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Introdução a endrocrinologia

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1 Ester Ratti ATM 25 
1 
Introdução à Endocrinologia 
GUYTON CAP. 75 
Os hormônios endócrinos são transportados pelo sistema circulatório para 
células em todo o corpo, incluindo o sistema nervoso em alguns casos, onde se 
ligam a receptores e iniciam muitas reações celulares 
Os múltiplos sistemas hormonais desempenham papel-chave na regulação de 
quase todas as funções corporais, incluindo o metabolismo, crescimento e 
desenvolvimento, equilíbriohidroeletrolítico, reprodução e comportamento 
ESTRUTURA QUÍMICA E SÍNTESE DE HORMÔNIOS 
Existem três classes gerais de hormônios: 
1. PROTEÍNAS E POLIPEPTÍDEOS , incluindo hormônios secretados pelo 
hipotálamo, hipófise anterior e posterior, pelo pâncreas (insulina e glucagon), 
pela paratireoide (paratormônio), gástricos, intestinais e por muitos outros. 
➢ Maior grupo e são hidrossolúveis 
➢ Tamanho variável. Os polipeptídeos com 100 ou mais aminoácidos são chamados proteínas, e os com 
menos de 100 aminoácidos são denominados peptídeos. 
➢ SÍNTESE POR RIBOSSOMOS DO R. E. RUGOSO: Geralmente, são sintetizados 
primeiro como proteínas maiores, que não são biologicamente ativas (pré-
pró-hormônios), e clivados para formar pró-hormônios menores no 
retículo endoplasmático. Estes são então transferidos para o aparelho 
de Golgi, para acondicionamento em vesículas secretoras. Nesse processo, 
as enzimas nas vesículas clivam os pró-hormônios, a fim de produzir os 
hormônios menores biologicamente ativos e fragmentos inativos. As 
vesículas são armazenadas no citoplasma e muitas ficam ligadas à 
membrana celular até que o produto da sua secreção seja necessário. 
➢ A SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS (bem como os fragmentos inativos) ocorre 
quando as vesículas secretoras se fundem com a membrana celular e o 
conteúdo granular é expelido para o líquido intersticial ou diretamente na 
corrente sanguínea por exocitose. 
Estímulos para a exocitose: + cálcio no citoplasma e + AMPc intracelular 
 
 
 
2 Ester Ratti ATM 25 
2. ESTEROIDES secretados pelo córtex adrenal 
(cortisol e aldosterona) e sexuais, ou seja, pelos 
ovários (estrogênio e progesterona), testículos 
(testosterona) e pela placenta (estrogênio e 
progesterona). 
➢ Maioria sintetizada a partir do colesterol 
➢ Embora na maioria das vezes exista muito 
pouco armazenamento de hormônio em 
células endócrinas produtoras de esteroides, 
grandes depósitos de ésteres de colesterol 
em vacúolos do citoplasma podem ser 
rapidamente mobilizados para a síntese de 
esteroides após o estímulo. 
➢ Grande parte do colesterol nas células 
produtoras de esteroides vem do plasma, 
mas também ocorre síntese de novo colesterol 
nas células produtoras de esteroides. 
➢ Como os esteroides são muito lipossolúveis, 
uma vez sintetizados, eles simplesmente 
podem se difundir através da membrana celular e 
entram no líquido intersticial e, depois, no 
sangue. 
3. DERIVADOS DO AMINOÁCIDO T IROSINA, 
secretados pela tireoide (tiroxina e 
triiodotironina) e medula adrenal (epinefrina e 
norepinefrina). Não existe hormônio conhecido 
com polissacarídeos ou ácidos nucleicos. 
➢ são formados pela ação de enzimas nos 
compartimentos citoplasmáticos das 
células glandulares 
➢ Os hormônios da tiroide são sintetizados e 
armazenados na glândula tireoide e 
incorporados a macromoléculas da proteína 
tireoglobulina, que é armazenada em grandes 
folículos na tireoide. 
➢A secreção hormonal ocorre quando as aminas 
são clivadas da tireoglobulina e os hormônios 
livres são então liberados na corrente 
sanguínea. Depois de entrar no sangue, a maior 
parte dos hormônios da tireoide se combina com 
proteínas plasmáticas, em especial a globulina de 
ligação à tiroxina, que lentamente libera 
os hormônios para os tecidos-alvo. 
➢ A epinefrina e a norepinefrina são formadas 
na medula adrenal, que normalmente 
secreta cerca de quatro vezes mais epinefrina do 
que norepinefrina. As catecolaminas ocupam 
as vesículas pré-formadas que são armazenadas 
até serem secretadas. De modo semelhante aos 
hormônios proteicos, armazenados em grânulos 
secretores, as catecolaminas também são 
liberadas das células da medula adrenal por 
exocitose. Uma vez que as catecolaminas entram 
na circulação, elas podem existir no plasma, na 
forma livre ou em conjugação com outras 
substâncias. 
CONTROLE DA SECREÇÃO HORMONAL 
O FEEDBACK NEGATIVO IMPEDE A 
HIPERATIVIDADE DOS SI STEMAS 
HORMONAIS 
O hormônio (ou um de seus produtos) exerce 
efeito de feedback negativo para impedir a 
hipersecreção do hormônio ou a hiperatividade 
no tecido-alvo. 
A variável controlada não costuma ser a secreção 
do hormônio, mas o grau de atividade no tecido-
alvo. Portanto, somente quando a atividade no 
tecido-alvo se eleva até nível apropriado, os 
sinais de feedback para a glândula endócrina 
serão suficientemente potentes para lentificar a 
secreção do hormônio. 
SURTOS DE SECREÇÃO HORMONAL PODEM 
OCORRER COM FEEDBACK POSITIVO. 
Em alguns casos, ocorre feedback positivo 
quando a ação biológica do hormônio causa sua 
secreção adicional. Exemplo desse feedback 
positivo é o surto de secreção de hormônio 
luteinizante (LH) que ocorre em decorrência do 
 
