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CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA DO JOELHO Profª Ma Ludmilla Karen B. L. de Matos Introdução •Forte associação funcional das articulações do Membro inferior – cerca de dois terços do músculos que cruzam o joelho também cruzam o quadril e o tornozelo •Uma das articulações mais complexas do corpo •Suportada e mantida por músculos e ligamentos •Frequentemente exposta a estresses e esforços OSTEOLOGIA Fêmur Distal • Côndilos lateral e medial - convexos • Epicôndilos • Sulco Intercondilar (Tróclea) • Facetas lateral mais pronunciada, estende-se proximal e anteriormente do que a Faceta medial (ajuda a manter a patela no local) OSTEOLOGIA Fêmur Distal •Côndilos medial mais estreito •Os côndilos não ficam abaixo da cabeça do fêmur devido a inclinação OSTEOLOGIA Tíbia e Fíbula proximais •A fíbula estabiliza a tíbia lateralmente e ajuda a manter seu alinhamento •A tíbia tem como função transferir peso do joelho ao tornozelo Tíbia proximal • Platô tibial : glenoides Medial: maior, oval, côncava sentido ântero-posterior, encaixe perfeito do côndilo medial; Lateral: rasa no sentido ântero- posterior. • Os ligamentos cruzados e meniscos se inserem ao longo da região intercondilar • A tuberosidade tibial serve como inserção do quadríceps, via tendão patelar OSTEOLOGIA Patela • “Pequena Polia” •Osso Sesamoide •Base proximal e Ápice distal •O tendão Patelar se insere entre o ápice e a tuberosidade tibial OSTEOLOGIA Patela • Superfície articular posterior é coberta por uma cartilagem articular de 4 a 5mm de espessura • Parte desta superfície articula- se com a interlinha condilar do fêmur – articulação Patelofemoral • De um lado e do outro da Margem Vertical estão as Facetas. A Faceta lateral é maior e levemente côncava ARTROLOGIA Anatomia geral e Considerações em relação ao alinhamento •A diáfise do fêmur apresenta uma ligeira inclinação medial em direção ao joelho •Ângulo normal de inclinação de 125° •A tíbia proximal orienta-se quase horizontalmente, então o joelho forma um ângulo, em seu aspecto lateral (170 a 175°) – Genu Valgum ARTROLOGIA •O eixo longitudinal de rotação do quadril é uma linha que conecta a cabeça femoral com o centro do joelho e pode ser estendido até o tornozelo e pé •Esse eixo liga mecanicamente os movimentos no plano horizontal do MI ARTROLOGIA Cápsula e Ligamentos de Reforço • Envolve a articulações Patelofemoral e Tibiofemoral • Cápsula anterior – reforçada pelo quadríceps e fibras do retináculo patelar medial e lateral • Fibras do Retináculo – extensões do tecido conectivo que recobrem o vasto lateral, o vasto medial e a banda iliotibial ARTROLOGIA Cápsula e Ligamentos de Reforço •Fibras do Retináculo – estende-se como uma rede e tem conexões para e entre o fêmur, a tíbia, a patela, o quadríceps e o tendão patelar ARTROLOGIA •Cápsula lateral reforçada pelo ligamento Colateral lateral, pelas fibras do retináculo patelar lateral e pela banda iliotibial estabilidade muscular é pelo tendão do Bíceps Femoral, do Poplíteo e pela cabeça lateral do Gastrocnêmio ARTROLOGIA Cápsula posterior reforçada pelo ligamento poplíteo oblíquo e poplíteo arqueado • Ligamento Poplíteo oblíquo – fica tenso na extensão total do joelho reforçada pelos músculos Poplíteo, Gastrocnêmio, Isquiostibiais (+ Semimembranáceo) O joelho não tem bloqueio ósseo para hiperextensão – limitada pelos músculos e cápsula posterior ARTROLOGIA •Cápsula medial reforçada pelas fibras do retináculo patelar medial e pelo ligamento Colateral medial reforçada pelos tendões dos músculos sartório, grácil e semitendíneo. Importante na estabilização do joelho ARTROLOGIA Membrana Sinovial, Bursa e Coxins Adiposos •A superfície interna do joelho é revestida com a membrana sinovial • Plicas ou pregas sinoviais – formada pela reabsorção incompleta do tecido mesenquimal, aparecem como dobras nas membranas sinoviais. Plica suprapatelar Plica inferior Plica medial (ligamento alar, sinóvia patelar ou banda intra-articular medial) •Um trauma pode provoca espessamento da Plica e provoca dor – mais comum na plica medial ARTROLOGIA Membrana Sinovial, Bursa e Coxins