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NULIDADES PROCESSUAIS Prof. FÁBIO PORTO NULIDADE PROCESSUAL “É a sanção determinada pela lei, que priva o ato jurídico de seus efeitos normais, em razão do descumprimento das formas mencionadas na norma jurídica” Sérgio Pinto Martins SISTEMAS DE NULIDADES Tendência formalista: qualquer violação à forma acarreta a invalidade do ato e dos outros atos posteriores. (sistema francês e alemão). Tendência instrumentalista: tem em vista o fim prático do ato e a formalidade que legislador impôs; inexistindo prejuízo, deixa o juiz de decretar sua ineficácia. Se a finalidade foi alcançada, é valido o ato, mesmo que o caminho percorrido não seja o previsto VÍCIOS SANÁVEIS a) nulidade relativa b) anulabilidade c) irregularidades INSANÁVEIS a) inexistência b) nulidade absoluta Vícios sanáveis NULIDADE RELATIVA – resulta da infração de normas não cogentes, subtraídas, portanto, ao alcance do poder dispositivo das partes, embora para ela voltadas. Ex.: se a parte não está devidamente representada, pode o juiz conceder prazo para sanar o ato. VÍCIOS SANÁVEIS ANULABILIDADE – o vício é decorrente de norma dispositiva. Não reagindo a parte, o ato que era inválido passa a ser válido. Ex.: Incompetência em razão do lugar IRREGULARIDADES – que podem ser corrigidas e que não podem ser corrigidas. Ex.: parágrafo único do art. 897-A da CLT VÍCIOS INSANÁVEIS INEXISTÊNCIA – não produzirá efeitos em época alguma, não tendo nenhuma validade. Em face de uma circunstância que impede seu nascimento. Por exemplo: sentença não assinada pelo juiz. NULIDADE ABSOLUTA – é ditada por fins de interesse público, de ordem pública absoluta. Compromete todo o processo. Ex.: incompetência absoluta, art. 64, CPC. PRINCÍPIOS DAS NULIDADES Legalidade – as nulidades dependerão do que estiver previsto em lei para que sejam observadas as formas nelas previstas; Instrumentalidade das formas e da finalidade - é uma atitude de maior flexibilidade, voltada mais para o fim do que para a forma do ato. PRINCÍPIOS DAS NULIDADES Princípio da utilidade - Aproveitamento da parte válida do ato - se o ato anulado é premissa necessária dos seguintes válidos. todos perderão seus efeitos; porém, se não houver correlação de dependência, poderão ser aproveitados (utileper itiutile non vitiatur) (CLT, art. 797 e 798).; PRINCÍPIOS DAS NULIDADES Interesse de agir – não haverá nulidade se a parte prejudicada não a arguir; Causalidade – para haver nulidade, deve haver uma causa e um efeito. Os atos devem ser interdependentes. PRINCÍPIOS DAS NULIDADES Lealdade processual – lealdade e boa-fé processual Transcendência ou prejuízo – está previsto no art. 794 da CLT, que dispõe não haver nulidade se não houver prejuízo à parte; Convalidação – art. 795 da CLT. Segundo tal dispositivo, as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes. NULIDADES Destaque para: art. 794 da CLT – princípio da transcendência ou do prejuízo; art. 795 da CLT – princípio da convalidação; Art. 795, par. 1º da CLT – nulidade absoluta; Art. 797 e 798 da CLT – aproveitamento da parte válida do ato. PRECLUSÃO Conceito: Trata-se da perda da faculdade da parte de praticar, realizar um ato pela transcurso de um determinado momento processual Distingue-se da decadência, pois esta ocorre quando a parte não se utiliza do seu direito no tempo oportuno. PRECLUSÃO Preclusão temporal – é proveniente de a parte não praticar o ato processual em determinado prazo estipulado pela lei. Preclusão consumativa – consumado o ato, não poderá a parte pretender praticá-lo novamente. PRECLUSÃO Preclusão lógica – ocorre quando um ato não mais pode ser praticado, pelo fato de se ter praticado outro ato que, pela lei, é definido como incompatível com o já realizado.
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