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Módulo 4 2 - Livro Contabilidade Tributária e Trabalhista -Legislação Tributária e Social

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Legislação Trabalhista 
e Tributária
Módulo 4.2
Alessandra Santana 
André Ricardo Oliveira 
Nelson Luiz Fernandes Bravo
2012
Rosto e Sumario_CC_4.2-2012-1.indd 1 14/02/2012 15:07:55
Editorial
Presidente
Chaim Zaher
Vice-Presidente
Adriana Baptiston Cefali Zaher
Diretoria Executiva
Fernando Henrique Costa Roxo 
da Fonseca
Rafael Gomes Perri
Pró-reitor de Educação a Distância 
Jeferson Ferreira Fagundes 
Diretora Acadêmica 
Claudia Regina de Brito 
Coordenação Pedagógica 
Alessandra Henriques Ferreira 
Gladis S. Linhares Toniazzo
Marina Caprio 
Coordenação do Curso de 
Ciências Contábeis 
Andréia Marques Maciel
Produção Editorial
Karen Fernanda Bortoloti 
Marcelo dos Santos Calderaro 
S
um
ár
io
Rosto e Sumario_CC_4.2-2012-1.indd 2 14/02/2012 15:07:55
S
um
ár
io
Apresentação Uniseb Interativo ..... 11
Apresentação do módulo ...................... 12
Legislação social .................................................. 15
Unidade 1: Relações de Trabalho ...................................... 17
Objetivos da sua aprendizagem ................................................. 17
Você se lembra? .............................................................................. 17
1.1 História do direito do trabalho ..................................................... 18
1.2 História do direito do trabalho no Brasil .......................................... 23
1.3 Conceito de direito do trabalho ............................................................ 24
1.4 Princípios do direito do trabalho ............................................................. 25
1.5 Relação de trabalho .................................................................................... 29
1.6 Espécies de relação de trabalho .................................................................... 29
Conclusões e reflexões ........................................................................................... 35
Atividades ................................................................................................................. 36
Leitura recomendada .................................................................................................. 36
Referências .................................................................................................................. 36
Na próxima unidade ...................................................................................................... 37
Unidade 2: Relação de Emprego, Carteira de Trabalho e Previdência Social ....... 39
Objetivos da sua aprendizagem ..................................................................................... 39
Você se lembra? ............................................................................................................. 39
2.1 Conceito de empregado .......................................................................................... 40
2.2 Espécies de empregado .......................................................................................... 40
2.3 Conceito de empregador ....................................................................................... 49
2.4 Poder de direção do empregador ........................................................................ 50
2.5 Terceirização das atividades da empresa .......................................................... 53
2.6 Grupo e sucessão de empresas ..................................................................... 55
2.7 CTPS – Carteira de trabalho e previdência social .......................................... 57
Conclusões e reflexões ................................................................................. 59
Atividades ................................................................................................ 60
Leitura recomendada ............................................................................. 60
Referências bibliográficas ................................................................ 60
Na próxima unidade ..................................................................... 61
Rosto e Sumario_CC_4.2-2012-1.indd 3 14/02/2012 15:07:55
Unidade 3: Contrato de Trabalho, Salário e Remuneração ...................................... 63
Objetivos da sua aprendizagem ...................................................................................... 63
Você se lembra? .............................................................................................................. 63
3.1 Contrato de trabalho ................................................................................................ 64
3.2 Transferência do empregado .................................................................................... 73
3.3 Interrupção e suspensão do contrato de trabalho ..................................................... 73
3.4 Salário e remuneração ............................................................................................. 75
Conclusões e reflexões .................................................................................................... 90
Atividades ....................................................................................................................... 90
Leitura recomendada ....................................................................................................... 91
Referências bibliográficas ............................................................................................... 91
Na próxima unidade ........................................................................................................ 92
Unidade 4: Da jornada de trabalho, gratificação de Natal (13o salário) e férias .... 93
Objetivos da sua aprendizagem ...................................................................................... 93
Você se lembra? .............................................................................................................. 93
4.1 Da jornada de trabalho ............................................................................................. 94
4.2 Trabalho noturno .................................................................................................... 102
4.3 Repouso semanal remunerado ............................................................................... 103
4.4 Gratificação de Natal ............................................................................................. 104
4.5 Férias ...................................................................................................................... 105
4.6 Conclusões e reflexões ........................................................................................... 109
Atividades ..................................................................................................................... 110
Leitura recomendada ..................................................................................................... 110
Referências bibliográficas ..............................................................................................111
Na próxima unidade ...................................................................................................... 112
Unidade 5: Da extinção do contrato de trabalho ..................................................... 113
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 113
Você se lembra? ............................................................................................................ 113
5.1 Extinção por iniciativa do empregador .................................................................. 114
5.2 Extinção por iniciativa do empregado ................................................................... 119
5.3 Extinção por iniciativa de ambos (acordo) ........................................................... 121
5.4 Extinção por culpa de ambos (culpa recíproca) .................................................... 121
5.5 Extinção por desaparecimento dos sujeitos.......................................................... 121
5.6 Extinção da empresa sem força maior ................................................................... 122
5.7 Extinção por alcance do termo ou implemento de condição resolutiva ................. 122
5.8 Extinção por força maior ....................................................................................... 122
5.9 Extinção por factum principis ................................................................................ 122
5.10 Rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado .................. 123
5.11 Procedimento na extinção contratual ................................................................... 123
5.12 Aviso prévio ......................................................................................................... 125
Conclusões e reflexões .................................................................................................. 126
Atividades ..................................................................................................................... 126
Leitura recomendada ..................................................................................................... 127
Referências bibliográficas ............................................................................................. 127
Na próxima unidade ...................................................................................................... 128
Unidade 6: FGTS e direito coletivo do trabalho ...................................................... 129
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 129
Você se lembra? ............................................................................................................ 129
6.1 FGTS – Fundo de garantia por tempo de serviço .................................................. 130
6.2 Organização sindical .............................................................................................. 132
6.3 Direito de Greve ..................................................................................................... 138
Conclusões e reflexões .................................................................................................. 142
Atividades ..................................................................................................................... 142
Leitura recomendada ..................................................................................................... 143
Referências bibliográficas ............................................................................................. 143
Legislação tributária ....................................................................................... 145
Unidade 1: Introdução ao Direito Tributário e os 
princípios constitucionais tributários ........................................................................ 147
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 147
Você se lembra? ............................................................................................................ 147
1.1 A atividade financeira do Estado. ........................................................................... 148
1.2 As receitas públicas ................................................................................................ 149
1.3 A receita tributária .................................................................................................. 149
1.4 Os tributos .............................................................................................................. 150
1.5 Competência tributária ........................................................................................... 152
1.6 Os princípios constitucionais tributários ................................................................ 154
1.7 As imunidades tributárias ....................................................................................... 160
Atividade ....................................................................................................................... 167
Reflexão ........................................................................................................................ 168
Leituras recomendadas .................................................................................................. 168
Referências: ................................................................................................................... 168
Na próxima unidade ...................................................................................................... 169
Unidade 2: As espécies tributárias............................................................................. 171
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 171
Você se lembra? ............................................................................................................ 171
2.1 Os tributos em espécie ........................................................................................... 172
2.2 Os impostos ............................................................................................................ 172
2.3 As taxas .................................................................................................................. 177
2.4 Contribuição de melhoria ....................................................................................... 179
2.5 Empréstimo compulsório ....................................................................................... 180
2.6 Contribuições ......................................................................................................... 181
Atividade ....................................................................................................................... 195
Reflexão ........................................................................................................................ 196
Leituras recomendadas .................................................................................................. 197
Referências: ................................................................................................................... 197
Na próxima unidade ...................................................................................................... 197
Unidade 3: A relação jurídico-tributária .................................................................. 199
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 199
Você se lembra? ............................................................................................................ 199
3.1 O nascimento da obrigação tributária .................................................................... 200
3.2 O fato gerador ........................................................................................................ 201
3.3 O sujeito ativo da relação tributária ....................................................................... 202
3.4 O sujeito passivo da relação tributária ................................................................... 203
Atividade ....................................................................................................................... 214
Reflexão ........................................................................................................................ 215
Leituras recomendadas .................................................................................................. 215
