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Disponibilização: Flor de Lótus Tradução: Naya Spinosa Revisão Inicial: Naya Spinosa Revisão Final: Nita Oliver Formatação: Flor de Lótus The Quarterback's Secret Baby Ava Walsh Este é o meu segredo... Só meu... Lindsay Williams ainda se lembra da única noite de paixão que teve com o irmão da sua melhor amiga. Ela esteve apaixonada por ele desde que se lembra... Porém ela teve com uma grande surpresa depois que Ethan Taylor deixou a cidade: ela estava grávida de um filho dele. Durante anos, Lindsay manteve a identidade do pai da sua filha em segredo. Ela colocou seus planos de lado para criar o seu bebê, permitindo Ethan ter a liberdade de viver o seu sonho. Quando Lindsay descobre que a sua melhor amiga está chegando na cidade para se casar, ela fica em pânico. Como ela manterá a sua filha em segredo? E como ela pode admitir para a sua melhor amiga que ela dormiu com seu irmão mais velho? Ethan nunca esqueceu o dia que Lindsay deu para ele seu presente mais precioso. Anos mais tarde e quilômetros de distância, ela ainda assombra seus sonhos. Lindsay é a única mulher que ele já teve sentimentos profundos. O único apelo de ir para casa para o casamento da sua irmã é rever Lindsay. Ela pode não querer nada com um notório playboy, mas ele está disposto a tentar sua sorte. Quando eles se encontram, a paixão entre eles é mais intensa do que nunca. Ethan percebe que está apaixonado por Lindsay. Mas ele será capaz de perdoá-la quando ele descobrir o segredo dela? Capítulo um Lindsay O ambiente barulhento e úmido me deixa infeliz. Eu tenho trabalhado no mesmo lugar desde que eu tinha 15 anos, e eu ainda não consegui me acostumar com o lugar. Talvez seja porque eu quero sair daqui o mais rápido possível, mas eu não consigo escapar. Eu posso muito bem continuar na mesma cidade trabalhando no mesmo emprego ruim até que eu fique velha e grisalha. O pensamento me deixa ainda mais infeliz. Soltando um gemido baixo, vou para mesa dois com uma bandeja. —Ei, Lindsay, cadê o meu hambúrguer? — Grita uma voz rouca. Eu faço uma pausa, respiro fundo para controlar o meu temperamento e viro com um sorriso amigável. —Relaxe, Patrick, você só pediu há 5 minutos. Dê para a cozinheira um tempinho, certo? Patrick, um cliente de longa data do único restaurante da cidade, solta um bufo em resposta e senta. Ele murmura algo sob sua respiração e volta a bater seus dedos sem paciência na mesa. Todo mundo está acostumado com o comportamento do velho, mas isso não impede que eu fique irritada. —Aqui vai pessoal. — Eu falo colocando a bandeja na mesa dois e descarregando ela. —Bom apetite. —Obrigada, querida. — Responde a senhora Jacobs, outra cliente frequente. O marido dela acena para mim e me dá um sorriso. Quando eu saio e passo para o lado sinto uma mão estendendo e roçando na minha perna. —Sim, eu vi isso. — Eu sussurro. —Mantenha as mãos para si mesmo, Martin. — Eu falo, olhando para o homem de meia-idade, careca, olhando para mim. Ele tenta agarrar a minha bunda toda vez que eu passo na sua mesa. O problema é que a coisa é diária. Eu suspiro e empurro as portas duplas para a cozinha. —Eu preciso de outro emprego. —Martin tentou agarrar a sua bunda novamente? Eu olho para a mulher lançando carne na grelha. Marion é uma cozinheira de cinquenta anos que tem estado ocupada na grelha desde que me lembro. Cresci vendo ela no de Eddie’s Corner Ela é como uma figura permanente aqui. —Sim. Marion me lança um olhar simpático. —Bem, você não pode culpar o velho idiota. Olhe para você! Você é encantadora. Sabe, eu era a beleza da cidade no meu tempo. — Ela para olhando para o espaço, revivendo os seus dias de glória. Eu sorrio. —Tenho certeza que você era, Marion. Obrigada pelo elogio. O comportamento de Martin não é a única razão que eu preciso de um novo emprego. — Vai além de ser assediada pelos clientes. Trabalhar na lanchonete é um lembrete de como a minha vida é estagnada. Estive aqui ano após ano lidando com as mesmas pessoas que olham para mim com pena. Eu tenho vinte e um anos de idade e já tive muitos sonhos. Agora estou presa numa pequena cidade em Lakeville, trabalhando em dois empregos com um salário mínimo para viver. Eu diria que minha vida é uma porcaria. Bem, não é completamente. Há um par de olhos verdes me esperando em casa, olhos que me olham com amor incondicional. Minha filha de três de idade é a minha graça salvadora. Eu me lembro por que eu trabalho tanto. Eu quero deixar a vida dela o melhor que eu puder. Não parece que eu estou fazendo um trabalho tão grande até agora. Nós moramos em um apartamento apertado e nem sempre eu posso comprar as coisas que ela quer. Tristeza começa a se aproximar de mim, mas uma voz irritada empurra os meus pensamentos. —Williams! Qual é o problema com você? Coloque a cabeça no jogo. Temos uma casa cheia. —Er, d-desculpe Sr. Edmond. — Eu gaguejo para o dono do restaurante. —Sim, sim. Volte ao trabalho e parar de sonhar acordada garota. —Não há necessidade disso tudo, Eddie. — Marion diz com a sua voz grossa de anos de tabagismo, Edmond envia um olhar para ela, mas não fala uma palavra. Dou um sorriso agradecendo Marion que pisca. —Terminou o pedido do Patrick? Ele está lá fora impaciente como sempre. Marion bufa. —Eu terminei. Se ele te irritar quando você voltar lá, diga que eu sei onde ele mora. — Ela acena com a espátula ao redor com ameaça, fazendo eu rir. —Sim, senhora. — Eu saio pela porta, voltando para o zumbido das conversas. Tem sido um longo dia, e a hora de almoço não é brincadeira. Só faltam três horas para o meu turno acabar, mas hoje três horas parecem longas demais. Eu servi e limpei mesas sem parar até eu sentir que os meus pés iriam explodir. Sem dúvida, eles estarão do tamanho de um balão quando eu chegar em casa. Finalmente a multidão diminui e eu diminuo o meu ritmo. Meu celular vibra no bolso do avental e eu pego ele. Olhando ao redor para certificar que o Sr. Edmond não está perto, verifico o identificador de chamada. Aperto os meus lábios enquanto eu penso se atendo ou não a chamada. Amanda. O nome pisca na tela. Meu dedo paira sobre o ícone para aceitar a chamada, mas perco a coragem e enfio o telefone de volta no meu bolso. Eu fecho meus olhos brevemente e soltou um suspiro. Culpa me corrói por ignorar a chamada. Ela é minha melhor amiga. Mas as coisas mudaram depois da escola, e a culpa é toda minha. Eu sou aquela que se distanciou dela, de quase todo mundo. O que mais eu poderia fazer? Todos os meus amigos de infância deixaram Lakeville, Connecticut, e passaram a viver as suas vidas incríveis. E aqui estou eu, um fracasso total. É a minha vergonha que me empurra para afastar de mundo. Eu tenho ignorado inúmeras chamadas das pessoas que foram uma parte da minha vida. Admitir que eu não me tornei uma artista brilhante, que todos pensaram que eu seria, foi além de humilhante. Diabos, nem fui para a faculdade. Meu celular vibra novamente. Eu não me incomodo em responder sabendo que é Amanda ligando de novo. Não evito as ligações o tempo todo, ocasionalmente eu tenho que atender para não parecer tão ruim. Então minto dizendo para ela que eu estive ocupada, e é por isso que muitas vezes perco as ligações. Sim, eu sou uma mentirosa e vou para o inferno. Quando eu falo com a Amanda, ela sempre pergunta como vai a minha vida. Ela não sabe a dor que a pergunta dela traz. Além disso, há o fato de que o pai da minha filha é ninguém menos que seu irmão mais velho. Ela não tem ideia, claro. Embora alguém possa descobrir um dia desses. Casey se parece cada dia mais com o pai dela. Eu empurro o pensamento do pai da minha filha para olado até que eu chegue em casa, onde eu posso pular sobre ele em particular. Gostaria de saber porque Amanda estava ligando. Com um ligeiro encolher de ombros, eu volto para a limpeza das mesas. Ela geralmente deixa uma mensagem, então logo mais provavelmente eu vou descobrir. Capítulo dois Lindsay No final do meu turno pego as minhas coisas e vou direto para a porta. Os clientes começam a entrar novamente, e eu acelero os meus passos antes que o meu chefe me peça para ficar um pouco mais. Eu ficaria feliz em ficar por mais tempo, desde que eu preciso do dinheiro, mas não hoje. Eu estou pronta para desistir por causa da exaustão, e não vi muito da minha filha em uma semana. Correr de um trabalho para o outro toma o meu tempo. Sentada no meu Toyota antigo, pego o meu telefone, lembrando que Amanda tinha chamado. Há uma mensagem de voz. —Vamos ver logo o que é. — Quando eu ouço a voz animada da Amanda, um sorriso aparece em meus lábios. Ela sempre foi cheia de energia. No final da mensagem, o meu sorriso despareceu. Meu coração começa uma corrida. Não é porque Amanda afirmou que ela vai se casar. Isso é ótimo. Eu estou feliz por ela. O problema é que ela quer fazer o seu casamento aqui. Isso significa que o irmão dela estará aqui também. —Oh, meu Deus. — Eu sussurro, as memórias ultrapassam a barragem e eu volto ao passado. A última vez que vi o Ethan Taylor foi há quase quatro anos. Eu tinha dezoito anos e tinha terminado o ensino médio. Descobri pela Amanda que Ethan estaria voando do Texas para assistir a nossa formatura. A emoção de vê-lo depois de tantos anos era demais. Não foi porque eu cresci ao redor dele e ele era um cara legal, mas porque eu tinha uma queda enorme por ele. Eu tinha desde o dia em que cheguei à puberdade e tive idade suficiente para saber o que se passa entre meninos e meninas. Ethan era cinco anos mais velho, então eu sabia que não tinha chance. Não me importava de admirá-lo de longe e em segredo, no