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Estomatologia: Tumores das glândulas salivares

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Tum���� da� �lân�u��s ���iv����
1. GLÂNDULAS SALIVARES
a. Normal
2. TUMORES DAS GLÂNDULAS
a. Adenomas - benignos
i. adenoma pleomorfo
1. microepitelioma
ii. adenomas de células
basais
1. tumor de
Warthin
(adenolinfoma/c
istolinfoma)
iii. adenoma canalicular
1. adenoma
sebáceo
iv. oncocitoma
1. adenolinfoma
v. papilomas ductais
1. papiloma ductal
invertido
2. papiloma
intra-ductal
3. sialoadenoma
vi. cistadenoma
1. cistadenoma
papilar
2. cistadenoma
mucinoso
b. Carcinomas - malignos
i. carcinoma
mucoepidermóide
ii. carcinoma adenóide
cístico
iii. carcinoma de células
acinares
iv. carcinoma do ducto
salivar
v. Carcinoma
epitelial-mioepitelial
vi. Carcinoma sebáceo
vii. Cistadenocarcinoma
papilar
viii. Carcinoma oncocítico
ix. Carcinoma do ducto
salivar
x. Mioepitelioma maligno
(carcinoma mioepitelial)
xi. Carcinoma em adenoma
pleomorfo (tumor misto
maligno)
xii. Carcinoma de células
escamosas
xiii. Carcinoma de células
pequenas
xiv. Carcinoma
indiferenciado
xv. Outros carcinomas
c. Adenocarcinoma
i. Adenocarcinoma
polimorfo de baixo grau
de malignidade
ii. Adenocarcinoma de
células basais
iii. Adenocarcinoma
mucinoso
iv. Adenocarcinoma (NOS)
3. TUMORES BENIGNOS
4. TUMORES MALIGNOS DAS
GLÂNDULAS SALIVARES
5. CASOS CLÍNICOS
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. Glân�u��s ���iv����
a. Nor���
- Glândula parótida na região pré-auricular
e adjacente à parótida, o músculo masseter
- Nervo facial, sai abaixo do meato acústico,
à frente do processo mastóideo, saindo dentro da
glândula parótida e se ramifica dentro da mesma
glândula
- O nervo passar por dentro da parótida
contra-indica a biópsia incisional de tumores de
glândulas salivares, a biópsia indicada deve ser feita por agulha fina
- GLÂNDULAS MAIORES
- Parótida: 15-30g, Ducto Stensen 4-7cm
- saída na altura dos segundos molares
- linfonodos periglandular (dentro da cápsula) e intraglandular - que
podem sugerir tumores dentro da parótida quando na verdade são só
nódulos. Assim como, por conter linfonodos, podem haver tumores de
origem epitelial e/ou não epitelial (linfonodal)
- Submandibular: 7-15g, Ducto de Wharton - 5cm
- não tem linfonodos
- Sublingual: 2-4g
- GLÂNDULAS MENORES
- localizada exceto em gengiva e região anterior de palato duro (não há lesões
ou tumores de glândulas nesses locais)
- 500-1000 lóbulos - forma 4X + IgA do que a parótida
- não têm cápsula - por não conter cápsula, é permitido realizar biópsias incisionais
na suspeita de lesões
- Gordura (parótida) aumenta com a idade
- Glândulas seromucosas, do nariz, laringe e brônquios são glândulas semelhantes às
salivares, podendo também originar tumores
- Histologia: ácinos que atuam na produção de saliva;
ductos (intercalado, estriado e excretor); esses ductos e ácinos compostos
por células (mioepiteliais - contráteis)
- Adenoma pleomórfico que é o tumor mais comum das
glândulas salivares é originado a partir dessa célula (células mioepiteliais).