Referências: ................................................................................................................... 216
Na próxima unidade ...................................................................................................... 216
Unidade 4: Crédito tributário, suspensãoe extinção da obrigação tributária ...... 217
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 217
Você se lembra? ............................................................................................................ 217
4.1 A constituição do crédito tributário ........................................................................ 218
Atividade ....................................................................................................................... 243
Reflexão ........................................................................................................................ 244
Leituras recomendadas .................................................................................................. 245
Referências: ................................................................................................................... 245
Na próxima unidade ...................................................................................................... 245
Unidade 5: Administração tributária e os crimes contra a ordem tributária ....... 247
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 247
Você se lembra? ............................................................................................................ 247
5.1 A administração tributária. ..................................................................................... 248
5.2 Os crimes contra a ordem tributária. ...................................................................... 252
Atividade ....................................................................................................................... 266
Leituras recomendadas .................................................................................................. 268
Referências: ................................................................................................................... 268
Contabilidade tributária e trabalhista ............................................................ 269
Contabilidade trabalhista: composição da folha de pagamentos .................................. 270
Situação brasileira atual ................................................................................................ 270
Objeto ............................................................................................................................ 271
Conceito ........................................................................................................................ 272
Métodos......................................................................................................................... 272
Planejamento contábil ................................................................................................... 273
Diretrizes curriculares ................................................................................................... 273
Responsabilidade do Contador com a escrituração Contábil e Fiscal .......................... 274
Das obrigações acessórias ............................................................................................. 275
Impostômetro – O relógio tributário ............................................................................. 275
Unidade 1: Contabilidade trabalhista: composição da folha de pagamentos ....... 277
Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 277
Você se lembra? ............................................................................................................ 277
1.1 Objetivo .................................................................................................................. 278
1.2 Composição da folha de pagamento ...................................................................... 278
1.3 Impacto dos diversos custos na remuneração ........................................................ 279
1.4 4 - Encargos sociais e tributos devidos pelos empregados ................................... 283
1.5 Cálculos de remuneração dos trabalhadores ........................................................ 300
Atividades ..................................................................................................................... 342
Reflexão ........................................................................................................................ 351
Leituras recomendadas .................................................................................................. 351
Referências Bibliográficas ............................................................................................ 351
Na próxima unidade ...................................................................................................... 352
Unidade 2: Contabilidade trabalhista: contabilização da 
folha de pagamentos e outros ..................................................................................... 353
Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 353
Você se lembra? ............................................................................................................ 354
2.1 Contabilização da folha de pagamento e dos encargos sociais .............................. 355
2.2 Contabilização – pagamentos tributos e salários .................................................. 360
2.3 Lançamento de provisões do 13º salário e férias (aspectos fiscais) ....................... 360
2.4 Provisão de férias ................................................................................................... 362
Atividades ..................................................................................................................... 370
Reflexão ........................................................................................................................ 380
Leituras recomendadas .................................................................................................. 381
Referências bibliográficas ............................................................................................. 381
Na próxima unidade ...................................................................................................... 381
Unidade 3: Contabilidade trabalhista: rescisão de 
contrato de trabalho e obrigações acessórias ........................................................... 383
Objetivos da aprendizagem ........................................................................................... 383
Você se lembra? ............................................................................................................ 383
3.1 Rescisão de contrato de trabalho ............................................................................ 384
3.2 Obrigações acessórias trabalhistas ......................................................................... 389
Atividades ..................................................................................................................... 400
Reflexão ........................................................................................................................ 409
Leituras recomendadas .................................................................................................. 409
Referências Bibliográficas ............................................................................................ 409
Na próxima unidade ...................................................................................................... 409
Unidade 4: Contabilidade tributária – Tributos Indiretos ...................................... 411
Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 411
Você se lembra? ............................................................................................................ 411
Introdução..................................................................................................................... 412
4.1 Tributos indiretos ................................................................................................... 412
Reflexão ........................................................................................................................ 457
Leituras recomendadas .................................................................................................. 457
Referências .................................................................................................................... 457
Na próxima unidade ...................................................................................................... 458
Unidade 5: Contabilidade tributária – Tributos diretos ......................................... 459
Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 459
Você se lembra? ............................................................................................................ 459
5.1 Conceito ................................................................................................................. 461
5.2 Métodos de tributação das pessoas jurídicas ......................................................... 467
5.3 Lucro presumido .................................................................................................... 473
5.4 Lucro real ............................................................................................................... 481
5.5 Contribuição social sobre o lucro – CSL ............................................................... 535
Atividades ..................................................................................................................... 540
 Reflexão ....................................................................................................................... 546
Leituras recomendadas .................................................................................................. 546
Referências .................................................................................................................... 547
Na próxima unidade ...................................................................................................... 547
Unidade 6: Utilização dos lucros................................................................................ 549
Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 549
Você se lembra? ............................................................................................................ 549
6.1 Utilização dos lucros .............................................................................................. 550
6.2 Participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias 553
6.3 Obrigações acessórias .......................................................................................... 553
6.4 Livros obrigatórios para as sociedades por ações .................................................. 562
6.5 Informações obrigatórias ao fisco .......................................................................... 563
Atividades ..................................................................................................................... 568
Reflexão ........................................................................................................................ 572
Leituras recomendadas .................................................................................................. 572
Referencias .................................................................................................................... 572
Na próxima unidade ...................................................................................................... 572
Unidade 7: Simples Nacional ..................................................................................... 573
Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 573
Você se lembra? ............................................................................................................ 574
7.1 Introdução .............................................................................................................. 575
7.2 Conceito de microempresa ................................................................................... 576
7.3 Conceito de receita bruta ....................................................................................... 576
7.4 Opção pelo enquadramento .................................................................................... 577
7.5 Não se inclui ao simples nacional .......................................................................... 579
7.6 Abrangência e recolhimento de tributos e contribuições ....................................... 580
7.7 Cálculo dos valores devidos ................................................................................... 583
7.8 Destaque da receita ................................................................................................ 593
7.9 Das Vedações ao Ingresso no Simples Nacional ................................................... 593
7.10 Dos Créditos ........................................................................................................ 599
7.11 Das obrigações fiscais acessórias ........................................................................ 599
7.12 Da Exclusão do Simples Nacional ...................................................................... 601
7.13 Da Omissão de Receita ....................................................................................... 604
A
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çã
o7.14 Dos Acréscimos Legais ....................................................................................... 6047.15 Da simplificação das relações de trabalho .......................................................... 606
Atividades .................................................................................................................... 607
Reflexão ........................................................................................................................ 609
Leituras recomendadas .................................................................................................. 610
Referências .................................................................................................................... 610
A
pr
es
en
ta
çã
o O UniSEB Interativo
Prezado(a) acadêmico(a)
Bem-vindo(a) ao Centro Universitário UniSEB 
Interativo. Temos o prazer de recebê-lo(a) no novo 
segmento desta instituição de ensino que já possui mais 
de 40 anos de experiência em educação.
O Centro Universitário UniSEB Interativo tem se des-
tacado pelo uso de alta tecnologia nos cursos oferecidos, além 
de possuir corpo docente formado por professores experientes e 
titulados. 
O curso, ora oferecido, foi elaborado dentro das Diretrizes 
Curriculares do MEC, de acordo com padrões de ensino superior da 
mais alta qualidade e com pesquisa de mercado. 
Assim, apresentamos neste material o trabalho desenvolvido pe-
los professores que, por meio da tecnologia da informação e comunica-
ção, proporciona ensino inovador e sempre atualizado.
Este livro, o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e a teleaula 
integram a base que visa transmitir os conhecimentos necessários à sua 
formação, além de auxiliá-lo(a) nos estudos e incentivá-lo(a), com as indi-
cações bibliográficas de cada unidade, a fim de aprofundar cada vez mais 
o seu saber.