Adiposos •O joelho possui até 14 bursas – se encontram em junções interteciduais que encontram alta fricção durante o movimento (Ex: entre osso e músculo) •Os coxins adiposos são geralmente encontrados associados à Bursa, os mais extensos são os associados a Bursa suprapatelar e infrapatelar Meniscos – Considerações Anatômicas • Fibrocartilagem – formam concavidade para assentar os côndilos femorais • Ancorados na região intercondilar da tíbia pelos seus cornos anterior e posterior. Os cornos anteriores são ligados pelo ligamento transverso • Margem lateral é inserida à tíbia e à capsula pelos ligamentos coronários (ou meniscotibiais) – relativamente frouxo – permitem movimento como um pivô (o lateral é mais frouxo) ARTROLOGIA Meniscos – Considerações Anatômicas • O menisco medial tem um formato oval e a borda lateral se insere no ligamento colateral medial e cápsula adjacente • O menisco lateral tem um formato mais circular, borda lateral inserida apenas na cápsula lateral ARTROLOGIA Meniscos – Considerações Anatômicas • Os músculos ajudam a estabilizar : O quadríceps e o semimenbranáceo inserem-se em ambos os meniscos O poplíteo se insere no menisco lateral • Suprimento sanguíneo somente na periferia – vem de capilares da membrana sinovial e da cápsula. O bordo medial é avascular ARTROLOGIA Meniscos – Considerações Funcionais • Função primária – reduzir o estresse compressivo (força por unidade de área) na cartilagem articular • Estabilizar durante o movimento • Lubrificar a cartilagem • Relacionado com a propriocepção • Auxiliar a guiar a artrocinemática do joelho ARTROLOGIA Meniscos – Considerações Funcionais • Em uma lesão de menisco é mais indicado o reparo cirúrgico do que a meniscectomia, pois a meniscectomia aumenta o estresse local – desgaste excessivo • A cada passo os meniscos se deformam perifericamente – estresse circular ARTROLOGIA Meniscos – Comuns de Lesão • Rupturas de meniscos estão associadas a uma rotação axial forçada nos côndilos femorais sobre o joelho parcialmente fletido ou em descarga de peso – pinçar e deslocar o menisco • O menisco medial sofre mais lesão do que o lateral • Mecanismo de Lesão do menisco medial – rotação axial + força em valgo (estresse no ligamento colateral medial e a cápsula posteromedial) • Risco de lesão aumenta se o joelho estiver mal alinhado ou em caso de instabilidade ligamentar ARTROLOGIA Articulação Tibiofemoral •Dois graus de liberdade : Flexão e extensão/Rotações •Com o joelho levemente fletido tem a rotação medial e lateral •A rotação medial e lateral acompanha o movimento da tíbia em relação ao fêmur (movimento em cadeia aberta) e do fêmur em relação à tíbia (movimento em cadeia fechada) ARTROLOGIA Articulação Tibiofemoral •Osteocinemática Flexão e Extensão 130 a 150° Eixo latero-medial – migra no interior dos côndilos femorais com o movimento – faz um trajeto curvo chamado de evolução Articulação Tibiofemoral •Osteocinemática Flexão e Extensão Implicação biomecânica da migração do eixo latero-medial – altera o comprimento do braço de força interno dos flexores e extensores, o que explica em parte a mudança do torque interno de esforço máximo através da amplitude ARTROLOGIA Articulação Tibiofemoral •Osteocinemática Rotação Medial e Lateral Também chamada de Rotação axial A rotação lateral excede a medial Em extensão total a rotação axial é restrita Articulação Tibiofemoral •Osteocinemática Rotação Medial e Lateral Em extensão total do joelho a rotação axial é restrita – pela tensão passiva nos ligamentos estirados, partes da cápsula e aumento da congruência óssea Para a rotação lateral da tíbia a referência é posição da tuberosidade tibial que estará posicionada lateralmente A rotação lateral do joelho, do fêmur em relaçãoá tíbia, ocorre quando o fêmur roda internamente ARTROLOGIA Articulação Tibiofemoral Artrocinemática da Extensão do Joelho Extensão pela tíbia: • a tíbia rola e desliza anteriormente •os meniscos são tracionados anteriormente pela contração do quadríceps (ligamento meniscopatelar) Extensão pelo fêmur: •Os côndilos femorais rolam anteriormente e deslizam posteriormente •O quadríceps direciona o rolamento dos côndilos