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ENFERMIDADES DO SISTEMA LOCOMOTOR EM EQUINOS Flávio Graça Enfermidades do Sistema Locomotor em Equinos Importância Enfermidades do Sistema Locomotor em Equinos Afecções ósseas Periostite, exostose e osteoperiostite São processos reacionaisdo periósteo em consequência de traumas diretos ou indiretos Periostite, exostose e osteoperiostite Periósteo: Camada interna osteogênica ou osteoblástica Periostite, exostose e osteoperiostite Forma aguda ou crônica Forma aguda: terceiro metacarpiano (dor de canela) Achados Clínicos: • Claudicação •Alternância de apoio •Aumento de volume •Consistência dura Periostite, exostose e osteoperiostite Diagnóstico: Clínico Radiológico cassio-fernando-medvet-1.blogspot.com Periostite, exostose e osteoperiostite Outras formas de apresentação: Sobre osso= exostose do 30 metacarpiano Osteoperostite proliferativa periarticular cassio-fernando-medvet-1.blogspot.com cassio-fernando-medvet-1.blogspot.com Periostite, exostose e osteoperiostite Tratamento clínico: Agudo: Repouso, duchas frias, ligas e DAINES Crônica: Revulsivos ( iodo a 10%, maleato de sódio) Terapia de ondas de choque Periostite, exostose e osteoperiostite Tratamento cirúrgico: Criocirugia Retirada cirúrgica Síndrome do navicular Ë a causa + comum de claudicação intermitente em membros anteriores de equinos adultos 1/3 das claudicações crônicas Quarto de milha e PSI Divergências na etiologia Síndrome do navicular Etiologia Oclusão parcial da vascularização do dígito Aprumo e conformação irregulares Tensão do flexor sobre o navicular Síndrome do navicular Achados clínicos Claudicação leve a moderada Assimetria de cascos Tendinite associada Teste da cunha Síndrome do navicular Diagnóstico Claudicação Pinça de casco Bloqueio digital Síndrome do navicular Diagnóstico Radiologia Síndrome do navicular Diagnóstico Pinça de casco Bloqueio digital Radiologia •Alterações forame distal •Alteraçòes císticas •Defeitos no córtex •Osteófitos Síndrome do navicular Tratamento Repouso Ferradura oval ou com ramas fechadas Ferradura com cunhas e suporte de talões Síndrome do navicular Tratamento Corticóide intra articular Isoxuprine ou acepromazina Hialuronato de sódio intra articular Neurectomia Enfermidades do Sistema Locomotor em Equinos Artrites Aspectos anatomofisiológicos das articulações Artrites Capsula articular : camada externa fibrosa e camada interna (secreta sinóvia) Artrites Cartilagem articular Camada basal sobre o osso (calcificada) Camada intermediária (amortece impactos) Camada Superficial (Delgada e composta de colágeno) Artrites Achados clínicos: Deformação Tumefação Calor Claudicação Processos agudos: Sinais Processos crônicos :Sinais discretos Artrites Classificação quanto ao tipo: Artrite Serosa (Traumática) Origem: Traumas diretos e indiretos Pode ocorrer alterações ósseas Artrites Classificação quanto ao tipo: Artrite Infecciosa Etiologia: Iatrogênica, hemática ou linfática e traumática Patogenia: Lise das estruturas, osteoartrite degenerativa e anquilose. MOs envolvidos: Shiguella equli S. Pyogenes, Staphylococcus aureus C. pyogenes e E coli Artrites Classificação quanto ao tipo: Artrite Degenerativa (osteoartrite ou artrite hipertrófica) Degeneração e proliferação de ossos e lesões nas cartilagens com espessamento da membrana sinovial e cápsula Pode ser resultante de artrite serosa crônica mal curada Artrites Classificação quanto ao tipo: Artrite Anquilosante Ossificação devido a degeneração e hipertrofia Diagnóstico das artrites Anamnese Achados clínicos • Volume •Flutuação •Calor •Dor •Claudicação Diagnóstico das artrites Achados radiológicos • Gás •Processos degenerativos •Proliferações osteocondrais •Fraturas de ossos cárpicos •Anquiloses •Hipertrofias ósseas Diagnóstico das artrites Ultrassonografia Artrotomia e artroscopia Artrocentese Tratamento das artrites Serosa forma aguda • Cortisol I. Art. 2 a 3 aplic. 5/5 dias • Duchas frias • DAINES • Hialuronato de sódio I. Art. •Glicosaminiglicans polissulfatados • Imobilização Tratamento das artrites Serosa forma Crônica Obs. Nos casos de persistência dos sintomas deve-se descartar a possibilidade de fraturas minúsculas (CHIP’s) • Cortisol I. Art. 2 a 3 aplic. 