3 Ester Ratti ATM 25 
efeito estimulatório do estrogênio sobre a 
hipófise anterior, antes da ovulação. O 
LH secretado atua então sobre os ovários, 
estimulando a secreção adicional de estrogênio o 
que, por sua vez, causa mais secreção de LH. 
Finalmente, o LH atinge a concentração 
apropriada e é, assim, exercido controle típico 
por feedback negativo da secreção do hormônio. 
OCORREM VARIAÇÕES CÍCLICAS NA 
LIBERAÇÃO DO HORMÔNIO. 
Existem variações periódicas da liberação do 
hormônio sobrepostas ao controle por feedback 
negativo e positivo da secreção hormonal, e elas 
são influenciadas por alterações sazonais, várias 
etapas do desenvolvimento e do envelhecimento, 
ciclo circadiano (diário) e sono. Por exemplo, a 
secreção do hormônio do crescimento aumenta 
acentuadamente durante o período inicial do 
sono, mas se reduz durante os estágios 
posteriores. Em muitos casos, essas variações 
cíclicas da secreção hormonal se devem às 
alterações da atividade das vias neurais, 
envolvidas no controle da liberação dos 
hormônios. 
TRANSPORTE DE HORMÔNIOS NO SANGUE 
HIDROSSOLÚVEIS (peptídeos e catecolaminas) 
são dissolvidos no plasma e transportados 
de seus locais de síntese para tecidos-alvo, onde 
se difundem dos capilares, entram no líquido 
intersticial e, finalmente, chegam às células-
alvo. 
LIPOSSOLÚVEIS (esteroides e da tireoide) 
circulam no sangue, em grande parte, ligados às 
proteínas plasmática. Os hormônios ligados a 
proteínas não conseguem se difundir facilmente 
pelos capilares e ganhar acesso às suas células-
alvo, sendo, portanto, biologicamente inativos 
até que se dissociem das proteínas plasmáticas. 
As quantidades relativamente grandes de 
hormônios ligados a proteínas servem como 
reservatórios, reabastecendo a concentração de 
hormônios livres quando eles estão ligados a 
receptores-alvo ou eliminados da circulação. A 
ligação de hormônios a proteínas plasmáticas 
torna sua remoção do plasma muito mais lenta. 
DEPURAÇÃO/REMOÇÃO DE HORMÔNIOS 
DO SANGUE 
➢ destruição metabólica pelos tecidos; 
➢ ligação com os tecidos; 
➢ excreção na bile pelo fígado; 
➢ excreção na urina pelos rins. 
 Para certos hormônios, a diminuição da 
depuração metabólica pode causar concentração 
excessivamente alta do hormônio nos líquidos 
corporais circulantes. Por exemplo, esse 
fenômeno ocorre com vários dos hormônios 
esteroides, quando o fígado fica doente, porque 
esses hormônios são conjugados principalmente 
no fígado e depois “depurados” na bile. 
Os hormônios são algumas vezes degradados em 
suas células-alvo por processos enzimáticos que 
causam endocitose do complexo 
hormônioreceptor na membrana; o hormônioé 
então metabolizado na célula, e os receptores em 
geral são reciclados de volta à membrana celular. 
A maioria dos hormônios peptídicos e das 
catecolaminas é hidrossolúvel e circula 
livremente no sangue. Em geral, são degradados 
por enzimas no sangue e nos tecidos e 
rapidamente excretados pelos rins e fígado, 
permanecendo assim no sangue por apenas curto 
período. 
Hormônios que se ligam a proteínas plasmáticas 
são removidos do sangue com intensidade 
muito menor (mais lenta) e podem continuar na 
circulação por várias horas ou mesmo dias. 
MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS 
A primeira etapa da ação do hormônio é a de se 
ligar a receptores específicos, na célula-alvo. As 
células que não têm receptores para hormônios 
não respondem. 
 
