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The Quarterbacks Secret Baby - Ava Walsh FLT

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Disponibilização: Flor de Lótus 
Tradução: Naya Spinosa 
Revisão Inicial: Naya Spinosa 
Revisão Final: Nita Oliver 
Formatação: Flor de Lótus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
The Quarterback's Secret Baby 
Ava Walsh 
 
 
Este é o meu segredo... Só meu... 
 
Lindsay Williams ainda se lembra da única noite de paixão 
que teve com o irmão da sua melhor amiga. Ela esteve 
apaixonada por ele desde que se lembra... 
Porém ela teve com uma grande surpresa depois que Ethan 
Taylor deixou a cidade: ela estava grávida de um filho dele. 
Durante anos, Lindsay manteve a identidade do pai da sua 
filha em segredo. Ela colocou seus planos de lado para criar o 
seu bebê, permitindo Ethan ter a liberdade de viver o seu 
sonho. Quando Lindsay descobre que a sua melhor amiga está 
chegando na cidade para se casar, ela fica em pânico. Como ela 
manterá a sua filha em segredo? E como ela pode admitir para 
a sua melhor amiga que ela dormiu com seu irmão mais velho? 
Ethan nunca esqueceu o dia que Lindsay deu para ele seu 
presente mais precioso. Anos mais tarde e quilômetros de 
distância, ela ainda assombra seus sonhos. Lindsay é a única 
mulher que ele já teve sentimentos profundos. O único apelo de 
ir para casa para o casamento da sua irmã é rever Lindsay. Ela 
pode não querer nada com um notório playboy, mas ele está 
disposto a tentar sua sorte. 
Quando eles se encontram, a paixão entre eles é mais 
intensa do que nunca. Ethan percebe que está apaixonado por 
Lindsay. Mas ele será capaz de perdoá-la quando ele descobrir 
o segredo dela? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo um 
 
Lindsay 
 
O ambiente barulhento e úmido me deixa infeliz. Eu tenho 
trabalhado no mesmo lugar desde que eu tinha 15 anos, e eu 
ainda não consegui me acostumar com o lugar. Talvez seja 
porque eu quero sair daqui o mais rápido possível, mas eu não 
consigo escapar. Eu posso muito bem continuar na mesma 
cidade trabalhando no mesmo emprego ruim até que eu fique 
velha e grisalha. O pensamento me deixa ainda mais 
infeliz. Soltando um gemido baixo, vou para mesa dois com 
uma bandeja. 
—Ei, Lindsay, cadê o meu hambúrguer? — Grita uma voz 
rouca. 
Eu faço uma pausa, respiro fundo para controlar o meu 
temperamento e viro com um sorriso amigável. —Relaxe, 
Patrick, você só pediu há 5 minutos. Dê para a cozinheira um 
tempinho, certo? 
Patrick, um cliente de longa data do único restaurante da 
cidade, solta um bufo em resposta e senta. Ele murmura algo 
sob sua respiração e volta a bater seus dedos sem paciência na 
mesa. Todo mundo está acostumado com o comportamento do 
velho, mas isso não impede que eu fique irritada. 
—Aqui vai pessoal. — Eu falo colocando a bandeja na mesa 
dois e descarregando ela. —Bom apetite. 
—Obrigada, querida. — Responde a senhora Jacobs, outra 
cliente frequente. O marido dela acena para mim e me dá um 
sorriso. 
Quando eu saio e passo para o lado sinto uma mão 
estendendo e roçando na minha perna. —Sim, eu vi isso. — Eu 
sussurro. —Mantenha as mãos para si mesmo, Martin. — Eu 
falo, olhando para o homem de meia-idade, careca, olhando 
para mim. Ele tenta agarrar a minha bunda toda vez que eu 
passo na sua mesa. O problema é que a coisa é diária. Eu 
suspiro e empurro as portas duplas para a cozinha. —Eu 
preciso de outro emprego. 
—Martin tentou agarrar a sua bunda novamente? 
Eu olho para a mulher lançando carne na grelha. Marion é 
uma cozinheira de cinquenta anos que tem estado ocupada na 
grelha desde que me lembro. Cresci vendo ela no de Eddie’s 
Corner Ela é como uma figura permanente aqui. 
—Sim. 
Marion me lança um olhar simpático. —Bem, você não 
pode culpar o velho idiota. Olhe para você! Você é 
encantadora. Sabe, eu era a beleza da cidade no meu tempo. 
— Ela para olhando para o espaço, revivendo os seus dias de 
glória. 
Eu sorrio. —Tenho certeza que você era, Marion. Obrigada 
pelo elogio. O comportamento de Martin não é a única razão 
que eu preciso de um novo emprego. — Vai além de ser 
assediada pelos clientes. Trabalhar na lanchonete é um 
lembrete de como a minha vida é estagnada. Estive aqui ano 
após ano lidando com as mesmas pessoas que olham para mim 
com pena. Eu tenho vinte e um anos de idade e já tive muitos 
sonhos. Agora estou presa numa pequena cidade em Lakeville, 
trabalhando em dois empregos com um salário mínimo para 
viver. Eu diria que minha vida é uma porcaria. Bem, não é 
completamente. Há um par de olhos verdes me esperando em 
casa, olhos que me olham com amor incondicional. Minha filha 
de três de idade é a minha graça salvadora. Eu me lembro por 
que eu trabalho tanto. Eu quero deixar a vida dela o melhor que 
eu puder. 
Não parece que eu estou fazendo um trabalho tão grande 
até agora. Nós moramos em um apartamento apertado e nem 
sempre eu posso comprar as coisas que ela quer. Tristeza 
começa a se aproximar de mim, mas uma voz irritada empurra 
os meus pensamentos. 
—Williams! Qual é o problema com você? Coloque a 
cabeça no jogo. Temos uma casa cheia. 
—Er, d-desculpe Sr. Edmond. — Eu gaguejo para o dono do 
restaurante. 
—Sim, sim. Volte ao trabalho e parar de sonhar acordada 
garota. 
—Não há necessidade disso tudo, Eddie. — Marion diz com 
a sua voz grossa de anos de tabagismo, Edmond envia um olhar 
para ela, mas não fala uma palavra. Dou um sorriso 
agradecendo Marion que pisca. 
—Terminou o pedido do Patrick? Ele está lá fora 
impaciente como sempre. 
Marion bufa. —Eu terminei. Se ele te irritar quando você 
voltar lá, diga que eu sei onde ele mora. — Ela acena com a 
espátula ao redor com ameaça, fazendo eu rir. 
—Sim, senhora. — Eu saio pela porta, voltando para o 
zumbido das conversas. Tem sido um longo dia, e a hora de 
almoço não é brincadeira. Só faltam três horas para o meu 
turno acabar, mas hoje três horas parecem longas demais. 
Eu servi e limpei mesas sem parar até eu sentir que os 
meus pés iriam explodir. Sem dúvida, eles estarão do tamanho 
de um balão quando eu chegar em casa. Finalmente a multidão 
diminui e eu diminuo o meu ritmo. Meu celular vibra no bolso 
do avental e eu pego ele. Olhando ao redor para certificar que 
o Sr. Edmond não está perto, verifico o identificador de 
chamada. Aperto os meus lábios enquanto eu penso se atendo 
ou não a chamada. 
Amanda. O nome pisca na tela. Meu dedo paira sobre o 
ícone para aceitar a chamada, mas perco a coragem e enfio o 
telefone de volta no meu bolso. Eu fecho meus olhos 
brevemente e soltou um suspiro. Culpa me corrói por ignorar a 
chamada. Ela é minha melhor amiga. Mas as coisas mudaram 
depois da escola, e a culpa é toda minha. Eu sou aquela que se 
distanciou dela, de quase todo mundo. O que mais eu poderia 
fazer? Todos os meus amigos de infância deixaram Lakeville, 
Connecticut, e passaram a viver as suas vidas incríveis. E aqui 
estou eu, um fracasso total. 
É a minha vergonha que me empurra para afastar de 
mundo. Eu tenho ignorado inúmeras chamadas das pessoas 
que foram uma parte da minha vida. Admitir que eu não me 
tornei uma artista brilhante, que todos pensaram que eu seria, 
foi além de humilhante. Diabos, nem fui para a faculdade. Meu 
celular vibra novamente. Eu não me incomodo em responder 
sabendo que é Amanda ligando de novo. Não evito as ligações 
o tempo todo, ocasionalmente eu tenho que atender para não 
parecer tão ruim. Então minto dizendo para ela que eu estive 
ocupada, e é por isso que muitas vezes perco as ligações. Sim, 
eu sou uma mentirosa e vou para o inferno. Quando eu falo com 
a Amanda, ela sempre pergunta como vai a minha vida. Ela não 
sabe a dor que a pergunta dela traz. Além disso, há o fato de que 
o pai da minha filha é ninguém menos que seu irmão mais 
velho. Ela não tem ideia, claro. Embora alguém possa descobrir 
um dia desses. Casey se parece cada dia mais com o pai dela. 
Eu empurro o pensamento do pai da minha filha para olado até que eu chegue em casa, onde eu posso pular sobre ele 
em particular. Gostaria de saber porque Amanda estava 
ligando. Com um ligeiro encolher de ombros, eu volto para a 
limpeza das mesas. Ela geralmente deixa uma mensagem, 
então logo mais provavelmente eu vou descobrir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo dois 
 
