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1. (3,0 pontos) seguindo o roteiro abaixo, faça uma análise do caso, seguindo o agrupamento patológico de alterações da afetividade diante do caso abaixo citado: L.A.F., 30 anos, masculino, branco, viúvo, natural do Rio de Janeiro, estudante de nível superior e trabalhador da área de saúde, em nível técnico. Refere: “Não tenho mais vontade de viver’’ (SIC) L.A.F compareceu à consulta psiquiátrica relatando estar se sentindo desanimado, choroso, triste e “revoltado com as pessoas ao seu redor”. Tal quadro clínico teve início em 2008, quando sua mulher, com quem foi casado por seis anos, faleceu de distrofia muscular progressiva. Desde então, L.A.F passou a ter dificuldades no trabalho. Assistir às aulas e focar atenção nos estudos era outro grande tormento: “Doutor, não consigo mais fazer nada do que fazia antes. Minha vida está uma porcaria. É isso que devo ser mesmo, uma grande porcaria.” As dificuldades em dormir à noite e o pouco apetite passaram a ser uma constante em sua vida. No entanto, o que mais chamava atenção era seu isolamento: “Passei a não fazer mais nada. Eu, quando não estava dormindo, ficava com meu filho. Ficar com ele me fazia lembrar um pouco a minha esposa”. Exceto pelo filho, L.A.F diz estar sem vontade de continuar a viver e sente-se injustiçado por Deus e sozinho pela falta de apoio dos colegas de trabalho e da sua família. Paciente procurou a psicóloga do curso universitário com queixas de dificuldades nos estudos e tristeza, e foi encaminhado ao Programa de Prevenção de Suicídio. Natural do Rio de Janeiro, L.A.F é o filho mais velho de uma prole de cinco filhos. Apresentou desenvolvimento tanto psicomotor como cognitivo dentro dos padrões de normalidade. Foi criado apenas pela sua mãe e não teve contato com seu pai, diz que durante sua infância sempre se sentiu sozinho, sua mãe e seus irmãos não davam muito atenção a ele. Estudou no Colégio Naval e “não tive grandes amigos com quem poderia contar’’. Conta que na sua formatura não compareceu ninguém da sua família. Ele disse que este momento não significou nada para eles, apesar dele ser o único filho a ter completado o segundo grau. L.A.F comenta que sempre foi um sujeito tímido e reservado, não teve muitos amigos durante a sua infância e a sua adolescência, não mantendo um bom relacionamento social com os demais familiares. Não costuma solicitar ajuda da família. L.A.F não teve nenhum relacionamento estável até conhecer Thais, aos 24 anos, com quem se casou e teve seu único filho de seis anos. Sua mulher era seu grande apoio. Após seu falecimento, L.A.F continuou morando no mesmo apartamento com seu filho e sua sogra que, segundo ele, é a única pessoa que o ajuda a criar seu filho. Fonte: André Luiz C. Netto Thaís Simões Gabriela Serfaty.Depressão um caso clínico. Ano 10, janeiro a março de 2011. PROFESSOR (A): DATA: 14 / 06/2021 ALUNO (A): LILIAN DIONELLI DOS SANTOS BORGES TURMA: MATRÍCULA: 201908375787 ESTÁCIO DE SÁ PSICOPATOLOGIA INFORMAÇÕES IMPORTANTES: 1ª) A avaliação será realizada de modo remoto e deverá ser entregue até amanhã dia (15/06/21) em formato PDF pela opção tarefas do TEAMS. Não será recebida após esse prazo. A avaliação corresponde a um total de 8,0 (oito) pontos que será agregado pontuação de atividade seminários (0 -2 zero a dois) pontos conforme contrato pedagógico. 2ª) Será atribuída nota zero ao aluno que devolver sua prova em branco. Identificação: L. A. F, 30 anos, masculino, branco, viúvo, pai solteiro de 1 filho, estudante universitário, profissional da área de saúde, reside atualmente no estado do Rio de Janeiro. Queixa: dificuldade de concentração nos estudos, tristeza e choro constante, sentimento de revolta, alterações na qualidade de sono, falta de apetite e alega ter perdido a vontade de viver (SIC). História da Doença Atual: o devido quadro clinico deu-se início no ano de 2008, segundo relatado pelo paciente logo após a morte de sua esposa que segundo o mesmo ela era seu maior apoio na vida, com qual viveu por 6 anos antes da mesma vir a falecer por motivo de doença. L.A.F relatou em consultório que desde então houve uma brusca diminuição na sua concentração o que afetou consequentemente suas atividades rotineiras. Passou a se isolar deixando de fazer atividades nas quais costumava fazer antes do falecimento de sua esposa e que nos dias atuais quando não está dormindo, está cuidando de seu filho, que lhe traz fortes lembranças de sua esposa e que exceto pelo seu filho, ele perdeu o prazer de viver (SIC). Vive atualmente no mesmo apartamento com seu filho e sua sogra que lhe ajuda na criação do filho, não tendo apoio de colegas de trabalho e sua família, apenas de sua sogra. Relatou-me brevemente sua infância, sendo ele o mais velho de cinco irmãos, todos criados pela mãe e sem contato com o pai. Porém em sua vida pregressa não teve nenhum relato de transtorno mental apresentando desenvolvimento psicomotor e cognitivo dentro dos