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Iraque Sanddam Hussein (1)

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Os conflitos no Iraque sempre giraram em torno de disputas pelo poder entre diversas e distintas dimensões de civilizações e nacionalismos super postos geograficamente. Envoltos em verdades, meias-verdades e hábil propaganda, essas disputas desenrolam complexas tramas sobre concessões de exploração do petróleo e reservas energéticas estratégicas, interesses familiares, geopolítica global e balanço de armamentos regional.
Esses ingredientes já estavam presentes em 1921, quando os ingleses importaram da Índia um modelo político-administrativo, denominado Sistema Sandman, desenhado para assegurar o controle dos governos coloniais sob regime de tutela, instaurando no Iraque uma monarquia parlamentarista sob o Rei Faisal, com a promessa de fundir os povos heterogêneos da Mesopotâmia em uma nação única, removendo-a da situação de atraso e insegurança herdada do Império Otomano
Saddam Hussein ficou marcado na história como um ditador iraquiano que comandou o seu país por mais de duas décadas. Era um dos fortes nomes do Partido Ba’ath e assumiu oficialmente o poder iraquiano no final da década de 1970. Levou o seu país a se envolver em dois conflitos: a Guerra Irã-Iraque e a Guerra do Golfo
O ex-presidente iraquiano Saddam Hussein foi considerado culpado no dia 5 de novembro por crimes contra a humanidade e condenado à forca no caso envolvendo as mortes de mais de 148 homens xiitas na cidade de Dujail. Também foram condenados o ex-chefe da corte revolucionária Awad Hamed AL-Bander e o meio-irmão de Saddam Barzan Ibrahim AL-Tikriti, que foi chefe da inteligência do regime do ex-presidente.
Em Dujail, aldeia agrícola xiita a cerca de 60 quilômetros ao norte de Bagdá, jovens locais tentaram, mas não conseguiram, assassinar Saddam em 1982 quando seu comboio passava por lá. Os promotores disseram que Saddam fez uma vingança brutal, ordenando seus comandantes a caçar, torturar e matar mais de 140 pessoas de Dujail. Mulheres e crianças teriam sido forçadas a sair de Dujail, presas e mandadas para um campo de internamento no deserto, onde muitas desapareceram. Os campos dos agricultores, com tâmaras e frutas às margens do rio Tigre, foram sabotados e abandonados.
Em março, Saddam Hussein reconheceu ter ordenado os julgamentos que levaram às execuções de dezenas de xiitas nos anos 1980, mas disse que agiu de acordo com a lei, como presidente do Iraque. "Eles foram levados para a Corte Revolucionária, de acordo com a lei. Awad (o juiz) implementou a lei, ele tinha o direito de condenar e inocentar", disse Saddam. "Eu arrasei... marcamos as terras dos condenados e eu assinei", disse Saddam. "É direito de o estado confiscar ou indenizar. Então, onde está o crime?"
Em maio de 2003, após a queda do regime de Saddam Hussein, iniciado em 1979, instalou-se no Iraque um governo provisório sob a tutela dos Estados Unidos. Tal governo perdurou até 2004, quando um governo interino foi transitoriamente implementado no país, tendo os iraquianos Ibrahim al-Jaafari como Primeiro Ministro e Ghazi al-Yawar como presidente. As primeiras eleições após o término do Regime ocorreram em 30 de janeiro de 2005, afimando-se historicamente como as primeiras eleições multipartidárias em 50 anos. Na ocasião, foram escolhidos 275 integrantes da Assembléia Nacional, cuja principal missão seria debater aprovar uma nova Constituição, além de escolher um novo governo para substituir a administração interina. Nesse sentido, a Assembléia Nacional, liderada pela Aliança Iraquiana Unida, vencedora do pleito para o Parlamento provisório, elegeu posteriormente o Sr. Jalal Talabani como presidente e o Sr. Nouri al-Maliki como primeiro-ministro.
 Na sequência, em 15 de outubro de 2005, por meio de um referendo popular, foi aprovada com 78% dos votos a nova Constituição da República do Iraque, que descreve o país como um Estado democrático e federal. Ainda em dezembro de 2005, os iraquianos foram novamente convocados às urnas, desta vez para eleger um Parlamento definitivo, com um mandato de quatro anos. Esta eleição deu a maioria das cadeiras à Aliança Iraquiana Unida, que passou a deter 128 dos 275 assentos.
 Atualmente, o governo eleito enfrenta o desafio de reconstruir um país devastado por mais de dez anos de embargo geral e décadas de guerra. Por esta razão, o governo iraquiano tem direcionado esforços no sentido de captar recursos para o país, realizando reformas econômicas que visam atrair investidores de todas as partes do mundo.
 Em 2011, o presidente Barack Obama anunciou a retirada das tropas americanas do Iraque. Até o final de 2012, todas as tropas já haviam retornado aos Estados Unidos, permanecendo no Iraque apenas homens para garantir a segurança de missões diplomáticas. O Iraque entra em uma nova fase, na qual o país tenta provar ser capaz de garantir a democracia e a estabilidade de seu território de maneira soberana.

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