Lindsay 
 
No final do meu turno pego as minhas coisas e vou direto 
para a porta. Os clientes começam a entrar novamente, e eu 
acelero os meus passos antes que o meu chefe me peça para 
ficar um pouco mais. Eu ficaria feliz em ficar por mais tempo, 
desde que eu preciso do dinheiro, mas não hoje. Eu estou 
pronta para desistir por causa da exaustão, e não vi muito da 
minha filha em uma semana. Correr de um trabalho para o 
outro toma o meu tempo. 
Sentada no meu Toyota antigo, pego o meu telefone, 
lembrando que Amanda tinha chamado. Há uma mensagem de 
voz. —Vamos ver logo o que é. — Quando eu ouço a voz 
animada da Amanda, um sorriso aparece em meus lábios. Ela 
sempre foi cheia de energia. No final da mensagem, o meu 
sorriso despareceu. Meu coração começa uma corrida. Não é 
porque Amanda afirmou que ela vai se casar. Isso é ótimo. Eu 
estou feliz por ela. O problema é que ela quer fazer o seu 
casamento aqui. Isso significa que o irmão dela estará aqui 
também. —Oh, meu Deus. — Eu sussurro, as memórias 
ultrapassam a barragem e eu volto ao passado. A última vez 
que vi o Ethan Taylor foi há quase quatro anos. 
Eu tinha dezoito anos e tinha terminado o ensino 
médio. Descobri pela Amanda que Ethan estaria voando do 
Texas para assistir a nossa formatura. A emoção de vê-lo 
depois de tantos anos era demais. Não foi porque eu cresci ao 
redor dele e ele era um cara legal, mas porque eu tinha uma 
queda enorme por ele. Eu tinha desde o dia em que cheguei à 
puberdade e tive idade suficiente para saber o que se passa 
entre meninos e meninas. Ethan era cinco anos mais velho, 
então eu sabia que não tinha chance. Não me importava de 
admirá-lo de longe e em segredo, no entanto. Nem mesmo 
Amanda, que eu contava tudo, sabia que eu era apaixonada pelo 
seu irmão mais velho. 
Ethan sempre foi legal comigo. O dia em que ele partiu para 
a faculdade, eu estava com o coração partido. Eu não coloquei 
os olhos nele novamente até a minha formatura. Por esse 
tempo, ele se tornou um jogador da NFL. Eu não gostava muito 
de futebol, mas passei a gostar por causa de Ethan. Não o vi 
durante a cerimônia, mas saber que ele estava no meio da 
multidão assistindo me fez suar um pouco. 
Depois da formatura eu finalmente o vi. Ele estava 
conversando com alguns dos seus velhos amigos da 
escola. Fiquei sozinha com os meus pais falando sem 
parar. Minha mãe mexendo em mim como de costume, 
alisando a minha gola e o meu cabelo. 
—Mãe, pare de se preocupar. Esqueceu que eu tenho 18 
anos agora? 
Meu pai riu com orgulho brilhando em seus olhos. —Deixe 
ela ir Janice. Ela quer sair e conversar com seus amigos. 
—E não se esqueça que eu vou para a festa da Amanda 
depois, papai. — Lembrei ele. 
Ele suspirou, não muito feliz de eu ir a uma festa de 
formatura selvagem. —Bem. — Ele murmurou. —Só tome 
cuidado, querida, e não fique até tarde. 
—Tudo bem papai. — Eu beijei ele na bochecha e pulei fora 
voando alto na minha emoção. Tinha acabado de completar um 
marco importante da vida. Euforia inconsequente corria 
através de mim me dando a coragem que eu precisava para 
abordar Ethan. 
Ele estava de costas quando eu parei atrás dele. —Hum, oi 
Ethan. — As palavras saíram tão baixas que eu pensei que ele 
não tinha me ouvido. Mas ele virou e olhou para baixo, de seus 
1,94 de altura. Ele pareceu não me reconhecer por um segundo, 
e então o reconhecimento brilhou em seus olhos verdes 
hipnotizantes. Eu poderia dizer que ele ficou 
chocado. Qualquer um ficaria se tivessem conhecido a garota 
magra com aparelho nos dentes que eu era anos atrás. Aos 
dezoito anos eu tinha crescido e mudado muito. Eu não parecia 
muito ruim com o meu corpo esguio com 1,70 de altura e seios 
fartos. 
—Lindsay? Que diabos, eu mal reconheci você. — Ele me 
olhou da cabeça aos pés, apreciando, e então me puxou para um 
abraço. Ele recuou de volta e me estudou. —Olhe para você, 
toda crescida. 
Eu corei. —Estou feliz em vê-lo, Ethan. Como você está? 
—Eu estou bem. É ótimo vê-la também. Parabéns pela 
formatura. Você vai na festa da minha irmã, certo? — Balancei 
a cabeça. —Ótimo. Falamos mais tarde, então, hein? 
—Ah, s-sim, claro. — Eu novamente corei, irritada que eu 
tinha sido reduzida em uma idiota com gagueira. Lutei tanto 
pelo o ar de sofisticação que eu tentei colocar adiante. 
Durante toda a festa da Amanda, eu procurei por Ethan. Ele 
estava longe de ser visto. Desapontada eu tinha me separado 
de um grupo de meninas e fui para o quintal. Felizmente, todos 
preferiram ficar dentro da casa com ar condicionado, então eu 
tive paz por um momento. Festas não eram uma coisa minha, 
mas eu não podia perder a festa da minha melhor amiga. Ela 
nunca me perdoaria. 
—Entediada com a festa? 
Eu ofeguei e virei segurando o meu peito. —Oh, Ethan você 
me assustou. 
Ele riu. —Sinto muito. — Ele estava inclinado em uma das 
cadeiras do pátio com uma cerveja na mão. 
—Eu não fiquei entediada. Eu só queria um pouco de 
silêncio, sabe? 
Ethan suspirou e sentou. —Oh, sim, Lindsay, eu conheço o 
sentimento. Eu não tenho tanta paz e tranquilidade há algum 
tempo. Rezei para que nenhum amigo risonho da Amanda 
fizesse o seu caminho para o quintal. 
Meus ombros caíram. Eu suponho que eu estava na 
categoria dos amigos risonhos. —Me desculpe. Não sabia que 
tinha alguém aqui. Vou voltar. — Me virei para sair. 
—Lindsay, espera. Não quis dizer você. Você pode 
ficar. Sente-se, garota. Não nos falamos desde que você tem o 
quê, quatorze? 
—Sim. Mas não sou mais uma criança. — Sentei na cadeira 
ao lado da dele e cruzei as pernas. Meu vestido, subiu para 
expor as minhas coxas. 
Ele arqueou uma sobrancelha. —Eu posso ver isso. — Ele 
demorou me olhando. Eu quase desmaiei quando seus lábios se 
curvaram para cima. 
—A pequena e magra Lindsay Williams agora é uma 
mulher. 
—Aposto que tem garotos brigando por você. — Minhas 
bochechas ficaram vermelhas. 
—Eu não diria isso. Quer dizer, eu estou bem para olhar eu 
acho, mas os rapazes não se interessam por meninas que 
gostam de arte e leitura. Eles preferem as líderes de torcida 
loiras com peitos grandes como você. 
Ethan me encarou, e eu fiquei com medo que eu tivesse o 
ofendido. Eu e minha boca grande. Quando ele soltou uma 
risada, eu sorri. —O que lhe dá essa ideia de que eu gosto de 
loiras com peitos grandes, Lindsay? 
—Eu assisto TV e leio revistas. — Eu disse com um 
encolher de ombros. —Senhor grande jogador Quarterbak 
saindo com dançarinas, modelos... conheço o seu tipo, Ethan. 
Ele sorriu. —Eu vejo que sua boca cresceu tão bem como o 
resto de você. 
Eu solto uma risadinha e rapidamente coloco uma mão 
sobre minha boca. —Eu quase esqueci, você não quer nenhum 
amigo risonho da sua irmã perturbando a sua paz. 
Ele inclinou a cabeça e me deu um olhar estranho. —
Suponho que a sua risadinha está bem. É bonita. 
Houve um olhar em seus olhos que não consegui identificar 
no momento. A maneira que ele continuou a olhar para mim 
era desconcertante. Eu contorci no meu lugar. —O quê? 
Ele piscou. —Nada, eu só... é... nada. 
—Vamos lá, Ethan. Você pode me dizer. Não é como se 
eu fosse uma estranha. Ele suspirou. —Estou atraído por 
você, Lindsay, e parece errado. 
Meu coração saltou, eu me sentei mais reta. —O que 
há de tão errado nisso? 
—Tenho vinte e três anos, Lindsay. 
—E tenho 18 anos. — Minha voz soou sem fôlego. Eu não 
podia acreditar que Ethan tinha admitido que estava atraído 
por mim. 
—Vi você crescer com minha a irmã, por Cristo! 
Não faço ideia do que me deu coragem de me mover,mas 
de repente estava no colo do Ethan, beijando ele. Meus lábios 
foram para os dele com uma confiança que parecia ter surgido 
do nada. Eu tinha sido beijada uma vez antes, e o pensamento 
que Ethan iria perceber a minha falta de habilidade passou pela 
minha cabeça. A autoconsciência substituiu a coragem, e eu 
comecei a me afastar. 
Os braços de Ethan se enrolaram na minha cintura, me 
segurando para ele. Aparentemente ele estava curtindo o beijo 
tanto quanto eu. Um pequeno gemido de prazer escapou dos 
meus lábios e Ethan gentilmente me empurrou, como se os 
seus sentidos tivessem retornado. Ele se levantou. 
—Merda. Isso não deveria ter acontecido. — Ele passou os 
dedos pelo seu cabelo. —Você devia entrar agora. — Ele rugiu. 
—Ethan... 
—Vá, Lindsay! 
Eu levantei com os meus lábios tremendo. —Eu-eu sinto 
muito. — Totalmente humilhada, eu virei. Em vez de ir para 
dentro da casa principal, fui para a casa da piscina. Para meu 
alívio, a porta estava aberta. Eu afundei no sofá e chorei. Eu 
acreditava que Ethan estava afim de mim depois que ele tinha 
visto que eu era adulta e admitiu que estava atraído por 
mim. Eu gelei quando o ligeiro rangido da porta anunciou a 
chegada de alguém. Eu sabia que era Ethan sem levantar a 
cabeça. Mantendo minha cabeça para baixo, tentei esconder 
minhas lágrimas. Eu me senti ridícula, e não tinha dúvida que 
ele me acharia idiota também. Ouvi o clique da trava sendo 
fechada. 
—Lindsay, me desculpe. Não queria gritar com você. Você 
não merecia isso. 
—Que seja Ethan. Vá por favor. Eu não vim aqui para você 
me seguir. 
—Eu sei. — O sofá afundou e senti o calor do seu corpo. Fiz 
uma tentativa de me mover para longe dele, mas ele agarrou 
meu queixo, forçando meu olhar para ele. —Você é tão jovem e 
inocente. Não quero corromper você. 
 Bufando eu puxei o meu rosto para longe de seu 
controle. —Como você sabe que já não fui corrompida? 
As sobrancelhas dele arquearam. —Foi? — Eu estava 
confusa porque ele parecia tão perturbado pela ideia. 
—Não. — Eu suspirei, odiando que eu tinha que admitir 
para ele que eu era virgem. Que só me fazia parecer ainda mais 
infantil aos seus olhos. —Eu quero que você seja o meu 
primeiro. — Deixei escapar. —Eu sei que não vai acontecer, 
mas isso não me impede de desejar isso. 
—Por que você quer alguém como eu para ser seu primeiro 
Lindsay? Eu acho que você merece alguém muito melhor. — Ele 
terminou com uma pequena risada. 
Perplexa, olhei para ele. —Alguém como você? Você é 
perfeito. Tenho uma queda por você há anos. — Tudo bem, 
talvez uma queda fosse um eufemismo, mas ele não precisa 
saber disso. 
Ethan passou a sua mão pelo seu rosto. —Uau, a minha 
visita a cidade com certeza tomou um rumo interessante. — Ele 
murmurou. Virando para mim, ele disse. —Lindsay, eu sou um 
jogador, e não estou falando de esportes. Eu não sou nada mais 
que honesto comigo mesmo e com as mulheres. Sua primeira 
vez deve ser especial. 
—Será mais do que especial se for com você. — Eu 
sussurrei. —Mas está tudo bem. Eu sei que não sou o que você 
costuma ter. Eu entendo. — Eu entendia perfeitamente. Eu não 
era o tipo dele, e eu era jovem e inexperiente. 
Ele soltou um suspiro. —Não, você não entendeu, Lindsay. 
— Foi tudo o que ele disse antes de me encontrar grudada em 
seu peito, olhando para o seu rosto lindo. Sua boca capturou a 
minha em um beijo abrasador, me derretendo no local. Meu 
coração acelerava com a emoção, mas também com um pouco 
de medo. Este foi um dos meus sonhos se tornando 
realidade. Eu me entreguei completamente para Ethan. 
Meu coração bate mais forte agora só com a lembrança do 
que Ethan e eu compartilhamos naquele dia, anos atrás na sua 
casa de piscina. Foi a segunda mais bela experiência da minha 
vida, sendo a primeira o nascimento da nossa filha, a filha que 
Ethan não sabe que existe. Se ele aparecer para o casamento da 
Amanda, o que vai acontecer? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo três 
 