4 Ester Ratti ATM 25 
RECEPTORES HORMONAIS 
1. NA MEMBRANA CELULAR OU EM SUA 
SUPERFÍCIE. são específicos, principalmente para 
os hormônios proteicos, peptídicos e 
catecolamínicos. 
2. NO CITOPLASMA CELULAR. receptores 
primários para os diferentes hormônios 
esteroides 
3. NO NÚCLEO DA CÉLULA. receptores para os 
hormônios da tireoide, sua localização está em 
associação direta com um ou mais dos 
cromossomos. 
NÚMERO E A SENSIBILIDADE DOS RECEPTORES 
HORMONAIS SÃO REGULADOS 
DOWN-REGULATION : o aumento da 
concentração de hormônio e o aumento da 
ligação aos receptores de sua célula-alvo, fazem 
com que o número de receptores ativos 
diminua, o que faz com que a responsividade do 
tecido-alvo ao hormônio diminua. Isso pode 
ocorrer em decorrência de: 
➢ inativação de algumas das moléculas de 
receptores; 
➢ inativação de parte das moléculas de 
sinalização das proteínas intracelulares; 
➢ sequestro temporário do receptor para o 
interior da célula, longe do local de ação 
dos hormônios que interagem com os 
receptores de membrana; 
➢ destruição dos receptores por lisossomos 
depois de serem interiorizados; 
➢ diminuição da produção dos receptores. 
UP-REGULATION estimular o hormônio induz a 
formação de receptores ou moléculas de 
sinalização intracelular, maior que a normal, pela 
célula-alvo ou maior disponibilidade do receptor 
para interação com o hormônio. Quando isso 
ocorre, o tecido-alvo se torna cada vez mais 
sensível aos efeitos de estimulação do hormônio. 
SINALIZAÇÃO INTRACELULAR APÓS A 
ATIVAÇÃO DO RECEPTOR 
RECEPTORES LIGADOS A CANAIS IÔNICOS 
substâncias neurotransmissoras, como a 
acetilcolina e a norepinefrina, combinam se com 
receptores na membrana pós-sináptica. Essa 
combinação causa, quase sempre, alteração da 
estrutura do receptor, geralmente abrindo ou 
fechando o canal para um ou mais íons. 
Embora alguns hormônios possam exercer 
algumas de suas ações através de ativação de 
receptores de canais iônicos, a maioria dos 
hormônios que abre ou fecha canais iônicos o faz, 
indiretamente, por acoplamento com receptores 
ligados às proteínas G ou ligados a enzimas 
RECEPTORES LIGADOS A PROTEÍNA G 
Muitos hormônios ativam receptores que 
regulam indiretamente a atividade de proteínas-
alvo (p. ex., enzimas ou canais iônicos) por 
acoplamento com grupos de proteínas da 
membrana celular, chamadas proteínas G. 
Quando o ligante (hormônio) se une à parte 
extracelular do receptor, ocorre alteração da 
conformação no receptor, ativando as proteínas 
G e induzindo sinais intracelulares: 
➢ Abrem ou fecham os canais iônicos da 
membrana celular 
➢ Mudam a atividade de uma enzima no 
citoplasma da célula 
➢ Ativam a transcrição gênica. 
Quando o receptor é ativado, ele passa por 
alteração de conformação que faz com que 
a proteína G, ligada ao GDP, associe-se à parte 
citoplasmática do receptor e troque GDP por 
GTP. Isso faz com que a subunidade a se dissocie 
do complexo trimérico e se associe a outras 
proteínas de sinalização intracelular; 
O evento de sinalização é rapidamente 
terminado, quando o hormônio é removido e a 
subunidade a se inativa por conversão de seu GTP 
 