Procure ler os textos antes de cada aula para poder acompanhá-la 
melhor e, assim, interagir com o professor nas aulas ao vivo. Não deixe 
para estudar no final de cada módulo somente com o objetivo de passar 
pelas avaliações; procure ler este material, realizar outras leituras epesquisas sobre os temas abordados e estar sempre atualizado, afi-
nal, num mundo globalizado e em constante transformação, é pre-
ciso estar sempre informado.
Procure dedicar-se ao curso que você escolheu, aproveitan-
do-se do momento que é fundamental para sua formação pesso-
al e profissional. Leia, pesquise, acompanhe as aulas, realize 
as atividades on-line, desta maneira você estará se forman-
do de maneira responsável, autônoma e, certamente, fará 
diferença no mundo contemporâneo.
Sucesso!
Rosto e Sumario_CC_4.2-2012-1.indd 11 14/02/2012 15:08:14
A
pr
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o
Apresentação
O Módulo 4.2
Neste material, você estudará 
as disciplinas de Legislação Social, 
Legislação Tributária e Contabilidade 
Tributária e Trabalhista.
É certo afirmarmos que a Contabilidade 
e o Direito sempre andaram juntos. Dentre as di-
ferentes disciplinas que fazem parte da formação e 
do dia a dia do contabilista, o conhecimento das noções 
instituídas pelo Direito é uma das principais ferramentas 
que auxiliam o profissional das Ciências Contábeis no que 
se refere às informações legais necessárias e à precisão dos re-
gistros, do tratamento contábil adequado e do resultado final de 
suas informações. 
A disciplina de Legislação Social visa transmitir conhecimen-
tos específicos sobre o Direito Individual e Coletivo do Trabalho, 
proporcionando condições para a sua aplicação prática e profissional.
A disciplina trabalha sob enfoques humanísticos, ético, político, 
jurídico e histórico acerca do Direito do Trabalho, analisando as princi-
pais normas referentes à relação entre empregado e empregador. Analisa, 
ainda, as peculiaridades referentes à relação de trabalho e à relação de 
emprego, todas as características e especificidades do contrato de traba-
lho, as formas de extinção do contrato de trabalho e as devidas indeniza-
ções. Observa, por fim, as relações coletivas de trabalho e as questões 
referentes ao direito de greve no Brasil.
O Direito é único, porém é estudado em diversas disciplinas que 
se formam de acordo com os fatos sociais que as envolvem. Importante 
dizer que tais fatos sociais, para adentrarem para o universo do Direi-
to, necessitam ter por característica o fato de possuírem uma impor-
tância para a sociedade.
É notado que, no decorrer dos séculos da história do oci-
dente, o Estado passou a desempenhar vários papéis diante 
da sociedade. O objetivo fundamental do atual Estado é a 
manutenção das instituições que administram o bem-estar 
social, ou seja, as carências ligadas, direta ou indireta-
mente, à sobrevivência. Assim, as atividades estatais 
estão, como um todo, caracterizadas pelo atendi-
mento das carências sociais.
13
EA
D
-1
1-
C
C
 4
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Desse modo, para o desempenho de seu mister, o Estado necessita 
desenvolver uma atividade financeira que viabilize o exercício de suas 
atribuições. Ocorre que, para o desempenho de todas as atribuições cons-
titucionalmente previstas na Carta de 1988, cada vez mais a máquina esta-
tal necessita da arrecadação de numerários.
Nesse ponto, o Estado se vale de seu poder tributante, impondo aos 
particulares a obrigatoriedade de contribuir para os cofres públicos. Atu-
almente, os brasileiros são duramente onerados por uma carga tributária 
distribuída na forma de impostos, taxas e contribuições.
O Direito Tributário, diante deste fenômeno político-social, tem por 
finalidade maior regular a relação entre o Estado (Fisco) e os particulares 
(contribuintes). Não se trata de regras apenas que ensejam a cobrança de 
tributos, mas, precipuamente, de normas que visam proteger o patrimônio 
privado ante a voracidade arrecadatória do Estado.
Neste material, de maneira objetiva, faremos um estudo sobre a Te-
oria Geral do Direito Tributário, embasado na Constituição Federal e no 
Código Tributário Nacional.
Qualquer profissional que pretenda exercer suas atividades diante 
das empresas, seja como contador, seja como administrador ou advogado, 
necessita de conhecer as regras maiores de Direito Tributário, pois confi-
gura ferramenta básica para o desempenho de seu labor.
No entanto, a maior importância de termos uma noção das regras 
que disciplinam o sistema tributário nacional é que se trata de verdadeiro 
exercício de cidadania; conhecer os nossos direitos fundamentais é o pri-
meiro passo para poder exercê-los conscientemente.
O material da disciplina de Contabilidade Tributária e Trabalhista 
possui uma análise superficial dos objetivos da contabilidade tradicional 
e da contabilidade tributária, não tendo, portanto, a pretensão de esgotar o 
tema. Atualmente, na busca do melhor resultado para suas organizações, 
investidores e empresários dispõem de diversas alternativas para a aplica-
ção de seus recursos excedentes. 
 Novos empreendimentos, aplicações financeiras de longo prazo, 
investimentos em mercados de ações, dentre outros, são exemplos das 
inúmeras alternativas de aplicação de seus ganhos.
 Apesar da multiplicidade de alternativas apontadas, o desejo de 
empreender não pode ser confundido com uma mera aventura especu-
lativa. Riscos de diversas naturezas envolvem os negócios empresariais 
tornando indispensável um aprofundado estudo sobre o empreendimento 
Nome da unidade - Unidade 2
14
que se colima realizar. Dentre os riscos de maior magnitude, destaca-se 
a crescente e complexa carga tributária brasileira, atualmente a maior da 
América Latina e a quinta maior do mundo. Nesse sentido, faz-se mister 
o desenvolvimento de estudos da carga tributária que envolve o negócio 
com o objetivo de minimizar o impacto tributário sobre a operação (pla-
nejamento tributário).
 Para dar suporte ao implemento das ações elusivas, é necessário o 
desenvolvimento de um ambiente contábil pautado pela qualidade e pela 
celeridade nas informações contábeis. Nesse diapasão, a contabilidade 
deve traduzir, com maior aproximação possível, a realidade contábil e 
financeira da empresa. 
A flexibilização das normas trabalhistas, ao lado da desregulamen-
tação, tem sido apontada como uma boa alternativa ao enfrentamento da 
crise por que passa o Direito do Trabalho no Brasil, consoante a valoriza-
ção da negociação coletiva subjacente no princípio da autonomia privada 
coletiva, que juntamente com o princípio protetor possui envergadura 
constitucional. Decorre dessa possibilidade a indagação de ser ou não a 
flexibilização limitadora da atuação do Estado na promoção da defesa dos 
direitos dos trabalhadores. 
Considerando que a primeira forma de atuação do Estado em prol 
do cumprimento da legislação trabalhista se dá pela prevenção, por meio 
do órgão encarregado da fiscalização, busca-se conhecer as implicações 
da flexibilização das normas trabalhistas na área da inspeção do trabalho, 
bem como seus reflexos (cálculos).
Prof. Me. Rafael Altafin Galli
Prof. André Ribeiro de Oliveira
Prof. Nelson Bravo
Legislação social
O módulo Legislação social visa trans-
mitir conhecimentos específicos sobre o 
direito individual e coletivo do trabalho, propor-
cionando condições para a sua aplicação prática e 
profissional.
A disciplina trabalha sob enfoques humanísticos, éti-
cos, políticos, jurídicos e históricos acerca do direito do 
trabalho, analisando o direito individual e coletivo de tra-
balho. Iniciam-se os estudos analisando a evolução histórica 
do direito do trabalho, no Brasil e no mundo, os princípios que 
norteiam a sua formação, a distinção entre relação de trabalho 
e relação de emprego, introduzindo, assim, o aluno no estudo do 
direito do trabalho.