entanto. Nem mesmo Amanda, que eu contava tudo, sabia que eu era apaixonada pelo seu irmão mais velho. Ethan sempre foi legal comigo. O dia em que ele partiu para a faculdade, eu estava com o coração partido. Eu não coloquei os olhos nele novamente até a minha formatura. Por esse tempo, ele se tornou um jogador da NFL. Eu não gostava muito de futebol, mas passei a gostar por causa de Ethan. Não o vi durante a cerimônia, mas saber que ele estava no meio da multidão assistindo me fez suar um pouco. Depois da formatura eu finalmente o vi. Ele estava conversando com alguns dos seus velhos amigos da escola. Fiquei sozinha com os meus pais falando sem parar. Minha mãe mexendo em mim como de costume, alisando a minha gola e o meu cabelo. —Mãe, pare de se preocupar. Esqueceu que eu tenho 18 anos agora? Meu pai riu com orgulho brilhando em seus olhos. —Deixe ela ir Janice. Ela quer sair e conversar com seus amigos. —E não se esqueça que eu vou para a festa da Amanda depois, papai. — Lembrei ele. Ele suspirou, não muito feliz de eu ir a uma festa de formatura selvagem. —Bem. — Ele murmurou. —Só tome cuidado, querida, e não fique até tarde. —Tudo bem papai. — Eu beijei ele na bochecha e pulei fora voando alto na minha emoção. Tinha acabado de completar um marco importante da vida. Euforia inconsequente corria através de mim me dando a coragem que eu precisava para abordar Ethan. Ele estava de costas quando eu parei atrás dele. —Hum, oi Ethan. — As palavras saíram tão baixas que eu pensei que ele não tinha me ouvido. Mas ele virou e olhou para baixo, de seus 1,94 de altura. Ele pareceu não me reconhecer por um segundo, e então o reconhecimento brilhou em seus olhos verdes hipnotizantes. Eu poderia dizer que ele ficou chocado. Qualquer um ficaria se tivessem conhecido a garota magra com aparelho nos dentes que eu era anos atrás. Aos dezoito anos eu tinha crescido e mudado muito. Eu não parecia muito ruim com o meu corpo esguio com 1,70 de altura e seios fartos. —Lindsay? Que diabos, eu mal reconheci você. — Ele me olhou da cabeça aos pés, apreciando, e então me puxou para um abraço. Ele recuou de volta e me estudou. —Olhe para você, toda crescida. Eu corei. —Estou feliz em vê-lo, Ethan. Como você está? —Eu estou bem. É ótimo vê-la também. Parabéns pela formatura. Você vai na festa da minha irmã, certo? — Balancei a cabeça. —Ótimo. Falamos mais tarde, então, hein? —Ah, s-sim, claro. — Eu novamente corei, irritada que eu tinha sido reduzida em uma idiota com gagueira. Lutei tanto pelo o ar de sofisticação que eu tentei colocar adiante. Durante toda a festa da Amanda, eu procurei por Ethan. Ele estava longe de ser visto. Desapontada eu tinha me separado de um grupo de meninas e fui para o quintal. Felizmente, todos preferiram ficar dentro da casa com ar condicionado, então eu tive paz por um momento. Festas não eram uma coisa minha, mas eu não podia perder a festa da minha melhor amiga. Ela nunca me perdoaria. —Entediada com a festa? Eu ofeguei e virei segurando o meu peito. —Oh, Ethan você me assustou. Ele riu. —Sinto muito. — Ele estava inclinado em uma das cadeiras do pátio com uma cerveja na mão. —Eu não fiquei entediada. Eu só queria um pouco de silêncio, sabe? Ethan suspirou e sentou. —Oh, sim, Lindsay, eu conheço o sentimento. Eu não tenho tanta paz e tranquilidade há algum tempo. Rezei para que nenhum amigo risonho da Amanda fizesse o seu caminho para o quintal. Meus ombros caíram. Eu suponho que eu estava na categoria dos amigos risonhos. —Me desculpe. Não sabia que tinha alguém aqui. Vou voltar. — Me virei para sair. —Lindsay, espera. Não quis dizer você. Você pode ficar. Sente-se, garota. Não nos falamos desde que você tem o quê, quatorze? —Sim. Mas não sou mais uma criança. — Sentei na cadeira ao lado da dele e cruzei as pernas. Meu vestido, subiu para expor as minhas coxas. Ele arqueou uma sobrancelha. —Eu posso ver isso. — Ele demorou me olhando. Eu quase desmaiei quando seus lábios se curvaram para cima. —A pequena e magra Lindsay Williams agora é uma mulher. —Aposto que tem garotos brigando por você. — Minhas bochechas ficaram vermelhas. —Eu não diria isso. Quer dizer, eu estou bem para olhar eu acho, mas os rapazes não se interessam por meninas que gostam de arte e leitura. Eles preferem as líderes de torcida loiras com peitos grandes como você. Ethan me encarou, e eu fiquei com medo que eu tivesse o ofendido. Eu e minha boca grande. Quando ele soltou uma risada, eu sorri. —O que lhe dá essa ideia de que eu gosto de loiras com peitos grandes, Lindsay? —Eu assisto TV e leio revistas. — Eu disse com um encolher de ombros. —Senhor grande jogador Quarterbak saindo com dançarinas, modelos... conheço o seu tipo, Ethan. Ele sorriu. —Eu vejo que sua boca cresceu tão bem como o resto de você. Eu solto uma risadinha e rapidamente coloco uma mão sobre minha boca. —Eu quase esqueci, você não quer nenhum amigo risonho da sua irmã perturbando a sua paz. Ele inclinou a cabeça e me deu um olhar estranho. — Suponho que a sua risadinha está bem. É bonita. Houve um olhar em seus olhos que não consegui identificar no momento. A maneira que ele continuou a olhar para mim era desconcertante. Eu contorci no meu lugar. —O quê? Ele piscou. —Nada, eu só... é... nada. —Vamos lá, Ethan. Você pode me dizer. Não é como se eu fosse uma estranha. Ele suspirou. —Estou atraído por você, Lindsay, e parece errado. Meu coração saltou, eu me sentei mais reta. —O que há de tão errado nisso? —Tenho vinte e três anos, Lindsay. —E tenho 18 anos. — Minha voz soou sem fôlego. Eu não podia acreditar que Ethan tinha admitido que estava atraído por mim. —Vi você crescer com minha a irmã, por Cristo! Não faço ideia do que me deu coragem de me mover,mas de repente estava no colo do Ethan, beijando ele. Meus lábios foram para os dele com uma confiança que parecia ter surgido do nada. Eu tinha sido beijada uma vez antes, e o pensamento que Ethan iria perceber a minha falta de habilidade passou pela minha cabeça. A autoconsciência substituiu a coragem, e eu comecei a me afastar. Os braços de Ethan se enrolaram na minha cintura, me segurando para ele. Aparentemente ele estava curtindo o beijo tanto quanto eu. Um pequeno gemido de prazer escapou dos meus lábios e Ethan gentilmente me empurrou, como se os seus sentidos tivessem retornado. Ele se levantou. —Merda. Isso não deveria ter acontecido. — Ele passou os dedos pelo seu cabelo. —Você devia entrar agora. — Ele rugiu. —Ethan... —Vá, Lindsay! Eu levantei com os meus lábios tremendo. —Eu-eu sinto muito. — Totalmente humilhada, eu virei. Em vez de ir para dentro da casa principal, fui para a casa da piscina. Para meu alívio, a porta estava aberta. Eu afundei no sofá e chorei. Eu acreditava que Ethan estava afim de mim depois que ele tinha visto que eu era adulta e admitiu que estava atraído por mim. Eu gelei quando o ligeiro rangido da porta anunciou a chegada de alguém. Eu sabia que era Ethan sem levantar a cabeça. Mantendo minha cabeça para baixo, tentei esconder minhas lágrimas. Eu me senti ridícula, e não tinha dúvida que ele me acharia idiota também. Ouvi o clique da trava sendo fechada. —Lindsay, me desculpe. Não queria gritar com você. Você não merecia isso. —Que seja Ethan. Vá por favor. Eu não vim aqui para você me seguir. —Eu sei. — O sofá afundou e senti o calor do seu corpo. Fiz uma tentativa de me mover para longe dele, mas ele agarrou meu queixo, forçando meu olhar para ele. —Você é tão jovem e inocente. Não quero corromper você. Bufando eu puxei o meu rosto para longe de seu controle. —Como você sabe que já não fui corrompida? As sobrancelhas dele arquearam. —Foi? — Eu estava confusa porque ele parecia tão perturbado pela ideia. —Não. — Eu suspirei, odiando que eu tinha que admitir para ele que eu era virgem. Que só me fazia parecer ainda mais infantil aos seus olhos. —Eu quero que você seja o meu primeiro. — Deixei escapar. —Eu sei que não vai acontecer, mas isso não me impede de desejar isso. —Por que você quer alguém como eu para ser seu primeiro Lindsay? Eu acho que você merece alguém muito melhor. — Ele terminou com uma pequena risada. Perplexa, olhei para ele. —Alguém como você? Você é perfeito. Tenho uma queda por você há anos. — Tudo bem, talvez uma queda fosse um eufemismo, mas ele não precisa saber disso. Ethan passou a sua mão pelo seu rosto. —Uau, a minha visita a cidade com certeza tomou um rumo interessante. — Ele murmurou. Virando para mim, ele disse. —Lindsay, eu sou um jogador, e não estou falando de esportes. Eu não sou nada mais que honesto comigo mesmo e com as mulheres. Sua primeira vez deve ser especial. —Será mais do que especial se for com você. — Eu sussurrei. —Mas está tudo bem. Eu sei que não sou o que você costuma ter. Eu entendo. — Eu entendia perfeitamente. Eu não era o tipo dele, e eu era jovem e inexperiente. Ele soltou um suspiro. —Não, você não entendeu, Lindsay. — Foi tudo o que ele disse antes de me encontrar grudada em seu peito, olhando para o seu rosto lindo. Sua boca capturou a minha em um beijo abrasador, me derretendo no local. Meu coração acelerava com a emoção, mas também com um pouco de medo. Este foi um dos meus sonhos se tornando realidade. Eu me entreguei completamente para Ethan. Meu coração bate mais forte agora só com a lembrança do que Ethan e eu compartilhamos naquele dia, anos atrás na sua casa de piscina. Foi a segunda mais bela experiência da minha vida, sendo a primeira o nascimento da nossa filha, a filha que Ethan não sabe que existe. Se ele aparecer para o casamento da Amanda, o que vai acontecer? Capítulo três Ethan Os raios solares entram através