2. Tum���� da� �lân�u��s ���iv����
- Quando se fala em tumor maligno, a principal ideia que se tem é na sua capacidade de criar
metástase a distância
- Thackray & Sobin, 1972, WHO (World Health Organization)
- Tumor mucoepidermóide (hoje carcinoma)
- era chamado de “tumor” porque, uma vez que ele é dividido em carcinoma
mucoepidermóide de baixo, médio e alto grau, o de baixo grau era
semelhante a neoplasias benignas das glândulas salivares, mas hoje está
dentro da classificação de carcinoma
- Tumor de células acinares (hoje carcinoma)
- também não era claro se era maligno ou benignos
- Adenomas monomórficos
- mono (uma característica microscópica)
- Seifert, 1991, WHO (Collaborating Center for Salivary Gland Tumors)
- Outros tumores foram reconhecidos e inseridos nesta nova classificação
- Adenomas, carcinomas, tumores mesenquimais, linfomas, tumores
secundários, tumores não classificados e desordens do tipo tumores
- OMS
- Atualização em 2005 (após 14 anos)
- Nova e última atualização em 2017 (após 12 anos)
- “Blue book's” livros da OMS sobre todos os tumores de cabeça e pescoço -
chapter 7
- CASO CLÍNICO - ADENOMA PLEOMORFO
- 2004, Gênero masculino, 78 anos de idade, paciente relatava dor durante a
alimentação, não sabia do tempo de evolução (estimava em cinco anos)
Imagem 1. Os cinco anos de evolução sugerem
um tumor benigno, mas a ulceração é
característica de tumor maligno
Imagem 2.
Imagem 3. O vermelho é sangue extravasado, e
na parte azul, ilhas de células tumorais
infiltradas. O diagnóstico foi Adenocarcinoma
pleomórfico de baixo grau, que justificaria o
tempo de evolução longo, apesar de ser
maligno. Geralmente o tratamento é só
cirúrgico, quimio e radio são reservados para
tumores de alto grau.
- Em 2006 o paciente desenvolve nódulos cervicais metastáticos bilaterais - os nódulos
metastáticos geralmente se desenvolvem do lado do tumor
- Esvaziamento cervical radical à esquerda (remoção total dos linfonodos) +
supra-omo-mioideio direito (remoção parcial) + radioterapia (pós operatórias) - os
nódulos foram confirmados como sendo de origem do adenocarcinoma polimorfo de
baixo grau
- Em 2011 (após 5 anos da cirurgia de cabeça e pescoço e 7 da boca)
- Nódulo em trígono posterior esquerdo
- Exérese
- Adenocarcinoma polimorfo de baixo grau
- Em 2013 (após 2 anos da última cirurgia e 9 da de boca)
- Nódulo em parótida esquerda
- Parotidectomia superficial esquerda
- Adenocarcinoma pleomórfico de baixo grau
- 2014 (após 1 ano da última cirurgia e 10 anos da boca)
Imagem 1. Lesões subcutâneas com implantação tumoral, já
exteriorizando o tumor. Diagnóstico novamente (5x) de adenocarcinoma
polimorfo de baixo grau.
Imagem 2. Remoção da lesão e duas áreas cruentas remanescentes para cicatrização, técnica de rotação de retalhos.
Por que o tumor de baixo grau desenvolveu tantas metástases? “Adenocarcinoma “cribriforme”, que tem arquitetura
semelhante ao adenocarcinoma pleomórfico de baixo grau, porém tem um comportamento atípico e desenvolvem metástase
regionais. Depois de uma reanálise das lâminas, o tumor foi reclassificado como adenocarcinoma cribiforme de palato, com
múltiplas metástases.
Células epiteliais tumorais de glândulas são radioresistentes, enquanto que células normais, sem tumor associado, são
radiossensíveis.
- Tumores benignos:
- características clínicas - fibroelástico, assintomáticos
- crescimento lento
- indolor
- não há envolvimento de nervos
- pode atingir grande tamanho
- na cavidade oral é mais comum na porção posterior do palato duro e palato mole -
glândulas maiores
- descrição das características clínicas de todos os tumores benignos. Por exemplo: descreva as
características clínicas do adenoma pleomórfico: crescimento lento, indolor, não há envolvimento de
nervos, etc…
- quando ocorre na parótida, os benignos elevam o lóbulo da orelha, podem ter maior ou menor tamanho,
isto é variável, no entanto, não compromete o nervo facial, diferentemente dos malignos, que afetam por
conta de infiltração tumoral no nervo
Imagem 1. paciente pode ainda ter um nódulo na região anterior à parótida, dando a
possibilidade de ser originado a partir de glândula maior. Sendo assim, é imprescindível o exame
de imagem. Se for um tumor de glândula maior, o procedimento é uma punção aspirativa por agulha
fina (seja em palato, próximo à parótida..), se for menor, uma biópsia pode ser feita.
