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SINAIS VITAIS Profª Enfª: Rhanná Hindira SINAIS VITAIS Dados vitais ou sinais vitais são um conjunto de medidas, observações ou monitorizações úteis no diagnóstico e acompanhamento da evolução e das condições clínicas do paciente. As alterações dos SSVV ocorrem em problemas: infecciosos; circulatórios; neurológicos; emocionais; traumáticos; respiratórios; endócrinos; metabólicos. SINAIS VITAIS A medida de sinais vitais, fornecem dados para determinar o estado usual da saúde do paciente (dados basais); A avaliação dos sinais fornece dados para identificar diagnósticos de enfermagem, para implantar intervenções planejadas e para avaliar os resultados da assistência; Modo eficiente e rápido de monitorar a condição do paciente ou de identificar problemas e avaliar a resposta do paciente a uma intervenção; Fo n te : (P O TT ER ; P ER R Y. 2 0 1 3 ) SINAIS VITAIS CLASSICOS TEMPERATURA CORPORAL SINAIS VITAIS CLASSICOS FREQUÊNCIA CARDÍACA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA PRESSÃO ARTERIAL • DOR • SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO SITUAÇÕES PARA AVALIAÇÃO DOS SSVV ADMISSÃO DO PACIENTE ANTES DO PROCEDIMENTO HEMOTRANSFUSÃO CONSULTA DE ENFERMAGEM VISITA DOMICILIAR PIORA DO QUADRO EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DURANTE ANESTESIA DURANTE O TRANSPORTE APÓS CIRÚRGIA ANTES DE MEDICAÇÃO ANTES DA ALTA Em um contexto geral, os sinais vitais devem ser verificados antes, durante a após procedimentos e intervenções que influenciam na estabilidade do paciente. Sendo assim, essa prática é rotina na prática profissional em serviços de saúde Diretrizes para aferição dos SSVV O profissional de enfermagem: 1) É responsável pela mensuração e aferição dos sinais vitais; 2) Deve garantir que o equipamento utilizado é adequado ao tamanho e idade do cliente; 3) Controla e minimiza os fatores ambientais que afetam os sinais vitais; 4) Deve instruir o paciente ou o cuidados familiar sobra a avaliação dos sinais vitais; 5) Conhece os limites aceitáveis, para indicar a administração de determinados medicamentos prescritos. TEMPERATURA CORPORAL Parâmetro clínico importante, sobretudo por que a febre é sinal de alarme essencial no diagnóstico de infecções e algumas doenças não infecciosas (BLACKBOOK ENFERMAGEM, 2017) A unidade de medida para aferição de temperatura é: °C; Tipos de termômetros Locais onde a temperatura é mensurada: ORAL AXILAR RETAL MEMBRANA TIMPÂNICA ARTÉRIA TEMPORAL Fatores que afetam a temperatura • Idade • Exercício • Ambiente • Nível hormonal • Ritmo Cardíaco • Estresse Febre, Hipertermia, Hipotermia e Normotermia Febre ou Pirexia: Incapacidade dos mecanismos de perda de calor acompanhar o ritmo de uma produção excessiva de calor, resultando no aumento anormal da temperatura. ↑ > 37,5 °C. Hipertermia: Temperatura corpórea elevada relacionada com a incapacidade do organismo de promover perda de calor ou diminuir sua produção. ↑ > 40 °C Hipotermia: Perda de calor durante a exposição prolongada ao frio, pode ser classificada como: leve (34 a 36°C); moderada (30 a 34 °C) e acentuada (< 30 °C); Normotermia: Temperatura corpórea na faixa normal média: 36 a 37,5°C PARAMETROS Padrões de febre Febre Sustentada: Uma temperatura corporal constante, continuamente acima de 37.6º/38 °C e com pouca flutuação; Febre Intermitente: Picos de febre intercalados com temperatura em níveis usuais (a temperatura retorna a um valor aceitável pelo menos um vez em 24 horas) Febre Remitente: Picos e quedas de febre sem retorno à temperatura normal; Febre Recidivante: Períodos de episódios febris e períodos com valores de temperatura aceitáveis (Períodos de episódios febris e períodos de normotermia muitas vezes duram mais de 24 horas) Fonte: (POTTER; PERRY. 2013) Pulso/Frequência cardíaca É a delimitação palpável da circulação sanguínea percebida em vários pontos do corpo. O pulso é o indicador do estado circulatório; A contagem da frequência cardíaca geralmente é feita por palpação ou ausculta dos batimentos cardíacos. Você pode acessar qualquer artéria para tomar a pulsação, mas geralmente você usará a artéria radial, por que é fácil de palpar. Quando a condição do paciente piora subitamente, a carótida é recomendada para verificação de pulso. Fo n te : (P O TT ER ; P ER R Y. 2 0 1 3 ) Mensuração de frequência de pulso TEMPORAL: Acima do osso temporal da cabeça, acima e lateral ao olho. CARÓTIDA: Ao longo da extremidade medial do músculo esternocleidomastoideo no pescoço; APICAL: 4º a 5º espaços intercostais na linha clavicular média esquerda (com estetoscópio). BRAQUIAL: Sulco entre os músculos bíceps e tríceps na fossa antecubital. RADIAL: no pulso do antebraço, na lateral radial ou no lado do polegar; ULNAR: no lado ulnar do pulso do antebraço. FEMORAL: abaixo do ligamento inguinal, a meio caminho entre a sínfise púbica e a espinha ilíaca anterossuperior; POPLÍTEO: atrás do joelho na fossa poplítea; TIBIAL POSTERIOR: lado interno do tornozelo, abaixo do maléolo medial. ARTÉRIA DORSAL DO PÉ: ao longo da parte de cima do pé, entre a extensão dos tendões do dedo maior. Frequência Cardíaca (Batimentos por Minuto) BPM Frequência cardíaca e de pulso ETAPAS DO PROCEDIMENTO 1. Realizar a higienização das mãos; 2. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante; 3. Manter o paciente em posição confortável; 4. Palpar a artéria escolhida; 5. Colocar as polpas digitais dos dedos médio e indicador sobre uma artéria superficial, comprimindo-a levemente. O local para aferição do pulso do paciente dependo do seu estado. 