5 Ester Ratti ATM 25 
ligado em GDP; depois, a subunidade a, mais uma 
vez, combina-se às subunidades b e g para formar 
proteína G trimérica ligada à membrana e 
inativa. 
Dependendo do acoplamento do receptor 
hormonal à proteína G inibitória ou estimuladora, 
o hormônio pode aumentar ou diminuir a 
atividade das enzimas intracelulares. 
RECEPTORES LIGADOS A ENZIMAS 
Alguns receptores, quando ativados, funcionam 
diretamente como enzimas ou se associam 
estreitamente às enzimas que ativam. Os 
receptores ligados a enzimas têm seu local de 
ligação ao hormônio no exterior da membrana 
celular e seu local catalítico ou de ligação a 
enzima, no interior (atravessam uma vez 
a membrana). Quando o hormônio se liga à parte 
extracelular do receptor, é ativada (ou por vezes 
inativada) uma enzima, imediatamente dentro da 
membranacelular. 
 
Um exemplo de receptor ligado à enzima é o 
receptor de leptina (hormônio secretado por 
células adiposas, importante na regulação do 
apetite e do balanço energético) 
 
RECEPTORES HORMONAIS INTRACELULARES E 
ATIVAÇÃO DE GENES. 
Vários hormônios, incluindo os hormônios 
esteroides adrenais e os gonádicos, os hormônios 
da tireoide, os hormônios retinoides e a vitamina 
D, ligam-se a receptores proteicos dentro da 
célula, e não na membrana celular. 
Como esses hormônios são lipossolúveis, eles 
prontamente atravessam a membrana celular e 
interagem com receptores no citoplasma ou no 
núcleo. O complexo hormônio-receptor ativado 
então se liga à sequência do DNA regulador 
(promotor) específico chamado elemento de 
resposta hormonal e, dessa maneira, ativa ou 
reprime a transcrição de genes específicos e a 
formação de RNA mensageiro (mRNA). 
As respostas de diferentes tecidos ao hormônio 
são determinadas não apenas pela especificidade 
dos receptores, mas também pela expressão dos 
genes que o receptor regula. 
 
MECANISMOS DE SEGUNDO MENSAGEIRO 
PARA MEDIAR FUNÇÕES HORMONAIS 
INTRACELULARES 
SISTEMA DE SEGUNDO MENSAGEIRO DA 
ADENILIL CICLASE- AMPC 
A ligação dos hormônios ao receptor permite 
o acoplamento do receptor à proteína G. Se a 
proteína G estimular o sistema adenilil ciclase-
 
6 Ester Ratti ATM 25 
AMPc, ela será chamada proteína Ge 
(estimuladora). 
A estimulação da adenilil ciclase catalisa a 
conversão de ATP citoplasmático em AMPc, 
dentro da célula. Isso ativa a proteínocinase 
dependente de AMPc, que fosforila proteínas 
específicas na célula, desencadeando 
reações bioquímicas que, finalmente, produzem a 
resposta da célula ao hormônio. Uma vez que o 
AMPc seja formado dentro da célula ele, em 
geral, ativa cascata de enzimas. 
 
Se a ligação do hormônio a seus receptores for 
acoplada à proteína G inibitória (Gi), a 
adenilil ciclase será inibida, reduzindo a 
formação de AMPc e, finalmente, levando à ação 
inibitória da célula. 
Desse modo, dependendo do acoplamento do 
receptor hormonal à proteína G inibitória ou 
estimuladora, o hormônio pode aumentar ou 
diminuir a concentração de AMPc e a fosforilação 
das proteínas-chave no interior da célula. 
 