Ethan 
 
Os raios solares entram através das cortinas finas, 
iluminando o quarto. Eu jogo uma mão sobre meus olhos e 
gemo enquanto a luz do sol tenta penetrar nas minhas 
pálpebras. Já posso sentir uma enorme dor de cabeça. É isto 
que eu ganho por festejar demais. Novamente. Eu rolo e 
congelo, sentindo um corpo quente do meu lado. Merda. Ela 
passou a noite. Ela, cujo nome não consigo lembrar, se estende 
e aconchega mais perto, contra as minhas costas. Apertando os 
meus olhos bem fechados, eu deixo sair um suspiro, me 
preparando para o constrangimento que está por vir. 
Quando faço uma tentativa de virar, minha companheira se 
agita novamente e eu sei que ela está acordada. 
—Bom dia. — Ela ronrona. 
—Uh, dia. — Ela se senta, me dando espaço. Eu balançando 
as minhas pernas sobre o colchão, levanto, viro e olho para ela 
com um sorriso forçado. Ela sorri para mim com olhos 
castanhos sonolentos. O cabelo loiro dela cai sobre os ombros 
numa cortina despenteada. Ela não faz qualquer esforço para 
cobrir a sua nudez. Quando ela baixa os seus olhos, o sorriso 
dela se amplia, eu lembro que também estou nu. Eu limpo a 
minha garganta e pegou as minhas calças do chão. 
—Eu tenho que ir embora. — Eu digo. Ao mesmo tempo 
destruindo o meu cérebro, tentando lembrar o nome 
dela. Tenho certeza que começa com um N, ou talvez seja um 
M. Oh, inferno. 
Os lábios dela formam um lindo beicinho e ela bate seus 
cílios. —Mas já? Você me disse ontem que não tinha qualquer 
treino hoje. 
Eu e minha boca grande. —Eu tenho outros assuntos para 
tratar. — Não mesmo. Estou tentando me livrar dela sem ferir 
os seus sentimentos. 
Ela bufa e se levanta, exibindo sua forma nua. E que bela 
forma é essa. É por isso que ela acabou na minha cama ontem à 
noite. Um grupo de mulheres estava fora do estádio após o 
treino de ontem à noite, e esta mulher se aproximou de 
mim. Ela encantou o caminho dela para o meu quarto de hotel 
com seus lábios vermelhos e cheios, peito grande e pernas 
longas. Às vezes eu gostaria de não ser tão fácil, mas droga, que 
diversão eu tive ontem à noite. Depois que tivemos o jantar e 
algumas rodadas de bebidas, ok, muitas rodadas de bebidas, 
acabamos na cama. Esse mesmo cenário acontece muito 
frequentemente. Algumas mulheres são simplesmente 
fascinadas por atletas profissionais, ou talvez seja no dinheiro 
que elas estejam mais interessadas. Francamente, estou 
cansado disso. Estou há algum tempo agora. Mas continuo com 
a farsa de gostar de ter uma mulher diferente na minha cama 
todas as noites. Afinal de contas, é o que esperam de mim. Eu 
também posso dar aos tabloides algo para escrever. 
—Talvez possamos nos encontrar novamente esta noite. 
— Ela sugere. 
—Er, eu não posso. 
—Você tem certeza, bonito? — Ela caminha para mim e 
passa os seus braços em volta do meu pescoço. 
Segurando as mãos dela, eu as tiro de mim. Como eu digo 
para ela que eu só estava interessado em uma noite sem 
parecer um completo idiota? Eu suspiro. —Olha, hum... 
— Droga, não consigo lembrar o nome dela. 
Ela se afasta colocando as mãos em seus quadris. O olhar 
no rosto dela indica que ela não está mais se divertindo. —Você 
não lembra meu nome, não é? 
Esfrego a parte de trás do meu pescoço. E aqui vamos nós. 
—Eu sinto muito. 
Girando ao redor, a mulher irada procura no quarto as 
roupas dela. Vejo ela se vestir com raiva, com movimentos 
bruscos. Me sinto mal que ela esteja chateada, mas pelo menos 
ela está indo embora. Assim que ela está totalmente vestida, ela 
pega sua bolsa e vai até a porta. —Eu pensei que nós tínhamos 
nos dado bem, você sabe. — Ela diz, olhando em minha direção. 
Minhas sobrancelhas franzem. Dar bem? Apenas um certo 
tipo de mulher geralmente fica em torno do estádio de futebol 
esperando para mergulhar suas unhas bem tratadas nos 
jogadores. O que ela esperava de mim depois de uma noite de 
sexo? Uma propostade casamento? —Me desculpe se dei a 
impressão errada. Eu não tenho relacionamentos. 
Ela dá de ombros. —Você é quem perde. E o meu nome 
é Melissa. 
Bem, é isso, Melissa. Antes que eu possa responder, Melissa 
bate a porta, a fechando, deixando meu olhar atordoado para 
trás. —Bem, ela levou tudo muito bem. — Eu deixei sair um 
suspiro, sentido que eu precisava de uma bebida. A dor na 
minha cabeça me lembra que eu tive o bastante ontem à 
noite. Eu nunca aprendo. Meus pés se movem na direção da 
mini geladeira no quarto do hotel luxuoso, mas o toque do meu 
celular me impede. Vou na direção da mesa de cabeceira que o 
meu telefone está já sabendo quem é. 
—Oi, Amanda. — Meu humor melhora na hora. 
—Grande irmão! Não esperava que atendesse. Ainda é 
cedo. Eu estava esperando que ainda estivesse desmaiado por 
causa da sua noite selvagem. 
Eu sorrio. —Bem, acho que não foi tão selvagem depois de 
tudo, né? Está tudo bem? 
—Estou apenas ligando para lembrar que você precisa de 
ter o seu rabo em Connecticut em três semanas. 
Reviro os meus olhos e gemo. —Acha mesmo que eu iria 
esquecer o seu casamento, irmãzinha? — Não vejo por que 
tenho que voar para Connecticut uma semana inteira antes do 
casamento. Voltar para casa não é algo que estou 
ansioso. Depois que eu fugi da pequena cidade onde nada 
acontece, eu raramente volto para visitar. —Ei, por que não 
posso aparecer na noite anterior ou na manhã do casamento? 
Um rosnado soa do outro lado da linha. —Porque você é 
uma parte do maldito casamento. Nathan quer você como 
padrinho, lembra? 
—O homem nem sequer me conhece. — Eu me queixo. Eu 
nunca pus os meus olhos nele antes também. Eu não gosto da 
ideia da minha irmã se casar aos vinte e um com um cara que 
eu não conheço. Mas a vida é dela. 
—Nathan sente que ele conhece você. Ele é um grande fã 
seu. Você nos deixará muito feliz fazendo isso. 
—Ótimo, outro fã. — Eu disse secamente. Estou cansado 
dos fãs. O que eu gostaria de ter era alguns amigos de verdade 
que não querem saber quem eu sou, ou quanto dinheiro eu 
tenho. 
—Você vai gostar dele, Ethan. Eu prometo. Vou para 
Connecticut amanhã para dar o pontapé inicial no 
planejamento e tudo mais. Mamãe e papai vão sair da Flórida 
na próxima semana. 
—Ok. Vejo você daqui a três semanas. 
—Sim. E com certeza vou continuar chamando você. Se 
você faltar no meu dia especial, Ethan, eu te mato, eu juro. 
Não consigo não rir. A imagem da minha pequena irmã 
tentando me matar é hilária. —Relaxe, eu vou estar lá, e eu farei 
qualquer coisa que me pedir. Eu prometo. 
—Bom. Tenho certeza de que Lindsay vai ficar feliz em vê-
lo. — Amanda suspira. —Estou preocupada com ela, você 
sabe. Ela mal mantém contato comigo. É como se ela me 
evitasse. Não faço ideia do que está acontecendo com ela. 
Meu coração salta com a menção de Lindsay. —Espere, 
Lindsay vai estar lá? Ela já terminou a faculdade de arte? 
—Ela não foi para a faculdade. Ei, tenho que correr. Eu vou 
falar com você mais tarde. Te amo. 
—Também te amo. — Eu desligo o telefone, meu coração 
continua acelerado. Lindsay Williams. Pensar na última vez 
que eu a vi lança as minhas emoções em convulsão. De repente, 
posso sentir seus lábios nos meus, a maciez da sua pele por 
baixo de meus dedos, a inocência e a confiança nos olhos 
dela. Eu pisco rapidamente e me puxo do meu jogo de 
memórias. 
Não vejo Lindsay há quase quatro anos. Eu tentei ficar em 
contato com ela após a formatura, depois daquela tarde na casa 
de piscina, mas é como Amanda falou, é como se se ela estivesse 
me evitando. Uma vez ela disse que sentiria como se estivesse 
traindo a sua melhor amiga se tudo o que houve entre nós 
continuasse. Claro que eu falei que o trem já tinha partido da 
estação quando fizemos sexo. Mas ela insistiu que as coisas 
acabassem. Então parei de ligar. Ela se arrependeu do que 
tínhamos feito. E não posso culpá-la. Que garota legal em sã 
consciência iria querer continuar um relacionamento com um 
idiota como eu? Tenho certeza que ela já viu todas as revistas 
de entretenimento e reportagens que faz eu parecer um 
playboy. Às vezes acho que é o melhor Lindsay não falar 
comigo. E há momentos que eu sinto saudade de falar com ela, 
de vê-la. Ela é uma das pessoas mais reais que eu tenho, além 
da minha família. 
Quando voltei para casa anos atrás, eu estava 
agradavelmente chocado em ver a beleza que ela tinha se 
tornado. No instante em que a vi, a atração me atingiu no 
intestino como uma tonelada de tijolos, eu fui pego 
completamente desprevenido. Eu era culpado em primeiro 
lugar, porque era a melhor amiga da minha irmã, mas eu não 
pude manter minhas mãos longe no final. Nossa amizade pode 
ter sido arruinada para sempre. 
Ver ela quando eu voltar para Connecticut vai ser estranho, 
mas para falar a verdade, estou ansioso para vê-la 
novamente. Ela é a única mulher que eu já me senti confortável 
o suficiente para ser eu mesmo. Talvez seja porque eu a 
conheço desde que ela era uma criança. Ver Lindsay será a 
única coisa boa em voltar para a pequena cidade que odeio. A 
pergunta é, ela estará feliz em me ver? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo quatro 
 