6. Contar os batimentos arteriais durante um minuto; 7. Realizar a higienização das mãos; 8. Comunicar alterações dos valores, ritmo ou amplitude ao Enfermeiro; 9. Anotar o procedimento realizado e registrar o valor encontrado no prontuário do paciente. RESPIRAÇÃO Mecanismo que o corpo utiliza para trocar gases entre a atmosfera e o sangue e entre o sangue e as células; Não permita que o paciente saiba que você está avaliando a respiração dele. Um paciente consciente desta avaliação pode alterar a frequência e profundidade da respiração Avalie a respiração imediatamente após determinar a frequência de pulsação, com sua mão posicionada ainda no pulso enquanto este repousa sobre o tórax ou abdomem; Fonte: (POTTER; PERRY. 2013) Frequência respiratória normal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) Alterações no Frequência Respiratória (irpm) BRADIPNÉIA: Frequência de respiração regular e lenta (menor que 12 irpm); EUPNÉICO: Frequência de respiração normal (12 - 20 irpm); TAQUIPNÉICO: Frequência de respiração regular e rápida (maior que 20 irpm) HIPERPNÉIA: Frequência de respiração difícil e rápida (maior que 30 irpm) Alterações no Padrão Respiratório APNÉIA: A respiração cessa durante vários segundos; DISPNÉIA: Dificuldade ou esforço durante a respiração; HIPOVENTILAÇÃO: Respiração lenta e profundidade deprimida; HIPERVENTILANDO: Frequência e profundidade de respiração aumentada PRESSÃO ARTERIAL Força exercida sobre a parede de uma artéria pelo sangue pulsante sob a pressão do coração. PRESSÃO SISTÓLICA Pico máximo de pressão no momento em que a ejeção ocorre; contração do músculo cardíaco PRESSÃO DIASTÓLICA Ventrículos relaxam, o sangue que permanece nas artérias exerce uma pressão mínima. Procedimentos recomendados para a medição da PA • PREPARO DO PACIENTE Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do procedimento. Certificar-sede que o paciente NÃO: está com a bexiga cheia; praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; fumou nos 30 minutos anteriores. • Posicionamento: o paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado; o braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro. Procedimentos recomendados para a medição da PA • Etapas para a realização da medição 1) determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano; 2) selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço; 3) colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital 4) centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; 5) estimar o nível da Pressão Arterial Sistólica (PAS) pela palpação do pulso radial; 6) palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva; 7) inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação; 8) proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo); 9) determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação; 10) determinar a Pressão Arterial Diastólica (PAD) no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff); 11) auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa; 12) se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero; 13) realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso julgue adequado, considere a media das medidas; 14) medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência; 15) informar o valor de PA obtido para o paciente; e 16) anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida. DOR Mensurar corretamente a dor, a fim de otimizar a terapêutica e melhorar a qualidade de vida do paciente. 01 Escala numérica de 0 – 10 pontos CLASSIFICAÇÃO DA DOR • De acordo com Potter & Perry (2010), a dor pode ser categorizada pela duração (aguda ou crônica) ou pela condição patológica (p. ex., câncer ou dor neuropática): Dor aguda: tem uma causa detectável, curta duração (< 3 meses), resposta limitada de dano tecidual e emocional e eventualmente passa com ou sem tratamento após a cura da lesão (POTTER; PERRY,2010); Dor crônica: não está relacionada com a permanência ou aparecimento de alterações neurovegetativas (sinais de alerta). É considerada como uma doença que persiste e não como sintoma; não desaparece após a cura da lesão ou está relacionada a processos patológicos crônicos um tempo igual ou superior a três meses da vigência de dor (SALLUM; GARCIA; SANCHES, 2012); Dor oncológica: geralmente está relacionada à progressão do tumor e ao seu processo patológico, procedimentos invasivos, toxicidade do tratamento, infecção e limitações físicas (POTTER; PERRY, 2010); Dor nociceptiva: deriva de uma lesão tecidual contínua, e neste caso o sistema nervoso central se mantém íntegro, isto é, ocorre quando há ativação dos nociceptores. Inclui a dor somática (musculoesquelética) e dor visceral (órgãos internos) (POTTER; PERRY, 2010); Dor neuropática: surge de nervos anormais ou danificados (POTTER; PERRY, 2010); Dor idiopática: é dor crônica na ausência de uma causa física ou psicológica identificável ou dor percebida como excessiva para a extensão da condição patológica orgânica (POTTER; PERRY, 2010); AVALIAÇÃO DA DOR Início, duração, localização e intensidade; Qualidade: pontada, “chuchada”, em facada, em aperto, queimação, choque. Padrão de dor: período do dia em que a dor piora, se é intermitente, constante ou uma combinação delas; Medidas de alívio (atenuante) e agravantes; Efeitos da dor no paciente. Classificação de Manchester SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO • Oximetria é um exame que permite medir a saturação de oxigênio do sangue, ou seja a porcentagem de oxigênio que está sendo transportada na circulação sanguínea.