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Regeneração e Cicatrização Profa Larissa Gomes Patologia – ARA0074 Reparo de lesões Reparo é o processo de cura de lesões teciduais e pode ocorrer por regeneração ou cicatrização. Regeneração: o tecido morto é subs/tuído por outro morfofuncionalmente idên/co. Cicatrização (reparação): um teciso neoformado, originado do estroma (conjun/vo ou glia), subs/tui o tecido perdido. Regeneração Subs9tuição de células perdidas por células semelhantes, estrutural e funcionalmente completa. A regeneração depende da nobreza das células. A) células lábeis B) células estáveis C) células permanentes (perenes) TECIDOS LÁBEIS: células desses tecidos são con.nuamente perdidas e subs.tuídas pela maturação de células tronco e por proliferação das células maduras. EPITÉLIOS, PELE, MUCOSAS, DUCTOS, TECIDO HEMATOPOÉTICO TECIDOS ESTÁVEIS: as células desses tecidos são quiescentes e, em seu estado normal, possuem baixa a.vidade replica.va. CÉLS PARENQUIMATOSAS (FÍGADO, RIM, PÂNCREAS), TECIDO OSTEOCARTILAGINOSO TECIDOS PERMANENTES: as células desses tecidos são consideradas terminalmente diferenciadas e não prolifera.vas na vida pós-natal. SISTEMA NERVOSO (NEURÔNIOS), MÚSCULO ESTRIADO, CARDÍACO REGENERAÇÃO Regeneração No fígado: Completa: pequenas lesões necróticas – preservação do estroma – hepatócitos vizinhos fazem mitose e substituem os mortos. Nódulos regenerativos: Grandes áreas de lesões – colapso do estroma reticular – impossibilidade de reorganização da arquitetura lobular. Regeneração No Ggado: Lesão aguda – a par9r de hepatócitos ou epitélio biliar. Depende de fatores de crescimento liberados por células inflamatórias que migram para o local ou células vizinhas es/muladas por IL-6 e TNFa (citocinas). Estes a/vam fatores de transcrição os quais es/mulam a expressão de proteínas e receptores a/vando o ciclo celular dos hepatócitos que estavam antes estacionários na fase G0 do ciclo celular. Regeneração No Ggado: Lesão crônica – a par9r de células tronco e de progenitoras residentes (células ovais). Os hepatócitos estão sem condição de entrar em mitose, portanto as células progenitoras e células tronco residentes são a/vadas, assim como células tronco vindas da circulação. Todas estas células entram em proliferação e se diferenciam em hepatócitos. Cicatrização • Processo pelo qual o tecido lesado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado. Primeiro passo: instalação de reação inflamatória – células do exsudato de células fagocitárias reabsorvem restos celulares e sangue extravasado. Em seguida – proliferação fibroblástica e endotelial formando o tecido conjuntivo cicatricial (tecido de granulação). Finalmente – remodelação com redução do volume da cicatriz. 1ª INTENÇÃO: ocorre em incisões cirúrgicas bem orientada com um mínimo de fibrose possível. CICATRIZAÇÃO Primeira intenção 2ª INTENÇÃO preenchimento de grandes espaços de tecidos destruídos como úlceras, lacerações extensas de pele e músculos, abscessos. CICATRIZAÇÃO Mecanismos de cicatrização • Formação do coágulo; • A/vação da inflamação (liberação de mediadores provenientes do coágulo, das células aprisionadas, do tecido conjun/vo das bordas e das células epiteliais das margens da lesão; • Liberação de IL-1 e TNFa por macrófagos residentes e cera/nócitos; • Exposição de moléculas de adesão (ICAM, VCAM) e selec/nas; • Vasodilatação arteriolar por liberação de taquicininas (terminações nervosas) e histamina (mastócitos) devido ao efeito mecânico; Mecanismos de cicatrização • Migração dos leucócitos para a área; • Produção de tecido de cicatrização e proliferação do tecido epitelial • Formação de novos vasos Mecanismos de cicatrização Remodelação do tecido cicatricial Aumento da quantidade de colágeno; Substituição do colágeno do tipo I para do tipo III (mais grosso); Redução da capilarização; Redução das células inflamatórias; Diferenciação de fibroblastos em miofibroblastos; Contração da cicatriz (pode chegar a 90% do volume inicial em cicatrização de segunda intenção). Fatores que influenciam a cicatrização Fatores locais • Isquemia local – lesão vascular ou compressão. Falta nutrientes e O2, reduz pH, aumenta concentração de catabólicos; • Infecções e corpos estranhos – exacerba a inflamação e desequilibra a síntese e destruição da MEC; • Temperatura local –modifica o fluxo sanguíneo; • Baixa perfusão tecidual – reduz aporte de nutrientes e O2, ex.: úlceras de decúbito, ulceras crônicas em pacientes com varizes ou vasculopatia diabética. • Irradiação - evita mitose interrompendo a produção de tecido cicatricial e provocando úlceras. Fatores que influenciam a cicatrização Fatores Sistêmicos • Diabetes – vasculopa/a, neuropa/a e excesso de glicosilação proteica; • Hipo/reoidismo – alteração qualita/va síntese MEC; • Desnutrição – especialmente proteínas, vit. C e zinco; • Neutropenia e neutropa/as – facilita infecções; • Senilidade – co-morbidades; • Cor/costeroides – inibe todas as fases; • Quimioterápicos – reduzem a mitose; • Tabagismo – vasoconstrição (nico/na) e efeito an/inflamatório (monóxido de carbono). Cicatrização hipertrófica e quelóide • Formação excessiva de tecido conjun9vo denso em cicatriz cutânea; • Hipertrófica – reversível • Quelóide – irreversível ou quase • Não se conhece o defeito - há descontrole da síntese de colágeno (aumento de produção e/ou redução de degradação da MEC).
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