Lindsay 
 
Meu vestido gruda na minha pele úmida, me deixando 
ainda mais irritada. A umidade de julho junto com os meus 
nervos está me deixando irritada. Tenho certeza que meus 
nervos agitados estão contribuindo ainda mais para o meu 
suor. Não sei por que eu concordei em encontrar com Amanda 
e o noivo dela hoje. Embora não haja nenhuma maneira que eu 
pudesse ter evitado isso por muito tempo. Esta é uma cidade 
pequena afinal de contas. Deus, o que ela vai pensar de 
mim? Ela é algum sucesso nas finanças ou algo parecido, e vai 
se casar com um advogado de sucesso. Ambos vão me ver 
como uma completa perdedora. A tentação de dar a volta com 
o meu carro e voltar para o meu apartamento de baixa 
qualidade aparece na minha mente. Tenho certeza que posso 
encontrar uma desculpa para explicar a minha ausência. 
—Não, Amanda provavelmente irá perguntar ao redor até 
ela descobrir onde eu vivo. — Isso é ainda pior do que nos 
encontrar na casa dos pais dela. Pelo menos assim Amanda não 
verá o lixão que eu vivo. Eu soltei um suspiro de resignação e 
continuei dirigindo até que eu virei numa rua 
familiar. Praticamente cresci nesta rua, ficando mais tempo na 
casa da Amanda do que na minha própria. Eu adorava ficar com 
a Amanda. Os pais dela fizeram mais dinheiro do que os meus 
e viviam na parte mais chique da cidade. Adorava a piscina, e 
ver seu irmão mais velho, claro. 
Pânico cresce dentro de mim. Puta merda. Ethan vai estar 
lá hoje? Eu não perguntei para Amanda quando ele estaria 
voando, ou se ele virá. É provável que ele virá, porque a 
temporada de futebol não tinha começado ainda, então ele 
tinha mais tempo nas mãos. —Droga. — Agora eu realmente 
quero chutar o meu carro em macha ré. 
Estou na frente da casa, eu posso passar por isso. Eu saio 
com relutância do carro, espero que Amanda não esteja vendo 
da janela. O meu carro parece mais um pedaço de metal velho 
do que um veículo real. 
—Tudo bem, eu posso fazer isso. — Tudo o que tenho que 
fazer é ser vaga, e ninguém precisa saber que eu acabei sendo 
um fracasso. Então me ocorre. Se os pais da Amanda estão de 
volta, eles terão dito que eu tenho uma filha e que eu ainda 
trabalho no restaurante. Eles não ficaram muito tempo aqui 
depois que Amanda foi para a faculdade em Nova York, mas 
eles sabem o suficiente sobre a minha vida patética. Eu respiro 
fundo e continuo subindo a passagem de pedra. A porta da 
frente abre antes que eu alcance o degrau mais alto e Amanda 
vem correndo em minha direção, tão brilhante quanto o sol em 
seu vestido amarelo de verão. 
—Lindsay! — Ela voa para os meus braços, naturalmente 
eu envolvo os meus em torno dela. O abraço quente me deixasentir feliz e culpada. E pensar que eu tratei minha melhor 
amiga tão mal, e ainda assim recebo essa saudação. 
—Oi, Amanda. Estou tão feliz por te ver. — É a 
verdade. Todos os meus medos estão de lado, eu senti muita 
falta dela. Se eu pudesse ter me apoiado nela, depois de 
descobrir que estava grávida, eu teria estado melhor. Mas 
como falar para ela que estava grávida do filho do seu 
irmão? Ela teria me odiado. Ela provavelmente ainda irá se 
souber. 
Amanda dá um passo para trás, para me examinar da 
cabeça aos pés. —Oh, Lindsay, você está linda como sempre. 
—Eu estou? Você está incrível, também. — Ela é uma 
cabeça mais baixa do que eu, com olhos verdes. Eu não consigo 
parar de pensar em como os olhos da minha filha são parecidos 
com os dela. —Uau, você está muito loira agora. — Eu solto 
uma risada. 
Ela ri e vira o cabelo curto. —Eu estou. Você gostou? 
—Sim. 
Amanda de repente fica séria. —Eu fiz algo Lindsay? Não 
ficamos tão perto como eu pensei que ficaríamos. Eu sei que 
estamos em Estados diferentes, mas sempre assumi que 
conversaríamos todos os dias. Já vasculhei o meu cérebro 
tentando lembrar se eu disse ou fiz algo que ofendeu você. Eu 
sei que sempre fui sem noção, então talvez eu tenha dito algo. 
—Amanda, para. — Estou totalmente chocada pelas 
palavras derramadas dos seus lábios. Agora me sinto ainda 
mais culpada. Há três anos ela pensa que eu a evito por causa 
de algo que ela fez. Eu sou a pior amiga na história ou o quê? —
Você não vai ser responsabilizada por nada. Com toda 
honestidade tem tudo a ver comigo. Os seus pais não te 
contaram? 
Ela parece confusa. —Contaram o quê? 
Pisco os meus solhos. Então Sr. e Sra. Taylor não disseram 
nada. Eu fiquei longe deles também, mas eles devem ter ouvido 
sobre isso em uma cidade pequena como esta. —Podemos 
entrar e conversar? 
—Com certeza. — Amanda me leva para dentro me dando 
olhares confuso de vez em quando. —Vou apresentar você para 
Nathan e então vamos para o meu quarto. Você se lembra de 
como nós costumávamos nos divertir lá dentro durante as 
nossas festas de pijama? 
Eu sorrio. —Sim. 
—Nathan, onde você está, querido? — Amanda chama. Um 
homem de estatura média sai da cozinha. Seu cabelo loiro se 
separa no meio, penteado para a esquerda. Ele está vestido 
com uma camisa polo e shorts cáqui, com um suéter amarrado 
em seus ombros. Minhas sobrancelhas levantam um 
pouco. Parece que Nathan acha que ele está em um campo de 
golfe. E quem usa um suéter por cima dos ombros no verão? Eu 
seguro uma risada e me aproximo de Nathan com as mãos 
estendidas quando Amanda faz as apresentações. 
—Nathan, essa é Lindsay Williams, minha melhor 
amiga. Lindsay, conheça o amor da minha vida, Nathan Wilby. 
—Prazer em conhecê-la, Lindsay. Já ouvi muito sobre 
você. Amanda fala de você o tempo todo. 
—Prazer em conhecê-lo também, Nathan. — Nós 
apertamos as nossas mãos brevemente. É impressão minha ou 
Nathan parece um pouco pretensioso? Amanda disse que ele é 
um advogado importante e rico, portanto ser pomposo deve vir 
com o território. 
—Tudo bem, querido, volte e aproveita a sua 
bebida. Lindsay e eu precisamos de algum tempo sozinhas. 
—Ah, as mulheres adoram conversar. — Nathan diz. —
Muito bem, podem ir. E se divirtam. 
As mulheres? Podem ir? Eu dou um olhar estranho para 
Nathan que espero que tenha sido sutil. Onde Amanda achou 
esse cara? E por que diabos ela quer se casar com ele? 
Quando eu me acomodo na cama da Amanda, eu olho ela 
por baixo dos meus cílios. —Então, hum, seu irmão vem? 
Amanda mergulha para a cama e eu lembro que ela é tão 
jovem quanto eu. Ela parece mais velha na aparência agora. —
Claro que sim. Ethan deve se juntar a nós em poucas 
semanas. Você sabe que eu tinha que vir mais cedo para colocar 
tudo em ordem. 
Ah, Deus, Ethan está vindo. Não posso deixar meu pânico 
aparecer. Eu limpo a garganta e mudo de assunto sobre 
Ethan. —Eu não posso acreditar que você está planejando seu 
casamento em apenas um mês. 
Ela dá de ombros. —Eu estou. Nathan está de férias do 
trabalho, e eu queria vir para casa e ter meu casamento na 
igreja onde meus pais se casaram. Tive que implorar a Nathan 
para tê-lo aqui. 
—Oh. Amanda, você tem certeza sobre o Nathan? Ele é o 
cara que você quer passar sua vida? Você tem apenas vinte e 
um. — Eu quero dizer mais, expressar minhas preocupações 
sobre Nathan, mas decidi que é melhor não fazer. Não sei como 
Amanda vai receber isso. 
—Claro que estou certa. — Vejo a incerteza cintilar nos 
olhos dela, mas ela esconde rapidamente. —Ele é ótimo. Chega 
de falar de mim. Você queria me dizer alguma coisa lá em baixo. 
—Certo. — Eu poderia muito bem derramar. Não tenho 
que contar tudo para ela. 
—Vamos. Fale comigo, Lindsay. Nós não nos vemos há 
anos, e não tivemos uma conversa decente desde que eu saí. 
—Admito que evitei suas chamadas a maior parte do 
tempo. — Flashes de dor aparecem nos olhos da Amanda e 
corro para explicar. —Não foi porque você fez alguma coisa. Eu 
estava tão envergonhada. Eu ainda estou. 
—De que, Lindsay? 
—A maneira que minha vida acabou. Sabe que eu não 
consegui ir para a faculdade de arte como eu queria. 
—Sim. Eu fiquei tão triste quando ouvi. Você é tão 
talentosa. Um gênio com um pincel, lápis e tudo o que você 
toca. Eu sempre te disse que você ganharia milhões com a sua 
arte um dia. 
Abaixo a minha cabeça. Eu já não consigo olhar para ela. —
É isso, Amanda. Acabei por ser um fracasso total. Fiquei 
grávida e nunca cheguei na faculdade, nunca realizei os meus 
sonhos, nunca deixei esta pequena cidade. Todos as pessoas 
que eu me formei estão em coisas maiores ou melhores. Eu 
ainda trabalho na lanchonete que eu costumava trabalhar 
durante o verão quando eu tinha quinze anos, pelo amor de 
Deus. 
Amanda fica boquiaberta comigo. —Linds, não acredito 
que você teria vergonha de falar para mim, a sua melhor amiga 
desde o jardim de infância. Mas estou presa na parte sobre ter 
um bebê. Quando é que aconteceu? 
—Eu, eu, descobri depois que você partiu para Nova York, 
antes de eu sair para a faculdade de arte. — Ainda me lembro 
do meu choque, espanto e da decepção dos meus pais. O olhar 
nos olhos do meu pai ainda me assombra até hoje. —Papai 
ficou tão chateado. Ele morreu com o coração partido. — Eu 
sussurro. 
—Oh, Lindsay, me desculpe. Não consegui vir para o 
funeral dele. 
Eu balanço a minha cabeça. —Eu devo ser culpada por 
isso. Eu nem contei para você quando aconteceu. — Mandei um 
mísero texto depois do funeral. —Eu sei que você viria se 
soubesse. 
Permanecemos em silêncio por um tempo até que Amanda 
diz: —Uau, você tem um bebê. Quem é o pai? Vocês estão 
juntos? Já perdi tanto da sua vida. 
Meu coração para —É, bem... ele não está por perto. Nós 
não nos falamos. —Pelo menos era a verdade. —Não quero 
falar sobre ele, Amanda. 
Ela acena. —Hum, tudo bem. Eu não posso esperar para 
conhecer o seu bebê! 
—Sim. — Oh não. Não posso deixar Amanda ver Casey. Ela 
vai descobrir que ela é a sua sobrinha com certeza. Eu vou ter 
que manter Casey longe da Amanda e Ethan até eles saírem da 
cidade. Como é que eu vou fazer isso? Acho que eu posso deixar 
Casey com a minha mãe quando eu tiver que encontrar com 
Amanda. 
Amanda me puxa para um abraço, me pegando de 
surpresa. —Queria que você tivesse me dito todos estes anos 
atrás Lindsay. Você não tem nada para se envergonhar. Na 
verdade, acho que você é incrivelmente forte. Você fez um 
grande sacrifício para manter o seu bebê. Não me interessa o 
que você faz para viver. Você ainda é você. E para o inferno com 
o que esta cidade ou qualquer um dos nossos velhos amigos 
pensam. 
Eu engoli duro para não explodir em lágrimas. —Obrigada 
Amanda. Agora vejo isso, eu fui incrivelmente estúpida e 
imatura em tratá-la como eu fiz por causa do meu ego ferido. 
—Que tal esquecermos isso e começarmos de novo? 
Soltei um suspiro dealivio. —Gostaria muito disso. 
—Bom, porque você vai ser minha dama de honra. 
 Os meus olhos se arregalam. —Eu? 
—Sim, mulher. Sempre pensei em você para isto. Eu estava 
planejando vir aqui para você me dizer o por que você não 
queria falar comigo e depois forçá-la a se vestir. 
Comecei a ter um ataque de riso. Amanda não mudou 
nada. Estou feliz. —Eu amo você, Amanda, eu realmente 
amo. Obrigado por me conceder tal honra. Vou usar o vestido 
de dama de honra com orgulho, não importa quão feio seja. 
—Ei, você esqueceu que eu tenho um gosto 
impecável? Não haverá nenhum vestido feio no meu 
casamento. 
Ambas rimos. A coisa com a Amanda foi melhor do que eu 
imaginava. Ela não me odeia, e ela não pensa menos de mim. Eu 
não me incomodo em perguntar para ela quem irá fazer parte 
do seu casamento ou quantos velhos amigos irão vir para a 
cidade. Não me importo mais. Depois de desabafar com 
Amanda, eu não me importo mais com o que os outros pensa 
sobre a minha pequena vida imperfeita. Bem, talvez haja uma 
pessoa, mas eu tenho mais algumas semanas antes dele chegar 
aqui. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo cinco 
 