Imagem 2. O tumor de parótida pode causar abaulamento da mucosa jugal, ou pode
ainda ser um tumor de glândulas menores da mucosa jugal. O exame de imagem
também é bem vindo nesse cenário.
Imagem 3. Esse é um dos locais mais comum de tumores de glândulas salivares, no
palato mole, com consistência fibroelástica, geralmente não está na linha média. Os
tumores benignos geralmente são revestidos por mucosa, já os malignos têm algumas
características diferentes. Esse caso é típico de adenoma pleomórfico (típico de
tumores benignos ou malignos de baixo grau de glândulas salivares, no geral). Para diagnóstico, uma tomo ou radio para
saber se não tem sequestro ósseo e uma punção aspirativapor agulha filha, mas de um modo geral, uma biópsia incisional
em tumores de glândulas salivares menores.
Imagem 1. Alteração de superfície, cor, ulceração, proliferação,
vascular, a hipótese mais forte é de tumor maligno, necessitando uma
análise microscópica. No caso, é um adenoma pleomórfico, apesar da
ulceração e padrão de cor diferente.
Cite características clínicas que podem diferenciar o tumor maligno do benigno: ambos os tumores podem ter as mesmas
características clínicas, como aumento de volume, região posterior de palato duro e palato mole, consistência fibroelástica,
assintomática, crescimento lento, porém, alteração de cor, ulceração e presença de dor, há uma possibilidade maior de ser
maligno.
a. AD����AS - BE���N��
Adenoma pleomorfo
microepitelioma
Adenomas de células basais
tumor de Warthin (adenolinfoma/cistolinfoma)
Adenoma canalicular
adenoma sebáceo
Oncocitoma
adenolinfoma
Papilomas ductais
papiloma ductal invertido
papiloma intra-ductal
sialoadenoma
Cistadenoma
cistadenoma papilar
cistadenoma mucinoso
i. Ade���� p�e���r�o (1º tu���)
- Corresponde a 63% dos tumores de parótida, 60% de submandibular e 43%
de glândulas salivares
- Pico de incidência entre 4ª e 5ª década
- Discreta predominância entre mulheres
- Parótida é mais possível que seja maligno, se estiver na sublingual, maior
possibilidade que seja benigno, relacionado ao tamanho, sendo a parótida menor
(benigno em 90% dos casos) e a sublingual (maligno em 90% dos casos- somente
10% dos casos é benigno). A submandibular ficaria no meio, juntamente com as
glândulas salivares menores, em 50% para cada.
- Microscopicamente
- Presença de estruturas ductais (duas camadas de células) e lençóis de
células epiteliais ou mioepiteliais - pleomorfo é que pode ser apresentar
em várias formas, podendo ter cartilagem, osso..
Imagem 1. Em rosa a cápsula e no centro, o arranjo ductal, com a porção em azul sendo representada pela cartilagem, e nos
ductos, células com núcleo angulado, característica das células mioepiteliais
Imagem 2. Arranjo ductal com uma
dupla camada de células, e matriz
mixocondróide, no centro do corte da
primeira imagem. Podem assumir um
padrão plasmocitóide.
