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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS NAILDA DE OLIVEIRA GOMES FICHAMENTO DE TRANSCRIÇÃO OU CITAÇÃO DIRETA SINOP-MT 2021 NAILDA DE OLIVEIRA GOMES FICHAMENTO DE TRANSCRIÇÃO OU CITAÇÃO DIRETA Trabalho avaliativo apresentado à Universidade do Estado de Mato Grosso, como atividade avaliativa da disciplina Metodologia e Técnicas de Pesquisa, ofertada na 3° fase do curso de Administração campus Francisco Ferreira Mendes. Sob orientação da professora Flora Lima Farias de Souza. SINOP-MT 2021 RODRIGUES, M. G. ; COSTA, F.J.P. Ciência, Tecnologia e Inovação no Segmento Agropecuário no Brasil. Revista Brasileira de Administração Científica. v. 11 n. 3, jul-set/2020, p. 155-166. Disponível em https://sustenere.co/index.php/rbadm/article/view/CBPC2179-684X.2020.003.0011. Acesso em 12 jan. 2021. Nailda de Oliveira Gomes p. 156 [...] a promoção da pesquisa básica é crucial para o conhecimento e o processo de inovação tecnológica. A atuação sobre o meio e a natureza é o primeiro passo para a construção do conhecimento científico-tecnológico. Nessa economia, assume predominância o emprego do conhecimento intensivo, conduzindo à expansão da componente intangível relativamente ao passado, caso se considere o alargamento do percentual de capital intangível no estoque do capital real, expandindo-se a difusão de conhecimentos. p. 156, 157 [...] o conhecimento pode ser básico ou aplicado, ainda que os mesmos sejam complementares/funcionais e que seja tênue a fronteira entre eles. Para Stokes (2005) a distinção entre ambos os tipos de conhecimento dá-se a partir dos objetivos para as quais se voltam as pesquisas geradoras. Portanto, enquanto a pesquisa básica procura ampliar a compreensão dos fenômenos de um campo da ciência, a pesquisa aplicada busca uma utilidade/aplicação no contexto da sociedade. p. 157 [...] a análise schumppeteriana considerou as influências que o mercado e o ambiente institucional exercem sobre a sua geração, de modo a propor cinco tipos de inovações, a saber: a) a introdução de novo produto ou mudança qualitativa em produto existente; b) a inovação de processo novo para uma indústria; c) a abertura de novo mercado; d) o desenvolvimento de novas fontes de fornecimento de matérias primas e insumos; e) as mudanças na organização industrial. [...] a inovação de tipo organizacional implica em mudanças a nível das estruturas organizacionais, na implementação de técnicas avançadas de gestão ou na efetivação de novas ou substancialmente modificadas/renovadas orientações estratégicas em termos de gestão corporativa. p. 158 Na situação brasileira, a CT&I poderá vir a ter um papel fundamental na resolução de muitas situações de natureza básica e estrutural, como exemplo podemos citar: a superação de doenças endêmicas, a universalização do ensino médio, a exploração sustentável do grande patrimônio de biodiversidade, a exploração das fronteiras do espaço e do mar, dentre outras. p. 159 A inovação tem como base a ciência, a tecnologia e o ambiente (entorno). Este último, por seu lado, considera os aspectos socioeconômicos, político-institucionais e jurídico-políticos. [...] registra-se que quanto maior o ritmo de produção, de difusão e de acumulação do conhecimento, maior a potência para acumulação de riqueza e de poder. Inversamente, quanto maior o estoque acumulado de riqueza e de poder, maiores os recursos a serem potencialmente destinados ao avanço no conhecimento. Assim sendo, explica-se o atraso econômico/político das nações pela insuficiência de geração interna de conhecimento. p. 160 [...] os anos 90 do século XX marcam o triunfo da alta finança e do capital especulativo, o que, no caso do Brasil, conduz ao negligênciamento das políticas industrial e científica e tecnológica, canalizando-se os recursos públicos para pagamento de juros sobre uma dívida crescente. A industrialização brasileira, bem como os seus linkages com a inovação e a capacitação tecnológica, passa a ter como motor o novo relacionamento com o mercado em regime de abertura comercial, o que implicava em acrescentar/reforçar as funções empresariais interagentes com a função de fabricação (design, logística, marketing, P&D, etc.), com o respectivo desenvolvimento de processos inovadores/competitivos. p. 161 Considera-se que as opções estratégicas podem ser avaliadas segundo dois tipos fundamentais de cadeias produtivas, a saber: aquelas responsáveis pela transformação de matéria inanimada e as outras voltadas para a transformação de matéria viva. Assim sendo, as cadeias de produção de bens de capital devem ocupar um lugar de destaque no contexto da política para o desenvolvimento científico e tecnológico. p. 161, 162 O esforço científico-tecnológico afeto à estratégia de desenvolvimento agropecuário do Brasil implica principalmente em aplicações da biotecnologia para a manipulação genética e a identificação das variedades agrícolas mais adaptadas às várias condições ecológicas/climáticas, muito embora deva considerar uma série de outros aspectos (a definição de novas técnicas de manipulação, cultivo e criação; a melhoria das técnicas de conservação e de utilização do solo; o desenvolvimento de fertilizantes/defensivos mais adequados aos diversos solos e culturas; o combate e a prevenção das pragas; a manipulação genética das espécies animais; o combate das moléstias; a produção veterinária; a melhoria da capacidade de suporte dos insumos; a identificação/difusão dos novos métodos de criação animal e de novos produtos de alimentação animal. p. 163 A proteção à propriedade intelectual passa a ser de extrema importância para a coordenação e gestão da pesquisa agropecuária e para o fortalecimento do aspecto institucional da pesquisa pública. A questão tecnológica assume proeminência em função dos ganhos de produtividade, da redução dos custos e da maior eficiência/sustentabilidade a nível da produção. O setor agrícola modernizou-se, obteve um maior dinamismo e expandiu-se em termos do mercado internacional. p.164 nem todo o desenvolvimento tecnológico e geração de novos conhecimentos no setor agrícola cristalizam-se nos insumos produtivos. A agricultura não funciona por meio de agentes receptores passivos de tecnologias. A inovação tecnológica na agricultura depende da acumulação do conhecimento tácito e específico, a qual se insere num processo de aprendizado cumulativo no tempo, que aumenta a produtividade e promove a redução dos custos de produção. p. 165 Um setor agropecuário dinâmico necessita de uma indústria forte, completa, integrada e dotada de um elevado nível de incorporação tecnológica. Assim, a indústria deve se modernizar, integrar-se e entrar em interação com a atividade agropecuária, quer em termos da produção de alimentos ou commodities, quer a nível da agroenergia (biodiesel e álcool).
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