Ethan 
 
—Lar, doce lar. — Eu sento no meu conversível alugado e 
olho para a casa em que cresci, então olho em torno do 
bairro. Tudo é o mesmo, nada mudou, nada de novo. Esse é o 
problema que sempre tive com este lugar: Nenhuma 
emoção. Eu saio do carro e ando até a porta da frente. Olhando 
para o relógio, meus ombros caem. Deveria haver alguma 
reunião lá dentro no momento. Amanda mencionou algo sobre 
isso. Eles tinham que fazer no dia que eu chego. 
Eu estava esperando um pouco de tempo para mim antes 
de ter que interagir com os familiares, amigos e 
estranhos. Verifico a porta para encontrá-la aberta. Antes de 
entrar, eu faço uma pausa. Será que Lindsay está aqui? A 
possibilidade me dá um pouco ânimo nos meus passos. Risos e 
conversas altas enchem os meus ouvidos quando eu empurro a 
porta e entro. O hall de entrada está vazio. Todos devem estar 
na sala de estar. Eu viro a esquina e instantaneamente sou 
assaltado por saudações. 
—O homem está aqui! — Um homem grita, e todos que não 
me viu se viram. 
—Olá para todos. — Eu saúdo com uma mão. 
Eu localizo a minha mãe, que está vindo na minha direção, 
acompanhada pelo meu pai. Eu os abraços e conversamos 
brevemente. Nós nos vemos com frequência, faço o meu dever 
de visitá-los onde quer que eles estejam no mundo. Eu deixo 
eles para ir até os convidados e continuo a minha jornada 
através da multidão. 
—Oh meu Deus, é o irmão da Amanda. Aquele famoso. — 
Eu ouço uma voz feminina dizer. Eu levanto uma 
sobrancelha. Aquele famoso? Eu sou o único irmão da 
Amanda. Mantendo meu sorriso estampado eu aperto as 
minhas mãos e aceno, fazendo o meu caminho através da 
multidão. 
—Ei, superstar. — Eu me viro desta vez com um sorriso 
genuíno. 
—Irmãzinha. — Meu tom pinga com carinho. —Vem aqui, 
coisa pequena. — Eu a puxo para um abraço, levantando ela do 
chão. Já faz cerca de um ano que eu a vi. Eu costumo levar ela 
em alguns dos meus jogos, e eu visitei ela em Nova York 
algumas vezes. 
Ela ri. —Me solta. Você vai amarrotar o meu vestido. — Ela 
fala, mas se aperta mais em mim. —Eu senti sua falta, cabeção. 
—Eu devia ter entrado por trás. — Eu falo me desculpando 
e finalmente a colocando no chão. 
—Você acha que pode roubar o meu momento com o seu 
status de atleta? Por favor. Eu sou muito mais bonita que você, 
então continuo sendo o centro das atenções. 
Graças a Deus ela não está chateada sobre a confusão que 
eu causei. Quando eu sorrio e bagunço o cabelo dela com 
diversão, ela bate nas minhas mãos. —Ei, você está 
bagunçando meu cabelo. — Ela reclama. E foi quando eu 
percebi. 
—Santa Merda, você está loira platinada. — Eu devaneio. 
—Sim, bem, as pessoas gostam disso. Lindsay adorou. 
Meu coração palpita rápido. —Ela gostou? Ela está aqui? 
—Não, ela não pôde vir na minha festa pré-casamento. Ela 
está no restaurante. 
Minhas sobrancelhas franzem. Por que Lindsay estaria no 
restaurante durante a festa da sua melhor amiga? Antes que eu 
possa perguntar, um homem se junta a nós. Ele para ao lado da 
Amanda, rindo para mim. —Como eu vivo e respiro, Ethan 
Taylor. Sou um grande fã seu. 
—Ethan, este é o Nathan. — Amanda apresenta com 
entusiasmo. 
Este é o noivo? Eu não posso deixar de notar como ele é 
formal. Não sabia que este era o tipo da Amanda. —Ah, 
finalmente nos encontramos, Nathan. — Estendo a mão. —Um 
prazer. — Quando ele coloca a mão na minha, eu dou um aperto 
extra. Já não gosto dele com base em sua aparência e seu aperto 
de mão fraco. Amanda envia um olhar de advertência, 
silenciosamente me dizendo para me comportar. Resisti ao 
impulso de revirar os olhos, então eu deixo a mão de Nathan. 
Ele balança ela um pouco. —Uau, um grande aperto. — Diz 
ele com uma pequena risada. —Você é ainda maior 
pessoalmente. Os Cowboys é o meu time favorito. Não acreditei 
quando a Amanda me disse que você era irmão dela. Quem 
diria que o melhor quarterback do meu time favorito se 
tornaria o meu cunhado. Eu falei para o meu advogado e todos 
os amigos. Isso é o que eu faço, a propósito. — Ele fala com 
orgulho. —Eu sou um dos melhores em Nova York. Se alguma 
vez cair em problemas com as mulheres, você sabe, é só me 
chamar. Acho que vamos ser grandes amigos, Ethan. 
Me mate agora. —Sim, com certeza. Pode me emprestar a 
minha irmã por uns minutos? Precisamos recuperar o atraso. 
— Eu pego o braço da Amanda e a levo para longe, não 
esperando uma resposta de Nathan. Meu aborrecimento só 
aumenta quando eu tenho que parar várias vezes para 
conversar com fãs. Ninguém sequer me perguntou como eu 
estou indo. É tudo sobre o jogo. Finalmente chegamos na 
varanda dos fundos. 
Coloco a Amanda na minha frente. 
—O que diabos você está fazendo Amanda? 
—Do que você está falando? 
—Nathan. Você não pode casar com ele. Eu não gosto dele. 
Com zombaria, ela me olha como se eu fosse a pessoa mais 
idiota do mundo. —Então eu deveria cancelar meu casamento 
porque você não gosta dele? 
—Não é só isso. Ele parece um pouco estranho. Não sei, 
cheio de si mesmo e falso. Quantos anos tem esse cara? 
Amanda cruza os braços — O meu irmão e a minha melhor 
amiga não devem questionar a minha escolha. 
—Lindsay também não gosta dele. Ela sempre foi 
inteligente. 
Eu recebo um olhar que tem o potencial de me secar no 
local. —Então, e se Nathan for um pouco mais velho? Ele é um 
cara legal. 
—Você o ama? 
—É claro. Eu não estaria me casando com ele se eu não o 
amasse. — Parece que ela está tentando se convencer mais do 
que ela está tentando me convencer. —Olha, eu vou casar com 
o Nathan. Lide com isso. —Ela fala. —Vou voltar para dentro. 
— Ela gira e volta para a casa. 
Eu estou do lado de fora, olhando para ela saindo. Ótimo, 
agora ela não falará comigo por dias. Com um suspiro, eu me 
movo para sentar, mas faço uma pausa. Amanda disse que 
Lindsay estava no restaurante. De repente estou indo fazer 
uma viagem para o Eddie’s Corner. Já mostrei a minha cara na 
festa. Além disso, Amanda está chateada comigo, então ela não 
vai me procurar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo seis 
 