- Metaplasia escamosa
- Áreas mucóides ou mixomatosas, cartilagem e menos comumente
osso
- Apesar de ser benigno, infiltração da cápsula é comum - muitas recidivas
quando se removia somente a cápsula (por causa da infiltração), mudando a
abordagem e ao invés de remover só pela nodulectomia, a remoção passou a ser do
lóbulo ou da glândula toda, ou seja, com margem de segurança
- Lam et. al. (1990) demonstraram que todos os adenomas pleomorfos de
parótida mostraram infiltração da cápsula e em um terço a cápsula estava
incompleta com tumor em contato direto com tecido salivar (o órgão todo foi
seccionado no estudo)
- Tratamento é cirúrgico
- Lobectomia (glândulas maiores) - mesmo que a cirurgia seja um nódulo
- Excisão com margem de tecido normal (glândulas menores)
- RXT pós-op. é usada eventualmente em tumores de parótida que recidivaram
várias vezes após apropriada remoção cirúrgica - radioterapia somente em várias
recidivas
- Problemas - possibilidade de recorrência que acontece por remoção incompleta
- Riscos de recorrência
- Risco de transformação maligna, apesar de baixa, existe (principalmente em
casos que apresentaram várias recorrências)
- Biópsia de parótida não é indicada - por causa da possibilidade de lesão o nervo
facial, faz punção aspirativa
1. Mi��pi����om�
- São raros
- “Considerados” variante do Adenoma pleomórfico”
- Ellis & Gnepp (1988) encontraram 50 casos
- Pico 40 anos de idade
- 48% em parótida
- 52% em glândulas salivares menores
- Microscopicamente
Imagem 1. Células arredondadas, com núcleo mais claro
Imagem 2. Células de aspecto fusiforme, com núcleo mais corado, características de
mioepitelioma “spindle cell”
Imagem 3. Mioepitelioma plasmocitóide com células deslocadas como nos
plasmócitos
- “Spindle cell” são mais comuns
- Assemelham-se a tumores mesenquimais
- Ocasionalmente imunohistoquímica é necessária (células
mioepiteliais)
- Mitoses e pleomorfismo celular são sugestivos de comportamento
agressivo
- Mioepiteliomas variam de “spindle cell” a carcinoma mioepitelial
(atividade mitótica, pleomorfismo celular e aparência sarcomatóide) -
lembra plasmócito
- Mioepitelioma plasmocitóide (células elípticas ou redondas com
núcleo excêntrico)
Estroma frouxo e mixóide
- Mioepitelioma plasmocitóide não tem potencial agressivo como o
“spindle cell”
- Tratamento cirúrgico com adequada margem
Imagem 1. Paciente muito jovem, que apesar da lesão,
localizada em palato mole, com alteração de cor, sugerir
malignidade, a idade contradiz a hipótese. Apesar de ser
benigno, ficou com comunicação palatina
i�. Ade���� de �élu��� b��a�� (2º ma�� ��mu�)
1. Tum�� �� War���n (ad����in����/ci����de����n�o��)
- Tumor afeta quase exclusivamente a parótida - mas o adenoma
pleomórfico ainda está mais relacionado, esse só resulta em 2%
- Na parótida, representa 14% dos tumores
- Ocorrência em outros locais é questionada Van der Wal et. al. (1993)
encontraram 10 casos em outros locais
- Mais comum em homens
- Aumento de volume indolor
- Às vezes rápido crescimento e dor
- Ocasionalmente bilateral ou multifocal na mesma glândula
Imagem 1 e 2. As áreas em azul são agregados linfóides característicos
Imagem 3. As imagens superiores mostram ressecções com margem livre, indicando
um bom procedimento cirúrgico, enquanto as inferiores não mostram toda a lesão,
podendo ser um indicativo de recidivas.
- Microscopicamente tem fina cápsula e apresenta células epiteliais
colunares e eosinofílicas circundando agregados linfóides, com
frequentes centros germinativos
- O epitélio tipicamente forma projeções papilares dentro dos espaços
císticos
- Tratamento é remoção cirúrgica (lobectomia superficial)
- Recorrência pode ocorrer em remoções incompletas ou casos
multifocais
- Raramente pode sofrer transformação linfomatosa ou carcinomatosa
Imagens 1. Tumor benigno, crescimento lento, consistência fibroelástica, que
levanta o lobo da orelha, evolução prolongada, a pele de recobrimento é normal e
não há alteração da mímica da face.
i��. Ade���� ca����cu���
- É mais comum no lábio superior
- Cisto de retenção x adenoma - se tiver consistência fibroelástica, suspeitar de
tumor, seja adenoma pleomorfo ou canalicular. Primeiro, o pleomorfo por ser o mais
frequente, segundo o canalicular por ser em lábio superior
Qual o tumor mais comum de lábio superior? -O adenoma pleomorfo.