das cortinas finas, iluminando o quarto. Eu jogo uma mão sobre meus olhos e gemo enquanto a luz do sol tenta penetrar nas minhas pálpebras. Já posso sentir uma enorme dor de cabeça. É isto que eu ganho por festejar demais. Novamente. Eu rolo e congelo, sentindo um corpo quente do meu lado. Merda. Ela passou a noite. Ela, cujo nome não consigo lembrar, se estende e aconchega mais perto, contra as minhas costas. Apertando os meus olhos bem fechados, eu deixo sair um suspiro, me preparando para o constrangimento que está por vir. Quando faço uma tentativa de virar, minha companheira se agita novamente e eu sei que ela está acordada. —Bom dia. — Ela ronrona. —Uh, dia. — Ela se senta, me dando espaço. Eu balançando as minhas pernas sobre o colchão, levanto, viro e olho para ela com um sorriso forçado. Ela sorri para mim com olhos castanhos sonolentos. O cabelo loiro dela cai sobre os ombros numa cortina despenteada. Ela não faz qualquer esforço para cobrir a sua nudez. Quando ela baixa os seus olhos, o sorriso dela se amplia, eu lembro que também estou nu. Eu limpo a minha garganta e pegou as minhas calças do chão. —Eu tenho que ir embora. — Eu digo. Ao mesmo tempo destruindo o meu cérebro, tentando lembrar o nome dela. Tenho certeza que começa com um N, ou talvez seja um M. Oh, inferno. Os lábios dela formam um lindo beicinho e ela bate seus cílios. —Mas já? Você me disse ontem que não tinha qualquer treino hoje. Eu e minha boca grande. —Eu tenho outros assuntos para tratar. — Não mesmo. Estou tentando me livrar dela sem ferir os seus sentimentos. Ela bufa e se levanta, exibindo sua forma nua. E que bela forma é essa. É por isso que ela acabou na minha cama ontem à noite. Um grupo de mulheres estava fora do estádio após o treino de ontem à noite, e esta mulher se aproximou de mim. Ela encantou o caminho dela para o meu quarto de hotel com seus lábios vermelhos e cheios, peito grande e pernas longas. Às vezes eu gostaria de não ser tão fácil, mas droga, que diversão eu tive ontem à noite. Depois que tivemos o jantar e algumas rodadas de bebidas, ok, muitas rodadas de bebidas, acabamos na cama. Esse mesmo cenário acontece muito frequentemente. Algumas mulheres são simplesmente fascinadas por atletas profissionais, ou talvez seja no dinheiro que elas estejam mais interessadas. Francamente, estou cansado disso. Estou há algum tempo agora. Mas continuo com a farsa de gostar de ter uma mulher diferente na minha cama todas as noites. Afinal de contas, é o que esperam de mim. Eu também posso dar aos tabloides algo para escrever. —Talvez possamos nos encontrar novamente esta noite. — Ela sugere. —Er, eu não posso. —Você tem certeza, bonito? — Ela caminha para mim e passa os seus braços em volta do meu pescoço. Segurando as mãos dela, eu as tiro de mim. Como eu digo para ela que eu só estava interessado em uma noite sem parecer um completo idiota? Eu suspiro. —Olha, hum... — Droga, não consigo lembrar o nome dela. Ela se afasta colocando as mãos em seus quadris. O olhar no rosto dela indica que ela não está mais se divertindo. —Você não lembra meu nome, não é? Esfrego a parte de trás do meu pescoço. E aqui vamos nós. —Eu sinto muito. Girando ao redor, a mulher irada procura no quarto as roupas dela. Vejo ela se vestir com raiva, com movimentos bruscos. Me sinto mal que ela esteja chateada, mas pelo menos ela está indo embora. Assim que ela está totalmente vestida, ela pega sua bolsa e vai até a porta. —Eu pensei que nós tínhamos nos dado bem, você sabe. — Ela diz, olhando em minha direção. Minhas sobrancelhas franzem. Dar bem? Apenas um certo tipo de mulher geralmente fica em torno do estádio de futebol esperando para mergulhar suas unhas bem tratadas nos jogadores. O que ela esperava de mim depois de uma noite de sexo? Uma propostade casamento? —Me desculpe se dei a impressão errada. Eu não tenho relacionamentos. Ela dá de ombros. —Você é quem perde. E o meu nome é Melissa. Bem, é isso, Melissa. Antes que eu possa responder, Melissa bate a porta, a fechando, deixando meu olhar atordoado para trás. —Bem, ela levou tudo muito bem. — Eu deixei sair um suspiro, sentido que eu precisava de uma bebida. A dor na minha cabeça me lembra que eu tive o bastante ontem à noite. Eu nunca aprendo. Meus pés se movem na direção da mini geladeira no quarto do hotel luxuoso, mas o toque do meu celular me impede. Vou na direção da mesa de cabeceira que o meu telefone está já sabendo quem é. —Oi, Amanda. — Meu humor melhora na hora. —Grande irmão! Não esperava que atendesse. Ainda é cedo. Eu estava esperando que ainda estivesse desmaiado por causa da sua noite selvagem. Eu sorrio. —Bem, acho que não foi tão selvagem depois de tudo, né? Está tudo bem? —Estou apenas ligando para lembrar que você precisa de ter o seu rabo em Connecticut em três semanas. Reviro os meus olhos e gemo. —Acha mesmo que eu iria esquecer o seu casamento, irmãzinha? — Não vejo por que tenho que voar para Connecticut uma semana inteira antes do casamento. Voltar para casa não é algo que estou ansioso. Depois que eu fugi da pequena cidade onde nada acontece, eu raramente volto para visitar. —Ei, por que não posso aparecer na noite anterior ou na manhã do casamento? Um rosnado soa do outro lado da linha. —Porque você é uma parte do maldito casamento. Nathan quer você como padrinho, lembra? —O homem nem sequer me conhece. — Eu me queixo. Eu nunca pus os meus olhos nele antes também. Eu não gosto da ideia da minha irmã se casar aos vinte e um com um cara que eu não conheço. Mas a vida é dela. —Nathan sente que ele conhece você. Ele é um grande fã seu. Você nos deixará muito feliz fazendo isso. —Ótimo, outro fã. — Eu disse secamente. Estou cansado dos fãs. O que eu gostaria de ter era alguns amigos de verdade que não querem saber quem eu sou, ou quanto dinheiro eu tenho. —Você vai gostar dele, Ethan. Eu prometo. Vou para Connecticut amanhã para dar o pontapé inicial no planejamento e tudo mais. Mamãe e papai vão sair da Flórida na próxima semana. —Ok. Vejo você daqui a três semanas. —Sim. E com certeza vou continuar chamando você. Se você faltar no meu dia especial, Ethan, eu te mato, eu juro. Não consigo não rir. A imagem da minha pequena irmã tentando me matar é hilária. —Relaxe, eu vou estar lá, e eu farei qualquer coisa que me pedir. Eu prometo. —Bom. Tenho certeza de que Lindsay vai ficar feliz em vê- lo. — Amanda suspira. —Estou preocupada com ela, você sabe. Ela mal mantém contato comigo. É como se ela me evitasse. Não faço ideia do que está acontecendo com ela. Meu coração salta com a menção de Lindsay. —Espere, Lindsay vai estar lá? Ela já terminou a faculdade de arte? —Ela não foi para a faculdade. Ei, tenho que correr. Eu vou falar com você mais tarde. Te amo. —Também te amo. — Eu desligo o telefone, meu coração continua acelerado. Lindsay Williams. Pensar na última vez que eu a vi lança as minhas emoções em convulsão. De repente, posso sentir seus lábios nos meus, a maciez da sua pele por baixo de meus dedos, a inocência e a confiança nos olhos dela. Eu pisco rapidamente e me puxo do meu jogo de memórias. Não vejo Lindsay há quase quatro anos. Eu tentei ficar em contato com ela após a formatura, depois daquela tarde na casa de piscina, mas é como Amanda falou, é como se se ela estivesse me evitando. Uma vez ela disse que sentiria como se estivesse traindo a sua melhor amiga se tudo o que houve entre nós continuasse. Claro que eu falei que o trem já tinha partido da estação quando fizemos sexo. Mas ela insistiu que as coisas acabassem. Então parei de ligar. Ela se arrependeu do que tínhamos feito. E não posso culpá-la. Que garota legal em sã consciência iria querer continuar um relacionamento com um idiota como eu? Tenho certeza que ela já viu todas as revistas de entretenimento e reportagens que faz eu parecer um playboy. Às vezes acho que é o melhor Lindsay não falar comigo. E há momentos que eu sinto saudade de falar com ela, de vê-la. Ela é uma das pessoas mais reais que eu tenho, além da minha família. Quando voltei para casa anos atrás, eu estava agradavelmente chocado em ver a beleza que ela tinha se tornado. No instante em que a vi, a atração me atingiu no intestino como uma tonelada de tijolos, eu fui pego completamente desprevenido. Eu era culpado em primeiro lugar, porque era a melhor amiga da minha irmã, mas eu não pude manter minhas mãos longe no final. Nossa amizade pode ter sido arruinada para sempre. Ver ela quando eu voltar para Connecticut vai ser estranho, mas para falar a verdade, estou ansioso para vê-la novamente. Ela é a única mulher que eu já me senti confortável o suficiente para ser eu mesmo. Talvez seja porque eu a conheço desde que ela era uma criança. Ver Lindsay será a única coisa boa em voltar para a pequena cidade que odeio. A pergunta é, ela estará feliz em me ver? Capítulo quatro Lindsay Meu vestido gruda na minha pele úmida, me deixando ainda mais irritada. A umidade de julho junto com os meus nervos está me deixando irritada. Tenho certeza que meus nervos agitados estão contribuindo ainda mais para o meu suor. Não sei por que eu concordei em encontrar com Amanda e o noivo dela hoje. Embora não haja nenhuma maneira que eu pudesse ter evitado isso por muito tempo. Esta é uma cidade pequena afinal de contas. Deus, o que ela vai pensar de mim? Ela é algum sucesso nas finanças ou algo parecido, e vai se casar com um advogado de sucesso. Ambos vão me ver como uma completa perdedora. A tentação de dar a volta com o meu carro e voltar para o meu apartamento de baixa qualidade aparece na minha mente. Tenho certeza que posso encontrar uma desculpa para explicar