Lindsay 
 
É mais um dia cheio no restaurante. Estava de pé o dia 
todo. Eu gostaria que o lugar esvaziasse um pouco para que eu 
pudesse me sentar por alguns minutos. A minha mente vai para 
a festa que eu sei que está acontecendo na casa dos 
Taylors. Amanda achou que seria uma ótima ideia realizar uma 
pequena festa antes do casamento. Então haverá o jantar de 
ensaio em poucos dias. Eu balancei a minha cabeça, um sorriso 
pairando nos meus lábios. Claro que a Amanda ama uma 
multidão e se diverte com entretenimento. Eu, nem tanto. Pela 
primeira vez estou feliz que eu tenho que trabalhar. Foi a 
melhor desculpa para estar ausenteda celebração, e Amanda 
não pôde protestar. 
Enquanto eu trabalho, a minha mente flutua para fato de 
que eu terei que enfrentar Ethan em breve. É inevitável. Ouvi 
dizer que ele é uma parte do casamento também. Olhando para 
o relógio acima do balcão, a minha pulsação aumenta um 
pouco. Ele está aqui em Lakeville nesse exato minuto. Eu 
consegui casualmente perguntar para Amanda quando ele 
estaria voando. Seria bom se eu pudesse questionar ela sobre 
ele sem parecer óbvia demais. As revistas, jornais e mídia social 
me ajudam a acompanhá-lo. Mas Amanda saberia mais. Ele 
está em um relacionamento? Ele perguntou sobre 
mim? Percebendo que estou sendo patética, reviro os meus 
olhos e me concentro em manter os clientes satisfeitos. 
Chego em uma mesa, esvazio a minha bandeja e converso 
com as pessoas na mesa. Uma comoção atrás de mim chama a 
minha atenção. Eu viro para ver um grupo pequeno reunido em 
torno de um recém-chegado. Minhas sobrancelhas se 
levantam. O que é tudo isso? 
—Todos nós te amamos. — Eu ouço alguém dizer. 
—Estamos muito orgulhosos de ter uma estrela do futebol 
que saiu da nossa pequena cidade. 
Os meus olhos se arregalam. Estrela de futebol. Há apenas 
uma estrela de futebol que saiu de Lakeville. Minha boca seca 
quando a multidão se abre. No meio dos moradores está 
Ethan. Nossos olhos se encontram, e de repente estou 
paralisada. Choque, excitação e desânimo, todas as emoções 
passam através de mim ao mesmo tempo me deixando 
dormente. A bandeja desliza dos meus dedos. Graças a Deus 
está vazia. Um sorriso se espalha pelo rosto do Ethan que pisa 
na minha direção. É como se o tempo diminuísse e todos os 
outros desaparecessem do restaurante. Ele está tão bonito 
como sempre. Seus olhos verdes ainda brilham com 
malícia. Seu cabelo está um pouco maior do que eu me lembro 
e os seus lábios estão curvados daquela forma sedutora que 
deixa as mulheres de joelhos. É impressão minha ou ele parece 
maior e mais musculoso? 
—Lindsay. — É tudo o que ele diz. 
—Ethan. — Eu conseguir dizer o nome dele. Meu cérebro 
está congelado. Eu devo parecer uma idiota. Engolindo seco eu 
pisco rapidamente e pergunto com franqueza. —O que faz 
aqui? 
Seu sorriso desvanece um pouco. —Estou aqui para ver 
você. Amanda falou para mim que estava aqui. — Há confusão 
em seus olhos, até que seu olhar vagueia sobre mim, 
observando o meu traje. Eu estou vestida com o uniforme 
vermelho xadrez que o Sr. Edmond exige que os seus 
funcionários usem. As minhas bochechas ficam vermelhas com 
o meu constrangimento quando a realização brilhou nos olhos 
do Ethan. Ele pisca e então abaixa para pegar a bandeja que eu 
deixei cair. 
—Obrigada. — Eu murmuro, incapaz de encontrar o seu 
olhar. Antes mesmo que eu perceba que Ethan mudou, eu sou 
atraída para um forte abraço. Meus braços voam para envolver 
ele. Seu perfume inebriante preenche as minhas narinas. Ele 
tem o mesmo cheiro de anos atrás quando o meu corpo nu foi 
enrolado em torno dele. Tudo o que eu já senti por este homem, 
cada sentimento que eu tentei suprimir ao longo dos anos, 
desaba sobre mim. O fardo do segredo que eu guardo também 
está lá, como um peso esmagando no meu peito. Eu sutilmente 
me afasto dele. 
—Olhe para você, Lindsay. Não acredito que já faz tanto 
tempo. Não devia ter sido assim. As coisas deveriam ter sido 
diferentes. — Ele diz. Olho para ele. Ele está olhando para mim, 
mas ele parece estar falando com ele mesmo. As minhas 
sobrancelhas se arqueiam com confusão. Ethan aparece sair do 
transe que ele estava. —Como vai? 
Eu posso sentir muitos olhos dos clientes em nós, e eu 
quero desaparecer. Eu odeio atenção. —Eu estou bem. Como 
você está Ethan? 
Ele sorri. —Você é a única pessoa que perguntou para mim 
desde que cheguei. Eu estou bem. Melhor agora que eu vi você. 
— Calor brilha em seu olhar enquanto ele continua olhando 
para mim. 
 Os meus olhos se arregalam. É desnecessário dizer que 
estou surpresa. Ele está flertando comigo? De maneira 
nenhuma. Deve ser a minha imaginação. —É bom te ver Ethan, 
mas eu preciso voltar ao trabalho. — Eu coro quando as 
palavras saem da minha boca. Eu me pergunto o que ele está 
pensando depois de descobrir que eu trabalho aqui. 
Ele não diz nada sobre isso, somente acena. 
 —Sim, claro. Que horas você sai? 
Eu olho hesitante e respondo. —Q-quatro. 
—Vou ficar por aqui até lá. 
Ele vira e se dirige para uma mesa vazia antes que eu possa 
responder. Ele vai ficar aqui por mais uma hora? Eu sufoco um 
gemido. A presença do Ethan no restaurante irá me deixar 
nervosa. Com alguma sorte, eu vou ser capaz de me esconder 
na cozinha a maior parte do tempo. 
É a hora mais longa que eu já experimentei na minha 
vida. Enquanto me movo em torno do restaurante, posso sentir 
os olhos do Ethan em mim, seguindo cada movimento meu. É 
tão desconcertante. Quando eu não aguento mais, eu corro 
para a cozinha, esperando que o chefe não esteja lá para me 
repreender por fugir dos meus deveres. Eu empurro através 
das portas e inclino contra elas quando elas se fecham. 
—O que há de errado, doçura? 
Abro os meus olhos para ver Marion. —Hum, nada. Só 
cansada. Você sabe, tomando um fôlego. 
Ela não parece convencida. —Mhmm e isto não tem nada a 
ver com a alta qualidade da água que apareceu mais cedo? Meu 
Deus, Ethan Taylor é ainda melhor de olhar do que quando ele 
saiu, se isso for mesmo possível. 
—Por que ele estar aqui me afeta? — Estou tentando o 
meu melhor para parecer indiferente. 
—Não acha que eu não vi os dois se abraçando. — Marion 
aponta para as pequenas janelas circulares nas portas da 
cozinha. 
—Nós somos amigos. Praticamente crescemos 
juntos. Velhos amigos compartilhando um abraço depois de 
anos separados não é nada. 
Marion solta uma risada. —Eu vi o jeito que ele olhou para 
você. Havia mais do que amizade nesses olhos. 
Ok, agora estou pensando que seria melhor voltar para fora 
e ficar sobre os olhares ardentes do Ethan do que ficar aqui com 
o olhar especulativo de Marion. —Oh não, eu esqueci de levar 
as bebidas da mesa quatro. — Com isso eu viro e saio rápido 
para fora da cozinha, deixando Marion sorrindo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo sete 
 
Ethan 
 
Vejo ela ir na direção da porta dos fundos, seus passos são 
apressados. Uma carranca se forma no meu rosto quando eu 
percebo que ela está indo em direção à porta. Então eu vejo a 
bolsa por cima do seu ombro. Ela está saindo sem dizer uma 
palavra para mim? —Mas que diabos? — Eu pulo e sigo ela 
rapidamente para fora da porta. 
—Lindsay! Espera aí. Você esqueceu que eu estava 
esperando por você? — Ela olha por cima do ombro, me dando 
um vislumbre da sua aflição. Alguém dentro do restaurante 
aborreceu ela? Alcançando ela, eu seguro o seu cotovelo. —
Lindsay, espera. O que há de errado? 
—Nada, eu só estou atrasada. Eu tenho que ir para o meu 
outro trabalho. — Ela puxa para fora do meu aperto e continua 
andando. 
Sigo ela até um carro branco. —Oh, eu pensei que você 
teria acabado o seu dia. Eu esperava levá-la para sair, você 
sabe, para que nós pudéssemos conversar. 
—Conversar exatamente o quê? — Ela vira para olhar para 
mim, seus olhos em chamas, com raiva. Mas por que 
raiva? Tenho certeza de que não poderia ter sido alguma coisa 
que eu disse ou fiz. 
Eu dou de ombros. —Sobre tudo, suponho. Faz anos. 
—Se me lembro bem, é a sua irmã e eu que somos amigas, 
não eu e você. Não vejo o que nós precisamos conversar. 
Eu dou um passo para trás. Eu pareço estar chateando todo 
mundo hoje, primeiro Amanda e agora Lindsay. Pelo menos eu 
sei o que eu disse para ter a raiva da Amanda. O que eu fiz para 
Lindsay? —O que há de errado? Você parecia bem lá dentro, e 
então você apenas saiu numa explosão de fúria. Aconteceu 
alguma coisa no restaurante? 
Ela me olha por alguns segundos e suaviza. —Eu sinto 
muito Ethan. Não é você. Eu estouestressada. — Ela desvia o 
olhar. —Olha, eu tenho que ir. 
—Tudo bem. Que horas estará livre? 
—Eu estarei em casa às nove da noite. — Ela para e aperta 
a boca fechada. 
—Tudo bem, vamos nos encontrar depois então. 
O meu olhar cai em sua boca, que foi atraído pela forma que 
os seus dentes brancos e pequenos mordem o seu lábio 
inferior. Esses lábios suculentos. Eu lembro como se sentiram 
contra os meus. Ela não mudou muito. Se alguma coisa mudou 
é que está mais bonita, o seu cabelo negro está mais 
curto. Olhos azuis cristalinos olham para cima como se ela 
estivesse considerando a minha oferta. Tudo o que eu quero 
fazer é beijá-la, experimentar se ela tem um gosto novo e saber 
como o seu corpo se sente pressionado contra o meu. Ela abre 
a boca para falar, mas a minha boca cobre a dela em num 
movimento rápido. Estou tão surpreso quanto ela pela minha 
falta de controle. Engolindo o seu pequeno suspiro, os meus 
lábios se movem contra os dela pedindo para me beijar de 
volta. Por um breve segundo, temo que ela não vá retribuir, até 
eu sentir a tensão sair do seu corpo e os seus lábios começarem 
a se mover, se separando um pouco. É o único convite que 
preciso, minha língua mergulha na boca dela. 
Nosso beijo fica mais urgente e ganancioso. A minha mão 
vai ao redor da sua nuca, puxando-a para mais perto. Estou 
pegando fogo, o meu sangue esquentando, correndo pelas 
minhas veias como lava derretida. Como que um beijo da 
Lindsay pode acabar com o meu autocontrole? O seu pequeno 
gemido me puxa de volta do precipício da minha luxúria, me 
lembrando que estamos em um estacionamento. Eu puxo a 
minha cabeça para longe, liberando ela 
instantaneamente. Estamos ambos sem fôlego. Eu me afasto, 
vendo o choque nos olhos dela. 
—Lindsay, me desculpe. Não sei o que aconteceu comigo. 
Os olhos dela olham em volta ansiosamente, 
provavelmente esperando que ninguém tenha testemunhado a 
nossa troca. Não dou a mínima se o mundo inteiro viu. Eu só 
descobri que eu ainda quero Lindsay Williams com tal 
ferocidade que eu poderia enlouquecer se não a ter. 
—Tenho que ir. — Lindsay abre a porta do carro dela. 
—Espera, eu não consegui — Ela bate a porta me 
cortando. —Seu endereço. — O motor ruge para a vida e ela 
dirige em um guincho de pneus. Eu assisto, boquiaberto, à 
medida que o carro dela desaparece. Eu passo meus dedos pelo 
meu cabelo em frustração. Uma mulher nunca fugiu de mim 
depois de ser beijada. O comportamento bizarro de Lindsay me 
deixou chocado. Claro, que seria um pouco estranho depois do 
que aconteceu entre nós, e o fato de que as coisas acabaram por 
telefone, mas é como se ela estivesse com medo da minha 
presença. Mas por quê? Eu não pretendo desistir tão 
facilmente. Ela saiu sem me dar o endereço dela, mas eu sei 
onde sua mãe mora. Além disso, é uma cidade pequena. Não vai 
ser difícil de encontrar ela. 
Eu ando até meu carro, me perguntando o que diabos eu 
estou fazendo. Se Lindsay não quer ter nada a ver comigo então 
eu deveria deixar ir. Nunca persegui mulheres. O que Lindsay 
tem de tão especial? Eu suspiro, já sabendo a resposta para a 
pergunta. Ela é a primeira e a única mulher que me faz sentir 
algo a mais que luxúria. Anos atrás, quando ela expressou que 
ela me queria, tanto quanto eu queria levá-la imediatamente, 
eu estava hesitante. Porque eu percebi que ela era o tipo de 
garota para um relacionamento de verdade. 
Independente do meu modo devasso e do que todos 
achavam que eu era, eu pretendia tentar um relacionamento 
real com Lindsay. Eu estava disposto a tentar a longa distância 
até que ela terminasse a faculdade. Afinal, eu tenho dinheiro 
suficiente para visitá-la em qualquer lugar que ela estivesse 
por várias vezes. Mas ela não estava interessada, e eu deixei 
passar, retornando para a minha sequência de mulheres e 
festas. Quando eu sento no meu carro, olhando para frente, me 
pergunto se eu deveria deixar passar dessa vez também. 
—Não, eu tenho que falar com ela. — Está na hora 
acertarmos as contas de uma vez por todas. Eu vou dizer a ela 
como me sinto e ver o que acontece. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo oito 
 