Onde o adenoma canalicular é mais comum? -Lábio superior
- Não apresenta células mioepiteliais circundando as estruturas ductais (como
no adenoma de células basais: tububar)
- Formação de espaços císticos é comum
- Tratamento cirúrgico. Confirmar ausência de invasão. Diferenciar de
carcinoma adenóide cístico e carcinoma de células basais
Imagem 1. Tumor pequeno, analisar o tempo de evolução e a consistência fibroelástica. Se a
lesão for pequena, remoção total cirurgicamente. Se o tamanho for de 2, 3 cm ou mais que
isso, realizar biópsia incisional, uma vez que pode ser também um maligno de baixo grau.
Imagem 2. Lesão com ulceração central na esquerda e lesão arroxeada na direita. Tem que
considerar que é uma lesão vascular, indicando a punção por ser vascular.
Imagem 3. A imagem histológica mostra os canalículos, através do arranjo das células
epiteliais.
1. Ade���� se�áce�
iv. On�o��t��a
1. Ade����n�o��
v. Pap����as ���t�i�
1. Pap����a d����l i���r���o
2. Pap����a �n���-du���l
3. Si�l�a����ma ���lífe��
vi. Cis����no��
1. Cis����no�� ��pi���
2. Cis����no�� ��ci����
b. CA���N��A� - MA���N��
- Alteração de cor
- Geralmente crescem mais rapidamente e podem causar dor - podem também ter
crescimento lento em alguns casos
- Fixação, ulceração (de pele), envolvimento de linfonodos
- Paralisia facial (parótida) é sinal de comportamento agressivo. Tumores de baixo grau
não causam esse efeito
- Em glândula maior (recoberto por pele normal): exame de imageme biópsia aspirativa por
agulha fina
- Em glândula menor (recoberto por mucosa normal): biópsia incisional
- 25% dos tumores de glândula salivar em adultos são malignos
- Malignidade de acordo com a localização
- parótida: 15%
- submandibular: 50%
- sublingual: 86%
- glândulas salivares menores: 46%
i. Car����ma ����ep����móid� (ma�� ��mu� ��s �.g.s.ma��.)
- Possui células mucosas e células epiteliais
- Estudo: 40 a 60 anos - 5ª década de vida; semelhante entre os gêneros; tempo de
progressão lenta
- Pode ser de baixo, médio e alto grau
Podem ocorrer tumores de glândulas intraósseo, quando ocorre o carcinoma mucepidermóide é
o mais comum.
- Clinicamente é indistinguível de tumores benignos de glândula salivar (baixo
grau)
- Seifert et. al. (1986) relataram que somente 20% dos mucoepiteliais de alto
grau causaram paralisia facial ou outros sinais clínicos sugestivos de
malignidade
- É um dos tipos mais comuns após irradiação, incluindo os sobreviventes após
irradiação, incluindo os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (takeichi et.
al. 1983)
- É o mais comum intra-ósseo
- Mais comum em jovens e crianças
Imagem 1. As mais escuras são as células epidermóides e as mais claras as células mucosas.
- Microscopicamente consiste de 2 tipos de células (epidermóides e mucosas)
- É dividido em 3 tipos (baixo grau, intermediário e alto grau de malignidade),
e baseia-se principalmente na presença de áreas císticas e células mucosas
- PAS e mucicarmin são usados para identificar células mucosas,
principalmente em casos de alto grau onde são escassas
- Tratamento é cirúrgico e com margem
- Auclair et. al. (1992) analisaram 143 casos intraorais e relataram que história
curta, presença de sintomas, localização na língua ou assoalho e alto grau de
malignidade histológica indicaram pobre prognóstico
Imagem 1. Aumento de volume na parótida, com levantamento do lóbulo da orelha, com uma
fenda que aparentemente apresenta secreção de conteúdo purulento. A primeira hipótese seria
carcinoma epidermóide.
Imagem 2. Aumento de volume discreto no palato duro, de cor arroxeada, sendo mais
provável o tumor maligno (mucoepidermóide).
Imagem 3. Quando há ulceração também, pode ser maligno, mas ela também pode ter sido
causada pelo trauma. Quando é um padrão de ulceração central com bordas elevadas, é mais
possível que seja maligno.