Nos demais capítulos, abordaremos as relações de trabalho e em-
pregado existentes em nossa sociedade, os conceitos de empregado e 
empregador, as características do contrato de trabalho, sua classificação, 
bem com suas principais peculiaridades e especificidades. Também será 
analisada a legislação trabalhista no que tange à jornada de trabalho e 
seus intervalos, às questões referentes a salário e remuneração, às formas 
de extinção do contratode trabalho presentes em nosso ordenamento jurí-
dico e às relações coletivas de trabalho.
Com isso, este módulo procura analisar as principais normas referentes à 
relação entre empregado e empregador, propiciando ao aluno condições 
para o seu desenvolvimento prático-profissional.
Este estudo é de suma importância para o gerenciamento de qualquer 
ramo de atividade empresarial, servindo, pois, como alicerce para 
todo desenvolvimento profissional.
Bons estudos e boa sorte!
Prof. Me. Rafael Altafin Galli
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 Relações de TrabalhoO direito pode ser conceituado como um 
conjunto de normas que regem a vida em 
sociedade e sua função principal é ordená-la. 
Assim, podemos dizer que não há sociedade sem 
direito, e nem direito sem sociedade (em latim “Ubi 
Societas, Ibi Jus”). 
Já o direito do trabalho pode ser conceituado como um 
conjunto de normas referentes às relações de trabalho, indivi-
duais e coletivas, entre empregado e empregador. 
Salienta-se, porém, que o direito do trabalho não acompanhou o 
surgimento das relações de trabalho, já que, quando do surgimento 
destas, não haviam direitos trabalhistas reconhecidos em nosso ordena-
mento jurídico. Sua evolução se deu após o surgimento das relações de 
trabalho, frente às mudanças que ocorreram em nossa vida em sociedade.
Assim, neste tema, abordaremos a história e a formação do direito do 
trabalho. Espera-se que o aluno compreenda a origem e a evolução do 
direito do trabalho no Brasil e no mundo, bem como o conceito de direito 
do trabalho e os princípios que norteiam a sua formação.
Objetivos da sua aprendizagem
Por meio do estudo da presente unidade, você estará apto a:
• conhecer a história do direito do trabalho no Brasil e no mundo;
• compreender o conceito de direito do trabalho e os princípios inerentes 
à sua formação;
• estudar as principais relações de trabalho existentes em nossa socie-
dade;
• analisar a distinção entre relação de trabalho e relação de emprego.
Você se lembra?
Você se lembra da história da colonização do Brasil, da 
evolução da escravidão até o surgimento do trabalho as-
salariado? Nesta primeira unidade, analisaremos essas 
questões, bem como o conceito e os princípios que 
regem o direito do trabalho.
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Legislação social
História do direito do trabalho1.1 
O direito do trabalho é produto do capitalismo, atado à evolução 
histórica deste sistema através dos elementos socioeconômicos, políticos 
e culturais.
Por meio do direito do trabalho, fixaram-se controles para o sistema 
capitalista, conferindo-lhe civilidade e buscando eliminar as formas mais 
perversas de utilização da força de trabalho.
Antiguidade clássica1.1.1 
A palavra trabalho vem do latim Tripliare, que significa martirizar 
com tripadium, ou seja, martirizar com um chicote conhecido por possuir 
três pontas. Assim, temos que a palavra trabalho foi conceituada, em um 
primeiro momento, como um castigo.
Na Antiguidade Clássica, predominava o regime de escravidão, em 
que os escravos realizavam seus trabalhos de uma forma árdua, como um 
verdadeiro castigo. Nessa época, os escravos eram vistos como objetos de 
trabalho, e não como sujeitos de direitos, não havendo quaisquer direitos 
trabalhistas a eles. Os proprietários rurais não trabalhavam, não podiam 
trabalhar, pois eram vistos como intelectuais, soberanos, enquanto que o 
trabalho era visto como um castigo para os fracos, oprimidos e sem pers-
pectiva de vida em sociedade. 
Os serviços manuais exaustivos eram dados aos escravos, pois era 
considerado impróprio e até desonroso para os homens livres. Assim, na 
época da escravidão, não há que se falar em direito do trabalho.
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Paralelamente ao trabalho do escravo havia, sobretudo entre os roma-
nos, aqueles que exerciam uma atividade com autonomia, em regime de liber-
dade, como os artesões. Suas associações recebiam o nome de colégios roma-
nos, provavelmente fundadas por Numa Pompílio, com finalidade religiosa e 
de socorro mútuo. Não se confundiam com os sindicatos, que são órgãos de 
defesa dos interesses de determinada categoria econômica, profissional, de 
trabalhadores avulsos, autônomos e de servidores públicos (BARROS, 2009).
No Brasil, os portugueses, após o descobrimento, introduziram o re-
gime da escravidão: primeiro, a dos indígenas e, depois, a dos negros que 
eram trazidos da África.
Servidão1.1.2 
Após a escravidão, veio a Idade Média e, juntamente com ela, o re-
gime de servidão. Porém, em se tratando de direito do trabalho, pouco se 
evoluiu quanto ao regime de escravidão.
Isso porque, apesar de o servo, nessa época, ter sido reconhecido 
como sujeito, e não como objeto, a relação de trabalho do servo ainda era 
muito parecida com a do escravo. 
Embora recebessem certa proteção militar e política prestada pelo 
senhor feudal dono das terras, os trabalhadores também não tinham uma 
condição livre. Eram obrigados a trabalhar nas terras pertencentes aos 
seus senhores. Como camponeses presos às glebas que cultivavam, pesa-
va-lhes a obrigação de entregar parte da produção rural como preço pela 
fixação na terra e pela defesa que recebiam (NASCIMENTO, 2009).
Tratava-se de tipo generalizado de trabalho, em que o indivíduo, 
sem ter a condição jurídica de escravo, na realidade não dispunha de sua 
liberdade. Estavam os servos sujeitos às mais severas restrições, inclusive 
de deslocamento.
Eles eram escravos alforriados ou homens livres que, diante da inva-
são de suas terras pelo Estado e, posteriormente, pelos bárbaros, tiveram 
de recorrer aos senhores feudais em busca de proteção. Em contrapartida, 
estavam obrigados a pesadas cargas de trabalho e poderiam ser maltrata-
dos ou encarcerados pelo senhor, que desfrutava até mesmo do chamado 
jus primae noctis, ou seja, direito à noite de núpcias com a serva que se 
casasse na gleba (BARROS, 2009).
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20
Legislação social
Corporações de ofício1.1.3 
Após a servidão, começaram a aparecer os grupos profissionais, 
corporações de ofício ou Associações de Artes e Misteres (origem: Fran-
ça, Alemanha, Espanha e Inglaterra).
O homem, que até então trabalhava em benefício exclusivo do se-
nhor da terra, tirando como proveito próprio a alimentação, os vestuários 
e a habitação, passava a exercer sua atividade, sua profissão, de forma or-
ganizada, mesmo não gozando ainda da inteira liberdade.
Surgia a figura do “mestre”, que tinha sob suas ordens aprendizes 
e outros trabalhadores, mediante rigorosos contratos nos quais o objetivo 
não era simplesmente a locação de trabalho, pois esses trabalhadores se 
submetiam às determinações do “mestre” até mesmo em relação ao direito 
de mudança de domicílio. Em troca, além do salário, tinham a proteção 
de socorros em casos de doença e lhes ficava assegurado um verdadeiro 
monopólio da profissão, já que só podiam exercê-la os que estivessem 
inscritos na corporação correspondente.
Os mestres eram os proprietários das oficinas, que já tinham passa-
do pela prova da obra-mestra. Os companheiros eram trabalhadores que 
recebiam salários dos mestres. Os aprendizes eram os menores que rece-
biam dos mestres o ensino metódico do ofício ou profissão. Havia, nessa 
fase da história, um pouco mais de liberdade ao trabalhador; os objetivos, 
porém, eram os interesses das corporações mais do que conferir qualquer 
proteção aos trabalhadores. As corporações de ofício tinham como carac-
terísticas: a) estabelecer uma estrutura hierárquica; b) regular a capacida-
de produtiva; c) regulamentar a técnica de produção (MARTINS, 2010).
As corporações estabeleciam suas próprias leis profissionais e re-
cebiam privilégios concedidos pelos reis, que desejavam enfraquecer o 
poderio dos nobres senhores da terra.
Durante esse período, ainda não havia normas que regulamentas-
sem essa relação de trabalho, mas pode-se concluir queas corporações 
de ofício trouxeram uma maior liberdade de trabalho aos artesões, bem 
como algumas regras trabalhistas estampadas em seus estatutos, já que 
esses trabalhadores passaram também a se organizar a partir de estatu-
tos, conforme algumas normas referentes à organização dos trabalhos 
nas corporações.
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Revolução Industrial – século XVIII – Sistema 1.1.4 
liberal
Após o fim das corporações de ofício, a partir do século XVIII, 
iniciou-se a chamada Revolução Industrial, e com ela surgiu a classe ope-
rária, transformando as relações sociais e culminando com o nascimento 
do direito do trabalho.
Com a Revolução Industrial, houve a descoberta do vapor como 
fonte de energia e sua aplicação nas indústrias. Assim, diante do cresci-
mento das indústrias e do comércio, houve a substituição das outras for-
mas de trabalho – como escravidão, servidão e trabalho nas corporações 
– pelo trabalho assalariado em grande escala.
Apesar disso, o direito do trabalho ainda não era revestido de nor-
mas de proteção ao trabalho. Isso porque predominava, no século XVIII, 
o chamado Estado Liberal (ou Sistema Liberal), em que o Estado não se 
opunha na relação de trabalho, tendo o empregador total liberdade para 
estipular suas condições de trabalho. O Estado atuava como mero es-
pectador, não intervindo nas relações de trabalho. O contrato de trabalho 
tinha força de lei entre as partes. Surgiram, assim, contratos extremamente 
exaustivos e prejudiciais ao empregado, que se sujeitava a altas e pesadas 
cargas de trabalho, mediante o pagamento de baixos salários.
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Legislação social
A Revolução Industrial ou técnico-econômica, transformava a 
liberdade do homem em mera abstração, pois os mais fortes depressa 
se tornavam opressores por conta dos salários muito baixos pagos à 
população operária, que já estava esgotada pelo trabalho brutal e pela 
subalimentação.
O emprego generalizado de mulheres e menores suplantou o traba-
lho dos homens, pois a máquina reduziu o esforço físico e tornou possível 
a utilização das “meias-forças dóceis”, não preparadas para reivindicar. 
Suportavam salários ínfimos, jornadas desumanas e condições de higiene 
degradantes, com graves riscos de acidente (BARROS, 2009).
Nessa fase, o Estado era mero espectador – não se manifestava, pois 
entendia que o contrato de trabalho era um acordo de vontades totalmente 
privado.
A lei de bronze, em vigor à época, considerava o trabalho uma mer-
cadoria, cujo preço era determinado pela concorrência, que tendia a fixá--lo 
no custo da produção e a estabilizá-lo a um nível próximo ao mínimo de 
subsistência. Analisando a referida lei, Marx desenvolveu o polêmico prin-
cípio da depauperação progressiva do proletariado, a qual apareceu ligada à 
acumulação do capital. Sua doutrina contribuiu para que despertasse no tra-
balhador a consciência coletiva e sua extraordinária força. As organizações 
de trabalhadores, adeptas da violência, pressionaram o Poder Público exi-
gindo uma solução para a questão social, com a qual se preocupou também 
a doutrina social da Igreja, por meio da Encíclica Rerum Novarum (1891), 
de Leão XIII, passando pela Quadragésimo Anno (1931) ou pela Divini Re-
demptores (1931), ambas de Pio XI (BARROS, 2009).
Nova era social – Sistema neoliberal1.1.5 
Diante da desigualdade econômica e social, oriunda da Revolução 
Industrial e do sistema liberal adotado à época, os trabalhadores passaram 
a se unir e protestar em busca de melhores condições de trabalho, culmi-
nando, assim, com o surgimento dos sindicatos. Passaram a reivindicar, 
perante o Estado, a criação de normas de proteção ao trabalho, bem como 
sua oposição frente às injustiças sociais.
Cobravam do Estado atitudes, leis de proteção aos salários, ao 
bem-estar e à saúde dos empregados, incluindo também a jornada de oito 
horas. Tais movimentos deram origem às legislações trabalhistas, as quais 
vieram posteriormente refletir no Brasil.
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A partir desse momento, o Estado passou a agir como órgão de equi-
líbrio, destruindo diferenças entre classes e grupos, fazendo sobressair o 
interesse coletivo. Passou a ser o Estado intervencionista que procurava a 
igualdade jurídica, além de assumir a figura do Estado polícia e do Estado 
providência.
A primeira Constituição que tratou do tema foi a do México, em 
1917. O art. 123 da referida norma estabelecia jornada de oito horas, 
proibição de trabalho de menores de 12 anos, limitação da jornada dos 
menores de 16 anos a seis horas, jornada máxima noturna de sete horas, 
descanso semanal, proteção à maternidade, salário-mínimo, direito de sin-
dicalização e de greve, indenização de dispensa, seguro social e proteção 
contra acidentes de trabalho (MARTINS, 2010).
A segunda Constituição a versar sobre o assunto foi a de Weimar, 
de 1919. Disciplinava a participação dos trabalhadores nas empresas, au-
torizando a liberdade de coalização dos trabalhadores; tratou, também, da 
representação dos trabalhadores na empresa. Criou um sistema de seguros 
sociais e também a possibilidade de os trabalhadores colaborarem com 
os empregadores na fixação de salários e demais condições de trabalho 
(MARTINS, 2010).
A partir dessas, as constituições do mundo inteiro passaram a trazer 
em seu bojo normas referentes ao direito do trabalho.
História do direito do trabalho no Brasil1.2 
No Brasil, a regulamentação das relações de trabalho somente ocor-
reu a partir do século XIX.
As transformações que vinham ocorrendo na Europa em decorrência 
da Primeira Guerra Mundial e o aparecimento da Organização Mundial 
do Trabalho (OIT), em 1919, incentivaram a criação de 
normas trabalhistas em nosso país. Existiam mui-
tos imigrantes no Brasil que deram origem a 
movimentos operários reivindicando melhores 
condições de trabalho e salários. Começa a 
surgir uma política trabalhista idealizada por 
Getúlio Vargas em 1930 (MARTINS, 2010).
No período de 1893 até 1930, Getúlio 
Vargas criou o Ministério do Trabalho, perío-
do este em que foram formuladas várias legis-
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site da Organi-
zação Internacional do 
Trabalho (OIT) traz uma série 
de reportagens e artigos sobre 
o direito do trabalho, em especial 
normas de proteção ao trabalho do 
menor, da mulher e os demais 
avanços da legislação traba-
lhista. (www.oitbrasil.
org.br)
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Legislação social
 
O que significa 
CLT?
A Consolidação das Leis do Traba-
lho (CLT) pode ser conceituada como 
uma compilação de leis em que constam 
as principais normas referentes às relações 
individuais e coletivas entre empregado e 
empregador.
lações esparsas referentes às categorias específicas. Em 1934, foi criada 
a Justiça do Trabalho, devidamente instalada em todo território nacional 
como órgão administrativo apenas em 1941.
Já em 1942, foi criada a Consoli-
dação das Leis Trabalhistas, com 
a coordenação de várias legis-
lações esparsas, sendo pos-
teriormente promulgado o 
Decreto-Lei nº 5452/43. 
Em 1946, com o advento 
da Constituição, a Justiça 
do Trabalho passou a inte-
grar o Poder Judiciário.
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Brasileiras, desde a de 1934, 
também trouxeram normas refe-
rentes ao direito do trabalho, culmi-
nando com a de 1988, que trouxe, do artigo 7º ao 11º, normas específicas 
referentes aos direitos trabalhistas.
