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METODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA PROF.A MA. LETÍCIA IZEPPE BISCONCIM Reitor: Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira Pró-reitor: Prof. Me. Ney Stival Gestão Educacional: Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa PRODUÇÃO DE MATERIAIS Diagramação: Alan Michel Bariani Thiago Bruno Peraro Revisão Textual: Felipe Veiga da Fonseca Letícia Toniete Izeppe Bisconcim Luana Ramos Rocha Produção Audiovisual: Eudes Wilter Pitta Paião Márcio Alexandre Júnior Lara Marcus Vinicius Pellegrini Osmar da Conceição Calisto Gestão de Produção: Kamila Ayumi Costa Yoshimura Fotos: Shutterstock © Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo (a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá. Primeiramente, deixo uma frase de Só- crates para reflexão: “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida.” Cada um de nós tem uma grande res- ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica e profissional, refletindo diretamente em nossa vida pessoal e em nossas relações com a socie- dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente e busca por tecnologia, informação e conheci- mento advindos de profissionais que possuam novas habilidades para liderança e sobrevivên- cia no mercado de trabalho. De fato, a tecnologia e a comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e nos proporcionando momentos inesquecíveis. Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a Distância, a proporcionar um ensino de quali- dade, capaz de formar cidadãos integrantes de uma sociedade justa, preparados para o mer- cado de trabalho, como planejadores e líderes atuantes. Que esta nova caminhada lhes traga muita experiência, conhecimento e sucesso. Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira REITOR 33WWW.UNINGA.BR UNIDADE 01 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4 1 - NOÇÃO DE TEXTO................................................................................................................................................. 5 2 - CIÊNCIA E CONHECIMENTO .............................................................................................................................. 6 3 - TIPOS DE CONHECIMENTO ................................................................................................................................7 4 - O TRIPÉ DA UNIVERSIDADE ...............................................................................................................................10 4.1. A PESQUISA CIENTÍFICA ...................................................................................................................................10 4.2. A PESQUISA NA UNIVERSIDADE ..................................................................................................................... 11 4.3. PROBLEMAS DE PESQUISA .............................................................................................................................12 4.4. AS FASES DA PESQUISA ...................................................................................................................................13 4.5. A BUSCA DAS FONTES PARA SUSTENTAÇÃO.................................................................................................15 A CIÊNCIA, A PESQUISA E O PESQUISADOR PROF.A MA. LETÍCIA IZEPPE BISCONCIM ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA 4WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Este material, da disciplina de Metodologia Cientí� ca, foi pensado visando contribuir para a busca do conhecimento nas mais diversas fontes existentes. Iniciemos esse processo de busca entendendo o conceito de texto, para seguirmos rumo ao texto cientí� co, trazendo o conceito de ciência, entendendo os tipos de conhecimento, situando a universidade nesse contexto, nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Será proposto esse primeiro contato com a pesquisa e a vida na universidade, suas fases e a busca de fontes que a sustentem. Sendo assim, nesse primeiro momento, para que todo esse processo se desenvolva de modo agradável, é necessário conscientizar-se de que as leituras indicadas no programa em cada Unidade de ensino devem ser realizadas, bem como assistidos os vídeos e realizadas todas as avaliações, ou orientações sugeridas pelo tutor da disciplina, pois, dessa forma, conseguiremos fazer com que cada trabalho escrito seja como almejou Lima (2006): “uma produção cientí� ca com saberes e sabores”. 5WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1 - NOÇÃO DE TEXTO Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto � nal. No meio você coloca ideias (Pablo Neruda). Iniciemos nossas ‘conversas escritas’, se assim podemos chamar, com esse pensamento de Pablo Neruda, por meio do qual o ato de escrever parece algo tão simples e fácil de acontecer. Começamos com letra maiúscula, terminamos com um ponto � nal e no meio colocamos ideias. Uma palavra apenas: “ideias” e tanta coisa a ser pensada, tanta di� culdade para se colocar no papel, normas a serem seguidas, gra� as a serem consertadas, lacunas a serem preenchidas... En� m, escrever, para muitos, não é tarefa simples demais, pelo contrário, é um trabalho árduo, que requer muito esforço e treinamento. Quando se fala em escrita cientí� ca então, o assunto parece ter menos adeptos, pois aquelas “ideias” sempre precisam vir acompanhadas de uma série de normas e regras. Antes de estabelecermos contato especi� camente com o texto cientí� co, é importante entendermos o sentido que a palavra ‘‘texto’’ nos traz. Quando recorremos à sua etimologia percebemos a ligação entre texto e tecido. A relação da palavra “texto” com tecido - com tecer, têxtil, textura, tecelagem - nos indica que a metáfora da trama dos � os tecidos para falar da trama das palavras na composição de um texto, não é uma simples metáfora. Segundo Araújo (2001), texto e tecido são palavras etimologicamente, de fato, emaranhadas. Assim, podemos entender que da mesma forma como o tecido vai sendo construído, por meio de cada � o que compõe o todo, também o texto, através de cada palavra ou ideia. Desse modo, como temos vários tipos de tecido, temos também incontáveis tipos de textos. E, para nomear cada um deles, é que trazemos as considerações acerca dos gêneros textuais. A riqueza e a variedade dos gêneros do discurso são in� nitas, pois a variedade virtual da atividade humana é inesgotável, e cada esfera dessa atividade comporta um repertório de gêneros do discurso que vai diferenciando-se e ampliando-se à medida que a própria esfera se desenvolve e � ca mais complexa (BAKHTIN, 1992). O gênero textual não exclui ou despreza a tipologia textual tradicional (narração, descrição e dissertação), com a qual estamos acostumados, pelo contrário, os aspectos tipológicos são apresentados de forma mais ampla, já que passam a ser analisados a partir das situações sociais em que são usados. Isto é, dentro da narrativa, ouviremos falar do conto maravilhoso, conto de fadas, fábula, lenda, narrativa de � cção cientí� ca, romance, conto, piada, etc. No relato, por exemplo, podemos ter, o relato de viagem, o diário, a autobiogra� a, o curriculum vitae, a notícia, a biogra� a, etc. No gênero argumentativo encontramos: texto de opinião, carta de leitor, carta de solicitação, editorial, ensaio, resenhascríticas, etc. Nos textos instrucionais encontramos as receitas, os manuais de instrução, os regulamentos, textos prescritivos, etc. Nos textos de cunho expositivo, por sua vez, estão: seminário, conferência, palestra, entrevista de especialista, texto explicativo, artigo, relatório cientí� co, trabalho de conclusão de curso, etc. Aqui chegamos no nosso objeto de estudo, reforçando a ideia de que cada um desses gêneros possui suas características de ordem prática e concreta. Certamente, já nos deparamos com vários desses gêneros apontados anteriormente, conhecendo seus formatos e características especi� cas, como é o caso, por exemplo, de uma piada, um poema, ou uma receita. Nosso foco, portanto, está nas características do texto cientí� co, nosso objeto de estudo. 6WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 2 - CIÊNCIA E CONHECIMENTO Começar pelo início parece a melhor ordem a se seguir, sendo, portanto primordial que entendamos o que é ciência. Se tomarmos por base a de� nição do termo, pelo dicionário Aurélio, teremos como sinônimos o saber, a instrução e conhecimentos básicos, ou um conjunto de conhecimentos fundados sobre princípios certos. Uma de� nição assim seria ampla demais, tendo em vista que a própria de� nição de conhecimento é também um vasto campo a ser explanado. Mais do que isso, o saber e o conhecer são verbos que acompanham a humanidade desde os seus primórdios. Para entender os princípios da ciência seria preciso realizar uma viagem histórica, começando pelo mito, a forma mais elementar do conhecimento, ressaltando em cada período, como cada civilização desenvolveu o saber, construiu o conhecimento, fazendo, portanto, ciência. Lehfeld (2007) concede tanto à ciência, quanto à arte, a capacidade de criar e construir conhecimento, necessitando ambas de inovação e vazão à criatividade. Também, tanto na arte quanto na ciência, existe uma liberdade ontológica, que se caracteriza pela � nalidade de apreender e explicar o ser. Ambas apresentam visões e concepções a respeito do mundo e do homem inserido neste mundo, considerando seu contexto pessoal, cultural e político. Ambas surgem em um contexto social e histórico, sendo capazes de projetar e representar inovações e novos modelos de compreensão e interpretação da realidade, além de serem sempre discutíveis. A autora destaca a diferenciação entre o artista e o cientista no fato de que durante o processo do conhecimento, este deve controlar sua subjetividade através de uma base lógica racional e metodológica, enquanto aquele não o necessita. Desse modo, “a arte não se esgota nas suas formas, métodos e técnicas de produção, enquanto que a ciência é inseparável disso tudo para a sua produção e renovação” (LEHFELD, 2007, p. 16). Vejamos, como exemplo a de� nição de ciência dada por Trujillo (1984). Para o autor, ciência é uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar. Um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido a veri� cação. Vejamos outro conceito: A Ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e veri� cáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza (ANDER-EGG, 1975, p. 15). Como se nota, a palavra conhecimento aparece sempre que se de� ne ciência. Etimologicamente, o termo deriva do latim, sendo composto de cune+noscere= cognoscere, signi� cando “procurar saber”, “junto/com o saber”. Tal de� nição nos auxilia em uma melhor compreensão, considerando que todo ser humano racional procura saber algo sobre a realidade que o cerca, estando em contato com ela, investigando-a para poder agir, sobreviver e conviver. Lehfeld (2007) reitera que essa ação de conhecer é natural, ocorrendo por meio da observação, assimilação de crenças religiosas, sentimentos, motivações, ocorridos de modo dinâmico, sendo formal ou informal. É este ato de conhecer que possibilita a ação e o controle, realizados de forma autônoma. Para tanto, existem formas plurais de conhecimento, de procurar saber sobre algo, assimilar ou apreender suas características. 7WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 3 - TIPOS DE CONHECIMENTO Vários autores concordam em classi� car o conhecimento em quatro tipos: popular, religioso, � losó� co e cientí� co (GIL, 1995; LAKATOS; MARCONI, 2003; TRUJILLO FERRARI, 1982). Ander Egg (1978) explicita as características do conhecimento popular, de modo bastante explicativo. É, portanto, super� cial, ao basear-se nas aparências; sensitivo, por referir-se às vivências e emoções do cotidiano; subjetivo, por ser organizado pelo próprio sujeito partindo de suas experiências vividas; assistemático, por não existir sistematização para se obter as ideias ou formalizá-las; e acrítico, por não se manifestar de forma crítica. Desse modo, ele é conferido pela familiaridade que se tem com os objetos, sendo resultado de suposições e de experiências pessoais, através de uma informação íntima, que não fora re� etida o bastante. Assim, como a� rma Trujillo Ferrari (1982, p. 6) por meio desse conhecimento, também reconhecido como familiar, as pessoas conseguem saber que água é um líquido; mas, não necessitam compreender como se origina e qual é a sua composição molecular, o que já seria de outro domínio. Para esse conhecimento não há necessidade de juízos valorativos sendo também características: a ausência de um rigor metodológico de busca, a inexatidão, o ser falível e o não planejamento. O Conhecimento Religioso ou teológico, como é conhecido, diz respeito às crenças religiosas em um ser superior como fonte de conhecimento. Trujillo Ferrari (1982) explica que tal conhecimento implica na crença de que tais verdades, reveladas pelo sobrenatural, são infalíveis. Desse modo, se tem um conhecimento sistemático do mundo, guiado por alguns manifestantes divinos: como Cristo, Maomé, Buda ou Moisés, ou vários deuses ao mesmo tempo. Cabe aqui lembrar a classi� cação desse conhecimento em: fetichismo, politeísmo e monoteísmo. Na primeira manifestação os poderes estão destinados a objetos e seres. No politeísmo, como o nome sugere, há mais de um Deus, detentor do poder. No monoteísmo, por sua vez, a crença é em um só Deus. No entanto, no conhecimento teológico, de modo geral, as evidências não são veri� cadas, mas guiadas por um ato de fé, regido por proposições sagradas. Esse ato se origina nos tempos mais remotos, contando que faz parte da característica do ser humano buscar explicações para suas dúvidas, e, na ausência de uma explicação natural ir em busca de algo sobrenatural, capaz de explicar e tranquilizar a humanidade procurando respostas para dúvidas existenciais. A respeito do conhecimento � losó� co, comecemos pela de� nição de Lakatos e Marconi que o caracterizam pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão humana (...), tendo como objeto de “análise as ideias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta” (2000, p.19). Para saber mais sobre o MITO como uma forma primitiva do conhecimento reli- gioso, vale fazer a leitura de parte do texto de “SAGAN, C. Cosmos. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1989”, que pode ser encontrado no capítulo de Candido J. (s. d) sobre a Ciência. Disponível em: <http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/metodologia/Apostila/CAP01PG.pdf>.Acesso em: out. 2017. 8WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Trujillo e Ferrari (1982) explicam que esse conhecimento se baseia na experiência, mas não na experimentação, ou seja, não são submetidas ao teste da observação, nem precisam ter seus resultados con� rmados ou refutados. É, portanto um conhecimento racional, valorativo, racional, sistemático, não-veri� cável, infalível, exato. Todo esse trajeto feito até aqui acerca dos conhecimentos, se faz necessário para entendermos o que os distinguem deste conhecimento, cujas características apresentaremos e com o qual vamos trabalhar durante a vida acadêmica, enquanto pesquisadores. A principal característica que diferencia o cientí� co dos demais, é a possibilidade de veri� cação do fato pesquisado, comprovação, experimentação, sendo ele falível e sistemático. A ciência se preocupa em estabelecer as propriedades e os padrões interdependentes entre as propriedades, para construir as generalizações ou as leis. Não se duvida, entretanto, que muitas das disciplinas cientí� cas existentes têm surgido das preocupações práticas da vida cotidiana, como a geometria dos problemas de medição e relevantamento topográ� co nos campos; a mecânica de problemas apresentados pelas artes arquitetônicas; a biologia dos problemas humanos [...] (TRUJILLO FERRARI, 1982, p. 6). Observemos nas palavras de Trujillo e Ferrari (1982) o que reiteram Marconi e Lakatos (2000), a� rmando que essas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa. Pode haver, por exemplo, um cientista voltado ao estudo da física, que pode ser crente praticante de uma determinada religião, estar � liado a um sistema � losó� co e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum. A � gura 1 nos mostra um pouco dessa mistura. Horvath (2012) ressalta que essa divisão dos conhecimentos é algo moderno, sendo que em outros períodos � loso� a, ciência e religião eram concebidas de forma uni� cada, de modo que essa divisão acaba se tornando algo apenas com � ns didáticos. O autor entende que o � lósofo busca a sabedoria e o conhecimento a � m de entender a realidade a sua volta. Mas, nessa busca, ele não é o único. Também o cientista procura conhecer as forças que regem a natureza e a sociedade, assim como o teólogo caminha para a busca do entendimento de Deus, como Ele se revela e como a sociedade o percebe ao longo de sua história. Figura 1 – Filoso� a, ciência e religião. Fonte: Horvath (2012). 9WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Para � nalizarmos essa primeira etapa cabe colocar o quadro explicativo, elaborado por Trujillo 1974, apud Marconi e Lakatos (1991): Quadro 1 – Tipos de conhecimento. Fonte: Trujillo 1974, apud Marconi e Lakatos. CONHECIMENTO POPULAR Valorativo Reflexivo Assistemático Verificável Falível e inexato CONHECIMENTO CIENTÍFICO Contingente Sistemático Verificabilidade Falível Aproximadamente exato CONHECIMENTO RELIGIOSO Valorativo Inspiracional Infalível Sistemáticos não verificável CONHECIMENTO FILOSÓFICO Valorativo Não verificável Racional Sistemáticos Infalível e exato Foram retiradas as fontes dessas citações. Leia, tentando colocar a que tipo de conhecimento pertence cada uma delas: 10WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 4 - O TRIPÉ DA UNIVERSIDADE Como introduziu Severino (2007) em seu primeiro capítulo da obra Metodologia do Trabalho Cientí� co, ingressar em um curso superior já é um alto indicativo de mudança no processo de ensino aprendizagem entre alunos e professores, visto que tal ingresso implica em um comprometimento com o processo de forma prática e e� caz. Para o autor, esse ensino se efetiva em três objetivos: formar pro� ssionais de diferentes áreas, conferindo-lhes competências técnicas; formar cientistas, disponibilizando métodos e conteúdos de diversas especialidades do conhecimento e estimular a tomada de consciência acerca de sua existência histórica, pessoal e social, fazendo com que o aluno entenda sua inserção na sociedade e humanidade como um todo. Nesse sentido, a Universidade, como “funcionária do conhecimento” (idem, p. 23) visa contribuir para o aprimoramento da vida humana em sociedade, prestando a ela serviços, conforme sua necessidade e, para dar conta desse compromisso é que são designados para a Universidade três papeis principais: ensino, pesquisa e extensão. Figura 2 - O tripé da universidade. Fonte: Audiscurso (2012). De modo bem geral, por ensino concebemos a própria transmissão dos conteúdos acumulados, fruto do conhecimento adquirido dentro de cada disciplina; a pesquisa é a busca de conhecimentos, investigação e transmissão e a extensão, algo que ultrapassa os muros da escola, interagindo com a sociedade e contribuindo para alguma transformação. Essas atividades devem se desenvolver de forma articulada para vencer os desa� os histórico-sociais os quais vivenciam os seres humanos. Todavia, Severino (2007) explica que no âmbito universitário é a pesquisa o ponto básico de sustentação, o que dá apoio às outras atividades, pois “só se aprende, só se ensina, pesquisando; só se presta serviço à comunidade, se tais serviços nascerem e se nutrirem de pesquisa” (p.24). 4.1. A Pesquisa Científica Por muito tempo fazer pesquisa cientí� ca era tarefa excepcional, realizada apenas opor algum gênio bem reconhecido por suas grandes repentinas invenções. Atualmente, já se reconhece que certos avanços cientí� cos são frutos de um trabalho árduo, que envolve pesquisadores em diferentes níveis de ensino. 11WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Ao observarmos o conceito de pesquisa dado por Gil (2010, p. 01), entendemos a complexidade e o esforço que estão embutidos em tal processo: A pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação su� ciente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. A pesquisa é desenvolvida mediante ao concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos e técnicas de investigação cientí� ca. Na realidade, a pesquisa desenvolve-se ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação do resultado. Percebemos, neste contexto, ser a pesquisa um processo que envolve diversas fases, cuja � nalidade deve ser a apresentação de resultados obtidos com métodos de análise. No entanto, é necessário dessacralizar a ciência, tornando-a acessível e democrática. E é justamente nos bancos escolares que a exclusão dos sujeitos se multiplica e perpetua, afastando, muitas das vezes, o sujeito comum do mundo da pesquisa. Severino (2007) reitera que o conhecimento deve ser construído pela experiência ativa do estudante e não mais ser assimilado passivamente, como ocorre, por exemplo, no ensino básico, outra necessidade de se fazer pesquisa: a busca e não simplesmente aceitação. Kourgano� (1990) de� ne a Pesquisa como o conjunto de investigações, operações e trabalhos intelectuais ou práticos que têm como objetivo a descoberta de novos conhecimentos, a invenção de novas técnicas e a exploração oua criação de novas realidades. Embora nessa de� nição as palavras “novos ou novas” sejam uma constante, precisamos desvincular a ideia de que fazer pesquisa é descobrir o inédito, criar um objeto fantástico. Novos conhecimentos podem sim ser descobertos, mas o principal, é que a exploração seja nova, ou seu modo de explorar. O seu novo jeito de olhar para algo que já existe é que possibilitará a criação de uma nova realidade. Para Cervo e Bervian (1983), faz pesquisa quem consegue: discutir ideias e fatos relevantes de determinado assunto, partindo de uma fundamentação teórica; escolher um assunto claro e reconhecível, com certa utilidade para a ciência ou para a comunidade; ter a capacidade de sistematizar e recriar o material coletado; dizer algo que ainda não foi dito; indicar claramente os procedimentos utilizados; relacionando-os sempre com a teoria utilizada; fornecer elementos que permitam veri� car suas conclusões; documentar os dados fornecidos, permitindo nítida identi� cação das fontes; comunicar os dados por dedução ou indução; redigir um texto adequado à Língua Portuguesa (gramaticalmente, estilisticamente, fraseologicamente e terminologicamente). 4.2. A pesquisa na Universidade A pesquisa na universidade não é tarefa simples demais, porque como os mesmos Cervo e Bervian (1983, p. 50) reiteram “é uma atividade voltada para a solução de problemas, através do emprego de processos Cientí� cos”. Esses processos ou métodos cientí� cos demandam seguir um caminho, ou mais especi� camente, determinadas normas, as quais veremos, em detalhes, no decorrer de nossas unidades. No entanto, tais atividades não ocorrem instantânea ou isoladamente. São reconhecidas e implementadas atividades de iniciação à pesquisa cientí� ca, que permitem ao estudante inserir- se em práticas de pesquisa, por meio de diferentes projetos de investigação. 12WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Dois exemplos, dados por Severino (2007) Os Programas de Iniciação Cientí� ca (PIC) e os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), que além de eventual contribuição de seus conteúdos, fazem com que o aluno, ao executar tais trabalhos, esteja praticando a pesquisa, iniciando sua vida cientí� ca e vivenciando de forma mais privilegiada o aprender. Para o autor, nesse processo, cabe ao aluno não apenas se apropriar e armazenar produtos, mas aprender processos. Em seus estudos, não importa mais “a capacidade de decorar e memorizar milhares de dados, fatos e noções, mas a capacidade de entender, re� etir e analisar os dados, os fatos e as noções” (SEVERINO, 2007, p. 27). 4.3. Problemas de pesquisa Gil (2010) explica os passos para encaminhar uma pesquisa de forma detalhada. Inicia seu capítulo de� nindo pesquisa como “o procedimento racional e sistemático, que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos” (p. 1), devendo ocorrer frente à necessidade de se responder um problema. Se tomarmos como base as várias signi� cações para a palavra “problema”, muitas vezes a conceberemos como algo ruim, um obstáculo, uma situação difícil, um distúrbio ou disfunção, algo fora de controle, causando certo incômodo. No entanto, antecipemos aqui o entendimento desta palavra em nosso meio acadêmico, entendendo-a como uma indagação, mas não exatamente como algo ruim, que necessite ser consertado. Como reforça Gil (2010), dentre as várias acepções pertinentes ao termo, a mais apropriada é a que caracteriza o problema como um assunto ainda não satisfatoriamente respondido, podendo ser objeto de discussões cientí� cas. Kerlinger (1980, apud GIL, 2010) explica o que pode ser considerado um problema cientí� co, diferenciando-o de problemas de engenharia, por exemplo, que buscam encontrar formas e� cientes de se resolver algo, dando respostas diretas de como fazer determinadas coisas. Como exemplos: Como melhorar os transportes urbanos, ou a distribuição de renda? Ou como aumentar a produtividade no trabalho? “A iniciação científi ca exige do aluno pesquisador a busca constante pela inova- ção e o treinamento para a pesquisa. Ter conhecimento do assunto a ser estudado é de fundamental importância, para facilitar e obter o sucesso da pesquisa. As- sim, é importante que o aluno pesquisador tenha curiosidade e desenvolva cons- tantemente sua criatividade...” Leia na íntegra esse trecho em: ARRUDA, G. da S. Os desafi os para a iniciação científi ca no Ensino Médio integra- do ao técnico. Igapó, 2007. Disponível em: <http://www.ifam.edu.br/cms/images/revista/edicao_01/osdesafi osiniciacao- cientifi ca.pdf>. Acesso em: jan. 2017. 13WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Não são também problemas de valor, que levam a julgamentos morais de carácter subjetivo, procurando indagar se alguma coisa é boa ou ruim, certa ou errada, ou se algo deve ser feito ou não, a citar como exemplos: “Qual a melhor técnica para clareamento dental? É certo que aparelhos eletrônicos sejam usados dentro da sala de aula? Ou ainda, pais devem deixar � lhos sozinhos na realização de tarefas escolares? Mulheres devem realizar aborto? Não queremos a� rmar que determinados temas não podem estar relacionados à pesquisa, mas que suas questões sejam passíveis de veri� cação empírica, tendo suas proposições suscetíveis de observação. Tomemos por base uma pergunta valorativa apresentada anteriormente, sobre ser correto ou não que pais deixem seus � lhos sozinhos em casa por exemplo. Dentro desse tema, por exemplo, poderia se fazer pesquisa através de outra pergunta: Em que medida a ausência dos pais na infância interfere no rendimento escolar de alunos no Ensino Médio? Nesse caso, por exemplo, é possível identi� car características dessas relações familiares, depois, investigar o rendimento escolar desses alunos, para em seguida veri� car em que medida estes fatores estão relacionados entre si. Assim, constatamos que problemas de pesquisa podem ser levantados nas mais variadas situações, desde às cotidianas, para orientação, avaliação de desempenhos, planejamento de uma ação adequada, até razões de ordem intelectual, para testar uma teoria especí� ca; explorar um objeto pouco conhecido; ou, em áreas já exploradas, determinar certos fenômenos especí� cos ou apenas descrevê-los. 4.4. As fases da pesquisa Gil (2010) elabora um diagrama sobre as fases da pesquisa. Baseando-nos nestas etapas é que recorremos ao símbolo de uma escada, para visualizarmos o processo, realizado em fases, representadas pelos degraus: Figura 3 - Degraus das fases da pesquisa. Fonte: A autora. 14WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Embora vários autores apresentem diferentes modelos que representam as fases do método cientí� co, em sua maioria estas fases estão sempre presentes: Observação, problematização, formulação de hipótese, experimentação, avaliação dos resultados e publicação. Severino (2007) explica que a primeira atividade é a observação dos fatos, que pode ocorrer de maneira casual ou espontânea, ou de forma sistemática e organizada. Queremos, então, saber o motivo pelo qual tais fatos estão ocorrendo, de forma lógica e racional, é a fase da problematização. Ao estabelecermos a relação causal entre esses porquês, estamos na fase da hipótese. Hipótese: proposição explicativa provisória de relações entre fenômenos, a ser comprovada ou in� rmada pela experimentação. E, se con� rmada, transforma-se na lei (SEVERINO, 2007, p. 103). Depois de formulada a hipótese, cabe ao pesquisador partir para a veri� cação experimental, por meio da análisedas variáveis (“a variação de um fato, correlacionando com a variação de outro” idem, p. 103). Caso seja con� rmada a hipótese, surge a lei. Assim, várias leis, relacionadas a vários fenômenos, formam a teoria. E, caso, várias teorias se reunissem para explicar todo o universo, teríamos a de� nição de sistema, algo ainda não estabelecido. Ainda para explicar o método cientí� co Severino (2007) descreve dois momentos: o momento experimental e o matemático, nas fases indutiva e dedutiva, respectivamente. A indução e a dedução são formas de raciocínio, possíveis de ocorrer no ato da pesquisa. São elas que justi� carão a hipótese a ser defendida. Na primeira ocorre o processo de generalização, em que a partir de alguns fatos particulares observados, se conclui que o resultado se aplique a todos os outros fatos da mesma espécie. É, portanto, regido por um princípio universal. O autor exempli� ca que, neste caso, após se constatar que determinado número de homens morreu, se se induz que todos os homens são mortais. No entanto, se o contrário fosse realizado, e, sabendo que todos os homens são mortais, eu concluísse que determinado homem encontrado vai morrer, trata- se do processo de dedução, partindo do universal para o particular, especí� co. A ciência trabalha com esses dois tipos de raciocínio: “Quando passa dos fatos às leis, mediante hipóteses, está trabalhando com a indução; quando passa das leis às teorias ou destas aos fatos, está trabalhando com a dedução” (idem, p. 105). Isso tudo faz parte do que chamamos método de pesquisa. Convém remetermos à etimologia da palavra método, que vem do grego, methodos= meta: por meio + hodos: caminho. Portanto, utilizar um método é tentar atingir um caminho, por meio do qual se consiga alcançar determinados objetivos. Desse modo, a partir desse conceito, o que parecia algo tão complicado e distante de nosso cotidiano, torna-se algo comum nos nossos dias, ao considerar que o ser humano está, constantemente, procurando melhores caminhos para fazer aquilo que deseja, nas mais diversas situações. Vamos treinar na prática? Na internet, acesse seu navegador e, em um site de busca, digite, por exemplo: “invenções geniais” ou de forma mais completa: “invenções geniais que facilitam a vida”, ou, ainda, inovações tecnológicas e pesquise as imagens. Observe como o ser humano está constantemente buscando métodos, caminhos, para inovar, modifi car e facilitar sua vida. 15WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Sugestão de leitura: Como construir hipóteses? - No capítulo III de Gil (2010). http://www.urca.br/itec/images/pdfs/modulo%20v%20-%20como_elaborar_pro- jeto_de_pesquisa_-_antonio_carlos_gil.pdf 4.5. A busca das fontes para sustentação Após entendermos como se dá o planejamento das fases de uma pesquisa, é importante discorrermos sobre a forma de busca das fontes que sustentarão nosso trabalho. Se faz necessário sempre ouvir o orientador, que certamente saberá indicar quais são as obras de referência essenciais ao estudo. As fontes então, podem ser livros, monogra� as, dissertações, teses, artigos ou periódicos cientí� cos, anais de congresso, etc. e podem ser encontradas tanto em sua forma física, impressa, como no meio eletrônico. Pode-se, ainda, recorrer a materiais antigos, para obter uma visão mais geral, como enciclopédias, dicionários, manuais ou tratados. Todavia, caso sejam muito antigas, é importante que usemos tais referências como ponto de partida, acompanhando a evolução do tema estudado. Os trabalhos de conclusão de graduação e pós-graduação: monogra� as, dissertações e teses, também constituem importantes fontes de investigação cientí� ca, devem ser consultados e analisados de forma crítica. Outras fontes a destacar são os periódicos cientí� cos, uma comunicação formal de resultados de pesquisas, que atualmente têm se disseminado em grande escala, por levarem informações atualizadas, serem publicados com maior facilidade e possuírem preço mais acessível. Mais uma fonte de busca se con� gura sob a forma de anais cientí� cos. Quando ocorrem os Congressos, Encontros, Jornadas, etc., os pesquisadores apresentam seus trabalhos na forma de comunicação, palestras, conferências, dentre outros, tendo seus resumos unidos e apresentados na forma de Anais, constituindo uma fonte con� ável a ser investigada. Vale ressaltar que por mais que a tecnologia venha ganhando contornos signi� cativos em nosso meio, a biblioteca ainda é, por excelência, um local privilegiado para localização de fontes de pesquisa, disponíveis por autor, título da obra ou, recorrentemente, pelo assunto. Ao encontrar a obra, é aconselhável que se faça uma leitura rápida da capa, contracapa e sumário, tendo uma visão geral dos temas discutidos. Não se pode esquecer do papel do bibliotecário, pro� ssional que pode auxiliar o pesquisador nessa tarefa de busca. Atualmente, a maioria das fontes impressas para pesquisa podem ser encontradas no meio eletrônico, através da internet. A expansão da rede e a disseminação das tecnologias digitais facilita esse processo e, assim, muitas pessoas optam por utilizá-la devido à economia de tempo de busca e o custo menor. Todavia, é preciso salientar que nem tudo o que se encontra pode ser con� ável, ou verdadeiro, ou de grande relevância como cientí� co (relembrando, podendo ser con� rmado, veri� cável). De maneira bem geral, a pesquisa se inicia por meio dos sites de busca, que contribuem para que possamos nos localizar todo tipo de informações. Outrossim, quando digitamos apenas a palavra-chave, no quadro de busca, provavelmente aparecerão incontáveis páginas para a procura, o que pediria um tempo grande para análise. Assim sendo, uma forma de restringir esse grande número de resultados é inserir os termos da busca entre aspas, o que diminui nitidamente o número de páginas. 16WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Graziosi, Liebano e Nahas (2010) consideram a existência dos benefícios da educação a distância, diante da impossibilidade ainda para muito, em se deslocar, devido à rotina pro� ssional do dia a dia. Nesse sentido, ressaltam a importância das Bases de Dados Bibliográ� cas por aproximarem o pro� ssional da informação. De modo geral entendemos por Base de dados um depositório de informações con� áveis, que facilita, organiza e mantém as informações, podendo oferecer o resumo dos documentos ou seu texto completo. Se faz necessário que o aluno, enquanto pesquisador, consiga realizar a busca nessas bases, para obter um resultado mais preciso. Citamos como exemplos, Google acadêmico, Scielo, Portal Capes, Plataforma Lattes e a EBSCO, esta última na qual as revistas da Uningá encontram- se indexadas, cujos alunos e pesquisadores possuem acesso gratuito. Quando se fala em Base de dados, surgirão termos como Descritores, os termos, palavras- chave de busca, Operadores Booleanos (not, and, or), que restringem ou combinam os termos de busca, Operadores de Truncagem (* #), que localizam termos que possuam a mesma raiz, etc. En� m, são muitas ferramentas, que precisam ser conhecidas e testadas na prática. Para tanto, sugerimos, ao � m desta unidade, uma leitura explicativa do caderno: Pesquisa em Base de dados, da Universidade Federal de São Paulo, que apresenta uma lista das bases mais comuns, com suas explicações: Sugestão: Alguns vídeos explicativos também podem ser assistidos buscando: “Tutorial base de dados”. 1717WWW.UNINGA.BR UNIDADE 02 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................181 - QUALIDADES DE UM PESQUISADOR .................................................................................................................19 2 - EMPENHO PESSOAL DO ALUNO ........................................................................................................................19 2.1. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA .......................................................................................................................... 20 2.2. TÉCNICAS DE SKIMMING E SCANNING .........................................................................................................21 2.3. OS PROCESSOS DE ANÁLISE E SÍNTESE ....................................................................................................... 22 3 - AS DIRETRIZES DE LEITURA ............................................................................................................................ 23 4 - A IMPORTÂNCIA DA DOCUMENTAÇÃO ........................................................................................................... 23 5 - SIGLAS E ÓRGÃOS ............................................................................................................................................. 25 6 - TCC- TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ................................................................................................ 27 7 - ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO........................................................................................................ 28 7.1. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ............................................................................................................................ 28 7.2. ELEMENTOS TEXTUAIS .....................................................................................................................................31 7.3. ELEMENTOS PÓS TEXTUAIS ........................................................................................................................... 33 LEITURA, DOCUMENTAÇÃO E TRABALHO DE CONCLUSÃO PROF.A MA. LETÍCIA IZEPPE BISCONCIM ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA 18WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Tendo encerrado nossa primeira parte sobre a pesquisa, introduzimos esta segunda, ressaltando algumas das características que deve ter o pesquisador, deixando transparecer que o empenho pessoal tem parte fundamental em todo processo. Além disso, mencionaremos outros hábitos, tais como a importância da leitura, algumas técnicas, os processos de análise e síntese e a necessidade de registrar. Adentraremos, mais especi� camente, o universo cientí� co, apresentando algumas siglas e órgãos veiculados à ciência. Os aspectos para a realização de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) serão trazidos, bem como toda sua estrutura, disposta nos elementos pré-textuais, textuais e pós textuais. 19WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 1 - QUALIDADES DE UM PESQUISADOR Primeiramente, para que a pesquisa se inicie de forma adequada, com êxito, é necessário olharmos para a � gura do pesquisador. Gil (2010) elenca uma série de qualidades intelectuais e sociais necessárias, as quais apresentamos neste quadro ilustrativo: Quadro 1 – Qualidades do pesquisador. Fonte: A autora. Deixamos, na décima característica, um espaço vazio, para que cada um de nós, enquanto pesquisadores, possamos re� etir e completar mentalmente, que outra qualidade nos faltaria para que pudéssemos realmente fazer pesquisa. Essa atitude de re� exão sobre o nosso papel é também característica de um bom pesquisador, visto que toda atividade racional e sistemática, como o é, a pesquisa, requer re� exão e planejamento. É preciso que o pesquisador sistematize o processo pelo qual irá passar, no alcance das metas estabelecidas. Por isso, há necessidade de se elaborar um projeto de pesquisa, documento este que irá expor os objetivos de coleta e os métodos de análise dos dados. 2 - EMPENHO PESSOAL DO ALUNO Em mais um degrau de nossa escada, nesta segunda unidade, nos deparamos com o empenho pessoal do aluno, o que permitirá a ele, descer e subir todos os outros degraus à maneira que julgar necessário. 1. Conhecimento do assunto a ser pesquisado; 2. Curiosidade; 3. Criatividade; 4. Integridade intelectual; 5. Atitude autocorretiva; 6. Sensibilidade social; 7. Imaginação disciplinada; 8. Perseverança e paciência; 9. Confiança na experiência. 10. ______________________ 20WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 1 – A postura do empenho. Fonte: Gracez (2017). Como aponta Severino (2007, p. 37): “Os bons resultados do ensino e da aprendizagem vão depender em muito do empenho pessoal do aluno. Para isso, é importante adquirir hábitos apropriados e e� cazes”. Assim, o autor lista cinco pontos que devem ser observados pelos alunos, ajudando-o a atingir bons resultados: Figura 2 – Empenho pessoal. Fonte: A autora. 2.1. A importância da leitura Não há como não mencionar e compartilhar do que a maioria dos autores concordam ser a melhor ferramenta para uma boa escrita, de modo geral: a leitura. Lopes (2009) destaca que a maioria das di� culdades enfrentadas na vida acadêmica surgem do fato de não se ler com habilidade, inteligentemente. Ele acrescenta: Quem lê constrói sua própria ciência e ao terminar o curso, poderá desenvolver temas [...] e pensar por si mesmo. Nesse sentido, seria óbvio a� rmar que quanto mais vezes se lê, mais facilidade se adquire na compreensão e interpretação de textos. O ideal, certamente, seria a leitura de, pelo menos, três vezes. No entanto, é fato, que devido à correria da vida moderna, muitos acabam se perdendo no meio dessas leituras. Algumas dicas podem ajudar, nesse sentido. 21WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Um passo importante é a seleção do que se vai ler. Os resumos, os sumários ajudam muito delimitar as partes principais a serem utilizadas. A velocidade na leitura auxilia também, mas como aponta Lopes (2009), depende da peculiaridade de cada autor, que sugere que se criem imagens em nossa mente para assimilar o que foi dito. O autor acrescenta que o ambiente externo deve também contribuir, sendo “amplo, arejado, bem iluminado e silencioso [...] e, em caso de luz arti� cial, deve ser difusa e � car à esquerda de quem se lê” (p. 19). 2.2. Técnicas de Skimming e Scanning Outra necessidade que auxilia no processo de leitura é procurar captar sempre as ideias principais. As técnicas de leitura dinâmica ajudam nesse processo. Harlow (1980 apud Marconi e Lakatos (2001) descreve os procedimentos do SCANNING e SKIMMING. A primeira diz respeito a encontrar determinado tópico na obra, através do sumário, ou pela leitura de linhas, ou parágrafos, na busca de frases ou palavras-chave. Seus olhos vão em busca exatamente do que se quer encontrar. A segunda capta a tendência geral sem entrar em minúcias, através dos títulos, subtítulos, ilustrações. Lê-se para encontrar a essência do texto. Dentre as possíveis traduções das palavras, do inglês, preferimos utilizar as de escanear e desnatar, respectivamente, pois quando escaneamos, é como se ampliássemos para guardar, e, quando desnatamos, é como se quiséssemos separar a nata, para fazer uma bolacha, deixando de lado o que não fôssemos utilizar, o que seria mais ou menos o processo. Muitos autores concordam que para uma boa retenção do texto é necessário lê-lo umas três vezes.Todavia, há de se considerar, que, muitas vezes, o tempo disponível acaba não sendo um bom aliado para que se realizem várias leituras. Também, de nada adianta dizer que leu, se apenas o que se conseguiu fazer foi passar os olhos pelo texto. Nesse sentido, seria interessante considerar esses métodos dinâmicos de leitura. Pelo menos partes do texto, o geral, poderá ser compreendido, sendo muito melhor realizar esse tipo de leitura do que simplesmente não fazer nenhuma, por falta de tempo. Vale mencionar também a técnica de sublinhar, destacando ao alcance dos olhos as ideias principais e os pormenores importantes. No entanto, de nada adianta sublinharmos o que achamos importante para ler depois e acharmos tudo importante. O trabalho será o mesmo ou até maior. Uma dica seria dar destaque às de� nições, conceitos, palavras desconhecidas, exemplos ou explicações. Figura 3 – A técnica de sublinhar. Fonte: Shutterstock (2017). 22WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 2.3. Os processos de análise e síntese Lopes (2009) acrescenta que para haver uma leitura proveitosa alguns princípios são essenciais como a atenção e concentração; o interesse por novos conhecimentos; a re� exão quanto aos diferentes ângulos que se pode ler; um espírito crítico de avaliação do texto; análise e síntese. Cabe, para esses dois últimos, alguns esclarecimentos. Quando falamos em análise, o que devemos considerar é a divisão em partes para o entendimento, e assim, o estabelecimento das relações existentes entre elas. Por síntese, se entende o processo inverso ao da separação (análise). Seria a reconstituição das partes decompostas, por meio de uma composição dos elementos essenciais, seguindo uma lógica de pensamento. Outro recurso importante é o resumo que, para Costa (2009), consiste em uma apresentação abreviada de um texto, expondo seu conteúdo de modo conciso e coerente. É, portanto, um gênero que reduz o texto, mas não deixa de colocar o que lhe é principal. Na resenha, por sua vez, com base nos conhecimentos prévios sobre o tema, é realizado um comentário crítico. Assim, os pontos principais do texto estão presentes, acompanhados de uma sustentação argumentativa e marcados pela existência de articuladores textuais. Com base em Curty e Curty (2008), elaboramos um quadro, associado à imagem de um quebra-cabeça, cujas partes encontram-se separadas, destacando como o leitor deve proceder para realizar uma análise temática de um texto: Figura 4 - Análise temática. Fonte: A autora. É fato que os professores observam as di� culdades que os alunos apresentam ao ler e estudar de maneira e� caz. Muitas críticas surgem acerca dos problemas de atenção, empenho, interpretação, compreensão e de uma postura crítica. Para haver interpretação, outras etapas antes devem ser realizadas. A alfabetização, decodi� cação e junção das letras para uma leitura � uente é apenas o estágio mais primitivo, que precisa estar em constante evolução. Contudo, pesquisas apontam que, por diversos fatores, o nível de leitura dos brasileiros está ainda nesta primeira fase. Conseguem decodi� car, mas quando se trata das outras fases, de uma leitura crítica primordial ao desenvolvimento e a elaboração das diversas atividades no cenário acadêmico, a situação é alarmante e os índices, desastrosos. 23WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 3 - AS DIRETRIZES DE LEITURA Para descrever essas etapas de leitura, Severino (2007) destaca cinco processos: A Leitura textual é a primeira abordagem do texto com vistas à preparação da leitura, assim, é importante realizar uma leitura atenta e corrida sem buscar esgotar a compreensão do texto. Pode-se, nesta fase: pesquisar sobre a vida e obra do autor; identi� car o vocabulário: os conceitos e termos fundamentais a compreensão do texto; localizar o texto, autor ou assunto no tempo e espaço, considerando os fatos históricos. Em seguida está a etapa da Leitura temática, cuja � nalidade é a compreensão global do texto, procurando “ouvir” o autor e aprender o conteúdo da mensagem. Perguntas como: do que fala o texto? Qual o problema discutido? O que o autor fala sobre o tema? Que ideias apresenta a respeito do assunto? Que explicações oferece, nos ajudam nesse processo. Retomamos, aqui, a necessidade de se encontrar o tema daquilo que se lê, lembrando de que se o texto é bem construído a ideia que nos é apresentada no início é retomada e fechada ao � nal, completando e encerrando um ciclo: deixando em destaque, exatamente, o tema. No momento da Leitura interpretativa o leitor deverá tomar uma posição sobre o conteúdo apresentado, buscando encontrar uma compreensão do pensamento expresso no trabalho analisado. Deve, depois disso, fazer uma análise crítica, sendo necessário tomar posição no que se refere ao conteúdo. Para iniciar a fase da Problematização, vale perguntar qual o problema a ser solucionado no texto? Como responde ao problema levantado? Que posição assume? Que ideia defende? O que quer demonstrar? As respostas a estas questões, revelam a ideia central do autor e do texto. Ressaltamos que nesta fase, trazemos para o texto nossa visão de mundo, os outros textos que conhecemos que se assemelham ou se distanciam do tema em questão. Na fase da síntese pessoal, podem ser encontrados subsídios que servirão de base para o resumo ou síntese de um novo texto. Uma vez cumpridas essas etapas, os problemas levantados poder ser discutidos em grupo e novos debates e re� exões podem surgir, sendo essenciais à atividade cientí� ca. 4 - A IMPORTÂNCIA DA DOCUMENTAÇÃO Frente a todo esse processo, é importante que aprendamos a documentar nosso estudo, para assimilá-los de forma e� caz e não apenas como algo decorado, para ser depois esquecido: O estudo e a aprendizagem em qualquer área do conhecimento são plenamente e� cazes somente quando criam condições para uma contínua e progressiva assimilação pessoal dos conteúdos estudados. A assimilação, por sua vez, precisa ser qualitativa e inteligentemente seletiva dada à complexidade e a enorme diversidade das várias áreas do conhecimento (SEVERINO, 2007, p. 66). Dessa forma, o � chamento nos é apresentado, como uma ferramenta utilizada pelo aluno para registrar o material estudado, na � nalidade de poupar tempo no futuro, frente à necessidade de se produzir algum tipo de relatório ou outro formato de trabalho cientí� co. Essa ferramenta serve, então, para auxiliar na elaboração de trabalhos acadêmicos e pesquisas. 24WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Em síntese, � chamento é o ato de transcrever anotações após a leitura. Antigamente, para � ns de estudo ou pesquisa, os registros eram feitos em � chas pautadas e impressas. Hoje, além desse objeto, tais anotações podem ser feitas em folhas de papel comum ou em programas de banco de dados de um computador. Severino (2007) ressalta não haver um tamanho padronizado para essas � chas de documentação, � cando a critério de cada um o seu formato, podendo realiza-las no computador em forma de documentos/arquivos. O importante é que estejam bem organizados e de fácil acesso, para que os dados não se percam e possam ser utilizados quando necessário. Severino (2007) classi� ca esse tipo de documentação em: temática, bibliográ� ca e geral. Por meio da documentação temática são coletados elementos relevantes para o estudo em geral ou para a realização de um trabalho em particular, sempre dentro de determinada área, em função do conteúdo, da área estudada ou do trabalho realizado. “Tal documentaçãoé feita, portanto, seguindo um plano sistemático, constituído pelos temas e subtemas da área ou do trabalho em questão” (SEVERINO, 2007, p. 68). O Fichário de documentação bibliográ� ca constitui um acervo de informações sobre livros, artigos, e demais trabalhos que existem sobre determinados assuntos, dentro de uma área do saber. Sistematicamente feito, proporciona ao estudante rica informação para seus estudos (SEVERINO, 2007, p. 70). A documentação geral é aquela que permite que sejam organizados e guardados todos os documentos úteis retirados de fontes perecíveis, tais como recortes de jornais, revistas e apostilas, que talvez não estejam para sempre disponíveis após sua publicação. Logo, há a necessidade de passá-los para pastas, sistematicamente organizadas, a � m de que sua conservação seja mantida. Vários autores, de modo mais explicativo, classi� cam os tipos de � chamento em 4: � chamento bibliográ� co, de conteúdo, de citações e crítico. De modo geral, no primeiro, deve ser apresentada a ideia geral da obra, bem como os temas de interesse presentes nela, para uma busca futura. Por � chamento de conteúdo, entendemos ser uma espécie de resumo do todo de um texto, de modo sucinto, mas sem pular as partes principais. No � chamento de citações são transcritas cópias do texto de origem, que podem ser inseridas, mais tarde, no trabalho acadêmico. E, por � m, o � chamento crítico sede espaço para a escrita de resenha, com espaço argumentativo sobre o texto a ser � chado. Modelo de � cha: Quadro 2 – Modelo de � cha. Fonte: A autora. 25WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Quadro 3 – Modelo de � chamento. Fonte: A autora. 5 - SIGLAS E ÓRGÃOS Quando falamos em Metodologia de Pesquisa é importante que conheçamos algumas siglas e órgãos com os quais poderemos estabelecer algum contato durante a vida acadêmica. Vale colocar, que todas essas siglas e suas explicações estão disponíveis em suas respectivas páginas na internet. ABNT= Associação Brasileira de Normas e Técnicas. É a Normalização técnica do país, que contém documentos elaborados criteriosamente, com linguagem técnica, adequada e cientí� ca. Fundada em 1940, é a base para o desenvolvimento tecnológico brasileiro, uma entidade privada, sem � ns lucrativos. É membro fundador da ISO= International Organization for Standardization, da COPANT (Comissão Pan-americana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização). Frente à necessidade da normalização de determinado tema, a ABNT encaminha o assunto ao Comitê Técnico responsável, onde será exposto aos diversos setores envolvidos. Uma vez elaborado o Projeto de Norma, com o assunto solicitado, ele é então submetido à Consulta Nacional. Neste processo, o Projeto de Norma, elaborado por uma Comissão de Estudo representativa das partes interessadas e setores envolvidos com o tema, é submetido à apreciação da sociedade. São exemplos de normas utilizadas: • NBR 14724 - Elas de� nem tamanho de papel, margens, estrutura do trabalho e outros detalhes. • NBR 6023 – Informação e documentação – Referências bibliográ� cas • NBR 10520 – Normatização das citações 26WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA CNPQ é a sigla de Conselho Nacional de Pesquisa, que atualmente é chamado de Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí� co e Tecnológico, e é um órgão público que tem o objetivo de incentivar a pesquisa no Brasil. Sua sede está situada em Brasília, e o órgão é ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O CNPQ também tem vários outros órgãos federais e parceiros estrangeiros em suas funções, incentiva a pesquisa no Brasil através de bolsas e auxílios, em especial para indivíduos que querem cursar Mestrado e Doutorado, sejam eles no Brasil ou no Exterior. Certamente, ouviremos falar de ENADE: O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), cujo objetivo é aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências. Por INEP, se representa o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; CAPES- é a Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior, responsável por fazer a quali� cação das publicações periódicas aqui no Brasil, quanto a questões editoriais e técnicas. Qualis é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estrati� cação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação. Tal processo foi concebido para atender às necessidades especí� cas do sistema de avaliação e é baseado nas informações fornecidas por meio do aplicativo Coleta de Dados. Como resultado, disponibiliza uma lista com a classi� cação. A classi� cação é realizada pelas áreas de avaliação e passa por processo anual de atualização. Esses veículos são enquadrados em estratos indicativos da qualidade - A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C - com peso zero, sendo acessível na internet em seu aplicativo WebQualis. ISSN- Critério para o controle da qualidade das revistas e para indexação em base de dados nacionais e internacionais. Signi� ca International Standard Serial Number- Número de 8 dígitos, precedido pelo pre� xo ISSN – identi� cação única, internacionalmente reconhecida. É importante que conheçamos também a Plataforma Lattes, que representa a experiência do CNPq na integração de bases de dados de Currículos, de Grupos de pesquisa e de Instituições em um único Sistema de Informações e como veri� camos em sua própria página de apresentação, sua dimensão atual se estende não só às ações de planejamento, gestão e operacionalização do fomento do CNPq, mas também a outras agências de fomento federais e estaduais, das fundações estaduais de apoio à ciência e tecnologia, das instituições de ensino superior e dos institutos de pesquisa. Quando adentramos o universo acadêmico, é importante estabelecermos contato com essa plataforma e elaborarmos o Currículo Lattes, que na apresentação da plataforma, é descrito como o padrão nacional no registro da vida pregressa e atual dos estudantes e pesquisadores do país, adotado pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa. Por sua riqueza de informações e sua crescente con� abilidade e abrangência, se tornou elemento indispensável e compulsório à análise de mérito e competência dos pleitos de � nanciamentos na área de ciência e tecnologia. 27WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 6 - TCC- TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Outra sigla que se ouve e com a qual se preocupa muito no universo acadêmico é o TCC: Trabalho de Conclusão de Curso, parte integrante da atividade curricular de muitos cursos de graduação, sendo de extrema relevância para o processo de aprendizagem dos acadêmicos, servindo para articular e consolidar o processo formativo do aluno, por meio da construção do conhecimento cientí� co em sua área. O trabalho acadêmico é o “documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador” (NBR-14724, 2005, p.3). O que distingue os diferentes trabalhos acadêmicos são os níveis de profundidade e originalidade, bem como a exigência de defesa pública para alguns deles. Existem muitas de� nições a respeito do trabalho cientí� co. Para Lakatos e Marconi (2003)trata-se de um estudo sobre tema especí� co ou particular, com su� ciente valor representativo e que obedece à rigorosa metodologia. É preciso considerar que trabalhos acadêmicos podem ser divididos da seguinte forma: primeiramente os trabalhos relativos à graduação; e, em seguida, os trabalhos elaborados na pós-graduação (aperfeiçoamento, especialização, mestrado, doutorado). Aos trabalhos relativos à graduação, a NBR 14724 atribui as seguintes denominações: TCC e TGI, respectivamente, Trabalho de conclusão de curso e Trabalho de graduação interdisciplinar. Aos trabalhos elaborados na pós-graduação, a denominação estabelecida é: Trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou aperfeiçoamento, ou monogra� a. Todavia, as autoras consideram que apesar dessa terminologia estar consagrada, essa denominação não é muito adequada, visto que todos os trabalhos acadêmicos têm como principal característica serem monográ� cos. Portanto, os termos: dissertação e tese são explicados na NBR 14724, e diferenciados, devido à titulação obtida: Dissertação é o documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo cientí� co retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato, é feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a obtenção do título de mestre. Tese é o documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo cientí� co de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do título de doutor, ou similar (NBR- 14724, 2005, p. 2-3). Observando a gra� a da palavra monogra� a, veri� camos que sua principal característica é a abordagem de um tema único (mónos = um só e graphein = escrever). Dessa forma, todos os trabalhos acadêmicos são monográ� cos. Dentre os trabalhos monográ� cos mais usuais, destacam-se aqueles exigidos para obtenção de graus, como a dissertação de mestrado e a tese de doutorado. Para a conclusão de cursos de especialização, ou mesmo de graduação, é comum a apresentação de trabalhos acadêmicos chamados simplesmente de monogra� as. 28WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 7 - ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO Para a NBR 14724 (dez. 2005), a estrutura de um trabalho acadêmico de cunho monográ� co compreende: elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais, a seguir respectivamente descritos. 7.1. Elementos pré-textuais ✓ Capa (obrigatório) (entidade, título e subtítulo se houver, autor, local, data). Lombada (opcional) ✓ Folha de rosto (obrigatório) (nome do autor, título e subtítulo, se houver, natureza (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso) e objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido), nome da instituição a que é submetido, área de concentração, nome do orientador, local da instituição onde deve ser apresentado, ano). ✓ Verso da folha de rosto (obrigatório) deve conter a � cha catalográ� ca, conforme o Código de Catalogação Anglo-americano vigente (NBR 14724, ago. 2005). ✓ Errata (opcional) ✓ Folha de aprovação (obrigatório) ✓ Dedicatória(s) (opcional) ✓ Agradecimento(s) (opcional) ✓ Epígrafe (opcional) ✓ Resumo em língua vernácula (obrigatório) ✓ Resumo em língua estrangeira (obrigatório) ✓ Lista de ilustrações (opcional) ✓ Lista de tabelas (opcional) ✓ Lista de abreviaturas e siglas (opcional) ✓ Lista de símbolos (opcional) ✓ Sumário (obrigatório) 29WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Esses elementos pré-textuais são aqueles que antecedem o corpo da Monogra� a, ou trabalho acadêmico. Apresentam informações que ajudam na identi� cação e utilização do trabalho. Iniciemos pela capa, que, de acordo com a NBR 14724, é elemento obrigatório em todo trabalho acadêmico. É a proteção externa, que reveste o trabalho, na qual devem constar informações para a identi� cação. Ordenadamente, teremos: O nome da instituição; nome do autor; título; subtítulo (se houver); número de volumes (se houver mais de um); local – cidade da instituição onde deve ser apresentado e ano da entrega (depósito). As normas da ABNT não dispõem as informações quanto à estética desses itens, tais como: número da fonte, se itálico ou negrito, etc., todavia, nosso objetivo é apresentar uma padronização dos trabalhos acadêmicos para orientar o aluno no momento de elaborar seu trabalho. Podemos, assim, estabelecer: Nome da instituição - (obrigatório) em letras maiúsculas, centralizado, tamanho da fonte 14 e negrito. Nome do autor - (obrigatório) em letras maiúsculas, centralizado, tamanho da fonte 14 e negrito. Título - (obrigatório) em letras maiúsculas, centralizado, tamanho da fonte 14 e negrito. Subtítulo - (se houver), é necessário colocá-lo em uma linha abaixo do título, grafado em negrito, com a mesma fonte e tamanho do título, porém deverão ser utilizadas somente as primeiras letras de cada palavra em maiúsculas. Local - na penúltima linha da folha, centralizado, em letras maiúsculas, tamanho da fonte 12 e negrito. Ano do depósito - data da entrega do trabalho, na última linha centralizado, fonte 12, sem negrito. A lombada, por sua vez, é elemento opcional, onde as informações devem ser impressas, quando o trabalho comportar. Conforme a NBR 12225, é a parte da capa que reúne as margens internas das folhas, a ser mantidas juntas. A disposição dos elementos ocorre na seguinte ordem: nome do autor, impresso longitudinalmente, de modo a ser lido do alto para o pé da lombada, facilitando a leitura quando o trabalho está no sentido horizontal, com a face voltada para cima; título do trabalho impresso da mesma maneira que o nome do autor; elementos alfanuméricos de