Imagem 4. Carcinoma mucoepidermóide, apesar de ser facilmente confundido com um tumor
benigno ou de baixo grau (apesar de ter alteração de cor). Feita biópsia, que tem que ter pelo
menos 5 mm de profundidade para chegar no tumor nos casos onde a mucosa e submucosa
reveste a massa tumoral. Retirada com margem de segurança ( dos dentes posteriores até os
incisivos laterais.
i�. Car����ma ����óid� �ís�i�� - 2º tu��� m��i�n� ��i� co���
- 70% dos carcinomas adenóides císticos ocorrem na submandibular ou
glândulas salivares menores
- Mais comum em mulheres (62%)
- Pico de incidência entre a 4ª e 7ª décadas
- Características clínicas semelhantes aos outros tumores malignos, no entanto,
paralisia facial é mais frequente (parótida) - tropismo por células neurais
- Microscopicamente é formado por células pequenas, hipercoradas e
anguladas arranjadas em padrão cribiforme (áreas que lembram cistos, ou queijo
suíço, aspecto muito relacionado) ou sólido
Imagem 2. Em maior aumento, núcleo pequeno, hipercorado e angulado
- Material hialino circundando as ilhas de células epiteliais é frequente
- Áreas de necrose podem estar presentes
- Invasão perineural é típica Tipo sólido apresenta pior prognóstico
- Invasão perineural é associada a recorrência
- Metástase é mais comum em pulmão e ossos
- Tratamento cirúrgico com margens
- RXT é usada eventualmente
Imagem 2. A alteração de cor sugere malignidade porque ele precisa, por crescer mais rápido,
ter uma aporte sanguíneo vascular maior, por isso são lesões com padrão de cor alterado
i��. Car����ma �� �élu��� �ci����s
- 85% ocorrem na parótida, onde representam 3% de todos os tumores - é
incomum na região intraoral
- O restante ocorre em glândulas salivares menores, raramente na
submandibular e sublingual
- Pico de incidência na 7ª década
- Mais comum em mulheres (2:1)
- Microscopicamente apresenta células grandes, granulares e basofílicas
arranjadas em lençóis ou com configuração acinar (assemelham-se às células
serosas normais)
Imagem 2. São parecidas com células acinares (que produzem saliva)
- Áreas císticas e células claras podem estar presentes
- Pode corar positivo com mucicarmin e assemelhar-se a carcinoma de tireóide
(imunohistoquímica: tireoglobulina e história do paciente)
- Tumores indiferenciados são raramente vistos
- Despeito da aparência histológica ser benigna, prognóstico é imprevisível
- Áreas de necrose, hialinização do estroma, crescimento infiltrativo,
multinodularidade, pleomorfismo celular e mitoses atípicas
- Tratamento cirúrgico com margens
iv. Car����ma �� ��c�o ��l��a�
- Bem raro, de muito alto grau
- Nomeado desta forma devido a semelhança com carcinoma de ducto de
mama, microscopicamente
- Classificado como entidade distinta somente em 1991 (WHO), era
adenocarcinoma NOS
- Mais comum em parótida
- 96% em glândulas salivares maiores
- Mais comum em homens (3:1) após 50 anos
- Microscopicamente consiste em células grandes com pleomorfismo nuclear,
nucléolos proeminentes e variado número de mitoses atípicas
Imagem 1. Arranjo de células epiteliais neoplásicas e área central com “comedonecrose”
característica de tumores de alto grau. Núcleos bem arredondados com várias mitoses atípicas
e núcleo hipercorados. Invasão perineural (fator prognóstico importante).
- Pode apresentar padrão sólido, papilar, cribiforme
- Áreas de comedonecrose e projeção intra-ductal
- Infiltração perineural e linfática
- Negativo para receptor de estrógeno (imunohist.)