Conceito de direito do trabalho1.3 
É possível definir direito do trabalho como o ramo da ciência do di-
reito que tem por objeto as normas, as instituições jurídicas e os princípios 
que disciplinam as relações de trabalho e determinam os seus sujeitos e 
as organizações destinadas à proteção desse trabalho em sua estrutura e 
atividade (NASCIMENTO, 2009).
Na prática, podemos conceituar o direito do trabalho como um con-
junto de normas que rege e ordena as relações individuais e coletivas entre 
empregado e empregador.
Ressalta-se que o direito do trabalho regulamenta somenteas relações 
de emprego entre trabalhadores e empresários do setor privado, não ordenan-
do as outras relações de trabalho, que serão objeto de estudo posteriormente.
O direito do trabalho divide-se em direito individual do trabalho, 
que pode ser conceituado como um conjunto de normas referentes à re-
lação entre empregado e empregador, e direito coletivo do trabalho, que 
consiste no conjunto de normas referentes às categorias de empregados e 
empregadores.
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Assim, como adverte a doutrina italiana, o direito individual pres-
supõe uma relação entre sujeitos de direito, considerando os interesses 
concretos de indivíduos determinados, contrariamente ao direito coletivo, 
que pressupõe uma relação entre sujeitos de direito, em que a participação 
do indivíduo também é considerada, mas como membro de determinada 
coletividade. Nesse último, consideram-se os interesses abstratos do gru-
po (BARROS, 2009).
Tendo essa divisão, muito se discute entre os doutrinadores quanto 
à natureza jurídica do direito do trabalho. Para alguns juristas, trata-se de 
um ramo do direito privado, pois envolve a relação entre empregado e em-
pregador. Para outros, trata-se de um ramo do direito público, pois ordena 
a relação entre as categorias profissionais (empregados) e econômicas 
(empregadores). Outros ainda defendem uma natureza mista (híbrida), por 
envolver relações pertencentes ao direito público e privado. E ainda existe 
uma última corrente, que entende ser o direito do trabalho pertencente a 
um novo ramo do direito, chamado de direito social.
Entre as características do direito do trabalho, a doutrina nacional 
aponta: a) a tendência in fieri, isto é, à ampliação crescente; b) o fato de 
ser um direito “tuitivo”, de reivindicação de classe; c) o cunho interven-
cionista; d) o caráter cosmopolita; e) o fato de os seus institutos jurídicos 
mais típicos serem de ordem coletiva ou socializante; f) o fato de ser um 
direito em transição. A essas características a doutrina estrangeira acres-
centa a circunstância de ser limitativo da autonomia da vontade individual 
no contrato, ter como propósito principal a tutela do trabalhador e do 
economicamente fraco e ordenar o mundo do trabalho de acordo com os 
princípios da dignidade humana, tendo em vista a paz social (MORAES 
FILHO apud BARROS, 2009). 
No entanto, prevalece o entendimento de que o direito do trabalho 
pertence ao ramo do direito privado, pois regula, em sua essência, as rela-
ções entre particulares, ou seja, entre empregados e empregadores.
Princípios do direito do trabalho1.4 
Princípios podem ser conceituados como “proposições diretoras 
de uma ciência, as quais todo o desenvolvimento posterior dessa ciência 
deve estar subordinado” (FERREIRA, 2009).
No universo jurídico, temos inúmeros princípios considerados como 
regras ou preceitos, utilizados pelos juízes e juristas como alicerce para a 
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Legislação social
exata compreensão do direito. Assim, além dos princípios gerais do direi-
to, temos princípios específicos referentes ao direito do trabalho. 
A própria Constituição Federal traz alguns princípios específicos do 
direito do trabalho, sendo estes: 
I. livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer (art. 5º, XIII);
II. liberdade sindical (art. 8º);
III. não interferência do Estado na organização sindical (art. 8º, I);
IV. direito de greve (art. 9º);
V. representação dos trabalhadores na empresa (art. 11); 
VI. reconhecimento de convenções e acordos coletivos (art. 7º, XXVI);
VII. proteção em face da automação (art. 7º, XXVII); 
VIII. proteção contra a dispensa arbitrária ou sem justa causa (art. 7º, I);
IX. irredutibilidade dos salários (art. 7º, VI); 
X. igualdade nas relações de trabalho, decorrência do princípio ge-
ral da igualdade; defesa do trabalhador, resultante do princípio geral da 
dignidade” (NASCIMENTO, 2009).
Não obstante, existem também princípios próprios do direito do 
trabalho.
Princípio protetor1.4.1 
Segundo este princípio o direito do trabalho procura proteger a rela-
ção de trabalho e, mais especificamente, a parte mais fraca da relação de 
emprego, ou seja, o trabalhador.
Partindo da percepção de que o mercado de trabalho, em seu contex-
to histórico, impõe sempre uma grande desvantagem para o lado da oferta 
(trabalhadores) e uma situação mais favorável para o lado da demanda 
(empregadores), o princípio da proteção está presente na gênese do direito 
do trabalho, que trata de expressar historicamente o reconhecimento da 
necessidade de intervenção estatal na ordem econômica e no mercado de 
trabalho para satisfazer determinadas carências e interesses dos trabalha-
dores, limitando a exploração sobre eles exercida (SCHWARZ, 2007). 
Esse princípio se subdivide em:
Princípio “a) in dubio pro operario”: segundo este princípio, havendo 
dúvida quanto à interpretação de uma lei ou de um caso concreto, 
deve o intérprete decidir a favor do empregado;
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Princípio da norma mais favorável: havendo duas normas aplicáveis b) 
a um caso concreto, o intérprete deve utilizar a norma mais favorá-
vel ao empregado (teoria do conglobamento);
Princípio da condição mais benéfica: busca-se, na relação de empre-c) 
go, a criação de condições e regras mais benéficas ao trabalhador, 
como também as vantagens já conquistadas, benéficas ao trabalha-
dor, não podem ser modificadas de modo a lhe trazer prejuízo.
A aplicação da norma mais favorável pode ser dividida de duas ma-
neiras: (a) elaboração da norma mais favorável, em que as novas leis de-
vem dispor de maneira mais benéfica ao trabalhador. Com isso, as novas 
leis devem tratar de criar regras visando à melhoria da condição social do 
trabalhador; (b) hierarquia das normas jurídicas: havendo várias normas 
a serem aplicadas numa escala hierárquica, deve-se observar a que for 
mais favorável ao trabalhador. Assim, se o adicional de horas extras pre-
visto em norma coletiva for superior ao previsto na lei ou na Constituição, 
deve-se aplicar o adicional da primeira (MARTINS, 2010).
A condição mais benéfica ao trabalhador deve ser entendida como o 
fato de que vantagens já conquistadas, que são mais benéficas ao trabalha-
dor, não podem ser modificadas para pior. É a aplicação da regra do direi-
to adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição ), do fato de o trabalhador 
já ter conquistado certo direito, que não pode ser modificado, no sentido 
de se outorgar uma condição desfavorável ao obreiro (MARTINS, 2010).
Princípio da irrenunciabilidade1.4.2 
Segundo este princípio, em uma relação de emprego, o empregado 
não pode renunciar a um direito, previsto na legislação trabalhista.
As justificativas para este princípio são:
indisponibilidade das normas trabalhistas, ou seja, são normas • 
que não podem ser transacionadas;
imperatividade das normas trabalhistas, que impõem condições • 
mínimas para o trabalhador;
o fato de as normas trabalhistas terem caráter de ordem pública, • 
posto que o Estado as julga imprescindíveis e essenciais para a 
sobrevivência da própria sociedade (ABUD, 2006).
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Legislação social
Princípio da continuidade da relação de emprego1.4.3 
Para este princípio, o direito do trabalho prioriza os contratos de tra-
balho por prazo indeterminado, trazendo, assim, situações específicas em 
que é possível a contratação por prazo determinado.