identi� cação, por exemplo: v. 3. De acordo com a NBR 14724, a folha de rosto é elemento obrigatório, que carrega os elementos essenciais à identi� cação do trabalho, na seguinte ordem: nome do autor: responsável intelectual do trabalho; título principal do trabalho; subtítulo: se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título principal, precedendo-o de dois pontos; número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a indicação do respectivo volume); � nalidade do trabalho, contendo sua natureza (tese, dissertação, monogra� a e outros) e objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituição a que é submetido com o nome do orientador; local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; e, por � m, ano de depósito (da entrega). Acrescentamos que a folha de rosto carrega uma informação adicional, que a difere da capa e deverá ser escrita a partir do meio da folha, com espaçamento simples e a mesma fonte utilizada nos outros itens (Arial ou Times), tamanho 12, conforme sugerimos no exemplo: Trabalho de Conclusão de Curso (Monografi a) apresentado ao Centro Universitário Uningá, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Odontologia (ou Licenciatura em Ciências Biológias). Orientador: Prof. 30WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA É importante destacar que somente a partir da folha de rosto se começa a contar as páginas do trabalho acadêmico. No entanto, a representação impressa do número das páginassó aparecerá, no canto superior direito da folha, a partir da INTRODUÇÃO, utilizando-se algarismos arábicos (1, 2, 3, 4.) No verso da folha de rosto deve aparecer a � cha catalográ� ca, elaborada pelo bibliotecário, conforme o Código de Catalogação Anglo Americano vigente. A Errata é um elemento eventual, constituído pela referência do trabalho e pelo texto da errata. Deve conter uma lista das folhas e linhas, onde ocorreram erros, com suas devidas correções. Se possível deve ser inserida em papel avulso, acrescido depois de � nalizado o trabalho, após a folha de rosto. A folha de aprovação, a ser inserida logo após a folha de rosto, é elemento obrigatório, contendo: nome do autor do trabalho: responsável intelectual ou artístico; título principal do trabalho, de forma clara e precisa; subtítulo (se houver), subordinado ao título pela marca dos dois pontos; número de volumes; � nalidade do trabalho, contendo sua natureza, objetivo, nome da instituição e área de concentração; data de aprovação; e nome completo e titulação dos membros que compõem a banca examinadora, bem como a instituição a qual pertencem e sua respectiva área de concentração. Podem haver, ainda, páginas preliminares, que antecedem o resumo: A Dedicatória é um texto geralmente curto, que contém o oferecimento do trabalho a determinada pessoa, ou pessoas. Os Agradecimentos consistem em uma manifestação de gratidão a pessoa(s) e/ou instituição(ões) que, de alguma forma, colaboraram com o autor, para a execução do trabalho, devendo ser expressa de maneira simples e sóbria. A Epígrafe é elemento opcional, colocado o início do trabalho, mas podendo aparecer também no início de suas seções primárias. Consiste na citação de um pensamento (com a indicação de autoria) que, de certa forma, está relacionado à obra. O Resumo na língua vernácula é elemento obrigatório, redigido pelo próprio autor, que apresenta, concisamente, os pontos relevantes do texto, em linguagem clara, concisa, direta, com o máximo de 500 palavras — deve ressaltar o objetivo, o resultado e as conclusões do trabalho, assim como o método e a técnica empregados na sua elaboração. Redigido em parágrafo único, seguido de palavras-chave e/ou descritores, separadas entre si por ponto (.). Ex.: Palavras-chave: Literatura. Letramento literário. Sala de aula. O resumo em língua estrangeira é também elemento obrigatório, que consiste na versão do resumo em português para um outro idioma, de divulgação internacional, geralmente inglês, espanhol ou francês: Abstract, Resumen, Resumée, respectivamente. Outras listas podem ser incluídas, dependendo da característica do documento: – lista de ilustrações: relação sequencial das ilustrações (imagens, desenhos, esquemas, � uxogramas, fotogra� as, grá� cos, mapas, quadros, etc.), devendo aparecer na mesma ordem em que forem apresentadas no trabalho, seguidas do título e página onde podem ser encontradas; – lista de tabelas: relação numérica das tabelas na mesma ordem em que se sucedem, seguida do título e com a indicação da página correspondente. Observe que não há necessidade de repetir a palavra Tabela, � gura etc.; basta colocar apenas o número de ordem da ilustração, seguido do respectivo título; A palavra Fonte deve ser colocada imediatamente após o traço inferior da tabela, alinhada com as especi� cações do 1º nível da coluna indicadora. Deve-se usar o tamanho de letra (fonte) 11. - Lista de abreviaturas e siglas: relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas na publicação, seguidas das palavras ou expressões a que correspondem, escritas por extenso; – lista de notações ou símbolos: relação de sinais convencionados, utilizados no texto, seguidos dos respectivos signi� cados; 31WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA O Sumário é a indicação do conteúdo do documento, o último elemento pré-textual, responsável por re� etir as divisões e/ou seções, na mesma ordem em que aparecem no texto. Usa- se o termo “sumário”, não confundindo com índice, que se con� gura como elemento pós-textual. Caso haja mais de um volume, deve ser incluído um sumário completo do trabalho em cada um deles. A forma de digitação segue um formato padronizado, que vai desde à caixa alta em negrito, até caixa baixa, em itálico, diminuindo de forma decrescente: 1. SEÇÃO PRIMARIA 1. CAIXA ALTA COM NEGRITO 1.1 SEÇÃO SECUNDARIA 1.1 CAIXA ALTA SEM NEGRITO 1.1.1 Seção Terciária 1.1.1Caixa Alta e Baixa com Negrito 1.1.1.1 Seção quaternária 1.1.1.1 Caixa Alta e Baixa sem Negrito Seção quinária 1.1.1.1.1 Caixa Alta e Baixa em Itálico 7.2. Elementos textuais ✓ Introdução: apresenta o objeto da pesquisa (problema, hipótese, variáveis), objetivos, o tema, delimitação do tema, justi� cativa e cita a metodologia utilizada. ✓ Desenvolvimento: a) com parte experimental: revisão da literatura, material e métodos, resultados e discussão. b) sem parte experimental: revisão da literatura. ✓ Considerações � nais: síntese dos resultados mais importantes do trabalho e/ou pesquisa correlacionado aos objetivos propostos. Os elementos textuais determinam a natureza do trabalho, sua estrutura e organização. Quanto à natureza da pesquisa, pode ser dividido em duas partes, com ou sem experimentação. Sem a coleta de dados, as partes consistem em: Introdução; revisão da literatura; discussão e considerações � nais. Com a coleta: Introdução; revisão da literatura; material e Métodos; resultados; discussão e considerações � nais. A introdução deve explicar como a pesquisa foi realizada. É necessário que se faça a delimitação do assunto, chegando no objeto a ser pesquisado, com destaque à natureza do problema, a importância da pesquisa no âmbito acadêmico e/ou social, bem como a justi� cativa, os objetivos, as referências às teorias nas quais a pesquisa foi baseada, além da escolha da metodologia e sua aplicação, sendo, portanto, uma apresentação geral. A linguagem deve ser objetiva, utilizando apenas uma pessoa gramatical. A organização do texto deve partir da apresentação do objeto da pesquisa (problema, hipótese, variáveis), objetivos, o tema, delimitação do tema, justi� cativa e a metodologia). Nela o autor apresenta o que ele espera con� rmar nas considerações � nais; Algumas maneiras de iniciar uma introdução é se posicionando de modo generalizado sobre determinado fato; comparando situações; destacando por meio de citação a opinião de alguém de destaque; fazendo alusão histórica a algum fato histórico, ou de� nindo um termo, explicitando-o claramente. Fontenelle (2017) de forma simples, mas prática, explica como fazer um TCC. Como se pode notar, na � gura 4 ele deixa transparecer a importância da introdução, sendo ela a responsável pela primeira impressão que o leitor poderá ter do seu texto. Assim, uma introdução de qualidade atrairá o leitor e de� nirá se sua pesquisa vai ser lida ou não. 32WWW.UNINGA.BR M ET OD OL OG IA E T ÉC NI CA S DE P ES QU IS A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Figura 4 – Introdução de TCC. Fonte: Fontenelle (2017) No desenvolvimento deve aparecer a revisão de literatura. Cabe ao autor demonstrar conhecimento da literatura básica sobre o assunto, resumindo os resultados de estudos anteriores. Muitos autores concordam ser essa, a parte fundamental para a trabalho de pesquisa, cuja � nalidade é expor, demonstrar e dar possibilidades de veri� cação. No desenvolvimento, pode-se levar em consideração três fases: explicação, argumentação e demonstração. Segundo Marconi e Lakatos (2003) aparecem nessa etapa, os elementos da fundamentação teórica e também a de� nição dos conceitos utilizados. A revisão da literatura, construída pelas citações, traz as principais
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