femorais e estabiliza os meniscos contra o cisalhamento causado pelo deslizamento do fêmur Articulação Tibiofemoral Artrocinemática da Flexão do Joelho •Ocorre de forma reversa a da extensão • Para que o joelho totalmente estendido seja destravado, a articulação precisa primeiro girar um pouco medialmente – ação do músculo poplíteo •O poplíteo pode rodar o fêmur lateralmente para iniciar a flexão do fêmur em relação à tíbia ou rodar a tíbia medialmente para iniciar a flexão da tíbia em relação ao fêmur ARTROLOGIA Articulação Patelofemoral • Lado articular da patela e o sulco intercondilar (tróclea) • Estabilizadores: força do músculo quadríceps o encaixe das superfícies articulares contenção passiva oriunda das fibras dos retináculos e da cápsula ARTROLOGIA Articulação Patelofemoral •Durante a flexão do joelho, no movimento da tíbia em relação ao fêmur, a patela segue a direção da tíbia, devido a inserção do tendão patelar •Durante o movimento do fêmur em relação à tíbia (agachamento), o sulco intercondilar desliza em relação à patela fixa, mantida pela conexão com o tendão patelar Articulação Patelofemoral - Cinemática •Aos 135° a patela entra em contato com o fêmur principalmente próximo de seu polo superior. A patela repousa abaixo do sulco intercondilar do fêmur. Articulação Patelofemoral - Cinemática •Aos 90° de flexão o contato começa a migrar em direção ao seu polo inferior. Entre 60 e 90° a patela está encaixada no sulco intercondilar do fêmur. Contato maior, mas ainda é só 1/3 da superfície posterior da patela. Articulação Patelofemoral - Cinemática •À medida que o joelho se estende através dos últimos 20 a 30° de flexão o contato migra para seu polo inferior, perde encaixe. Articulação Patelofemoral - Cinemática •Na extensão completa a patela repousa completamente proximal ao sulco e de encontro ao coxim adiposo suprapatelar. •Nessa posição, com o quadríceps relaxado a patela pode ser movida livremente em relação ao fêmur. MÚSCULOS Reto Femoral O – EIAI I – Tuberosidade da tíbia através do tendão patelar A – Flexão do quadril, extensão do joelho, rotação anterior da pelve N – Femoral Vasto Lateral O – Linha áspera I – Tuberosidade da tíbia através do tendão patelar A – Extensão do joelho N – Femoral Vasto Medial O – Linha áspera I – Tuberosidade da tíbia através do tendão patelar A – Extensão do joelho N- Femoral Vasto Intermédio O – Parte anterior do fêmur I- Tuberosidade da tíbia através do tendão patelar A- Extensão do joelho N – Femoral Semimembranáceo O – Tuberosidade isquiática I – Face posterior do côndilo medial da tíbia A – Extensão do quadril e flexão do joelho, rotação medial da tíbia N – Isquiático Semitendíneo O- Tuberosidade isquiática I – Face ântero-medial da parte proximal da tíbia A – Extensão do quadril e flexão do joelho, rotação medial da tíbia N – Isquiático Bíceps Femoral O – Cabeça longa: tuberosidade isquiática Cabeça curta: lábio lateral da linha áspera I – Cabeça da fíbula A – CL: extensão do quadril e flexão do joelho CC: flexão do joelho As duas fazem a Rotação lateral da tíbia N – Isquiático e Fibular comum Sartório O- Espinha ilíaca ântero-superior. I- Parte proximal da superfície medial da tíbia. A- Flete e rotação medial do joelho. N- Femoral Grácil O- Osso púbico e sínfise púbica I- Superfície medial do corpo da tíbia, distal ao côndilo A- Flexão do joelho e Rotação medial da tíbia I- Obturador Poplíteo O – Côndilo lateral do fêmur I – Côndilo póstero-medial da tíbia A – Flexão do joelho e rotação medial da tíbia N – Tibial Plantar O – Parte inferior da linha supracondilar lateral do fêmur, ligamento oblíquo poplíteo I – Face articular medial do tendão do calcâneo A – Flexão do joelho e Flexão plantar N - Tibial Gastrocnêmio O – Côndilos medial e lateral do fêmur I – Parte posterior do calcâneo A – Flexão do joelho e flexão plantar N - Tibial Verificando a aprendizagem! • 1. ESCREVA UM MÚSCULO PARA CADA MOVIMENTO DO QUADRIL. • 2. SE O MÚSCULO RETO FEMORAL ESTIVER ENCURTADO COMO ELE PODE AFETAR A CINEMÁTICA DO QUADRIL E DO JOELHO? • 3. ESCREVA UM MÚSCULO PARA CADA MOVIMENTO DO JOELHO. VAMOS ANALISAR A RELAÇÃO DA ROTAÇÃO AXIAL E O MOVIMENTO DE