12-20irpm Taquipneia:FR acima de 20irpm OBS: Ventilação/min = FR x Ventilação pulmonar 5. Elucidar a importância da taquipnéia e taquicardia nas trocas gasosas. ● Taquicardia:Aumento da frequência cardíaca, mais de 100 BPM. A taquicardia desenvolve uma taquipneia. ● Taquipneia: Aumento da frequência respiratória, acima dos 20irpm. A taquipneia provoca a hiperventilação, que aumenta a FR, liberando uma quantidade maior de CO2. Isso acaba deslocando o equilíbrio no sentido de repor o que foi gasto, ou seja, para a esquerda, e, assim, há o gasto de H+ e aumento de PH. 6. Relacionar o mal da montanha com a ingestão da folha de coca e esclarecer as conseqüências do uso do chá de coca em pacientes hipertensos. obs.: pressão parcial de um gás = concentração desse gás. A quantidade de oxigênio é inversamente proporcional a altitude, quanto mais alto o local menor a pressão parcial do oxigênio e menor a concentração desse no meio. Devido a isso, a mudança brusca de altitude pode gerar mal estar no indivíduo, visto que não houve tempo necessário de adaptação do corpo ao ar mais rarefeito, menos concentrado. A ocorrência do mal da montanha não tem ligação com o condicionamento físico da pessoa, mas sim com a altitude e com a rapidez na mudança de altitude. A disponibilidade de oxigênio é detectada pelo hipotálamo que passa a compensar, através de taquipneia e taquicardia, a falta de oxigênio. A taquipneia e TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 taquicardia são tentativas do corpo em aumentar a entrada de oxigênio e bombear esse oxigênio para os tecidos de forma mais eficaz. O chá de coca é uma ferramenta não comprovada cientificamente que minimiza os efeitos do mal da montanha. Isso porque o chá de coca é uma substância que, semelhante ao café, mas em maiores proporções estimula o funcionamento do sistema nervoso simpático, o que pode gerar consequências negativas para as pessoas que já possuem alguma disfunção na regulação da pressão arterial, visto que o simpático aumenta a PA e causa vasoconstrição, por exemplo, aumentando os riscos de doenças cardiovasculares. 8. Identificar as patologias que comprometem a elasticidade e a complacência. ● Asma brônquica: A obstrução das vias respiratórias pode ser decorrente de espasmos do músculo liso nas paredes dos brônquios e bronquíolos de menor calibre, edema da túnica mucosa das vias respiratórias, aumento na secreção de muco e/ou danos ao epitélio das vias respiratórias. Na fase de resposta inicial (aguda), o espasmo do músculo liso é acompanhado por secreção excessiva de muco que pode obstruir os brônquios e bronquíolos e piorar a crise. A fase de resposta tardia (crônica) é caracterizada por inflamação, fibrose, edema e necrose (morte) das células epiteliais brônquicas. Uma crise aguda é tratada com a administração de agonista beta-2 -adrenérgico inalado (salbutamol) para ajudar a relaxar o músculo liso dos bronquíolos e abrir as vias respiratórias. ● Enfisema pulmonar: O enfisema pulmonar é uma doença caracterizada pela destruição das paredes dos alvéolos, produzindo espaços aéreos anormalmente grandes que ficam cheios de ar durante a expiração. Com menos área de superfície para as trocas gasosas, a difusão de O2 através da membrana respiratória danificada é reduzida. O nível de O2 no sangue é um pouco reduzido, e qualquer exercício leve que aumente os requisitos de O2 das células deixa o paciente sem fôlego. Como quantidades crescentes de paredes alveolares são danificadas, a retração elástica pulmonar diminui por causa da perda de fibras elásticas, e uma quantidade crescente de ar fica retida nos pulmões no final da expiração. Ao longo de vários anos, o esforço adicional durante a inspiração aumenta o tamanho da caixa torácica, resultandoem um “tórax em barril”. ● Tuberculose: A micobactéria Mycobaterium tuberculosis provoca uma doença infecciosa transmissível chamada de tuberculose (TB). A tuberculose afeta mais frequentemente os pulmões e as pleuras, mas pode envolver outras partes do corpo. Depois que as micobactérias estão nos pulmões, elas se multiplicam e causam inflamação; esta estimula neutrófilos e macrófagos a migrarem para a área e englobar as micobactérias para evitar sua disseminação. ● Edema pulmonar: O edema pulmonar é um acúmulo anormal de líquido nos espaços intersticiais e alvéolos dos pulmões. O edema pode surgir pelo aumento da permeabilidade dos capilares pulmonares (origem pulmonar) ou pelo aumento da pressão nos capilares pulmonares (origem cardíaca); a última causa pode coincidir com uma insuficiência cardíaca congestiva. O sintoma mais comum é a dispneia. Outros sinais/sintomas incluem TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 sibilos, taquipneia (frequência respiratória rápida), agitação psicomotora, sensação de sufocamento, cianose, palidez, sudorese e hipertensão pulmonar. O tratamento consiste na administração de oxigênio, de broncodilatadores e de anti hipertensivos, de diuréticos para eliminar o excesso de líquido, e de fármacos que corrijam o desequilíbrio acidobásico; na aspiração das vias respiratórias; e na ventilação mecânica. 