Lindsay 
 
 Já passa das nove da noite quando eu faço o meu caminho 
para casa. Eu puxo meu telefone e disco o número da minha 
mãe. 
—Oi, querida. 
—Ei, mãe. Casey está pronta para ir? Estou a caminho 
agora. 
—Oh, ela está dormindo. Talvez você deveria deixá-la esta 
noite comigo. 
Eu contemplo a sugestão. Me pouparia a viagem extra de 
dez minutos para a casa da minha mãe. E eu não quero acordar 
Casey. Se o fizer, ela não vai dormir esta noite. —Tudo bem, se 
não se importa. 
A minha mãe sorri. —Você sabe que eu não me 
importo. Adoro ter Casey aqui. Você sabe quão solitária eu fico 
às vezes. 
Eu suspiro. —Sim. Ok, obrigada, mãe. Eu irei amanhã. 
—Boa noite, querida. 
Desligo o telefone me sentindo culpada. Mamãe me pediu 
para voltar a morar com ela várias vezes. Desde que meu pai 
morreu, ela tem desejado companhia. Mas eu não suporto ficar 
naquela casa sem lembrar como fiquei desapontada com o meu 
pai antes dele falecer ali. Soltando um suspiro, estaciono o meu 
carro e saio. Agora não é hora de desenterrar essas 
memórias. Estou muito cansada. Eu também tentei evitar de 
pensar no beijo que Ethan e eu compartilhamos. Os meus 
lábios ainda estão formigando horas depois. Eu pego a minha 
bolsa para pegar as minhas chaves e abro a porta. 
—Lindsay. 
Com um suspiro eu me viro para ver Ethan subir as 
escadas. —Oh meu Deus, Ethan. Você me assustou. 
—Peço desculpas. — Ele está de pé, alguns metros longe de 
mim com as suas mãos no bolso. 
—Como me encontrou? 
Ele dá de ombros. —Pensei em visitar sua mãe, mas depois 
de perguntar pela cidade, eu consegui o seu endereço. 
Meu coração ainda está na menção de ele ir na minha 
mãe. Graças a Deus ele não foi. Casey está lá. —O que você 
quer? 
—Eu quero falar, Lindsay. Podemos sentar e ter uma 
conversa decente, por favor? 
Isso exigiria que ele entrasse no meu apartamento. Eu olho 
de volta para a minha porta aberta. —Hum, tudo bem. Talvez 
possamos ficar aqui ou ir para o seu carro. 
As sobrancelhas do Ethan se enrugam, e ele me dá um olhar 
estranho. —Talvez seja mais confortável lá dentro. Vamos, 
Lindsay. Você tem medo de me convidar para entrar? Não é 
como se eu fosse um estranho. 
Eu falo para ele que eu sou autoconsciente sobre o estado 
do meu apartamento? Ele está acostumado com coberturas e 
glamorosos hotéis. Meu lugar está no lado negativo da escala 
glamorosa. —Bem, é que o meu apartamento não está 
arrumado para visitas. — Ethan me pega de surpresa quando 
solta um grunhido chateado e passa por mim. Ele me puxa para 
dentro no processo. —Ei, eu não disse que poderia entrar. — 
Protesto. 
—Cala a boca, Lindsay. Já estou dentro. 
Fervendo, eu fecho a porta e viro para enfrentá-lo. —Bem, 
você está. O que você quer falar? — Tenho que acabar com isso 
para que eu possa mandar ele embora. Graças a Deus eu decidi 
deixar Casey com minha mãe hoje à noite. Não quero nem 
imaginar como isso teria sido se Ethan tivesse visto ela esta 
noite. 
—Eu quero falar sobre nós. — Ethan olha para mim com a 
mesma intensidade que eu tenho certeza que tenho em meu 
próprio olhar. 
—Não existe nós, Ethan. Ok, nós conversamos. Você pode 
ir agora. 
Há uma série de palavrões que fazem as minhas 
sobrancelhas arquearem para cima. —Você beija sua mãe com 
essa boca, Ethan? 
—Eu gosto mais de beijar você. — Rubor desliza até meu 
pescoço e se espalha para as minhas bochechas. Ele sorri 
perversamente. —Eu sei que você gostou também, Lindsay. A 
maneira que você derreteu em meus braços hoje mais cedo foi 
toda a indicação que eu precisava. 
Bem, ele não está errado. Nós compartilhamos um beijo, e 
foi tudo, e eu adoraria experimentá-lo de novo e de novo. Eu 
deixo pequenos suspiro saírem dos meus lábios. —Não voltará 
a acontecer.Não vou por esse caminho com você, Ethan. Claro, 
eu tinha uma queda por você há alguns anos, mas seguimos 
caminhos diferentes, e eu não me sinto da mesma forma. 
Ele pisa mais perto de mim. Estou muito ciente da sua 
presença imponente, fazendo meu apartamento parece menor 
do que é. Eu quero dar um passo para trás, para colocar 
distância entre nós, mas eu me recuso a deixá-lo ver o quanto 
sua proximidade me afeta. 
—Se bem me lembro, foi mais do que uma paixão. Seus 
sentimentos por mim realmente desapareceram Lindsay? 
— Seu tom é baixo e sedutor, passando por mim como uma 
carícia suave. Seus olhos estão ardendo em mim, penetrando a 
minha alma. Se eu mentir, ele saberá. 
—Não. — A palavra derrama dos meus lábios, emergindo 
com mais fôlego do que eu pretendia. Eu engulo seco. Desde 
que eu estou sendo honesta, eu posso também deixá-lo saber 
sobre a nossa filha. Se ele acabar me odiando, que assim 
seja. Manter o segredo durante três anos tem sido 
torturante. —Ethan, eu... 
A sua boca captura a minha, cortando a minha confissão. —
Nunca deixei de pensar em você. — Ele sussurra contra os 
meus lábios. —Sobre onde as coisas poderiam ter indo. 
Sua admissão me paga de surpresa. Eu quero perguntar 
como ele encontrou tempo para pensar sobre mim com as suas 
companheiras femininas ocupando seu tempo e a sua 
cama. Mas eu estou gostando de como os lábios dele 
suavemente passam nos meus, e eu não quero que ele pare. Ele 
me puxa mais perto para que eu possa sentir a evidência da sua 
necessidade. Eu não posso deixar de me sentir lisonjeada que 
eu afeto ele de tal forma. Sua língua mergulha na minha boca e 
eu solto pequenos gemidos, envolvendo meus braços mais 
firmemente em torno do seu pescoço. 
Ethan se afasta um pouco para sorrir para mim. —
Obviamente eu ainda quero você. Quarto? 
Se entrarmos no meu quarto, ele verá o berço de Casey. —
Bem aqui. — Eu sussurro olhando para o sofá. Eu fico aliviada 
quando o seu sorriso se alarga e ele abaixa a sua cabeça para 
cobrir minha boca com a dele mais uma vez. Não leva muito 
tempo para a paixão entre nós entrar em erupção. Anos de 
desejo reprimido e emoções explodem. O terno beijo que 
partilhamos se torna mais urgente. 
A boca de Ethan deixa pequenos beijos no meu pescoço. As 
mãos dele seguram a minha bunda, me puxando contra a sua 
ereção. Sinto as suas mãos deslizarem por baixo da minha 
camisa para acariciar minha pele. Um arrepio me 
percorre. Sonhei com as mãos dele em mim tantas 
vezes. Minha camisa é puxada sobre minha cabeça, seguido 
pelo meu sutiã. Ethan não perde tempo e toca os meus seios 
nus, inclinando a sua cabeça para apertar a língua dele sobre 
um mamilo. Eu suspiro, umidade infiltrando a minha 
calcinha. Ele passa para o outro peito para dar o seu delicioso 
assalto. 
Quase quatro anos desde que fui tocada assim, então o meu 
corpo é mais sensível ao seu toque. O mais leve roçar me faz 
sentir que estou prestes a entrar em combustão espontânea. —
Eu quero sentir sua pele contra a minha. — Sussurro. 
Ele levanta a cabeça, um sorriso puxando seus lábios. Há 
algo como alívio em seus olhos. Ele pensou que eu não queria 
ele? Que mulher não iria querer? Ele põe os seus polegares no 
cós da minha calça e a desliza sobre o meu quadril e nas minhas 
coxas para baixo. Cada peça da minha roupa é removida, 
deixando-me vulnerável ao seu olhar que me sonda. 
—Você é tão linda, Lindsay, cada centímetro de você. Eu 
me perguntava quando eu iria conseguir banquetear os meus 
olhos com você novamente. — Ele começa a remover as suas 
roupas e eu assisto, fascinada com a ondulação dos seus 
músculos em cada movimento. A necessidade de tocá-lo me dá 
coragem de dar um passo para frente e passar as minhas mãos 
sobre sua pele. Minhas mãos deslizam sobre seu peito definido 
e abdômen, deslizando mais para baixo para a sua ereção. Eu 
olho para ele antes de segurar ele com os dedos trêmulos. Ele 
inala bruscamente, flashes de fogo passam em seus 
olhos. Timidamente, começo a mexer as mãos, o acariciando 
suavemente. Estou satisfeita com o jeito que ele está lutando 
pelo controle. Trazer um homem como Ethan para tal estado é 
extremamente poderoso. Eu aperto mais ainda. 
As mãos de Ethan apertam o meu pulso. —Deus, 
Lindsay. Não mais. Estou prestes a me perder, e ainda nem 
toquei em você. — Ele me levanta do chão e minhas pernas se 
envolvem em torno de sua cintura, enquanto ele nos leva até o 
sofá. Finalmente posso senti-lo contra mim sem nenhuma 
barreira. Isto é tudo muito familiar. Eu nua debaixo de Ethan 
em um sofá. Foi assim que tudo começou. 
—Maldição. — Ele assobia. —Quase me esqueci. — Ele 
levanta, deixando eu me sentir desolada. 
—O quê? — Eu pergunto, apoiando em meus cotovelos. 
Ele levanta as calças do chão e enfia a mão em um bolso, 
revelando um pacote de preservativo. Eu levanto uma 
sobrancelha. Se ambos tivéssemos pensado nisso na primeira 
vez na casa da piscina. Ele limpa a garganta. —Eu não vim aqui 
planejando... 
—Me seduzir? — Termino com um ligeiro sorriso. 
Ele sorri e põe a camisinha. —Não que eu não esteja em 
êxtase que isso está acontecendo. — Ele se abaixa entre as 
minhas coxas novamente, desta vez olhando em meus olhos. —
Não quero que você tenha nenhum arrependimento desta vez. 
—Eu não vou. Eu quero isso. Eu quero você. — Malditas 
sejam as consequências. 
Ele levanta a mão para trilhar seu dedo na minha bochecha, 
e depois abaixa para pegar o meu quadril. Seu pau pressiona 
contra a minha entrada, e eu levanto meus quadris na tentativa 
de levá-lo para dentro de mim. —Por favor, Ethan. Eu esperei 
por tanto tempo. 
Ele responde entrando em mim em uma lentidão 
agonizante, até que ele esteja enterrado bem fundo. Nós dois 
soltamos suspiros contentes, satisfeitos por estarmos 
novamente conectados depois de tanto tempo. Ethan se move 
lentamente no início, mas seus golpes ficam mais rápidos. Sua 
mandíbula se aperta e eu posso ver a sua batalha interna 
através dos seus olhos. Ele está lutando para manter o 
controle. Mas não quero que ele faça. Eu quero que ele deixe 
ir. Eu quero tudo dele. As minhas pernas apertam em torno da 
sua cintura enquanto eu levanto os meus quadris para 
encontrar seus impulsos, levando-o mais profundo. 
—Mais, Ethan. — Meu apelo suave parece tirar o controle 
que ele tanto quer manter. Ele começa a entrar em mim com 
mais vigor, tirando gritos dos meus lábios. Meus dedos cavam 
nos músculos de seus braços enquanto os meus músculos 
internos apertar ao redor dele. Eu posso sentir a tensão se 
espalhando por todo meu núcleo. —Ethan! — Eu soluço o seu 
nome enquanto me desfaço em pedaços. 
Ele olha para mim e continua se movendo, enviando ondas 
de choque através de mim. —Lindsay, eu poderia olhar para 
você para sempre. 
Suas palavras me jogam em um frenesi de emoções, eu 
tenho que reprimir as minhas as lágrimas. Elas não poderiam 
significar nada disso. Para sempre implica uma relação 
real. Ele deve ter proferido as palavras no calor da paixão. Eu 
continuo a olhar nos olhos dele, quando ele estremece e goza, 
soltando um gemido alto. Eu posso sentir ele ainda pulsando 
dentro de mim. Eu não me importaria se ele permanecesse lá 
para o resto de nossas vidas. Nossas respirações irregulares 
enchem a sala. 
—Estou esmagando você. — Ethan murmura. Eu balanço a 
cabeça que não, mas ele se levanta de qualquer maneira. —
Onde é o banheiro? — Eu aponto para uma porta fechada e vejo 
ele se mover em direção a ela. Deitei no sofá, sou uma poça 
saciada de membros imóveis. Quando Ethan desaparece atrás 
da porta, um alarme pisca na minha cabeça. Há algum sinal de 
que uma criança vive aqui no banheiro? 
Ele não diz nada quando aparece, então eu relaxo um 
pouco. Ele se junta a mim no sofá, ele estica seu corpo bem 
maior que o meu ao meu lado e me puxa para ele. Minha cabeça 
repousa sobre seu ombro. É estranho o quão relaxada eume 
sinto ao lado dele. —Peço desculpas por apressar as coisas, 
Lindsay. Eu tinha a intenção de tomar meu tempo agradando 
você. 
—Foi incrível. — Eu murmuro, minha voz escorrendo de 
exaustão. 
—É mesmo? Estou feliz. 
Eu rio ao sinal de satisfação masculina em seu tom. Estou 
perigosamente perto de dormir. Devo dizer a Ethan para 
sair. Mas parece tão bom ficar deitada desse jeito com ele. Eu 
deveria não me acostumar com ele. Ele vai sair depois do 
casamento da Amanda, e provavelmente não o verei 
novamente por mais três anos, se não mais. 
 