FLEXÃO E EXTENSÃO DO JOELHO 1. Quando o fêmur se move sobre a tíbia (cadeia fechada) Flexão: Músculo Poplíteo destranca o joelho, causando uma rotação lateral do femur sob a tibia Côndilos femorais rolam para trás e deslizam anteriormente 1. Quando o fêmur se move sobre a tíbia (cadeia fechada) Extensão: Côndilos femorais rolam para frente e deslizam posteriormente Ocorre rotação medial do fêmur sob a tíbia mais evidente nos 30° finais de extensão 1. Quando o fêmur se move sobre a tíbia (cadeia fechada) Nas rotações o côndilo externo tem maior amplitude de movimento que o interno devido: Desigualdade dos contornos condilianos: côndilo medial mais estreito que o lateral Formação das glenóides (platô tibial): glenóide externa é rasa antero-posterior. 2. Quando a tíbia de move sobre o fêmur (cadeia aberta) Flexão: Músculo Poplíteo reverte a ação do mecanismo de parafuso, e inicia a flexão do joelho criando uma rotação medial da superfície da tíbia nos côndilos femurais Tíbia desliza e rola posteriormente sobre os côndilos femorais Rotação interna da tíbia sobre o fêmur 2. Quando a tíbia de move sobre o fêmur (cadeia aberta) Extensão: Tíbia desliza e rola anteriormente sobre os côndilos femorais Rotação externa da tíbia sobre o fêmur Encaixe das espinhas tibiais da linha intercondiliana. Rotação “Screw-Home” do Joelho • O travamento em extensão completa requer cerca de 10° de rotação lateral • É a rotação conjunta – está ligada à cinemática de flexão e extensão do joelho, não pode ser realizada independentemente • A rotação lateral e a extensão do joelho combinadas aumentam a área de contato total do joelho • A posição final de extensão aumenta a congruência e a estabilidade Vamos verificar a Rotação “Screw-Home” ! • Sentado com o joelho fletido a 90° • Desenhe uma linha sobre a pele entre a tuberosidade tibial e o ápice da patela • Realize a extensão completa do joelho • Redesenhe com as mesmas referências ósseas • Observe a mudança de posição da tíbia lateralmente rodada (articulação do joelho rodada lateralmente) Rotação “Screw-Home” do Joelho • É menos evidente na extensão com o fêmur em relação à tíbia • Quando a pessoa se levanta a partir de uma posição de agachamento – o joelho trava em extensão, à medida que o fêmur roda medialmente em relação à tíbia fixada (articulação do joelho rodada lateralmente) Rotação “Screw-Home” do Joelho Fatores que Guiam a rotação “Screw-Home”: • Formato do côndilo femoral medial • Tensão passiva do ligamento cruzado anterior • Leve tração lateral do músculo quadríceps Rotação “Screw-Home” do Joelho O mais importante fator é o formato do côndilo femoral medial A superfície do côndilo medial curva-se cerca de 30° lareralmente A tíbia segue o trajeto lateralmente curvo na extensão total da tíbia em relação ao fêmur Qual imagem representa o Ângulo Q do homem e o da mulher? Movimento para frente Movimento para trás Quando ocorre esse movimentos dos Meniscos? •Movem para frente na extensão tibiofemoral: pela contração do quadríceps (ligamento meniscopatelar) •Movem para trás na flexão tibiofemoral: Medial: semimembranáceo Lateral: pelo poplíteo Extensão brusca do joelho -compressãodo menisco sem tempo de deslocamento para frente Esses mecanismos promovem lesão em que estrutura do joelho? Movimento de lateralidade e rotação -pinça o menisco Movimento de rotação do fêmur sobre a tíbia, parcialmente fletido ou em descarga de peso -pinça o menisco Identifique o tipo de joelho de cada imagem e qual compartimento (medial ou lateral) pode sofrer mais desgaste articular pelo mudança na relação da força sobre a área (aumento da pressão) O que representa a zona vermelha e a zona branca nos meniscos? 