a minha ausência. —Não, Amanda provavelmente irá perguntar ao redor até ela descobrir onde eu vivo. — Isso é ainda pior do que nos encontrar na casa dos pais dela. Pelo menos assim Amanda não verá o lixão que eu vivo. Eu soltei um suspiro de resignação e continuei dirigindo até que eu virei numa rua familiar. Praticamente cresci nesta rua, ficando mais tempo na casa da Amanda do que na minha própria. Eu adorava ficar com a Amanda. Os pais dela fizeram mais dinheiro do que os meus e viviam na parte mais chique da cidade. Adorava a piscina, e ver seu irmão mais velho, claro. Pânico cresce dentro de mim. Puta merda. Ethan vai estar lá hoje? Eu não perguntei para Amanda quando ele estaria voando, ou se ele virá. É provável que ele virá, porque a temporada de futebol não tinha começado ainda, então ele tinha mais tempo nas mãos. —Droga. — Agora eu realmente quero chutar o meu carro em macha ré. Estou na frente da casa, eu posso passar por isso. Eu saio com relutância do carro, espero que Amanda não esteja vendo da janela. O meu carro parece mais um pedaço de metal velho do que um veículo real. —Tudo bem, eu posso fazer isso. — Tudo o que tenho que fazer é ser vaga, e ninguém precisa saber que eu acabei sendo um fracasso. Então me ocorre. Se os pais da Amanda estão de volta, eles terão dito que eu tenho uma filha e que eu ainda trabalho no restaurante. Eles não ficaram muito tempo aqui depois que Amanda foi para a faculdade em Nova York, mas eles sabem o suficiente sobre a minha vida patética. Eu respiro fundo e continuo subindo a passagem de pedra. A porta da frente abre antes que eu alcance o degrau mais alto e Amanda vem correndo em minha direção, tão brilhante quanto o sol em seu vestido amarelo de verão. —Lindsay! — Ela voa para os meus braços, naturalmente eu envolvo os meus em torno dela. O abraço quente me deixasentir feliz e culpada. E pensar que eu tratei minha melhor amiga tão mal, e ainda assim recebo essa saudação. —Oi, Amanda. Estou tão feliz por te ver. — É a verdade. Todos os meus medos estão de lado, eu senti muita falta dela. Se eu pudesse ter me apoiado nela, depois de descobrir que estava grávida, eu teria estado melhor. Mas como falar para ela que estava grávida do filho do seu irmão? Ela teria me odiado. Ela provavelmente ainda irá se souber. Amanda dá um passo para trás, para me examinar da cabeça aos pés. —Oh, Lindsay, você está linda como sempre. —Eu estou? Você está incrível, também. — Ela é uma cabeça mais baixa do que eu, com olhos verdes. Eu não consigo parar de pensar em como os olhos da minha filha são parecidos com os dela. —Uau, você está muito loira agora. — Eu solto uma risada. Ela ri e vira o cabelo curto. —Eu estou. Você gostou? —Sim. Amanda de repente fica séria. —Eu fiz algo Lindsay? Não ficamos tão perto como eu pensei que ficaríamos. Eu sei que estamos em Estados diferentes, mas sempre assumi que conversaríamos todos os dias. Já vasculhei o meu cérebro tentando lembrar se eu disse ou fiz algo que ofendeu você. Eu sei que sempre fui sem noção, então talvez eu tenha dito algo. —Amanda, para. — Estou totalmente chocada pelas palavras derramadas dos seus lábios. Agora me sinto ainda mais culpada. Há três anos ela pensa que eu a evito por causa de algo que ela fez. Eu sou a pior amiga na história ou o quê? — Você não vai ser responsabilizada por nada. Com toda honestidade tem tudo a ver comigo. Os seus pais não te contaram? Ela parece confusa. —Contaram o quê? Pisco os meus solhos. Então Sr. e Sra. Taylor não disseram nada. Eu fiquei longe deles também, mas eles devem ter ouvido sobre isso em uma cidade pequena como esta. —Podemos entrar e conversar? —Com certeza. — Amanda me leva para dentro me dando olhares confuso de vez em quando. —Vou apresentar você para Nathan e então vamos para o meu quarto. Você se lembra de como nós costumávamos nos divertir lá dentro durante as nossas festas de pijama? Eu sorrio. —Sim. —Nathan, onde você está, querido? — Amanda chama. Um homem de estatura média sai da cozinha. Seu cabelo loiro se separa no meio, penteado para a esquerda. Ele está vestido com uma camisa polo e shorts cáqui, com um suéter amarrado em seus ombros. Minhas sobrancelhas levantam um pouco. Parece que Nathan acha que ele está em um campo de golfe. E quem usa um suéter por cima dos ombros no verão? Eu seguro uma risada e me aproximo de Nathan com as mãos estendidas quando Amanda faz as apresentações. —Nathan, essa é Lindsay Williams, minha melhor amiga. Lindsay, conheça o amor da minha vida, Nathan Wilby. —Prazer em conhecê-la, Lindsay. Já ouvi muito sobre você. Amanda fala de você o tempo todo. —Prazer em conhecê-lo também, Nathan. — Nós apertamos as nossas mãos brevemente. É impressão minha ou Nathan parece um pouco pretensioso? Amanda disse que ele é um advogado importante e rico, portanto ser pomposo deve vir com o território. —Tudo bem, querido, volte e aproveita a sua bebida. Lindsay e eu precisamos de algum tempo sozinhas. —Ah, as mulheres adoram conversar. — Nathan diz. — Muito bem, podem ir. E se divirtam. As mulheres? Podem ir? Eu dou um olhar estranho para Nathan que espero que tenha sido sutil. Onde Amanda achou esse cara? E por que diabos ela quer se casar com ele? Quando eu me acomodo na cama da Amanda, eu olho ela por baixo dos meus cílios. —Então, hum, seu irmão vem? Amanda mergulha para a cama e eu lembro que ela é tão jovem quanto eu. Ela parece mais velha na aparência agora. — Claro que sim. Ethan deve se juntar a nós em poucas semanas. Você sabe que eu tinha que vir mais cedo para colocar tudo em ordem. Ah, Deus, Ethan está vindo. Não posso deixar meu pânico aparecer. Eu limpo a garganta e mudo de assunto sobre Ethan. —Eu não posso acreditar que você está planejando seu casamento em apenas um mês. Ela dá de ombros. —Eu estou. Nathan está de férias do trabalho, e eu queria vir para casa e ter meu casamento na igreja onde meus pais se casaram. Tive que implorar a Nathan para tê-lo aqui. —Oh. Amanda, você tem certeza sobre o Nathan? Ele é o cara que você quer passar sua vida? Você tem apenas vinte e um. — Eu quero dizer mais, expressar minhas preocupações sobre Nathan, mas decidi que é melhor não fazer. Não sei como Amanda vai receber isso. —Claro que estou certa. — Vejo a incerteza cintilar nos olhos dela, mas ela esconde rapidamente. —Ele é ótimo. Chega de falar de mim. Você queria me dizer alguma coisa lá em baixo. —Certo. — Eu poderia muito bem derramar. Não tenho que contar tudo para ela. —Vamos. Fale comigo, Lindsay. Nós não nos vemos há anos, e não tivemos uma conversa decente desde que eu saí. —Admito que evitei suas chamadas a maior parte do tempo. — Flashes de dor aparecem nos olhos da Amanda e corro para explicar. —Não foi porque você fez alguma coisa. Eu estava tão envergonhada. Eu ainda estou. —De que, Lindsay? —A maneira que minha vida acabou. Sabe que eu não consegui ir para a faculdade de arte como eu queria. —Sim. Eu fiquei tão triste quando ouvi. Você é tão talentosa. Um gênio com um pincel, lápis e tudo o que você toca. Eu sempre te disse que você ganharia milhões com a sua arte um dia. Abaixo a minha cabeça. Eu já não consigo olhar para ela. — É isso, Amanda. Acabei por ser um fracasso total. Fiquei grávida e nunca cheguei na faculdade, nunca realizei os meus sonhos, nunca deixei esta pequena cidade. Todos as pessoas que eu me formei estão em coisas maiores ou melhores. Eu ainda trabalho na lanchonete que eu costumava trabalhar durante o verão quando eu tinha quinze anos, pelo amor de Deus. Amanda fica boquiaberta comigo. —Linds, não acredito que você teria vergonha de falar para mim, a sua melhor amiga desde o jardim de infância. Mas estou presa na parte sobre ter um bebê. Quando é que aconteceu? —Eu, eu, descobri depois que você partiu para Nova York, antes de eu sair para a faculdade de arte. — Ainda me lembro do meu choque, espanto e da decepção dos meus pais. O olhar nos olhos do meu pai ainda me assombra até hoje. —Papai ficou tão chateado. Ele morreu com o coração partido. — Eu sussurro. —Oh, Lindsay, me desculpe. Não consegui vir para o funeral dele. Eu balanço a minha cabeça. —Eu devo ser culpada por isso. Eu nem contei para você quando aconteceu. — Mandei um mísero texto depois do funeral. —Eu sei que você viria se soubesse. Permanecemos em silêncio por um tempo até que Amanda diz: —Uau, você tem um bebê. Quem é o pai? Vocês estão juntos? Já perdi tanto da sua vida. Meu coração para —É, bem... ele não está por perto. Nós não nos falamos. —Pelo menos era a verdade. —Não quero falar sobre ele, Amanda. Ela acena. —Hum, tudo bem. Eu não posso esperar para conhecer o seu bebê! —Sim. — Oh não. Não posso deixar Amanda ver Casey. Ela vai descobrir que ela é a sua sobrinha com certeza. Eu vou ter que manter Casey longe da Amanda e Ethan até eles saírem da cidade. Como é que eu vou fazer isso? Acho que eu posso deixar Casey com a minha mãe quando eu tiver que encontrar com Amanda. Amanda me puxa para um abraço, me pegando de surpresa. —Queria que você tivesse me dito todos estes anos atrás Lindsay. Você não tem nada para se envergonhar. Na verdade, acho que você é incrivelmente forte. Você fez um grande sacrifício para manter o seu bebê. Não me interessa o que você faz para viver. Você ainda é você. E para o inferno com o que esta cidade ou qualquer um dos nossos velhos amigos pensam. Eu engoli duro para não explodir em lágrimas. —Obrigada Amanda. Agora vejo isso, eu fui incrivelmente estúpida e imatura em tratá-la como eu fiz por causa do meu ego ferido. —Que tal esquecermos isso e começarmos de novo? Soltei um suspiro dealivio. —Gostaria muito disso. —Bom, porque