Presume-se que o contrato de trabalho terá validade por tempo inde-
terminado, ou seja, haverá a continuidade da relação de emprego. A exceção 
à regra são os contratos por prazo determinado, inclusive o contrato de tra-
balho temporário. A ideia geral é a de que se deve preservar o contrato de 
trabalho do trabalhador com a empresa, proibindo-se, por exemplo, uma su-
cessão de contratos de trabalho por prazo determinado (MARTINS, 2010).
Princípio da irredutibilidade de salário1.4.4 
Segundo esteprincípio, o salário do empregado não pode ser reduzi-
do, salvo através de negociação coletiva de trabalho.
Princípio da primazia da realidade1.4.5 
Para este princípio, o direito do trabalho prioriza a realidade fática 
vivida pelo trabalhador. 
No direito do trabalho, os fatos são muito mais importantes do que 
os documentos. Por exemplo, se um empregado é rotulado de autônomo 
pelo empregador, possuindo contrato escrito de representação comercial 
com o último, o que deve ser observado realmente são as condições fáti-
cas que demonstrem a existência do contrato de trabalho. Muitas vezes, 
o empregado assina documentos sem saber o que está assinando. Em sua 
admissão, pode assinar todos os papéis possíveis, desde o contrato de 
trabalho até seu pedido de demissão, daí a possibilidade de serem feitas 
provas para contrariar os documentos apresentados, que evidenciarão re-
almente os fatos ocorridos na relação entre as partes (MARTINS, 2010).
Princípio da dignidade da pessoa humana1.4.6 
Embora não seja específico do direito do trabalho, este princípio, por 
ter um caráter universal, também tem sido muito utilizado na atualidade, 
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para a interpretação das normas trabalhistas. A dignidade humana ocupa 
posição de destaque no exercício dos direitos e deveres que se exteriorizam 
nas relações de trabalho e aplica-se em várias situações, principalmente 
para evitar tratamento degradante do trabalhador (BARROS, 2009).
O princípio do respeito à dignidade humana é hoje encontrado até 
mesmo na Constituição (art. 1º, III), como um dos objetivos da Repú-
blica Federativa do Brasil, um Estado Democrático de Direito. Há de 
se respeitar a personalidade humana como um direito fundamental. O 
inciso X do art. 5º da Lei Maior assegura a inviolabilidade à intimidade, 
à vida privada, à honra e à imagem das pessoas, assegurando o direito 
à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação 
(MARTINS, 2010).
Relação de trabalho1.5 
A relação de trabalho pode ser conceituada como toda e qualquer 
atividade humana em que haja prestação de trabalho; é um gênero que tem 
como espécies as relações jurídicas citadas a seguir.
Já a relação de emprego consiste em uma atividade humana espe-
cífica, ou seja, o trabalho subordinado, prestado por um tipo especial de 
trabalhador, o empregado. Essa relação de trabalho é regida pelas normas 
previstas pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Espécies de relação de trabalho1.6 
Vinculação administrativa 1.6.1 
Situação expressa excepcionada pela Constituição Federal/88. Não 
forma vínculo contratual de natureza privada com os entes estatais, mas 
vínculo de natureza pública.
Dentro da administração, poderemos encontrar os trabalhadores 
públicos, ou seja, suas relações de trabalho são regidas pelas normas da 
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – mas, ainda assim, tais rela-
ções jurídicas são consideradas pelos órgãos do judiciário com algumas 
acautelas e diferenciações previstas em legislações, súmulas e enunciados 
do Tribunal Superior do Trabalho.
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Legislação social
Estágio – Lei n. 11.788/081.6.2 
O estágio é considerado a atividade exercida por um estudante, em um 
ambiente de trabalho, visando ao seu aperfeiçoamento prático-profissional.
Segundo a Lei n. 11.788/08, qual o conceito de estágio?
A Lei n. 11.788, em seu artigo 1º, conceitua estágio como sendo um 
“ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de 
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos 
que estejam frequentando o ensino regular em situações de educação 
superior, de educação profissional, de Ensino Médio, da educação 
especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na modalidade pro-
fissional da educação de jovens e adultos.”
O estágio, portanto, não é um emprego, mas sim um ato pedagó-
gico. Apesar de existirem muitas vezes, no âmbito do estágio, os requisitos 
que caracterizam uma relação de emprego, quando respeitadas as regras 
contidas na lei n. 11.788/08 ele não é considerado um emprego, não haven-
do, assim, qualquer vínculo empregatício entre o estagiário e a empresa.
Não obstante, cabe às empresas o respeito às regras contidas na lei 
do estágio, pois qualquer violação a elas descaracteriza a relação de está-
gio, restando configurada a relação de emprego.
 Importante, assim, descrevermos as principais regras existentes na 
Lei n. 11.788/08 que caracterizam uma relação de estágio:
Para a realização do estágio, deve haver, em primeiro lugar, um ter-
mo de compromisso entre o educando, a instituição de ensino onde ele 
estuda e a empresa onde ele realizará o estágio, trazendo as condições e as 
atividades desenvolvidas no estágio.
Além disso, o estagiário deve estar devidamente matriculado em 
uma instituição de ensino, frequentando-a regularmente, bem como deve 
haver compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e as 
previstas no termo de compromisso.
O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, sendo que, 
independente da modalidade, estando respeitados os requisitos previstos 
na lei n. 11.788/08, não será considerado vínculo de emprego.
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Segundo o artigo 10 da Lei n. 11.788/08, a jornada de trabalho 
do estágio poderá ser definida de comum acordo entre a instituição de en-
sino, a empresa e o estagiário, desde que conste no termo de compromisso 
assinado por todos e seja compatível com as atividades escolares, não 
podendo ser superior a:
I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de 
estudantes de educação especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, 
na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; 
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de 
estudantes do Ensino Superior, da educação profissional de nível médio e 
do Ensino Médio regular. 
Quanto à duração, o estágio não poderá exceder 2 (dois) anos, ex-
ceto quando se tratar de estágio para portadores de deficiência (art. 11 da 
Lei n. 11.788/08).
Sempre que o estágio tiver duração superior a 1 (um) ano, será asse-
gurado ao estagiário um recesso de 30 (trinta) dias, a ser usufruído prefe-
rencialmente durante as suas férias escolares (art. 13, Lei n. 11.788/08).
Em se tratando de estágio não obrigatório, será compulsória a con-
cessão de bolsa, bem como de auxílio-transporte ao estagiário por parte 
da empresa. Tal regra se mostra facultativa em se tratando de estágio 
obrigatório.
É opcional ao estagiário, também, inscrever-se e contribuir como 
segurado facultativo no Regime Geral de Previdência 
Social. Aplica-se ainda ao estagiário a legislação 
relacionada à saúde e segurança no trabalho, 
sendo sua implementação de responsabilida-
de da parte concedente do estágio (art. 14, 
Lei n. 11.788/08).
Fica assegurado, também, às pessoas 
portadoras de deficiência, o percentual de 
10% (dez por cento) das vagas oferecidas pela 
parte concedente.
 
Para maiores 
informações com relação 
à Lei do Estágio, o estudante 
poderá acessar o site www.pla-
nalto.gov.br, no qual, dentre várias 
legislações elencadas, encontra-
mos a Lei n. 11.788/08.
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Legislação social
Cooperativas de mão de obra (Lei 5.764/70 e 1.6.3 
art. 442 da CLT)
Podemos definir a cooperativa de trabalho como uma reunião de 
pessoas que buscam trabalhar pelo mesmo objetivo de obter lucro com 
suas prestações de serviços e, ainda, ser beneficiadas por tais serviços.
 São constituídas por pessoas físicas, trabalhadores autônomos ou 
eventuais, de uma determinada profissão, ou de ofício, ou de ofícios vá-
rios de uma mesma classe, que têm como finalidade primordial melhorar 
os salários e as condições de trabalho de seus associados, dispensando a 
intervenção de um patrão ou empresário, e que se propõem a contratar 
obras, tarefas, trabalhos e serviços, públicos ou particulares, coletivamen-
te por todos ou por grupos de alguns, em regimede autogestão democráti-
ca e de livre adesão (ABUD, 2006).