 
O SISTEMA DE SEGUNDO MENSAGEIRO DOS 
FOSFOLIPÍDIOS DA MEMBRANA CELULAR 
Alguns hormônios ativam receptores 
transmembranas que ativam a enzima fosfolipase 
C fixada às projeções internas dos receptores. 
Essa enzima catalisa a degradação de alguns 
fosfolipídios na membrana celular, especialmente 
o bifosfato de fosfatidilinositol (PIP2), em dois 
produtos diferentes de segundos 
mensageiros: trifosfato de inositol (IP3) e 
diacilglicerol (DAG). 
 
O IP3 mobiliza os íons cálcio das mitocôndrias e 
do retículo endoplasmático, e os íons cálcio então 
têm seus próprios efeitos de segundo 
mensageiro, tais como a contração 
da musculatura lisa e as alterações da secreção 
celular. 
O DAG, o outro segundo mensageiro lipídico, 
ativa a enzima proteinocinase C, que então 
fosforila grande número de proteínas,levando à 
resposta celular. Além desses efeitos, a parte 
lipídica do DAG é o ácido araquidônico, o 
precursor para as prostaglandinas e outros 
hormônios locais, causadores de múltiplos efeitos 
nos tecidos de todo o corpo. 
 
 
7 Ester Ratti ATM 25 
SISTEMA DE SEGUNDO MENSAGEIRO DO 
CÁLCIO- CALMODULINA 
A entrada de cálcio pode ser iniciada por: 
alterações do potencial de membrana, que abrem 
os canais de cálcio ou hormônio interagindo com 
receptores de membrana, que abrem os canais 
de cálcio. Ao entrar na célula, os íons cálcio se 
ligam à proteína calmodulina. Essa proteína tem 
quatro sítios para a ligação do cálcio, e quando 
três ou quatro desses locais se ligarem ao cálcio, 
a calmodulina altera sua forma e inicia múltiplos 
efeitos dentro da célula, incluindo ativação ou 
inibição de proteinocinases. A ativação das 
proteinocinases dependentes da calmodulina 
causa pela fosforilação a ativação ou inibição de 
proteínas envolvidas na resposta da célula ao 
hormônio. 
HORMÔNIOS QUE ATUAM PRINCIPALMENTE 
SOBRE A MAQUINARIA GENÉTICA DA CÉLULA 
HORMÔNIOS ESTEROIDES AUMENTAM A SÍNTESE 
PROTEICA 
Essas proteínas então funcionam como enzimas, 
proteínas de transporte ou proteínas estruturais, 
que, por sua vez, exercem outras funções nas 
células. 
1. O hormônio esteroide se difunde pela 
membrana celular e entra no citoplasma da 
célula, onde se liga à proteína receptora 
específica. 
2. A proteína receptora-hormônio combinados, 
então, se difunde ou é transmitida para o núcleo. 
3. A combinação se liga a pontos específicos nos 
filamentos de DNA nos cromossomos, o que ativa 
o processo de transcrição de genes específicos 
para formar mRNA. 
4. O mRNA se difunde para o citoplasma, onde 
promove o processo de tradução nos ribossomos, 
para formar novas proteínas. 
HORMÔNIOS DA TIREOIDE AUMENTAM A 
TRANSCRIÇÃO DE GENES NO NÚCLEO DAS 
CÉLULAS 
Para conseguir esse aumento da transcrição, 
esses hormônios primeiro se ligam diretamente 
às proteínas do receptor no núcleo; esses 
receptores são fatores de transcrição ativados, 
localizados no complexo cromossômico e, talvez, 
controlem a função dos promotores genéticos 
1. Eles ativam os mecanismos genéticos para a 
formação de muitos tipos de proteínas 
intracelulares. Muitas dessas proteínas 
intracelulares são enzimas que promovem 
aumento da atividade metabólica intracelular, 
praticamente em todas as células do corpo. 
2. Uma vez ligados aos receptores intranucleares, 
os hormônios da tireoide podem continuar a 
expressar suas funções de controle por dias ou 
até semanas.

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