5/5 dias • Revulsivos •Fontes de calor • Drogas eutróficas Tratamento das artrites Artrite infecciosa Obs. Nos casos de persistência dos sintomas deve-se descartar a possibilidade de fraturas minúsculas (CHIP’s) • Antibótico sistêmico (Sulfa + trimetropin) • Antibiótico intra articular (Gentamicina ou amicacina) • Drenagem ou lavagem por dupla corrente Tratamento das artrites Artrite Degenerativa e Artrite anquilosante Prognóstico desfavorável Osteoartrite Társica (Esparavão ósseo) É uma forma de artrite proliferativa e anquilosante da articulação társica Etiologia: Traumas diretos e indiretos, nutricionais, má conformação. Osteoartrite Társica (Esparavão ósseo) Achados clínicos: Aumento de volume na face anteromedial da articulação do tarso Redução da articulação reduzindo a amplitude do passo Fase aguda: CLAUDICA FRIO Fase aguda: CLAUDICA COM EXERCÍCIO Osteoartrite Társica (Esparavão ósseo) Diagnóstico Prova do esparavão Osteoartrite Társica (Esparavão ósseo) Diagnóstico Prova do esparavão Osteoartrite Társica (Esparavão ósseo) Radiodiagnóstico Redução dos espaços articulares intertársicos Osteítes rareficientes Periostites anquilosantes Osteoartrite Társica (Esparavão ósseo) Tratamento Clínico: Paliativo Cirúrgico: tenectomia do tendão cuneano Neurectomia tibial posterior Ferrageamento corretivo Fixação dorsal da patela (Luxação de patela) Se caracteriza pela incapacidade da patela em se desalojar da área proximal da tróclea medial do fêmur após a contração do músculo quadríceps femural por período transitório ou permanente. Formas leve, moderada ou severa Fixação dorsal da patela (Luxação de patela) Etiologia Traumas Debilidade Pouco condicionamento Perda rápida de tônus Parada súbita no trabalho pesado Pode ocorrer em bovinos! Fixação dorsal da patela (Luxação de patela) Achados clínicos Fixação dorsal da patela (Luxação de patela) Achados clínicos Fixação dorsal da patela (Luxação de patela) Tratamento: 1a opção Trabalho físico, ferrageamento e DAINES. 2a opção Estimulara fibrose do ligamento com injeção de iodo em óleode amendoim ou através de escarificação do ligamento (spliting) 3a opção Desmotomia patelar medial Tendinites O tendão é um tecido conjuntivo constituído de unidades estruturais organizadas sucessivamente em moléculas de colágeno, microfibrilas, subfibrilas, fibrilas, fibras e fascículos. Tendinites Fatores predisponentes: Treinamentos forçados e inadequados Fadiga Tendinites Ferrageamento impróprio Trabalho precoce Natureza do solo Obesidade Comformação Tendinites Patogenia: Origem: sobrecarga única X acúmulo de microlesões que levam a ruptura Tendinites Patogenia: Fases da cicatrização Inflamatória( degeneração e exudação) Distensão e ruptura das fibras Mediadores químicos (proteases) Fluxo local aumentado Migração de leucócitos Tendinites Patogenia: Fases da cicatrização Reaparação (Granulação)Angiogênese Fibroplasia Alinhamento inadequado de fibras Tendinites Patogenia: Fases da cicatrização Remodelação Conversão do colágeno tipo III em tipo I Perda de elasticidade Recidivas frequentes Tendinites Principais tendinites Flexor digital superficial Flexor digital profundo Ligamento acessório do tendão flexor (CHECK ) Síndrome da bainha digital (TFS e TFP) Desmite dos liamentos sesamóides Tendinites Achados clínicos (alta média ou baixa) Fase aguda Claudicação Dor Edema Calor Apoio em pinça Tendinites Achados clínicos Fase crônica Fibrose Restrição de movimentos Constricção anular Monitoramento ultrassonográfico •Tamanho •Formato •Textura •Posição •Alinhamento das fibras Tendinites Tratamento Fase aguda Hidroterapia ou crioterapia Corticoides tópico com heparina e DMSO Ferradura com talonete Tendinites Tratamento Fase crônica Glicosaminoglicanos não sulfatados Hialuronato de sódio Tendinites Tratamento Fase crônica Ultra som terapêutico aumenta a temperatura auxiliando a remoção de exudatos Fumarato de Beta propionitrila Inibe a lisil oxidase e favorece a remodelação do tendão Tendinites Tratamento Fase crônica Laserterapia Aumenta o metabolismo e a circulação Ondas de choque Estimulam a remoção de hematomas e fluidos Tendinites Tratamento Fase crônica Células tronco mesenquimais São capazes de se transformar em diferentes tipos celulares Plasma rico em plaquetas Efeitos anabólicos sobre a síntese da matriz tendínea