você vai ser minha dama de honra. Os meus olhos se arregalam. —Eu? —Sim, mulher. Sempre pensei em você para isto. Eu estava planejando vir aqui para você me dizer o por que você não queria falar comigo e depois forçá-la a se vestir. Comecei a ter um ataque de riso. Amanda não mudou nada. Estou feliz. —Eu amo você, Amanda, eu realmente amo. Obrigado por me conceder tal honra. Vou usar o vestido de dama de honra com orgulho, não importa quão feio seja. —Ei, você esqueceu que eu tenho um gosto impecável? Não haverá nenhum vestido feio no meu casamento. Ambas rimos. A coisa com a Amanda foi melhor do que eu imaginava. Ela não me odeia, e ela não pensa menos de mim. Eu não me incomodo em perguntar para ela quem irá fazer parte do seu casamento ou quantos velhos amigos irão vir para a cidade. Não me importo mais. Depois de desabafar com Amanda, eu não me importo mais com o que os outros pensa sobre a minha pequena vida imperfeita. Bem, talvez haja uma pessoa, mas eu tenho mais algumas semanas antes dele chegar aqui. Capítulo cinco Ethan —Lar, doce lar. — Eu sento no meu conversível alugado e olho para a casa em que cresci, então olho em torno do bairro. Tudo é o mesmo, nada mudou, nada de novo. Esse é o problema que sempre tive com este lugar: Nenhuma emoção. Eu saio do carro e ando até a porta da frente. Olhando para o relógio, meus ombros caem. Deveria haver alguma reunião lá dentro no momento. Amanda mencionou algo sobre isso. Eles tinham que fazer no dia que eu chego. Eu estava esperando um pouco de tempo para mim antes de ter que interagir com os familiares, amigos e estranhos. Verifico a porta para encontrá-la aberta. Antes de entrar, eu faço uma pausa. Será que Lindsay está aqui? A possibilidade me dá um pouco ânimo nos meus passos. Risos e conversas altas enchem os meus ouvidos quando eu empurro a porta e entro. O hall de entrada está vazio. Todos devem estar na sala de estar. Eu viro a esquina e instantaneamente sou assaltado por saudações. —O homem está aqui! — Um homem grita, e todos que não me viu se viram. —Olá para todos. — Eu saúdo com uma mão. Eu localizo a minha mãe, que está vindo na minha direção, acompanhada pelo meu pai. Eu os abraços e conversamos brevemente. Nós nos vemos com frequência, faço o meu dever de visitá-los onde quer que eles estejam no mundo. Eu deixo eles para ir até os convidados e continuo a minha jornada através da multidão. —Oh meu Deus, é o irmão da Amanda. Aquele famoso. — Eu ouço uma voz feminina dizer. Eu levanto uma sobrancelha. Aquele famoso? Eu sou o único irmão da Amanda. Mantendo meu sorriso estampado eu aperto as minhas mãos e aceno, fazendo o meu caminho através da multidão. —Ei, superstar. — Eu me viro desta vez com um sorriso genuíno. —Irmãzinha. — Meu tom pinga com carinho. —Vem aqui, coisa pequena. — Eu a puxo para um abraço, levantando ela do chão. Já faz cerca de um ano que eu a vi. Eu costumo levar ela em alguns dos meus jogos, e eu visitei ela em Nova York algumas vezes. Ela ri. —Me solta. Você vai amarrotar o meu vestido. — Ela fala, mas se aperta mais em mim. —Eu senti sua falta, cabeção. —Eu devia ter entrado por trás. — Eu falo me desculpando e finalmente a colocando no chão. —Você acha que pode roubar o meu momento com o seu status de atleta? Por favor. Eu sou muito mais bonita que você, então continuo sendo o centro das atenções. Graças a Deus ela não está chateada sobre a confusão que eu causei. Quando eu sorrio e bagunço o cabelo dela com diversão, ela bate nas minhas mãos. —Ei, você está bagunçando meu cabelo. — Ela reclama. E foi quando eu percebi. —Santa Merda, você está loira platinada. — Eu devaneio. —Sim, bem, as pessoas gostam disso. Lindsay adorou. Meu coração palpita rápido. —Ela gostou? Ela está aqui? —Não, ela não pôde vir na minha festa pré-casamento. Ela está no restaurante. Minhas sobrancelhas franzem. Por que Lindsay estaria no restaurante durante a festa da sua melhor amiga? Antes que eu possa perguntar, um homem se junta a nós. Ele para ao lado da Amanda, rindo para mim. —Como eu vivo e respiro, Ethan Taylor. Sou um grande fã seu. —Ethan, este é o Nathan. — Amanda apresenta com entusiasmo. Este é o noivo? Eu não posso deixar de notar como ele é formal. Não sabia que este era o tipo da Amanda. —Ah, finalmente nos encontramos, Nathan. — Estendo a mão. —Um prazer. — Quando ele coloca a mão na minha, eu dou um aperto extra. Já não gosto dele com base em sua aparência e seu aperto de mão fraco. Amanda envia um olhar de advertência, silenciosamente me dizendo para me comportar. Resisti ao impulso de revirar os olhos, então eu deixo a mão de Nathan. Ele balança ela um pouco. —Uau, um grande aperto. — Diz ele com uma pequena risada. —Você é ainda maior pessoalmente. Os Cowboys é o meu time favorito. Não acreditei quando a Amanda me disse que você era irmão dela. Quem diria que o melhor quarterback do meu time favorito se tornaria o meu cunhado. Eu falei para o meu advogado e todos os amigos. Isso é o que eu faço, a propósito. — Ele fala com orgulho. —Eu sou um dos melhores em Nova York. Se alguma vez cair em problemas com as mulheres, você sabe, é só me chamar. Acho que vamos ser grandes amigos, Ethan. Me mate agora. —Sim, com certeza. Pode me emprestar a minha irmã por uns minutos? Precisamos recuperar o atraso. — Eu pego o braço da Amanda e a levo para longe, não esperando uma resposta de Nathan. Meu aborrecimento só aumenta quando eu tenho que parar várias vezes para conversar com fãs. Ninguém sequer me perguntou como eu estou indo. É tudo sobre o jogo. Finalmente chegamos na varanda dos fundos. Coloco a Amanda na minha frente. —O que diabos você está fazendo Amanda? —Do que você está falando? —Nathan. Você não pode casar com ele. Eu não gosto dele. Com zombaria, ela me olha como se eu fosse a pessoa mais idiota do mundo. —Então eu deveria cancelar meu casamento porque você não gosta dele? —Não é só isso. Ele parece um pouco estranho. Não sei, cheio de si mesmo e falso. Quantos anos tem esse cara? Amanda cruza os braços — O meu irmão e a minha melhor amiga não devem questionar a minha escolha. —Lindsay também não gosta dele. Ela sempre foi inteligente. Eu recebo um olhar que tem o potencial de me secar no local. —Então, e se Nathan for um pouco mais velho? Ele é um cara legal. —Você o ama? —É claro. Eu não estaria me casando com ele se eu não o amasse. — Parece que ela está tentando se convencer mais do que ela está tentando me convencer. —Olha, eu vou casar com o Nathan. Lide com isso. —Ela fala. —Vou voltar para dentro. — Ela gira e volta para a casa. Eu estou do lado de fora, olhando para ela saindo. Ótimo, agora ela não falará comigo por dias. Com um suspiro, eu me movo para sentar, mas faço uma pausa. Amanda disse que Lindsay estava no restaurante. De repente estou indo fazer uma viagem para o Eddie’s Corner. Já mostrei a minha cara na festa. Além disso, Amanda está chateada comigo, então ela não vai me procurar. Capítulo seis Lindsay É mais um dia cheio no restaurante. Estava de pé o dia todo. Eu gostaria que o lugar esvaziasse um pouco para que eu pudesse me sentar por alguns minutos. A minha mente vai para a festa que eu sei que está acontecendo na casa dos Taylors. Amanda achou que seria uma ótima ideia realizar uma pequena festa antes do casamento. Então haverá o jantar de ensaio em poucos dias. Eu balancei a minha cabeça, um sorriso pairando nos meus lábios. Claro que a Amanda ama uma multidão e se diverte com entretenimento. Eu, nem tanto. Pela primeira vez estou feliz que eu tenho que trabalhar. Foi a melhor desculpa para estar ausenteda celebração, e Amanda não pôde protestar. Enquanto eu trabalho, a minha mente flutua para fato de que eu terei que enfrentar Ethan em breve. É inevitável. Ouvi dizer que ele é uma parte do casamento também. Olhando para o relógio acima do balcão, a minha pulsação aumenta um pouco. Ele está aqui em Lakeville nesse exato minuto. Eu consegui casualmente perguntar para Amanda quando ele estaria voando. Seria bom se eu pudesse questionar ela sobre ele sem parecer óbvia demais. As revistas, jornais e mídia social me ajudam a acompanhá-lo. Mas Amanda saberia mais. Ele está em um relacionamento? Ele perguntou sobre mim? Percebendo que estou sendo patética, reviro os meus olhos e me concentro em manter os clientes satisfeitos. Chego em uma mesa, esvazio a minha bandeja e converso com as pessoas na mesa. Uma comoção atrás de mim chama a minha atenção. Eu viro para ver um grupo pequeno reunido em torno de um recém-chegado. Minhas sobrancelhas se levantam. O que é tudo isso? —Todos nós te amamos. — Eu ouço alguém dizer. —Estamos muito orgulhosos de ter uma estrela do futebol que saiu da nossa pequena cidade. Os meus olhos se arregalam. Estrela de futebol. Há apenas uma estrela de futebol que saiu de Lakeville. Minha boca seca quando a multidão se abre. No meio dos moradores está Ethan. Nossos olhos se encontram, e de repente estou paralisada. Choque, excitação e desânimo, todas as emoções passam através de mim ao mesmo tempo me deixando dormente. A bandeja desliza dos meus dedos. Graças a Deus está vazia. Um sorriso se espalha pelo rosto do Ethan que pisa na minha direção. É como se o tempo diminuísse e todos os outros desaparecessem do restaurante. Ele está tão bonito como sempre. Seus olhos verdes ainda brilham com malícia. Seu cabelo está um pouco maior do que eu me lembro e os seus lábios estão curvados daquela forma sedutora que deixa as mulheres de joelhos. É impressão minha ou ele parece maior e mais musculoso? —Lindsay. — É tudo o que ele diz. —Ethan. — Eu conseguir dizer o nome dele. Meu cérebro está