Há uma presunção relativa de ausência de vínculo empregatício 
entre a cooperativa e seus asso¬ciados e entre estes e os tomadores de 
serviços daquela. Nesse sentido, dispõe o parágrafo único, do artigo 442 
da CLT: “Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperati-
va, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre 
estes e os tomadores de serviços daquela”.
Na cooperativa, há uma sociedade entre os cooperados, os quais 
atuam em prol de um objetivo comum. Inclusive o próprio Código Civil 
de 2002, em seu artigo 1096, aplica às cooperativas as normas referentes à 
sociedade simples. Nesse sentido, os associados, além de prestar serviços, 
devem ser beneficiados pelos serviços prestados pela cooperativa.
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Características1.6.3.1 
A pessoa filiada deve ser ao mesmo tempo, em sua cooperativa, coo-d) 
perada e cliente, auferindo vantagens dessa duplicidade de situações.
O cooperado deve obter uma retribuição pessoal, em virtude de sua e) 
atividade autônoma, superior àquilo que obteria caso não estivesse 
associado.
Trabalho autônomo1.6.4 
Leque diversificado de figuras jurídicas de trabalho que se diferen-
ciam da relação de emprego por falta de subordinação e, em alguns casos, 
por falta também da pessoalidade.
Diante disso, não há vínculo empregatício entre o trabalhador 
autônomo e o tomador do serviço. Temos como exemplos de trabalhor 
autônomo: advogado, médico, dentista, arquiteto, engenheiro, vendedor, 
representante comercial, dentre outros.
Não obstante, alguns trabalhos autônomos, como o de representante 
comercial, situam-se em uma linha “tênue” entre a existência de um tra-
balho autônomo e a existência de uma relação de emprego. Nesses casos, 
deverá sempre ser analisada a existência ou não de subordinação na rela-
ção entre as partes.
Se existir o elemento subordinação, surge a figura do empregado; 
caso contrário, será autônomo o trabalhador. Este trabalhará por con-
ta própria, enquanto o empregado trabalhará por conta alheia (do em-
pregador). O trabalhador autônomo é independente, enquanto o em-
pregado é dependente do empregador, subordinado. Se os riscos
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Legislação social
de sua atividade são suportados pelo trabalhador, será autôno-
mo; se os riscos são suportados por outra pessoa, o empregador, será 
considerado empregado. Muitas vezes, verifica-se quem é o possuidor 
das ferramentas de trabalho; se são do trabalhador, será considerado 
autônomo; se são da empresa, será considerado empregado. Este últi-
mo fato não resolve a questão, pois o trabalhador poderá trabalhar com 
sua colher de pedreiro, sua caneta, ou sua máquina, e mesmo assim 
será considerado empregado, assim como o eletricista poderá usar as 
ferramentas da empresa, por não as possuir, continuando a ser traba-
lhador autônomo (MARTINS, 2010).
Trabalho eventual 1.6.5 
Figura que mais se aproxima da relação de emprego, entretanto não 
apresenta o elemento permanência (ou a não eventualidade). Os serviços 
são prestados com pessoalidade, de forma subordinada e onerosa, mas 
com curta duração e autonomia.
Trabalho avulso1.6.6 
É uma modalidade de trabalhador eventual que oferta sua força de 
trabalho, por curtos períodos de tempo, a distintos tomadores, sem se vin-
cular especificamente a nenhum deles.
Diferença do trabalho eventual: força de trabalho ofertada no 
mercado específico em que atua (setor portuário) por meio de uma 
entidade intermediária.
Intermediador (órgão gestor): realiza a interposição da força de tra-
balho avulsa para os distintos tomadores de serviços – armazéns de 
portos, navios em carregamento ou descarregamento, importadores e 
exportadores e outros operadores portuários. É quem arrecada o valor 
da prestação de serviços e paga os trabalhadores.
A Lei do Trabalho Portuário nº 8.630/93 prevê a intermediação por 
órgão de gestão da mão de obra. Não havendo convenção ou acordo co-
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Não há previsão 
na lei, mas considera-se tam-
bém trabalho voluntário a atividade 
não remunerada que tenha objetivos 
cívicos, culturais, educacionais, científicos, 
recreativos ou de assistência social. Não 
necessita de formalidade (termo de adesão).
letivo referente aos direitos, serão aplicados os direitos previstos na CLT, 
conforme determina o art. 7º, XXXIV, CF/88.
Trabalho voluntário (Lei nº 9.608/98)1.6.7 
É aquele prestado com ânimo e causas benevolentes (intenção de 
fazer o bem) e filantrópicas (intenção de doação).
Caráter subjetivo1.6.7.1 
Não pode haver pagamento pelos serviços prestados. O ressarci-
mento de reais despesas necessárias ou funcionais ao efetivo cumprimen-
to do serviço não desfaz o caráter gratuito do labor.
Caráter objetivo1.6.7.2 
Deve ser benevolente 
também a causa da existên-
cia de tal tipo de prestação 
de serviços, ou seja, o to-
mador deverá ser entidade 
pública de qualquer natu-
reza ou instituição privada 
de fins não lucrativos.
Conclusões e reflexões
Neste capítulo, analisamos a história do direito do trabalho no Brasil 
e no mundo. A partir disso, pudemos entender o conceito de direito do 
trabalho, os princípios que regem a relação entre empregado e emprega-
dor, bem como as principais relações de trabalho, suas peculiaridades e 
características.
É importante ressaltar que nosso curso focalizará as relações de em-
prego e, portanto, faz-se imprescindível a fixação dos referidos elementos 
que as diferenciam das demais formas de trabalho.
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Legislação social
Atividades
Como podemos diferenciar o estágio da relação de emprego?01. 
O trabalhador avulso se diferencia do eventual? Por quê?02. 
O trabalhador voluntário pode receber ajuda de custo sem que se ca-03. 
racterize a relação de emprego?
Leitura recomendada
Livro: História do Trabalho; do Direito do Trabalho e da Justiça do 
Trabalho
Autores: Amauri Mascaro do Nascimento; Irany Ferrari; Ives Gan-
dra Martins Filho. Editora LTr, 2002
Apesar de antiga, editada no ano de 2002, essa obra traz de forma 
detalhada a história do direito do trabalho no Brasil e no mundo, e o surgi-
mento da Justiça do Trabalho no Brasil. Pelo conteúdo da obra e pelo pres-
tígio de seus autores, recomenda-se o estudo aprofundado desse título.
Referências
ABUD, Fabíola Marques Cláudia José. Direito do Trabalho. 2. ed. 
São Paulo: Atlas, 2006.
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BARROS, Alice Monteiro. Curso de Direito do Trabalho. 5. ed. São 
Paulo: LTr, 2009.
BONDIOLI, Luis Guilherme Aidar; NEGRÃO, Theotonio; GOUVÊA, 
José Roberto Ferreira. Código de Processo Civil e legislação proces-
sual em vigor. 42. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
CÉSPEDES, Lívia, PINTO, Antonio Luiz de Toledo, WINDT, Márcia 
Cristina Vaz dos Santos (Colaboradores). Constituição da República 
Federativa do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2009.
COSTA, Armando Casimiro, FERRARI, Irany, MARTINS, Melchía-
des Rodrigues (Organizadores). Consolidação das Leis do Trabalho. 
36. ed. São Paulo: LTr, 2009.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 7. ed. 
São Paulo: LTr, 2008.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Lín-
gua Portuguesa. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1983.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 26. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010.
NASCIMENTO, Amauri Mascado do. Iniciação ao Direito do Traba-
lho. 35. ed. São Paulo: LTr, 2009.
SCHWARZ, Rodrigo Garcia. Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2007.
SÜSSEKIND, Arnaldo. Curso de Direito do Trabalho. 2. ed. São 
Paulo: Renovar, 2004.
Na próxima unidade
Na próxima unidade, estudaremos as relações de emprego. Anali-
saremos o conceito de empregado e os requisitos que caracterizam uma 
relação de emprego. Também serão analisadas as principais espécies 
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Legislação social
de empregado, bem como o conceito de empregador e suas principais

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