padrões de normalidade. História da Doença na Família: não foi relatado pelo paciente histórico de doenças na família. Discussão do caso: analisando e considerando o quadro clinico do paciente, sendo de fato a sua primeira consulta, seu estado atual caracteriza-se transtorno depressivo com ideação suicida. Levando em consideração a sua história, os sintomas que lhe acometem, característicos do TD, tais dentre eles isolamento social, queda de produtividade e dificuldade de concentração, distúrbios no sono e ideação suicida. Considerações/ Encaminhamento: levando em consideração que o tratamento para depressão pode levar anos ou meses, uma vez que o individuo tenha uma primeira crise e em algum dado momento da vida este possa ter recaídas, o que não caracteriza o quadro atual de L.A.F, entretanto iniciaremos a partir de hoje o tratamento psiquiátrico com fármacos estabilizadores de humor associado a um antidepressivo, nos quais serão necessários visando a redução do risco eminente de suicídio. O mesmo sairá deste consultório com encaminhamento ao psicólogo, podendo procurar este mesmo campus universitário para iniciar o tratamento psicoterápico, que associado ao tratamento psiquiátrico trabalharemos para melhorar o bem estar de vida de L.A.F e que este ressignifique o sentido da sua vida. 2. (2,5 pontos) analise a letra da música abaixo, fazendo uma reflexão psicopatológica da personagem principal. Para tal, use as referências teóricas indicadas no semestre. Quando olhaste bem nos olhos meus E o teu olhar era de adeus Juro que não acreditei Eu te estranhei, me debrucei Sobre o teu corpo e duvidei E me arrastei e te arranhei E me agarrei nos teus cabelos No teu peito, teu pijama Nos teus pés, ao pé da cama Sem carinho, sem coberta No tapete atrás da porta Reclamei baixinho Dei pra maldizer o nosso lar Pra sujar teu nome, te humilhar E me vingar a qualquer preço Te adorando pelo avesso Pra mostrar que ainda sou tua Até provar que ainda sou tua. Música :Atrás da porta. (Chico Buarque) O poema apresentado retrata o fim de um relacionamento, representado pelo eu -feminino que vive com dolorosa intensidade a separação, caracterizando a dor devastadora de perder e ter o ego ferido por ter sido deixada, traída e humilhada em um relacionamento que ela deu a sua vida, a sua alma, toda a sua confiança e sem o direito de escolher onde sua única opção ali era o fim, teve impulsos de bater e de ferir e de devolver ao eu amado todo sentimento ruim que ela estava dolorosamente sentindo. No campo psicopatológico a dor da separação pode afetar emocionalmente e fisicamente o individuo que vive essa experiência e que pode vir a ser traumática, despertando sentimentos tais como raiva, tristeza, frustação, estresse, fazendo com que o indivíduo viva um luto de alguém que ama. 3. (2,5 pontos) criar e analisar um caso clínico escolhendoum dos agrupamentos psicopatológicos estudados em sala de aula até as discussões. Quando chegar na parte de considerações, trocar esse tópico para AVALIAÇÃO DA QUESTÃO e após analisar sua questão atribuir uma nota de 0 a 2,5 pontos, justificando o motivo da mesma. Segue roteiro: Identificação Queixa História da Doença Atual: História da Doença na Família: Discussão do caso: Avaliação da questão Identificação: C.G, Mulher, 27 anos, brasileira, casada, 1 filho, do lar, estudante e desempregada, reside atualmente no estado de Santa Catarina. Queixa História da Doença Atual: transtorno de depressão e transtorno de ansiedade generalizada (Paciente C.G chegou a este consultório encaminhada pelo seu psiquiatra.) História da Doença na Família: Avó materna faz tratamento para depressão com ideação suicida, atualmente está bem e com medicação controlada. Do mesmo lado materno dois parentes já cometeram suicídio. Sua irmã sofre de ansiedade e não está sendo acompanhada por nenhum profissional no momento. Discussão do caso: a senhora C.G, veio a este consultório de psicologia encaminhada pelo seu psiquiatra com diagnósticos prévios de TD e TAG, associando o tratamento psiquiátrico com fármacos ao psicoterápico em função do seu bem estar, visando reduzir a severidade dos fatores estressores na vida da paciente. Iniciei a conduta terapêutica ouvindo as principais queixas da paciente para entender o que a levou ao atual quadro clinico, para que eu possa entendê-la e planejar a melhor forma de ajudá- la. a mesma relatou que sofre de ansiedade desde os 7 anos de idade e que sua mãe foi orientada pelo pediatra que a levasse ao psicólogo pois era notório que ela estava sofrendo de ansiedade, uma criança que não dormia bem a noite, fazia xixi na cama, tinha muitos pesadelos, sentia falta de ar (sem nenhuma alteração clínica nos exames), não interagia bem com outras crianças e tinha medo de que todas as pessoas morressem. Segundo ela informou sua mãe ignorou a orientação médica e não buscou ajuda psicoterápica, não por condições financeiras, mas pelo fato de que sua mãe achava que tudo não passava de “frescura”. Relatou-me brevemente a sua adolescência, que sempre ruía as unhas, tinha dificuldades relacionadas ao sono, era insegura, porém frequentava a igreja o que a ajudou em determinado momento, pois preenchia o seu tempo. Em sua fase adulta mais especificamente os últimos 3 anos até o momento atual, ela contou que no ano de 2019 a sua vida deu uma reviravolta, passou por graves problemas de saúde e nesse período foi vítima de erro médico, notei angustia e pesar na voz ao me relatar como foi esse episódio traumático na vida dela que notavelmente ainda não foi superado. Segundo a mesma me informou, ela fez muitas expectativas em 2019 de voltar a vida profissional, mas não pôde, pois passou o ano presa em hospitais, e que naquele ano passou a sentir muita angustia, muito medo de morrer, só chorava e pra ela nada mais fazia sentido, e então 2020 veio a pandemia e pegou todos de surpresa , ela contou que o isolamento social a afetou de uma maneira que a deixou mais incapacitada ainda, que ela já não tinha mais vontade de viver, que a vida já não fazia mais sentido , que mais um ano da vida dela estava sendo perdido, além de viver um isolamento social, ela se isolou das redes sociais, das pessoas a sua volta, não dormia e quando dorme relatou que a acorda várias vezes durante o sono, que desenvolveu uma grave compulsão alimentar engordando mais de 15kg nesse período , o que consequentemente afetou a sua autoestima, alegando não conseguir se amar, não se cuidar , perdeu a sua vaidade , que não tem energia, que vive irritada, seu humor muda constantemente, que sente o coração acelerado, não quer sair de casa, mesmo não morando sozinha se isola do filho e do marido, que não se olha mais no espelho e chegou até pensar que morrer sanaria todo esse vazio dentro dela. O que a levou neste ano de 2021 buscar ajuda psicológica e psiquiátrica em decorrência dos sintomas físicos e mentais que tais transtornos lhes causaram. No dia desta consulta 11/06/2021 eu perguntei o que ela tinha feito em sua manhã antes da nossa consulta, ao me responder notei que ela não valoriza o que faz no seu dia, que não é interessante, que ela não consegue ter prazer nas pequenas atividades que fazem parte do nosso cotidiano. De fato como diagnosticado pelo seu médico psiquiatra a paciente C.G, sofre de transtorno de depressão associado ao transtorno de ansiedade generalizado que pode influenciar em muitos fatores alguns evidentes no relato de minha paciente tais como baixa autoestima, perda do prazer de viver, sentimento de culpa constante, medo, insegurança, compulsão alimentar, insônia e ausência de qualidade no sono, desestabilizando de maneira agressiva o estado da saúde mental da paciente, levando em consideração que o fator mais grave desse quadro clinico seria o suicídio, no qual trabalharemos para evitarmos que esse lastimável episódio venha ocorrer. Finalizando a nossa primeira sessão pedi que a mesma todos os dias ao acordar escreva um motivo pela qual ela está grata naquele momento, naquele dia, com intuito de resgatar nela o prazer pela vida, na busca de si mesma e na reconstrução do seu interior. Avaliação da questão Ao finalizar esta atividade, deparei-me com essa questão de autoavaliar o caso que eu mesma acabará de criar e atribuir uma nota ao meu desenvolvimento( só esse emoji define o momento, risos.), sinceramente fiquei assustada, vai que é pegadinha... porém cheguei a conclusão, fazendo é claro algumas pesquisas do que seria se auto avaliar, até entender que a autocritica faz parte do crescimento pessoal e também profissional, como somos hoje acadêmicos a função dos nossos mestres é extrair de nós o melhor, mesmo que seja difícil, talvez lá no futuro isso fará de nós os melhores profissionais. Vamos agora ao que interessa, meu caso clinico pode não ser o melhor e nem mais o perfeito, ou o mais elaborado da turma, sei que tenho muito pra crescer e aprender ainda, mas usei tudo que foi nos ensinado em aula na criação do meu caso, segui o roteiro pedido na questão, a parte que mais tive dificuldade de elaborar foi a discussão de caso, porque envolve mais informações e quis resumir bastante a história pra não ficar tão repetitivo e cansativo de ler, mas ao finalizar fiquei satisfeita com o que li e criei, relatei bem a história de minha personagem, me imaginei como a psicoterapeuta deste caso, realizando a escuta da minha paciente, pra poder elaborar um plano terapêutico adequado no quadro clinico relatado. Quanto a nota que posso atribuir ao meu desenvolvimento, sei que agora tenho que ser bem sincera, confesso que estou sentindo um misto de constrangimento ou vergonha, como eu posso atribuir a minha própria nota? (é mais fácil quando você faz professor, risos). Vamos lá, por todos argumentos contidos neste texto em relação ao caso clinico por mim elaborado eu me atribuo merecidamente pelos meus esforços a nota de 2.5. Abraços. Gratidão pela parceira e boas férias!
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