congelado. Eu devo parecer uma idiota. Engolindo seco eu pisco rapidamente e pergunto com franqueza. —O que faz aqui? Seu sorriso desvanece um pouco. —Estou aqui para ver você. Amanda falou para mim que estava aqui. — Há confusão em seus olhos, até que seu olhar vagueia sobre mim, observando o meu traje. Eu estou vestida com o uniforme vermelho xadrez que o Sr. Edmond exige que os seus funcionários usem. As minhas bochechas ficam vermelhas com o meu constrangimento quando a realização brilhou nos olhos do Ethan. Ele pisca e então abaixa para pegar a bandeja que eu deixei cair. —Obrigada. — Eu murmuro, incapaz de encontrar o seu olhar. Antes mesmo que eu perceba que Ethan mudou, eu sou atraída para um forte abraço. Meus braços voam para envolver ele. Seu perfume inebriante preenche as minhas narinas. Ele tem o mesmo cheiro de anos atrás quando o meu corpo nu foi enrolado em torno dele. Tudo o que eu já senti por este homem, cada sentimento que eu tentei suprimir ao longo dos anos, desaba sobre mim. O fardo do segredo que eu guardo também está lá, como um peso esmagando no meu peito. Eu sutilmente me afasto dele. —Olhe para você, Lindsay. Não acredito que já faz tanto tempo. Não devia ter sido assim. As coisas deveriam ter sido diferentes. — Ele diz. Olho para ele. Ele está olhando para mim, mas ele parece estar falando com ele mesmo. As minhas sobrancelhas se arqueiam com confusão. Ethan aparece sair do transe que ele estava. —Como vai? Eu posso sentir muitos olhos dos clientes em nós, e eu quero desaparecer. Eu odeio atenção. —Eu estou bem. Como você está Ethan? Ele sorri. —Você é a única pessoa que perguntou para mim desde que cheguei. Eu estou bem. Melhor agora que eu vi você. — Calor brilha em seu olhar enquanto ele continua olhando para mim. Os meus olhos se arregalam. É desnecessário dizer que estou surpresa. Ele está flertando comigo? De maneira nenhuma. Deve ser a minha imaginação. —É bom te ver Ethan, mas eu preciso voltar ao trabalho. — Eu coro quando as palavras saem da minha boca. Eu me pergunto o que ele está pensando depois de descobrir que eu trabalho aqui. Ele não diz nada sobre isso, somente acena. —Sim, claro. Que horas você sai? Eu olho hesitante e respondo. —Q-quatro. —Vou ficar por aqui até lá. Ele vira e se dirige para uma mesa vazia antes que eu possa responder. Ele vai ficar aqui por mais uma hora? Eu sufoco um gemido. A presença do Ethan no restaurante irá me deixar nervosa. Com alguma sorte, eu vou ser capaz de me esconder na cozinha a maior parte do tempo. É a hora mais longa que eu já experimentei na minha vida. Enquanto me movo em torno do restaurante, posso sentir os olhos do Ethan em mim, seguindo cada movimento meu. É tão desconcertante. Quando eu não aguento mais, eu corro para a cozinha, esperando que o chefe não esteja lá para me repreender por fugir dos meus deveres. Eu empurro através das portas e inclino contra elas quando elas se fecham. —O que há de errado, doçura? Abro os meus olhos para ver Marion. —Hum, nada. Só cansada. Você sabe, tomando um fôlego. Ela não parece convencida. —Mhmm e isto não tem nada a ver com a alta qualidade da água que apareceu mais cedo? Meu Deus, Ethan Taylor é ainda melhor de olhar do que quando ele saiu, se isso for mesmo possível. —Por que ele estar aqui me afeta? — Estou tentando o meu melhor para parecer indiferente. —Não acha que eu não vi os dois se abraçando. — Marion aponta para as pequenas janelas circulares nas portas da cozinha. —Nós somos amigos. Praticamente crescemos juntos. Velhos amigos compartilhando um abraço depois de anos separados não é nada. Marion solta uma risada. —Eu vi o jeito que ele olhou para você. Havia mais do que amizade nesses olhos. Ok, agora estou pensando que seria melhor voltar para fora e ficar sobre os olhares ardentes do Ethan do que ficar aqui com o olhar especulativo de Marion. —Oh não, eu esqueci de levar as bebidas da mesa quatro. — Com isso eu viro e saio rápido para fora da cozinha, deixando Marion sorrindo. Capítulo sete Ethan Vejo ela ir na direção da porta dos fundos, seus passos são apressados. Uma carranca se forma no meu rosto quando eu percebo que ela está indo em direção à porta. Então eu vejo a bolsa por cima do seu ombro. Ela está saindo sem dizer uma palavra para mim? —Mas que diabos? — Eu pulo e sigo ela rapidamente para fora da porta. —Lindsay! Espera aí. Você esqueceu que eu estava esperando por você? — Ela olha por cima do ombro, me dando um vislumbre da sua aflição. Alguém dentro do restaurante aborreceu ela? Alcançando ela, eu seguro o seu cotovelo. — Lindsay, espera. O que há de errado? —Nada, eu só estou atrasada. Eu tenho que ir para o meu outro trabalho. — Ela puxa para fora do meu aperto e continua andando. Sigo ela até um carro branco. —Oh, eu pensei que você teria acabado o seu dia. Eu esperava levá-la para sair, você sabe, para que nós pudéssemos conversar. —Conversar exatamente o quê? — Ela vira para olhar para mim, seus olhos em chamas, com raiva. Mas por que raiva? Tenho certeza de que não poderia ter sido alguma coisa que eu disse ou fiz. Eu dou de ombros. —Sobre tudo, suponho. Faz anos. —Se me lembro bem, é a sua irmã e eu que somos amigas, não eu e você. Não vejo o que nós precisamos conversar. Eu dou um passo para trás. Eu pareço estar chateando todo mundo hoje, primeiro Amanda e agora Lindsay. Pelo menos eu sei o que eu disse para ter a raiva da Amanda. O que eu fiz para Lindsay? —O que há de errado? Você parecia bem lá dentro, e então você apenas saiu numa explosão de fúria. Aconteceu alguma coisa no restaurante? Ela me olha por alguns segundos e suaviza. —Eu sinto muito Ethan. Não é você. Eu estouestressada. — Ela desvia o olhar. —Olha, eu tenho que ir. —Tudo bem. Que horas estará livre? —Eu estarei em casa às nove da noite. — Ela para e aperta a boca fechada. —Tudo bem, vamos nos encontrar depois então. O meu olhar cai em sua boca, que foi atraído pela forma que os seus dentes brancos e pequenos mordem o seu lábio inferior. Esses lábios suculentos. Eu lembro como se sentiram contra os meus. Ela não mudou muito. Se alguma coisa mudou é que está mais bonita, o seu cabelo negro está mais curto. Olhos azuis cristalinos olham para cima como se ela estivesse considerando a minha oferta. Tudo o que eu quero fazer é beijá-la, experimentar se ela tem um gosto novo e saber como o seu corpo se sente pressionado contra o meu. Ela abre a boca para falar, mas a minha boca cobre a dela em num movimento rápido. Estou tão surpreso quanto ela pela minha falta de controle. Engolindo o seu pequeno suspiro, os meus lábios se movem contra os dela pedindo para me beijar de volta. Por um breve segundo, temo que ela não vá retribuir, até eu sentir a tensão sair do seu corpo e os seus lábios começarem a se mover, se separando um pouco. É o único convite que preciso, minha língua mergulha na boca dela. Nosso beijo fica mais urgente e ganancioso. A minha mão vai ao redor da sua nuca, puxando-a para mais perto. Estou pegando fogo, o meu sangue esquentando, correndo pelas minhas veias como lava derretida. Como que um beijo da Lindsay pode acabar com o meu autocontrole? O seu pequeno gemido me puxa de volta do precipício da minha luxúria, me lembrando que estamos em um estacionamento. Eu puxo a minha cabeça para longe, liberando ela instantaneamente. Estamos ambos sem fôlego. Eu me afasto, vendo o choque nos olhos dela. —Lindsay, me desculpe. Não sei o que aconteceu comigo. Os olhos dela olham em volta ansiosamente, provavelmente esperando que ninguém tenha testemunhado a nossa troca. Não dou a mínima se o mundo inteiro viu. Eu só descobri que eu ainda quero Lindsay Williams com tal ferocidade que eu poderia enlouquecer se não a ter. —Tenho que ir. — Lindsay abre a porta do carro dela. —Espera, eu não consegui — Ela bate a porta me cortando. —Seu endereço. — O motor ruge para a vida e ela dirige em um guincho de pneus. Eu assisto, boquiaberto, à medida que o carro dela desaparece. Eu passo meus dedos pelo meu cabelo em frustração. Uma mulher nunca fugiu de mim depois de ser beijada. O comportamento bizarro de Lindsay me deixou chocado. Claro, que seria um pouco estranho depois do que aconteceu entre nós, e o fato de que as coisas acabaram por telefone, mas é como se ela estivesse com medo da minha presença. Mas por quê? Eu não pretendo desistir tão facilmente. Ela saiu sem me dar o endereço dela, mas eu sei onde sua mãe mora. Além disso, é uma cidade pequena. Não vai ser difícil de encontrar ela. Eu ando até meu carro, me perguntando o que diabos eu estou fazendo. Se Lindsay não quer ter nada a ver comigo então eu deveria deixar ir. Nunca persegui mulheres. O que Lindsay tem de tão especial? Eu suspiro, já sabendo a resposta para a pergunta. Ela é a primeira e a única mulher que me faz sentir algo a mais que luxúria. Anos atrás, quando ela expressou que ela me queria, tanto quanto eu queria levá-la imediatamente, eu estava hesitante. Porque eu percebi que ela era o tipo de garota para um relacionamento de verdade. Independente do meu modo devasso e do que todos achavam que eu era, eu pretendia tentar um relacionamento real com Lindsay. Eu estava disposto a tentar a longa distância até que ela terminasse a faculdade. Afinal, eu tenho dinheiro suficiente para visitá-la em qualquer lugar que ela estivesse por várias vezes. Mas ela não estava interessada, e eu deixei passar, retornando para a minha sequência de mulheres e festas. Quando eu sento no meu carro, olhando para frente, me pergunto se eu deveria deixar passar dessa vez também. —Não, eu tenho que falar com ela. — Está na hora acertarmos as contas de uma vez por