9. Associar o mecanismo de percepção do hipotálamo em relação à produção de hemácias. A pessoa que permanecer em altas altitudes durante dias, semanas ou anos ficará cada vez mais aclimatada à baixa Po2, assim, isso causa menos efeitos deletérios ao corpo. Após a aclimatação é possível que a pessoa trabalhe mais intensamente, sem efeitos hipóxicos, ou ascenda a altitudes ainda maiores. Os principais meios pelos quais a aclimatação ocorre são: (1) grande aumento da ventilação pulmonar; A exposição imediata à baixa Po2 estimula os quimiorreceptores arteriais, e essa estimulação aumenta a ventilação alveolar para o máximo de cerca de 1,65 vez o normal. Se a pessoa permanecer em altitude muito alta durante vários dias, os quimiorreceptores elevam a ventilação ainda mais, até cerca de cinco vezes o normal. O aumento imediato da ventilação pulmonar com a subida para altas altitudes expele grandes quantidades de CO2, reduzindo a Pco2 e aumentando o pH dos líquidos corporais. Essas alterações inibem o centro respiratório do tronco cerebral e, desse modo, se opõem ao efeito da baixa Po2 de estimular a respiração, por intermédio dos quimiorreceptores arteriais periféricos nos corpos carotídeos e aórticos. Entretanto, essa inibição se esvanece, progressivamente, durante os 2 a 5 dias. (2) número aumentado de hemácias; A hipóxia, captada pelo hipotálamo, é o principal estímulo para causar aumento da produção de hemácias, quando se permanece muito tempo exposto à baixa Po2, há o aumento do hematócrito e, consequentemente, da hemoglobina. Uma diminuição da disponibilidade de oxigênio ativa vários genes que codificam proteínas necessárias para o fornecimento adequado de oxigênio aos tecidos e ao metabolismo energético, são os fatores induzidos por hipóxia. Entre esse há os genes da eritropoetina que estimulam a produção de hemácias. (3) aumento da capacidade de difusão dos pulmões; (4) vascularidade aumentada dos tecidos periféricos; (5) capacidade aumentada das células teciduais usarem O2, apesar da baixa Po2. obs: Mal das montanhas de forma crônica: ocasionalmente, a pessoa que permanecer em altas altitudes durante tempo demasiado longo desenvolve a doença crônica das montanhas, em que ocorrem os seguintes efeitos: (1) a massa de hemácias e o hematócrito ficam excepcionalmente elevados; A massa de hemácias fica tão grande que a viscosidade sanguínea aumenta por várias vezes; essa viscosidade aumentada tende a diminuir o fluxo sanguíneo tecidual, de tal modo que o fornecimento de O2 também começa a diminuir. A maioria das pessoas com esse distúrbio se recupera em dias ou semanas, quando são removidas para altitude mais baixa. 10. Pontuar a espirometria. TUTORIA 5 - UC 5 Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 A espirometria, também conhecida como teste de sopro, é um exame que mede a função pulmonar. O teste vai quantificar o ar que a pessoa assoprou e qual a velocidade. Com isso são calculados alguns indicadores de como está funcionando o pulmão. É um exame em que se avalia os volumes e fluxos de ar que entram e saem do pulmão. Utiliza-se um aparelho no qual a pessoa assopra em um bocal, chamado espirômetro, e avalia-se o fluxo e a quantidade de ar que sai dos pulmões. Se o resultado indicar alguma alteração, outros exames serão necessários para confirmar um diagnóstico de doenças respiratórias, como asma ou DPOC. A espirometria é pedida para: ● Determinar a causa de problemas respiratórios ● Diagnosticar algumas doenças pulmonares, tais como asma ou doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) ● Diagnosticar doenças de circulação, como hipertensão pulmonar ● Fazer o acompanhamento de doenças pulmonares já diagnosticadas ● Avaliar a função pulmonar de uma pessoa antes de uma cirurgia, sobretudo aqueles que envolvem o tórax ● Verificar a função pulmonar de uma pessoa que é regularmente exposta a substâncias que podem danificar os pulmões, como fumantes e trabalhadores exposto à poeira e produtos químicos ● Verificar a eficácia do tratamento de doenças pulmonares.
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