- Crescimento rápido e agressivo
- Barnes et. al. (1994) revisaram 104 casos e observaram: recorrência local em
33%, metástase regional em 59%, metástase à distância em 46% e 65%
morreram devido ao tumor (maioria dentro de 4 anos)
- Tratamento: cirurgia associada a RXT
v. Car����ma ����el���-mi���i��l�a�
vi. Car����ma ���áce�
vi�. Cis����no���c��o�� p��i��r
vi��. Car����ma ����cíti��
ix. Car����ma �� ��c�o ��l��a�
x. Mi��pi����om� ���ig�� (ca���n��a ���ep����i�l)
xi. Car����ma �� ��en��� �le����fo (tu��� m���o m����no)
xi�. Car����ma �� �élu��� �s�a��s��
xi��. Car����ma �� �élu��� p��u���s
xi�. Car����ma ����fe���c�a��
x�. Out��� c���in����
c. AD����AR����MA
i. Ade����r�i��m� �o��m���o d� ��i�� g��u �� m��i�n����e
- Se diferencia do carcinoma adenóide cístico (carcinoma das glândulas mais comum)
pelo padrão de núcleo das células: no polimorfo de baixo grau, os núcleos são
arredondados e mais claros, enquanto que no carcinoma adenóide cístico, núcleos
maiores, hipercorados e angulados.
- Descrito em 1984 por Evans e Batsakis
- Ocorre quase exclusivamente em glândulas salivares menores, principalmente
no palato
- Mais comum entre 50 e 70 anos e em mulheres (2:1)
- Aumento de volume sintomático podendo tornar-se ulcerado
- “Adenocarcinoma de ducto terminal”
- Localmente invasivo com baixa tendência para metástase
- Tipo papilar tem pior prognóstico
- Tratamento cirúrgico
- Microscopicamente é formado por células informes com aparência benigna
apresentando vários padrões (sólido, cribiforme, tubular, papilar, fila indiana,
forma de alvo “targetoid”)
- Estroma hialino ou mucinoso
- Infiltração neural é frequente
- Vicente et. al. (1994) relataram que vários casos foram erroneamente
diagnosticados como carcinoma adenóide cístico ou adenoma monomórfico
- Achados imunohistoquímicos têm sido inconsistentes
- Características histológicas são mais úteis que colorações especiais (Vicente
et. al., 1994)
i�. Ade����r�i��m� �e �élu��� b��a��
i��. Ade����r�i��m� �u��n��o
iv. Ade����r�i��m� (NO�)
3. Tum���� be���n��
- Características clínicas
- Crescimento lento
- Indolor
- Não há envolvimento de nervos
- Pode atingir grande tamanho
- Na cavidade oral é mais comum naporção posterior do palato duro e palato mole
4. Tum���� ma���n�� �as ��ân�u��s ���iv����
- Geralmente crescem mais rapidamente e pode causar dor (estágios avançados)
- Fixação, ulceração, envolvimento de linfonodos
- Paralisia facial (parótida) é sinal de comportamento agressivo. Tumores de baixo grau
não causam esse efeito
- 25% dos tumores de glândula salivar em adultos são malignos
- Malignidade de acordo com a localização
- parótida: 15%
- submandibular: 50%
- sublingual: 86%
- glândulas salivares menores: 46%
5. Cas�� �líni���
Imagens. Tumor maligno carcinoma mucoepidermóide de baixo grau de malignidade . Observar a
alteração de cor.
- Paciente com 31 anos de idade
- Encaminhado com aumento de volume assintomático no terço posterior do palato
duro
- Tempo de evolução de 2 meses
- Foi observado pela primeira vez pelo ortodontista durante o tratamento
Imagens. Pequena, assintomática. No palato (suposição de tumor de glândula). Alteração de cor
(malignidade). Carcinoma mioepitelial.
- História: homem; 40 anos de idade; encaminhado por um dentista ao orocentro para
avaliar aumento de volume assintomático em palato duro; 2 meses de evolução
6. Con����rações fi����
- Clinicamente aumento de volume assintomático
- Parótida (exames de imagem + PAAFina)
- Região posterior de palato duro e palato mole (conduta biópsia incisional)
- Tratamento cirúrgico
- RXT e QT em situações específicas - pós cirurgia e tumores de alto grau
- Tumores malignos - características principais
- Alteração de cor
Imagens. Nessas imagens a primeira hipótese é um tumor de glândulas salivares pela região que se
insere, no entanto. O primeiro é um tumor maligno (carcinoma mioepitelial) e o segundo, apesar da
alteração, mioepitelioma benigno.
- Telangiectasia
- Alteração dos vasos da superfície, considerar um tumor de glândula maligno
- Ulceração
- Dor

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