todas. Eu vou dizer a ela como me sinto e ver o que acontece. Capítulo oito Lindsay Já passa das nove da noite quando eu faço o meu caminho para casa. Eu puxo meu telefone e disco o número da minha mãe. —Oi, querida. —Ei, mãe. Casey está pronta para ir? Estou a caminho agora. —Oh, ela está dormindo. Talvez você deveria deixá-la esta noite comigo. Eu contemplo a sugestão. Me pouparia a viagem extra de dez minutos para a casa da minha mãe. E eu não quero acordar Casey. Se o fizer, ela não vai dormir esta noite. —Tudo bem, se não se importa. A minha mãe sorri. —Você sabe que eu não me importo. Adoro ter Casey aqui. Você sabe quão solitária eu fico às vezes. Eu suspiro. —Sim. Ok, obrigada, mãe. Eu irei amanhã. —Boa noite, querida. Desligo o telefone me sentindo culpada. Mamãe me pediu para voltar a morar com ela várias vezes. Desde que meu pai morreu, ela tem desejado companhia. Mas eu não suporto ficar naquela casa sem lembrar como fiquei desapontada com o meu pai antes dele falecer ali. Soltando um suspiro, estaciono o meu carro e saio. Agora não é hora de desenterrar essas memórias. Estou muito cansada. Eu também tentei evitar de pensar no beijo que Ethan e eu compartilhamos. Os meus lábios ainda estão formigando horas depois. Eu pego a minha bolsa para pegar as minhas chaves e abro a porta. —Lindsay. Com um suspiro eu me viro para ver Ethan subir as escadas. —Oh meu Deus, Ethan. Você me assustou. —Peço desculpas. — Ele está de pé, alguns metros longe de mim com as suas mãos no bolso. —Como me encontrou? Ele dá de ombros. —Pensei em visitar sua mãe, mas depois de perguntar pela cidade, eu consegui o seu endereço. Meu coração ainda está na menção de ele ir na minha mãe. Graças a Deus ele não foi. Casey está lá. —O que você quer? —Eu quero falar, Lindsay. Podemos sentar e ter uma conversa decente, por favor? Isso exigiria que ele entrasse no meu apartamento. Eu olho de volta para a minha porta aberta. —Hum, tudo bem. Talvez possamos ficar aqui ou ir para o seu carro. As sobrancelhas do Ethan se enrugam, e ele me dá um olhar estranho. —Talvez seja mais confortável lá dentro. Vamos, Lindsay. Você tem medo de me convidar para entrar? Não é como se eu fosse um estranho. Eu falo para ele que eu sou autoconsciente sobre o estado do meu apartamento? Ele está acostumado com coberturas e glamorosos hotéis. Meu lugar está no lado negativo da escala glamorosa. —Bem, é que o meu apartamento não está arrumado para visitas. — Ethan me pega de surpresa quando solta um grunhido chateado e passa por mim. Ele me puxa para dentro no processo. —Ei, eu não disse que poderia entrar. — Protesto. —Cala a boca, Lindsay. Já estou dentro. Fervendo, eu fecho a porta e viro para enfrentá-lo. —Bem, você está. O que você quer falar? — Tenho que acabar com isso para que eu possa mandar ele embora. Graças a Deus eu decidi deixar Casey com minha mãe hoje à noite. Não quero nem imaginar como isso teria sido se Ethan tivesse visto ela esta noite. —Eu quero falar sobre nós. — Ethan olha para mim com a mesma intensidade que eu tenho certeza que tenho em meu próprio olhar. —Não existe nós, Ethan. Ok, nós conversamos. Você pode ir agora. Há uma série de palavrões que fazem as minhas sobrancelhas arquearem para cima. —Você beija sua mãe com essa boca, Ethan? —Eu gosto mais de beijar você. — Rubor desliza até meu pescoço e se espalha para as minhas bochechas. Ele sorri perversamente. —Eu sei que você gostou também, Lindsay. A maneira que você derreteu em meus braços hoje mais cedo foi toda a indicação que eu precisava. Bem, ele não está errado. Nós compartilhamos um beijo, e foi tudo, e eu adoraria experimentá-lo de novo e de novo. Eu deixo pequenos suspiro saírem dos meus lábios. —Não voltará a acontecer.Não vou por esse caminho com você, Ethan. Claro, eu tinha uma queda por você há alguns anos, mas seguimos caminhos diferentes, e eu não me sinto da mesma forma. Ele pisa mais perto de mim. Estou muito ciente da sua presença imponente, fazendo meu apartamento parece menor do que é. Eu quero dar um passo para trás, para colocar distância entre nós, mas eu me recuso a deixá-lo ver o quanto sua proximidade me afeta. —Se bem me lembro, foi mais do que uma paixão. Seus sentimentos por mim realmente desapareceram Lindsay? — Seu tom é baixo e sedutor, passando por mim como uma carícia suave. Seus olhos estão ardendo em mim, penetrando a minha alma. Se eu mentir, ele saberá. —Não. — A palavra derrama dos meus lábios, emergindo com mais fôlego do que eu pretendia. Eu engulo seco. Desde que eu estou sendo honesta, eu posso também deixá-lo saber sobre a nossa filha. Se ele acabar me odiando, que assim seja. Manter o segredo durante três anos tem sido torturante. —Ethan, eu... A sua boca captura a minha, cortando a minha confissão. — Nunca deixei de pensar em você. — Ele sussurra contra os meus lábios. —Sobre onde as coisas poderiam ter indo. Sua admissão me paga de surpresa. Eu quero perguntar como ele encontrou tempo para pensar sobre mim com as suas companheiras femininas ocupando seu tempo e a sua cama. Mas eu estou gostando de como os lábios dele suavemente passam nos meus, e eu não quero que ele pare. Ele me puxa mais perto para que eu possa sentir a evidência da sua necessidade. Eu não posso deixar de me sentir lisonjeada que eu afeto ele de tal forma. Sua língua mergulha na minha boca e eu solto pequenos gemidos, envolvendo meus braços mais firmemente em torno do seu pescoço. Ethan se afasta um pouco para sorrir para mim. — Obviamente eu ainda quero você. Quarto? Se entrarmos no meu quarto, ele verá o berço de Casey. — Bem aqui. — Eu sussurro olhando para o sofá. Eu fico aliviada quando o seu sorriso se alarga e ele abaixa a sua cabeça para cobrir minha boca com a dele mais uma vez. Não leva muito tempo para a paixão entre nós entrar em erupção. Anos de desejo reprimido e emoções explodem. O terno beijo que partilhamos se torna mais urgente. A boca de Ethan deixa pequenos beijos no meu pescoço. As mãos dele seguram a minha bunda, me puxando contra a sua ereção. Sinto as suas mãos deslizarem por baixo da minha camisa para acariciar minha pele. Um arrepio me percorre. Sonhei com as mãos dele em mim tantas vezes. Minha camisa é puxada sobre minha cabeça, seguido pelo meu sutiã. Ethan não perde tempo e toca os meus seios nus, inclinando a sua cabeça para apertar a língua dele sobre um mamilo. Eu suspiro, umidade infiltrando a minha calcinha. Ele passa para o outro peito para dar o seu delicioso assalto. Quase quatro anos desde que fui tocada assim, então o meu corpo é mais sensível ao seu toque. O mais leve roçar me faz sentir que estou prestes a entrar em combustão espontânea. — Eu quero sentir sua pele contra a minha. — Sussurro. Ele levanta a cabeça, um sorriso puxando seus lábios. Há algo como alívio em seus olhos. Ele pensou que eu não queria ele? Que mulher não iria querer? Ele põe os seus polegares no cós da minha calça e a desliza sobre o meu quadril e nas minhas coxas para baixo. Cada peça da minha roupa é removida, deixando-me vulnerável ao seu olhar que me sonda. —Você é tão linda, Lindsay, cada centímetro de você. Eu me perguntava quando eu iria conseguir banquetear os meus olhos com você novamente. — Ele começa a remover as suas roupas e eu assisto, fascinada com a ondulação dos seus músculos em cada movimento. A necessidade de tocá-lo me dá coragem de dar um passo para frente e passar as minhas mãos sobre sua pele. Minhas mãos deslizam sobre seu peito definido e abdômen, deslizando mais para baixo para a sua ereção. Eu olho para ele antes de segurar ele com os dedos trêmulos. Ele inala bruscamente, flashes de fogo passam em seus olhos. Timidamente, começo a mexer as mãos, o acariciando suavemente. Estou satisfeita com o jeito que ele está lutando pelo controle. Trazer um homem como Ethan para tal estado é extremamente poderoso. Eu aperto mais ainda. As mãos de Ethan apertam o meu pulso. —Deus, Lindsay. Não mais. Estou prestes a me perder, e ainda nem toquei em você. — Ele me levanta do chão e minhas pernas se envolvem em torno de sua cintura, enquanto ele nos leva até o sofá. Finalmente posso senti-lo contra mim sem nenhuma barreira. Isto é tudo muito familiar. Eu nua debaixo de Ethan em um sofá. Foi assim que tudo começou. —Maldição. — Ele assobia. —Quase me esqueci. — Ele levanta, deixando eu me sentir desolada. —O quê? — Eu pergunto, apoiando em meus cotovelos. Ele levanta as calças do chão e enfia a mão em um bolso, revelando um pacote de preservativo. Eu levanto uma sobrancelha. Se ambos tivéssemos pensado nisso na primeira vez na casa da piscina. Ele limpa a garganta. —Eu não vim aqui planejando... —Me seduzir? — Termino com um ligeiro sorriso. Ele sorri e põe a camisinha. —Não que eu não esteja em êxtase que isso está acontecendo. — Ele se abaixa entre as minhas coxas novamente, desta vez olhando em meus olhos. — Não quero que você tenha nenhum arrependimento desta vez. —Eu não vou. Eu quero isso. Eu quero você. — Malditas sejam as consequências. Ele levanta a mão para trilhar seu dedo na minha bochecha, e depois abaixa para pegar o meu quadril. Seu pau pressiona contra a minha entrada, e eu levanto meus quadris na tentativa de levá-lo para dentro de mim. —Por favor, Ethan. Eu esperei por tanto tempo. Ele responde entrando em mim em uma lentidão agonizante, até que ele esteja enterrado bem fundo. Nós dois soltamos suspiros contentes, satisfeitos por estarmos novamente conectados depois de tanto tempo. Ethan se move lentamente no início, mas seus golpes ficam mais rápidos. Sua mandíbula se aperta e eu posso ver a sua batalha interna através dos seus olhos. Ele