 
 
 
Capítulo nove 
 
Ethan 
 
Meus olhos se abrem. Estar em um ambiente desconhecido 
me desorienta. O peso leve de um corpo quente deitado em 
cima de mim traz de volta a minha memória. Um sorriso se 
espalha pelo meu rosto. Esta é a primeira vez que eu acordo 
com uma mulher e não temo o constrangimento que se 
seguirá. É desnecessário dizer que eu estou imensamente feliz 
por acordar com Lindsay em meus braços. Estou um pouco 
dolorido de passar a noite no sofá dela, mas satisfeito. Eu olho 
para baixo para encontrar ela ainda dormindo. 
A cortina de cabelos pretos se espalha pelo meu peito. A 
sua cabeça está levemente virada para que eu tenho o visual 
completo do rosto dela. Eu estudo a sua pele impecável, 
cremosa, nariz empinado e lábios cheios inchados dos meus 
beijos. Os seus longos cílios descansam em sua face. Ela parece 
tão calma e inocente. Meu coração se agita com uma emoção 
que eu estou com muito medo de analisar no momento. 
Eu faço uma tentativa de me mover e não posso controlar 
o gemido que sai do meu peito. Como acabamos passando a 
noite toda no sofá de qualquer maneira? Lindsay se agita, sua 
pele macia desliza por cima da minha e eu gemo novamente, 
agora é por causa da excitação. Eu já posso me sentir 
endurecendo. Ela congela, sem dúvida, sentindo meu pau 
cutucando ela. A cabeça dela vira para cima, olhos azuis em 
confronto com os meus, nadando com confusão e depois 
choque. 
—Ethan, o que você... oh, Deus. — Ela pula para cima, 
quase tropeçando no chão. 
Eu alcanço ela rapidamente para ajudá-la. —Ei, cuidado. 
— Espero que ela não ouça o divertimento em minha 
voz. Minha diversão desaparece quando eu vejo o olhar de 
horror em seu rosto. 
—Lindsay, o que há de errado? 
Ela pega sua blusa para segurar em sua frente. —Você 
passou a noite. 
—Sim. Você caiu no sono e depois adormeci. Eu achei que 
você não se importaria se eu ficasse. 
—Eu me importo. Você deveria ter saído. — Agitação 
irradia dela quando enfia os dedos em sua massa de cachos. 
Eu levanto, a alcanço e seguro o rosto dela, forçando ela a 
olhar para mim. —Você está quase em pânico. Acalma-se, 
Lindsay. Então eu passei a noite. Isso não é grande coisa. 
—Isto é. 
Eu franzo minha testa. —Por quê? 
Ela tira o rosto das minhas mãos. —Você está saindo em 
alguns dias. Não devíamos ter feito isso. — Ela acrescenta, 
acenando com as mãos. 
A minha frustração aumenta. Com um suspiro, eu pego as 
minhas roupas e começa a me vestir. —Você me disse que não 
haveria nenhum remorso. 
Lindsay faz uma pausa quando está vestindo as calças e 
olha para mim. —Não me entenda mal, Ethan. Não me 
arrependo de fazer sexo com você. Quis dizer que você não 
deveria ter passado a noite. Nós não devemos complicar 
demais as coisas. Além disso, tenho um filho. 
A minha cabeça vira, e eu esqueço tudo sobre abotoar a 
camisa. O meu coração para. —Você tem uma criança? — Ela 
parece tão chocada quanto eu pela sua declaração quanto eu. 
—Sim, uma filha. É por isso que você devia ficar longe de 
mim. Sei que você não quer uma mulher com uma criança, ou 
uma mulher que vive em um apartamento de baixa qualidade 
que trabalha em uma lanchonete. 
Percebendo que eu estou de boca aberta, eu a fecho. —
Você está com alguém? — A dor que perfura o meu coração é 
quase insuportável. Claro, ela tem alguém. Uma mulher bonita 
como Lindsay certamente atrairia a atenção dos homens. 
—Eu te disse que tenho um filho e que estou muito abaixo 
de você, e você pergunta se eu tenho um namorado? 
Aperto a minha mandíbula. —Porque isso é tudo que me 
importa. O fato de você ter uma filha não me impede de te 
querer. E o que diabos você quer dizer abaixo de mim? A única 
vez que você esteve abaixo de mim foi ontem à noite. E pelo que 
me lembro, ambos gostamos. 
Estou satisfeito em ver o rubor se espalhar pelo rosto 
dela. —Você sabe o que quero dizer. — Ela joga para fora. Os 
seus ombros caem. Sua expressão de derrota puxa o meu 
coração. —Não fui para a faculdade de arte, Ethan. Eu não me 
tornei nada. Eu fiquei aqui nesta cidade pequena trabalhando 
em um emprego por um salário mínimo. Eu ainda faço. Você é 
uma grande estrela. Você é rico e bem-sucedido. O que um cara 
como você quer comigo? 
O que eu ouço de Lindsay é inacreditável. Segurando o 
queixo dela, eu forço ela a encontrar o meu olhar. —Eu pensei 
que você me conhecia bem o suficiente para saber que eu não 
me importo com essas coisas triviais. Eu 
quero você, Lindsay. Não me importo que tipo de trabalho que 
você faz. Eu fico triste por descobrir que você não foi para a 
faculdade de arte, no entanto. Por que você não foi? 
Ela encolhe os ombros. —Simplesmente não deu certo. 
—Não pense que você é nada menos que incrível porque 
sua vida não foi do jeito que você planejou. — Eu suspiro. —Eu 
acredito que a verdadeira questão é o que uma garota como 
você iria querer com alguém que tem a minha reputação. 
Lindsay solta uma risada. —Bem, eu li algumas coisas. 
Eu gemo, mas sorrio, e o clima clareia na hora. Mas há uma 
pergunta a mais pairando em minha mente. Eu limpo minha 
garganta levemente. —Hum, e o pai da sua filha? Quero dizer, 
você e ele... 
—Eu ainda estou solteira. Eu não teria dormido com você 
se eu não estivesse. 
Me sentindo ridiculamente aliviado, eu aceno. —
Certo. Qual é o nome da sua filha? 
—Casey. — Há amor evidente no tom dela quando ela 
menciona o nome da filha. 
—Casey. — Repito. —Eu adoraria conhecê-la. 
Os olhos de Lindsay se arregalam. —Isso não é uma boa 
ideia. Você realmente deveria ir, Ethan. Eu ofereceria café da 
manhã, mas eu tenho que pegar Casey na minha mãe. 
—Que tal eu levá-la até a sua mãe e você levar a mim e 
Casey para tomar café da manhã? 
—Não! Quero dizer obrigada, mas não, eu tenho muita 
coisa para fazer hoje. Você sabe como é quando você tira um 
dia de folga. 
Ela está me empurrando em direção à porta enquanto 
fala. —Ok, jantar então. Eu levo vocês duas para jantar fora. 
 Lindsay suspira. —Não estou confortável em você 
conhecê-la ainda. 
Eu olho para ela por um momento. —Tudo bem, eu 
respeito isso. O que me diz sobre só você e eu, então? 
—Se a minha mãe puder ser babá, talvez. 
—Bom o suficiente para mim. — Antes que eu pudesse 
inclinar para baixo para dar-lhe um beijo, ela fecha a porta. —
Adeus para você também. — Eu digo para a porta fechada. Eu 
solto um suspiro. Eu quase fui expulso do apartamento 
dela. Nenhuma mulher jamais me colocou para fora depois de 
uma noite de paixão. —Bem, esta é a primeira vez. 
— Normalmente sou o único tentando me livrar de alguém pela 
manhã. 
O comportamento de Lindsay me deixa perplexo, embora 
agora seja um pouco mais claro depois de suas confissões. Eu 
balanço a cabeça. O término entre nós, todos aqueles anos 
atrás, vem do sentimento que ela não era suficientemente boa 
para mim? Isso é ridículo, considerando que ela é a única que é 
boa demais para mim. 
 
 
 
 
 
 
Capítulo dez 
 
Lindsay 
 
Eu me sinto mal, vestida de uma maneira fora do meu 
elemento, e sem mencionar que eu estou sentada em um 
restaurante chique. Eu não deveria ter concordado em passar 
o dia em Hartford com Ethan. Eu passei um tempo com ele 
quase todos os dias desta semana, encontrando com ele para 
almoçar e jantar, e passando as noites na minha casa. Agora 
que ele sabe que tenho um filho,

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