1.vermelha/vermelha (muita vascularização e grande potencial de cicatrização), 2.vermelha/branca (próxima da margem, com suprimento vascular não ideal no centro da lesão) e 3.branca/branca (ausência de vascularização). Reparo cirúrgico, Meniscectomia parcial, Meniscectomia total (nesse caso pode ser feito associado um transplante de aloenxerto meniscal para limitar a degeneração da cartilagem articular)* Cite uma desvantagem da Meniscectomia total * Entre indivíduos geneticamente diferentes porém da mesma espécie Degeneração da cartilagem articular Articulação Tibiofemoral Artrocinemática da Rotação Axial do Joelho •O joelho precisa ser flexionado para maximizar a rotação axial entre a tíbia e o fêmur •Uma vez fletido a artrocinemática das rotações envolve um giro •A rotação axial do fêmur sobre a tíbia faz com que os meniscos se deformem levemente, á medida que são comprimidos LIGAMENTOS DO JOELHO • O ligamento Colateral Medial (Tibial) – é uma estrutura larga e plana que cruza a face medial da articulação, vai do epicôndilo medial do fêmur, se insere em retináculo patelar medial e se insere posterior ao tendão do sartório e do grácil, a parte mais profunda se insere na cápsula posteriomedial, ao menisco medial e ao tendão do músculo semimenbranáceo. LIGAMENTOS DO JOELHO •O ligamento Colateral Lateral (Fibular) – consiste em um cordão forte e arredondado que passa quase verticalmente entre o epicôndilo lateral do fêmur e a cabeça da fíbula LIGAMENTOS DO JOELHO O ligamento Cruzado Anterior : Insere-se ao longo sobre a área intercondilar anterior do platô tibial Corre obliquamente em uma direção posterior, superior e lateral para se inserir na face medial do côndilo femoral lateral LIGAMENTOS DO JOELHO Mecanismo de lesão do ligamento Cruzado Anterior : • Muitas lesões sem contato ocorrem ao aterrizar de um salto e ao realizar movimentos de pivô com apoio de somente um membro inferior LIGAMENTOS DO JOELHO Mecanismo de lesão do ligamento Cruzado Anterior • Três fatores danosos: Forte ativação do quadríceps sobre o joelho fletido ou totalmente estendido Um “colapso em valgo” acentuado do joelho Rotação lateral excessiva do joelho (isto é o fêmur excessivamente rodado medialmente no quadril em relação à tíbia) LIGAMENTOS DO JOELHO Mecanismo de lesão do ligamento Cruzado Anterior • Outro mecanismo é a Hiperextensão excessiva do joelho enquanto o pé está fixo no solo – o fêmur desliza posterior vai hiperestender e romper o LCA + ativação do quadríceps que traciona a tíbia para frente (muitas vezes vem associada a forças de rotação axial e esforço em valgo, o que aumenta a tensão no LCA) LIGAMENTOS DO JOELHO O ligamento Cruzado Posterior : Insere-se a partir da área intercondilar posterior da tíbia Vai para o lado lateral do côndilo femoral medial LIGAMENTOS DO JOELHO Mecanismo de lesão do ligamento Cruzado Posterior : • Traumas de alta energia – ex: acidente automobilístico (“lesão do painel do automóvel”) • Envolve queda sobre um joelho totalmente fletido(com tornozelo em flexão plantar), de forma que tíbia toca primeiro o solo Funções gerais dos ligamento Cruzado Anterior e Cruzado Posterior • Proporcionar estabilidade multiplanar para o joelho, especialmente no plano sagital (resistentes para forças de cisalhamento anteroposteriores associadas por exemplo à marcha, corrida, ao agachamento e ao salto) • Guiar a artrocinemática natural, especialmente em relação a restringir os movimentos de deslizamento entre a tíbia e o fêmur • Contribuir para a propriocepção do joelho – possuem mecanorreceptores que ajudam a controlar o movimento e papel protetor Ligamentos tensionados na Extensão Interação entre a contração muscular do quadríceps e a tensão no LCA Teste de Gaveta Anterior – avalia a integridade do LCA Interação entre a contração muscular dos isquiostibiais e a tensão no LCP Teste de Gaveta Posterior – avalia a integridade do LCP Funções dos Ligamentos do Joelho Funções dos Ligamentos do Joelho Bibliografia • CALAIS-GERMAIN, B.; LAMOTTE, A. Anatomia para o movimento. São Paulo: Manole, 1982. Vol. 1. • FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrututral. 16 ed. São Paulo: Manole, 2011. • HALL, S. Biomecânica Básica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. • HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. 3 ed. São Paulo: Manole, 2012. • NEUMANN, D. A.; Cinesiologia do aparelho musculoesquelético: fundamentos para reabilitação. 2 ed. São Paulo: Elsevier, 2011. • KAPANDJI, A. I. Fisiología articular: esquemas comentados de mecânica humana. 5 ed. Madrid: Médica Panamericana, 1998. vol.1.
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