está lutando para manter o controle. Mas não quero que ele faça. Eu quero que ele deixe ir. Eu quero tudo dele. As minhas pernas apertam em torno da sua cintura enquanto eu levanto os meus quadris para encontrar seus impulsos, levando-o mais profundo. —Mais, Ethan. — Meu apelo suave parece tirar o controle que ele tanto quer manter. Ele começa a entrar em mim com mais vigor, tirando gritos dos meus lábios. Meus dedos cavam nos músculos de seus braços enquanto os meus músculos internos apertar ao redor dele. Eu posso sentir a tensão se espalhando por todo meu núcleo. —Ethan! — Eu soluço o seu nome enquanto me desfaço em pedaços. Ele olha para mim e continua se movendo, enviando ondas de choque através de mim. —Lindsay, eu poderia olhar para você para sempre. Suas palavras me jogam em um frenesi de emoções, eu tenho que reprimir as minhas as lágrimas. Elas não poderiam significar nada disso. Para sempre implica uma relação real. Ele deve ter proferido as palavras no calor da paixão. Eu continuo a olhar nos olhos dele, quando ele estremece e goza, soltando um gemido alto. Eu posso sentir ele ainda pulsando dentro de mim. Eu não me importaria se ele permanecesse lá para o resto de nossas vidas. Nossas respirações irregulares enchem a sala. —Estou esmagando você. — Ethan murmura. Eu balanço a cabeça que não, mas ele se levanta de qualquer maneira. — Onde é o banheiro? — Eu aponto para uma porta fechada e vejo ele se mover em direção a ela. Deitei no sofá, sou uma poça saciada de membros imóveis. Quando Ethan desaparece atrás da porta, um alarme pisca na minha cabeça. Há algum sinal de que uma criança vive aqui no banheiro? Ele não diz nada quando aparece, então eu relaxo um pouco. Ele se junta a mim no sofá, ele estica seu corpo bem maior que o meu ao meu lado e me puxa para ele. Minha cabeça repousa sobre seu ombro. É estranho o quão relaxada eume sinto ao lado dele. —Peço desculpas por apressar as coisas, Lindsay. Eu tinha a intenção de tomar meu tempo agradando você. —Foi incrível. — Eu murmuro, minha voz escorrendo de exaustão. —É mesmo? Estou feliz. Eu rio ao sinal de satisfação masculina em seu tom. Estou perigosamente perto de dormir. Devo dizer a Ethan para sair. Mas parece tão bom ficar deitada desse jeito com ele. Eu deveria não me acostumar com ele. Ele vai sair depois do casamento da Amanda, e provavelmente não o verei novamente por mais três anos, se não mais. Capítulo nove Ethan Meus olhos se abrem. Estar em um ambiente desconhecido me desorienta. O peso leve de um corpo quente deitado em cima de mim traz de volta a minha memória. Um sorriso se espalha pelo meu rosto. Esta é a primeira vez que eu acordo com uma mulher e não temo o constrangimento que se seguirá. É desnecessário dizer que eu estou imensamente feliz por acordar com Lindsay em meus braços. Estou um pouco dolorido de passar a noite no sofá dela, mas satisfeito. Eu olho para baixo para encontrar ela ainda dormindo. A cortina de cabelos pretos se espalha pelo meu peito. A sua cabeça está levemente virada para que eu tenho o visual completo do rosto dela. Eu estudo a sua pele impecável, cremosa, nariz empinado e lábios cheios inchados dos meus beijos. Os seus longos cílios descansam em sua face. Ela parece tão calma e inocente. Meu coração se agita com uma emoção que eu estou com muito medo de analisar no momento. Eu faço uma tentativa de me mover e não posso controlar o gemido que sai do meu peito. Como acabamos passando a noite toda no sofá de qualquer maneira? Lindsay se agita, sua pele macia desliza por cima da minha e eu gemo novamente, agora é por causa da excitação. Eu já posso me sentir endurecendo. Ela congela, sem dúvida, sentindo meu pau cutucando ela. A cabeça dela vira para cima, olhos azuis em confronto com os meus, nadando com confusão e depois choque. —Ethan, o que você... oh, Deus. — Ela pula para cima, quase tropeçando no chão. Eu alcanço ela rapidamente para ajudá-la. —Ei, cuidado. — Espero que ela não ouça o divertimento em minha voz. Minha diversão desaparece quando eu vejo o olhar de horror em seu rosto. —Lindsay, o que há de errado? Ela pega sua blusa para segurar em sua frente. —Você passou a noite. —Sim. Você caiu no sono e depois adormeci. Eu achei que você não se importaria se eu ficasse. —Eu me importo. Você deveria ter saído. — Agitação irradia dela quando enfia os dedos em sua massa de cachos. Eu levanto, a alcanço e seguro o rosto dela, forçando ela a olhar para mim. —Você está quase em pânico. Acalma-se, Lindsay. Então eu passei a noite. Isso não é grande coisa. —Isto é. Eu franzo minha testa. —Por quê? Ela tira o rosto das minhas mãos. —Você está saindo em alguns dias. Não devíamos ter feito isso. — Ela acrescenta, acenando com as mãos. A minha frustração aumenta. Com um suspiro, eu pego as minhas roupas e começa a me vestir. —Você me disse que não haveria nenhum remorso. Lindsay faz uma pausa quando está vestindo as calças e olha para mim. —Não me entenda mal, Ethan. Não me arrependo de fazer sexo com você. Quis dizer que você não deveria ter passado a noite. Nós não devemos complicar demais as coisas. Além disso, tenho um filho. A minha cabeça vira, e eu esqueço tudo sobre abotoar a camisa. O meu coração para. —Você tem uma criança? — Ela parece tão chocada quanto eu pela sua declaração quanto eu. —Sim, uma filha. É por isso que você devia ficar longe de mim. Sei que você não quer uma mulher com uma criança, ou uma mulher que vive em um apartamento de baixa qualidade que trabalha em uma lanchonete. Percebendo que eu estou de boca aberta, eu a fecho. — Você está com alguém? — A dor que perfura o meu coração é quase insuportável. Claro, ela tem alguém. Uma mulher bonita como Lindsay certamente atrairia a atenção dos homens. —Eu te disse que tenho um filho e que estou muito abaixo de você, e você pergunta se eu tenho um namorado? Aperto a minha mandíbula. —Porque isso é tudo que me importa. O fato de você ter uma filha não me impede de te querer. E o que diabos você quer dizer abaixo de mim? A única vez que você esteve abaixo de mim foi ontem à noite. E pelo que me lembro, ambos gostamos. Estou satisfeito em ver o rubor se espalhar pelo rosto dela. —Você sabe o que quero dizer. — Ela joga para fora. Os seus ombros caem. Sua expressão de derrota puxa o meu coração. —Não fui para a faculdade de arte, Ethan. Eu não me tornei nada. Eu fiquei aqui nesta cidade pequena trabalhando em um emprego por um salário mínimo. Eu ainda faço. Você é uma grande estrela. Você é rico e bem-sucedido. O que um cara como você quer comigo? O que eu ouço de Lindsay é inacreditável. Segurando o queixo dela, eu forço ela a encontrar o meu olhar. —Eu pensei que você me conhecia bem o suficiente para saber que eu não me importo com essas coisas triviais. Eu quero você, Lindsay. Não me importo que tipo de trabalho que você faz. Eu fico triste por descobrir que você não foi para a faculdade de arte, no entanto. Por que você não foi? Ela encolhe os ombros. —Simplesmente não deu certo. —Não pense que você é nada menos que incrível porque sua vida não foi do jeito que você planejou. — Eu suspiro. —Eu acredito que a verdadeira questão é o que uma garota como você iria querer com alguém que tem a minha reputação. Lindsay solta uma risada. —Bem, eu li algumas coisas. Eu gemo, mas sorrio, e o clima clareia na hora. Mas há uma pergunta a mais pairando em minha mente. Eu limpo minha garganta levemente. —Hum, e o pai da sua filha? Quero dizer, você e ele... —Eu ainda estou solteira. Eu não teria dormido com você se eu não estivesse. Me sentindo ridiculamente aliviado, eu aceno. — Certo. Qual é o nome da sua filha? —Casey. — Há amor evidente no tom dela quando ela menciona o nome da filha. —Casey. — Repito. —Eu adoraria conhecê-la. Os olhos de Lindsay se arregalam. —Isso não é uma boa ideia. Você realmente deveria ir, Ethan. Eu ofereceria café da manhã, mas eu tenho que pegar Casey na minha mãe. —Que tal eu levá-la até a sua mãe e você levar a mim e Casey para tomar café da manhã? —Não! Quero dizer obrigada, mas não, eu tenho muita coisa para fazer hoje. Você sabe como é quando você tira um dia de folga. Ela está me empurrando em direção à porta enquanto fala. —Ok, jantar então. Eu levo vocês duas para jantar fora. Lindsay suspira. —Não estou confortável em você conhecê-la ainda. Eu olho para ela por um momento. —Tudo bem, eu respeito isso. O que me diz sobre só você e eu, então? —Se a minha mãe puder ser babá, talvez. —Bom o suficiente para mim. — Antes que eu pudesse inclinar para baixo para dar-lhe um beijo, ela fecha a porta. — Adeus para você também. — Eu digo para a porta fechada. Eu solto um suspiro. Eu quase fui expulso do apartamento dela. Nenhuma mulher jamais me colocou para fora depois de uma noite de paixão. —Bem, esta é a primeira vez. — Normalmente sou o único tentando me livrar de alguém pela manhã. O comportamento de Lindsay me deixa perplexo, embora agora seja um pouco mais claro depois de suas confissões. Eu balanço a cabeça. O término entre nós, todos aqueles anos atrás, vem do sentimento que ela não era suficientemente boa para mim? Isso é ridículo, considerando que ela é a única que é boa demais para mim. Capítulo dez Lindsay Eu me sinto mal, vestida de uma maneira fora do meu elemento, e sem mencionar que eu estou sentada em um restaurante chique. Eu não deveria ter concordado em passar o dia em Hartford com Ethan. Eu passei um tempo com ele quase todos os dias desta semana, encontrando com ele para almoçar e jantar, e passando as noites na minha casa. Agora que ele sabe que tenho um filho,
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